quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Crânios deformados são achados em em cemitério de mil anos no México

Crânio deformado de uma das ossadas. (Foto: INAH/Divulgação)


Sítio arqueológico fica no norte do país, segundo instituto.


Cientista diz que deformação intencional pode ter matado indígenas.

Cinco dos corpos também tinham mutilações dentárias. Este tipo de intervenção nunca tinha sido encontrada nessa região mexicana. Apenas um dos esqueletos recuperados era de mulher.Um cemitério de cerca de mil anos de idade foi encontrado perto do povoado de Onavas, no norte do México, segundo informações do Instituto Nacional de Antropologia e História do país divulgadas na última semana. Ali estavam enterradas 25 pessoas, 13 delas com deformações cranianas.
Os arqueólogos responsáveis pelo achado destacaram que o sítio tem características únicas por misturar elementos de diferentes culturas do norte do país. Cristina Garcia, da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, responsável pela exploração do sítio, explicou que a deformação de crânios era uma prática dos povos mesoamericanos para diferenciar determinados grupos de pessoas na sociedade.
Dos 25 corpos analisados, 17 eram de menores de idade – entre 5 meses e 16 anos. Oito são de adultos. Cristina Garcia afirmou que o fato de haver crianças pode ser um sinal de que elas morreram justamente por causa da prática de deformação craniana, que teria apertado demais sua cabeça. Esta dedução poderia ser feita, segundo a pesquisadora, porque a análise feita pelos arqueólogos não encontrou outro motivo, como alguma doença, para que tivessem morrido.
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Ao todo, foram encontrados 25 esqueletos. (Foto: INAH/Divulgação)Ao todo, foram encontrados 25 esqueletos. (Foto: INAH/Divulgação)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fedida e rara, flor-cadáver cresce em Minas


É a segunda vez que um exemplar da flor mais malcheirosa do mundo, endêmia da Indonésia, cresce em um jardim botânico na América Latina 

Montagem sobre divulgação
Flor-cadáver cresce em Inhotim, MG
Flor-cadáver que cresce em MG (à esq.) e como ficará daqui a dois anos (á dir.) 
São Paulo - Flor e fedor são duas palavras que não combinam, concorda? Não em se tratando da espécie Amorphophallus titanum, mais conhecida como flor-cadáver, famosa pelo título de mais malcheirosa do mundo. Um exemplar dessa raridade, encontrada na ilha de Sumatra, na Indonésia, está crescendo pela segunda vez em um jardim botânico e na América Latina. 
Ela está crescendo dentro de uma estufa especial em Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, com condições de temperatura e umidade controladas que permite o cultivo de espécies tropicais. Quando desabrocha, a flor-cadáver chega a atingir três metros de altura e pode pesar até 75 quilos.
Seu odor já foi descrito como "uma mistura de açúcar-queimado com peixe-podre", que atrai moscas e besouros. Surgiu daí o nome "flor-cadáver” (ou corpse-flower, em inglês). Ela pode viver até 40 anos, mas só floresce duas ou três vezes. Em dezembro de 2010, esta mesma planta floresceu em Ihotim, e durou três dias.
A planta possui um caule gigante e subterrâneo, como uma batata, e produz apenas uma folha a cada dois anos. Apesar de ser conhecida como "a maior flor do mundo", o que a espécie produz é, na verdade, uma inflorescência - um conjunto de flores em uma estrutura compacta.

Comercial de Natal da Funerária Lopez



O Natal esta chegando e as empresas se preparam para a Data. Algumas decoram as lojas, outras mandam cartões par os cliente e a Funerária Lopez lançou um comercial especial para o dia do Natal. Confere a perola ai:

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Número de óbitos no país cresceu 3,5% em 2011, mostra pesquisa do IBGE


O total de registros de óbitos cresceu 3,5% no Brasil de 2010 para 2011, quando foram registradas 1,157 milhão de mortes. Em relação a 2001, no ano passado os registros de óbitos subiram 24,3%.








As informações constam da pesquisa “Estatísticas do Registro Civil – 2011”, divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi produzido a partir das informações prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país. A pesquisa é publicada desde 1974.
O IBGE afirma que a pesquisa constitui importante instrumento de acompanhamento da evolução populacional no país, proporcionando, além de estudos demográficos, subsídios para a implementação de políticas públicas e o monitoramento do exercício da cidadania.
A maioria das mortes ocorridas no país em 2011 foi registrada no Sudeste, onde foram contabilizados 540.239 óbitos. Dos quatros Estados que compõem a região, São Paulo foi o que registrou o maior número de mortes, 269.761 no total, sendo 70.905 apenas na capital.
No Nordeste, o IBGE computou 293.011 mortes em 2011, período em que foram registradas 63.553 no Norte; 185.848 no Sul; e 74.587 no Centro-Oeste do país.


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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O avanço da penhora on-line no STJ

 

 

A Lei nº 11.382 de dezembro de 2006 chancelou a possibilidade do bloqueio de recursos em contas dos devedores por meio eletrônico (a famigerada "penhora on-line"). Tal medida já vinha sendo realizada desde 2001, dado o convênio entre o Banco Central, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Conselho da Justiça Federal, que desde aquela época permitira tal forma de penhora (posteriormente aprimorado no sistema Bacen Jud 2.0).
Mesmo com os avanços da penhora on-line, que de fato imprimiram maior efetividade às execuções, há muitos que atacam tal sistema sob diferentes justificativas, como se criar mecanismos legais, céleres e efetivos de cobrança do devedor fosse ato grave de expropriação patrimonial, ferindo o sigilo bancário etc.
Com todo o respeito às posições divergentes, entendemos que, na grande maioria dos casos, as críticas ao uso do Bacen Jud não merecem prosperar. Primeiramente, no que tange à suposta "ofensa ao sigilo bancário", frise-se que a ordem de bloqueio apenas indica se o valor executado está disponível em contas ou aplicações, não revelando quaisquer outras informações do devedor. Quanto à questão das ordens judiciais que afetam simultaneamente várias contas, e, portanto, acarretam o bloqueio em indevida pluralidade, salienta-se que há hoje a opção de cadastro de conta única para tal finalidade (Resolução nº 61/2008, CNJ), contornando tal problema. Cabe lembrar, ainda, que as ordens de bloqueio não podem partir de arbitrariedades, mas sim de decisões fundamentadas e sem atingir montantes tidos como impenhoráveis (artigo 649 do Código de Processo Civil).
Por fim, não se pode deixar de lado o sucesso desse sistema - estima-se que entre 2005 e 2011 foram bloqueados nada menos que R$ 100 bilhões, por meio de mais de 24 milhões de solicitações - números estes muito significativos (fonte CNJ).
Na maioria dos casos, as críticas ao Bacen Jud não merecem prosperar
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça tem apreciado inúmeras controvérsias envolvendo a penhora on-line de forma paritária com a Constituição Federal e legislação aplicável, balizando seu uso ponderadamente. Dentre muitos julgados que trataram do tema, cumpre destacar nesta oportunidade (e em apertado resumo): o RESP nº 1.112.943-MA (15/09/2010). No caso, o STJ entendeu que atualmente não é necessário o credor comprovar previamente que esgotou todas as vias extrajudiciais para localizar bens do devedor, antes de pedir a penhora on-line. No RESP nº 1.182.820-RJ (22/02/2011), o STJ Corte decidiu que o ônus da prova de indisponibilidade dos recursos é do executado. Já no AgRg no RESP 1.184.025-RS (10/05/2011), os ministros da Corte entenderam que a penhora on-line não ofende o artigo 620 do Código de Processo Civil.
Na análise do RESP nº 1.229.329-SP (17/03/2011), o STJ julgou que pode-se penhorar o valor penhorado em conta conjunta mesmo que só um dos titulares seja responsável pelo débito. Pelo RESP 1.184.765-PA (24/11/2010), a Corte entendeu que é possível o arresto on-line (bloqueio mesmo antes de ser encontrado o devedor). Já no AgRg no Ag 1.230.464-RJ (08/02/2011) o resultado foi o de que mesmo havendo indicação de bens, é possível a penhora on-line a critério do julgador. Ao avaliar o RESP 1.275.682-MS (01/12/2011), o STJ consignou que não há quebra de sigilo bancário na penhora online. No RESP 1.231.123-SP (02/08/2012), o tribunal entendeu que poupança de até 40 salários mínimos é impenhorável mesmo que dinheiro esteja separado em várias contas. E por último, no RESP 1.284.587-SP (16/02/2012) o STJ julgou que a reiteração do pedido requer comprovação da alteração da situação econômica do devedor.
Entendemos assim, com todo respeito às posições contrárias, que o Superior Tribunal de Justiça tem cumprido plenamente a sua função de resguardar a legislação no tocante ao convênio, de grande importância para a busca da plena efetividade do processo civil brasileiro. O sistema, corretamente utilizado, só vem a trazer benefícios para a sociedade como um todo, em especial para os credores e bons pagadores (com melhores formas de cobrança coercitiva, logicamente reduz-se o risco de crédito). Nesse tocante, é pertinente citar a ministra Nancy Andrighi (no seu artigo "O nasceiro do prosônimo da penhora on-line"), reconhecendo um dos mais graves problemas de quem atualmente socorre ao Poder Judiciário, e concluindo que o referido instituto pretende "evitar a frustração nos processos de execução, mudando o paradigma ganha mas não leva".
Eduardo Chulam é sócio do escritório Chulam Advogados
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

TST começa a aplicar súmula sobre convenção coletiva

Dois antigos trabalhadores da extinta Brasil Telecom, hoje Oi, conseguiram garantir o pagamento de participação nos lucros para aposentados, previsto em cláusula da convenção coletiva de 1969, que não teria sido expressamente revogada em negociações posteriores. Os ministros do órgão máximo do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), aplicaram ao caso a nova redação da Súmula nº 277, alterada em setembro. O texto diz que os benefícios concedidos aos trabalhadores passaram a integrar os contratos individuais, serão automaticamente renovados e só revogados se houver uma nova negociação.
Se esse entendimento prevalecer nas próximas decisões da Corte, o impacto sobre as empresas poderá ser imenso, segundo advogados trabalhistas. Isso porque as companhias terão de pagar aos trabalhadores que entrarem na Justiça valores referentes a benefícios antigos, não expressamente cancelados.
Apesar desse julgamento, há ministros no TST que entendem que esse novo entendimento só poderá ser aplicado nas novas convenções e acordos coletivos, firmados após setembro deste ano, quando a súmula foi modificada. Essa solução é conhecida no meio jurídico como modulação dos efeitos e poderia diminuir o impacto dessa alteração.
É o caso da 4ª Turma, onde os ministros foram unânimes ao decidir a favor da Ferrovia Centro Atlântica, sucessora da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), hoje Vale. No processo, um ajudante de maquinista pedia a manutenção de parcela, suprimida pela RFFSA em 1999, relativa a horas de viagem, previstas em uma antiga norma regulamentar que não teria sido cancelada.
Segundo o relator do processo, ministro Vieira de Mello Filho, a alteração da jurisprudência "deve ser sopesada com o princípio da segurança jurídica". Isso porque a Corte alterou significativamente seu entendimento ao revisar a súmula. Nos últimos 24 anos, o entendimento do próprio TST foi o de que as vantagens negociadas entre empresas e trabalhadores valeriam enquanto vigorasse o acordo, no prazo máximo de um ou dois anos, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para mantê-los em uma próxima convenção era necessária nova rodada de negociação.
O advogado, professor de direito do trabalho da USP e membro do Conselho Superior de Estudos Jurídicos da Fecomercio, Cassio Mesquita Barros, afirma que o tribunal ratificou a súmula nesse julgamento da SDI-1. "O que é uma flagrante ilegalidade, já que não existem cláusulas eternas, conforme prevê a própria CLT ao dar validade máxima de dois anos a esses acordos", diz. Para ele, essa interpretação é "muito perigosa" e pode ter um impacto enorme sobre as empresas. Porém, segundo Barros, "as companhias farão uma campanha ferrenha contra a aplicação desse texto".
A Fiesp encaminhou ao presidente do TST uma representação contra essa súmula e outras editadas recentemente. A Corte, no entanto, ainda poderá mudar esse posicionamento, pelo menos com relação à aplicação dessa súmula a casos anteriores. "Até porque muitos dos ministros não concordam com essa aplicação", afirma Barros.
Como no caso analisado pela Subseção I, a nova redação da súmula foi imediatamente aplicada sem que houvesse qualquer discussão, a advogada Carla Romar, professora de direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), também levanta a possibilidade de que os ministros possam tratar do tema com mais profundidade em outros julgados. Isso poderia ocorrer porque a relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes, apenas manteve a decisão da 2ª Turma contra a Brasil Telecom por entender que estaria em sintonia com a nova redação da Súmula 277 do TST. Sem oposições, os ministros não conheceram o recurso por unanimidade.
Para Carla, se as turmas começarem a julgar pela não aplicação da súmula nas convenções ou acordos antigos, a discussão poderá ser novamente suscitada na SDI-1, responsável por uniformizar o entendimento sobre o tema. A advogada relembra que a alteração da Súmula nº 277 teve votação acirrada entre os ministros. Foram 15 votos a favor da nova redação e 11 contra. O texto ainda foi aprovado sem que houvesse precedentes, requisito necessário, conforme o regimento interno do TST. Já para as próximas convenções e acordos coletivos, a advogada afirma ter diversas palestras agendadas para o ano que vem sobre o tema. "Muitas companhias já não vão querer dar novos benefícios."
O juiz do trabalho Rogério Neiva Pinheiro também acredita que a SDI-1 ainda possa retomar o tema e ao menos modular a aplicação da súmula. Apesar de ainda não ter julgado ações sobre essa questão após a edição do novo entendimento, Neiva afirma que está preocupado com o número de litígios que possam surgir, caso não haja uma limitação pelo TST. "Os advogados podem fazer um levantamento dos benefícios que foram perdidos e pleiteá-los na Justiça", diz.
Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da Ferrovia Centro-Atlântico informou que a empresa prefere não se manifestar. A assessoria de imprensa da Oi não retornou até o fechamento da edição.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Funerária cria "terapia" em caixões que faz preparação para a morte


Ucranianos fazem terapia em caixões para se preparar para a morte


O serviço permite que as pessoas descansem (antes do descanso eterno) em ataúdes por cerca de 15 minutosO serviço permite que as pessoas descansem (antes do descanso eterno) em ataúdes por cerca de 15 minutos (Foto Reprodução)













Uma funerária na Ucrânia lançou uma terapia para fazer com que os seus eventuais clientes se acostumem com a ideia da morte.
Stepan Piryanyk, que produz caixões em Truskavets, criou o serviço que permite que as pessoas descansem (antes do descanso eterno) em ataúdes por cerca de 15 minutos.
"Quando você se deita em um caixão, você se sente como se estivesse em uma cama. São os mesmos lençóis, o mesmo travesseiro. Um caixão de madeira tem sua própria aura", explicou o empresário ao site da ITN.
Para ajudar o relaxamento na curiosa terapia, os clientes ouvem ao fundo sons de pássaros e de queda d'água.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Poluição do além-túmulo

Cemitérios do país têm graves problemas ambientais; vistorias no estado comprovam

POR João Ricardo Gonçalves
Rio - É lema entre os coveiros a máxima de que “só temos que ter medo dos vivos”. Em termos de cuidados com o meio ambiente, porém, o além-túmulo também preocupa, e muito.

Levantamento de um dos maiores especialistas no assunto indica que 75% dos cemitérios públicos do Brasil têm problemas ambientais, principalmente com vazamento do necrochorume — líquido oriundo da decomposição dos corpos — para lençóis freáticos. No Rio de Janeiro, recentes vistorias comprovaram os problemas.

Geólogo, mestre em engenharia sanitária e professor da Universidade São Judas, Lezíro Marques Silva, que vistoriou 1.107 cemitérios, prepara estudo nacional com estatísticas sobre o assunto. Segundo ele, os cemitérios sofrem principalmente com falta de cuidado com a escolha do local e desleixo na impermeabilização das sepulturas.“Sabe aquelas manchas que parecem gordura que vemos nos muros dos cemitérios? Podem ser necrochorume”, explica Lezíro Silva.
Arte: O Dia
Clique na foto para ver a arte maior | Arte: O Dia
Ele diz que, seis meses após a morte, um corpo de 70 quilos perde até 30 quilos em forma de necrochorume. “A ironia é que se o lençol freático está muito perto do solo, esse material pode viajar pela água e contaminar os vivos com um série de doenças”.

O geólogo ajudou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a fazer resoluções cobrando mais cuidado com as covas. Segundo ele, o fundo das sepulturas deve ser impermeabilizado ou o caixão, forrado por fora com manta de tecido especial.

Mas o ideal é que cemitérios seguissem padrões de aterros sanitários, com o lençol freático mais profundo possível, rocha impermeável e distância dos centros urbanos. “Além disso, seria interessante haver mais cremações”, acrescenta.

Cenas que lembram um filme de terror

Medidas como a impermeabilização e cuidados com o armazenamento de resíduos de corpos cremados evitariam cenas como as constatadas por operações de fiscalização da Coordenadoria de Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), Inea e delegacias especializadas em combate aos crimes ambientais nos últimos meses.

O coordenador da Cicca, José Maurício Padrone conta que, como os cemitérios nunca tinham sido fiscalizados, a situação encontrada foi terrível. “Igual, só em filmes de terror”.

Entre as irregularidades estavam resíduos de cremação “amontoados”, o despejo de produtos para conservação de cadáveres em rios, vazamento de necrochorume e cemitérios em terrenos baixos que ficavam inundados.

Interdições em Xerém e no Caju

Segundo José Maurício Padrone, cemitérios com irregularidades ambientais podem ser interditados ou notificados. Um dos vistoriados recentemente foi o Cemitério do Caju, no Rio.

O forno do ossuário foi lacrado e interditado. Havia resíduos e resto de exumação na área externa do ossuário ao lado do forno. Padrone explica que a área do depósito de ossos está sendo reformada para atender às exigências.

Já em Xerém, em Duque de Caxias, o cemitério foi parcialmente interditado. Em dias de chuva forte, quando havia inundações, crânios rolavam para áreas residenciais vizinhas.

sábado, 3 de novembro de 2012

Cerca de 75% dos cemitérios públicos do país têm problemas sanitários

Pouco mais de sete em cada dez cemitérios públicos brasileiros têm problemas de ordem ambiental e sanitária, de acordo com estudo do geólogo e mestre em engenharia sanitária Lezíro Marques Silva. O levantamento, concluído em 2011, reuniu dados de mais de mil cemitérios do país, entre públicos e privados. O pesquisador, que é professor da Universidade São Judas, explica que os problemas começam na superfície com a proliferação de animais vetores de doenças e continuam no subsolo com a contaminação do lençol freático.
“Se o necrochorume escapa do túmulo, ele pode entrar em contato com o lençol freático, criando uma mancha de poluição que atinge quilômetros de distância a ponto de contaminar poços e rios”, explica o geólogo. O necrochorume é um líquido formado durante a decomposição de cadáveres enterrados, similar ao gerado pelos resíduos sólidos em aterros sanitários. “Ele é rico em substâncias tóxicas como putrecina, cadaverina e alguns metais pesados”, explica.
Lezíro Marques informou ainda que a contaminação do lençol freático ocorre em quase a totalidade dos cemitérios públicos com problemas ambientais e sanitários. Ele destaca que a saturação desses equipamentos públicos agravam ainda mais os prejuízos provocados por essas condições. “Com o esgotamento da capacidade de sepultamento, o que sobra são terrenos do ponto de vista geológico inadequados, como lençol freático raso, área de várzea e morro”, critica.
O professor Walter Malagutti, do Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também desenvolve pesquisa na área, explica que não havia a preocupação de observar os critérios geológicos para construção de cemitérios. “Pode ocorrer de alguns terem sido implantados em locais inadequados. Muitos estão em áreas nobres, como as regiões centrais.”
Ele avalia que o ideal seria considerar os mesmos critérios dos aterros sanitários, como lençol freático mais profundo possível, rocha impermeável e distância dos centros urbanos, para construção de cemitérios.
Walter Malagutti explica ainda que os cemitérios são fonte renovável de contaminação, pois, diferentemente dos aterros, eles não costumam ser desativados. “Pela legislação brasileira, depois de 5 anos a 7 anos, quando ficam só ossos, eles são removidos e colocados outro corpo no local”, relata. Segundo o professor da Unesp, um diagnóstico ambiental dos locais de enterro já existentes e a observação de critérios geológicos para a implantação de novos cemitérios são algumas medidas para amenizar a situação.
Já a pesquisa desenvolvida por Lezíro Marques resultou no desenvolvimento de substâncias capazes de neutralizar o necrochorume, reduzindo o nível de contaminação. “A grande meta é não permitir que o líquido extravase”, destacou. Para tanto, foi criada uma espécie de colchão a ser colocado na sepultura, o qual possui um líquido que elimina os efeitos dos poluentes. Uma ação semelhante é conseguida por uma substância que lava o subsolo retirando o necrochorume. “Tem solução, mas pouco é feito”, avalia.
O geólogo destaca ainda a necessidade de uma legislação mais específica, que oriente a construção de lajes de contenção e obrigue uso de substâncias neutralizadoras do necrochorume.
Os pesquisadores concordam que a cremação seria a solução mais adequada para a preservação do meio físico. Eles avaliam, no entanto, que a questão cultural é o principal empecilho para o uso da técnica. “A cremação é muito incipiente no Brasil. E isso não tem a ver diretamente com o custo. Enquanto se paga entre R$ 350 e R$ 400 para cremar um corpo, o enterro mais simples custo no mínimo R$ 2 mil. É uma questão cultural”, avalia Lezíro.

RJ: irregularidades ambientais em cemitérios colocam saúde em risco

Resíduos de cadáveres jogados diretamente em lençóis freáticos, despejo de ossadas a céu aberto, covas rasas localizadas em um morro vizinho a residências e até um incinerador de ossos funcionando sem licença ambiental. Esses são alguns problemas encontrados pelas recentes vistorias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em cemitérios da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo o coordenador de Combate a Crimes Ambientais do Rio de Janeiro, José Maurício Padrone, a situação dos cemitérios da região é "terrível" e coloca em risco o meio ambiente e a saúde da população. "Os cemitérios nunca haviam sido fiscalizados. Então, a gente começou a fiscalizar e verificou muitos erros nesses cemitérios. O descarte inadequado (dos corpos e resíduos) pode colocar em risco a saúde da população, porque o necrochorume (líquido que sai do corpo) pode contaminar o solo", disse.
As autoridades ambientais começaram a fiscalizar os cemitérios fluminenses em julho deste ano, com vistorias em três unidades de Duque de Caxias: Nossa Senhora de Belém, Tanque do Anil e Xerém. No primeiro cemitério, por exemplo, uma área foi interditada porque estava sujeita a inundações. Na sala usada para a limpeza e preparação de corpos para o funeral, o material era descartado diretamente no ralo e, consequentemente, no sistema de águas pluviais.
Em Xerém, localizado em um morro, segundo Padrone, foi constatado que crânios enterrados em covas rasas acabavam sendo desenterrados e rolavam para as casas localizadas na parte de baixo.
O secretário municipal de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, disse que, se o Inea fizer vistorias em todo o Estado, vai encontrar irregularidades nos cemitérios dos 92 municípios fluminenses."A grande maioria dos cemitérios tem mais de 50 anos. Na visão cristã, você coloca o corpo embaixo da terra e ele se decompõe. Há uma quantidade enorme de líquido que sai dali, o necrochorume. E aquilo vai para o lençol freático. E geralmente os cemitérios eram feitos em locais inapropriados, próximos a locais de residências", disse.
Quanto ao descarte inadequado de corpos, Maia diz que, muitas vezes, isso é provocado por ladrões de túmulos, que arrombam o local para roubar pertences e depois descartam os cadáveres de qualquer jeito. Além disso, segundo ele, algumas empresas particulares que administram cemitérios exumam corpos e os descartam de qualquer jeito para abrir espaço para novas vagas.
Maia conta que, no ano passado, agentes da prefeitura de Duque de Caxias interceptaram um caminhão com ossos humanos, oriundos de um cemitério do Rio de Janeiro, para serem jogados em um terreno baldio da zona industrial do município. Em setembro, as autoridades ambientais do Estado fizeram nova fiscalização, desta vez no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, um dos principais da cidade do Rio de Janeiro, e no crematório que funciona no local.
Inúmeras irregularidades foram encontradas, como despejo de ossada de forma ilegal, armazenamento irregular no ossuário com indícios de produção de necrochorume despejado nas águas pluviais e indícios de exumação de corpos com menos de três anos para queima. O incinerador foi lacrado porque não tinha licença ambiental para funcionar. Dois administradores do cemitério foram presos.
Segundo Padrone, as fiscalizações em cemitérios do Rio de Janeiro vão continuar porque há uma preocupação com a situação em que estão essas instalações. A Santa Casa de Misericórdia, responsável pela administração do cemitério, informou que já entregou à Secretaria do Meio Ambiente toda a documentação necessária para a retomada das atividades do incinerador, onde são cremados os ossos de corpos enterrados há mais de três anos que não são exumados a pedido da família dentro do prazo de três anos e um mês.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

México realiza 9º edição de feira funerária


Data de publicação:
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“EXPO FUNERARIA MEXICO 9ª EDICION ” é o espaço mais importante do setor funerária no México.
Ao longo de 8 edições, onde em cada uma, há o contato com excelentes entre patrocinadores e visitantes, nacionais e internacionais, com grandes expositores .
A lo largo de 8 ediciones, en cada una de ellas hemos contado con una excelente participación de visitantes naciones e internacionales, así como importantes expositores y conferencistas.
A Expo México tem o reconhecimento e apoio das exposições mais importantes do mundo, é também o local ideal para estabelecer relações comerciais nacionais e internacionais.
Você pode obter bens, serviços, tendências e ofertas que vão ajudar o desenvolvimento da sua empresa, independentemente do tamanho ou localização.
Para saber mais sobre a feira, acesse http://www.expofunerariamexico.com.mx

Europa promove turismo em cemitérios singulares

França, Alemanha, Portugal, Inglaterra, Espanha, Suécia, Grécia. Esses são alguns dos destinos europeus que integram uma rota turística nada tradicional: a rota de cemitérios. Reunidos na Associação Europea de Cemitérios Singulares, esses endereços são reconhecidos como de importância histórica e cultural por diferentes razões, entre elas os elementos arquitetônicos. O roteiro reúne 50 cidades europeias e tem o objetivo de aproximar os visitantes de monumentos menos tradicionais.

Muitos desses cemitérios oferecem, inclusive, tours guiados. É o caso do Cemitério de San Isidro, em Madri, que completa neste ano 200 anos. Ainda na Espanha, há endereços em Granada, Bilbao, Barcelona e A Corunha. Pela Europa, a lista inclui verdadeiras joias arquitetônicas, como o Ford Park Cemetery, em Plymouth, no Reino Unido, o La Villetta, em Parma, na Itália, e o Malmo Eastern, em Malmo, na Suécia. Mais informações no www.significantcemeteries.org.

Cemitério na Austrália tem banheiro em forma de caixão

Austrália - Imagina está em um cemitério e precisar ir ao banheiro. Pode ser algo comum, até descobrir que o "quartinho" tem o formato de caixão. É o que acontece no cemitério da cidade de Millaa Millaa, na Austrália, que tem um banheiro em tal formato.
Foto: Reprodução Internet
Cemitério australiano tem banheiro que lembra o ambiente em que está | Foto: Reprodução Internet
Ainda não se sabe se o banheiro criado foi uma forma deixar o local "temático" ou por gosto pessoal, e duvidoso. O presidente da Câmara de Comércio Pat Reynolds disse que nem todo mundo vai ter o "senso de humor macabro", mas segundo ele os banheiros foram feitos com "boas intenções", segundo o jornal Courier Mail.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Crise na Grécia faz times buscarem patrocínio de bordel e funerária



 A crise econômica na Grécia forçou os times locais a usarem a imaginação para garantir alguns contratos. O Voukefala, clube amador da cidade de Larissa, anunciou que irá estampar o patrocínio de um bordel em sua camisa de jogo, o que virou motivo de piada até para o presidente.
“Quando nós anunciamos aos jogadores que nosso patrocinador seria um bordel, eles quiseram saber sobre os bônus”, brinca Giannis Batziolas à rádio NovaSport FM.
Jogadores do Voukefala apresentam uniforme com patrocínio de bordel
“A proposta foi feita estritamente por razões econômicas. Assim que fizeram a oferta, nós não podíamos recusar”, comenta. O presidente ainda classifica o bordel Soula como “uma empresa legal avaliada em 2 milhões de euros”.
O Voukefala, porém, não foi o único time a fechar acordo com um patrocinador incomum. O Paleopyrgo assinou com uma funerária depois de ficar três anos sem patrocínio e agora o time vai jogar com uma camiseta preta com uma grande cruz no meio.
“Era uma questão de sobrevivência. A temporada anterior foi muito difícil para nós com a crise econômica. O dono da funerária é nosso amigo e nós fizemos um acordo”, explica o gerente geral e jogador Lefteris Vasiliou. Ele ainda garante que o novo uniforme foi aprovado. “Mostrei a camisa aos jogadores e eles gostaram. Sabemos que pessoas estão pedindo para a gente produzir mais camisas”.

Cadillac Limousine é adaptado para dar luxo a cortejos fúnebres em Natal




Veículo luxuoso também será disponibilizado para João Pessoa e Recife.
Segundo o fabricante, este é o 1º Cadillac Limousine usado para este fim.


Cadillac  (Foto: Pedro Ferreira)Cadillac Funeral Car, adaptado exclusivamente para cortejos fúnebres (Foto: Pedro Ferreira)
Muita gente sonha em usufruir do conforto de um Cadillac Limousine. Em três cidades do Nordeste, o luxo já é possível. Basta pagar. Mas, só depois de morto. Uma empresa do ramo funerário está disponibilizando, para a capital potiguar, João Pessoa e também Recife , um último passeio a bordo de um luxuoso Cadillac SRX 2008, adaptado exclusivamente para os cortejos fúnebres. Em Natal, o veículo fez sua estreia nesta quarta-feira (26). Para a despedida em grande estilo, a família do morto pagou R$ 1 mil.
A marca Cadillac, conhecida mundialmente pela imponência, conforto e potência, já foi utilizada nos funerais do ex-presidente Itamar Franco e do ex-vice-presidente José Alencar, transportados no raríssimo Cadillac Fleetwood Hearse 1974. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi um Cadillac 1964 que levou o corpo do ex-presidente John F. Kennedy ao cemitério.
Adaptado do modelo Cadillac SRX 2008, o Funeral Car que circula em Natal é o único com esta configuração no mundo. É o que garante o fabricante. “E nós somos a primeira empresa funerária brasileira a oferecer o serviço com o Cadillac Limousine. Agora, este luxo não é mais privilégio de presidentes ou celebridades do mundo artístico”, garantiu Mauro Nogueira, diretor executivo do grupo funerário.
Cadillac (Foto: Pedro Ferreira)Revestimento interno tem bancos de couro
(Foto: Pedro Ferreira)
O veículo foi customizado por uma empresa do Paraná, especializada na transformação de automóveis. O Cadillac chama a atenção por onde passa. São quase sete metros de comprimento, que mantêm as características originais. O motor 3.6 V6 AWD, com câmbio automático tiptronic, tem potência de 255 cavalos e garante uma velocidade de até 201 km/h, evoluindo de 0 a 100 km em 8 segundos.
Para a empresa funerária, a aquisição do Cadillac acompanha a tendência do seguimento, que vem apostando no mercado de luxo. Para combinar com o estilo do carro, o motorista se veste a caráter, com uniforme autêntico de chofer. “O único trabalho é limpar, mas dirigir é um lazer. Fiquei muito feliz em ser escolhido para guiar esta máquina. É uma maravilha”, comemorou o motorista José Evanaldo da Silva Júnior.
Sobre o que pensa em ter de transportar corpos, José Evanaldo disse que é um momento de muita tristeza. E que já teve muitos pesadelos com isso. "Mas eu já me acostumei", garantiu.
Cadillac (Foto: Pedro Ferreira)Iluminação em LED nas cores azul e branca
representam o céu e a eternidade
(Foto: Pedro Ferreira)
Telas de LCD e LED nas cores azul e branca
O Cadillac Funeral Car possui cinco telas de LCD para a transmissão de mensagens de conforto à família, além de ar-condicionado, revestimento interno e bancadas em couro ecológico.
O compartimento que acomoda a urna é automatizado. Possui acabamentos em aço inox e detalhes em madeira com rádica vitrificada e iluminação em LED nas cores azul e branca, representando o céu e a eternidade.
Das carruagens aos carros de luxo
Simples ou luxuosos, os carros funerários são uma evolução das carruagens antigas que serviam para conduzir o corpo até o cemitério. Desde a invenção do automóvel, no final do século XIX, diversos veículos já foram adaptados para esta finalidade.
Os carros funerários eram puxados por cavalos até a primeira década do século XX, época em que surgiram os primeiros carros funerários motorizados. Não se sabe ao certo a data exata do início de seu uso, mas cogita-se que foi entre os anos de 1901 e 1907.
O primeiro carro funerário foi criado nos Estados Unidos pelo proprietário de uma casa funerária. O H. D. Ludlow, era movido a motor elétrico e possuía um chassi de ônibus. O motor à combustão foi introduzido em 1909, quando a empresa Crane and Breed Company tornou-se a primeira fabricante oficial de carros funerários.
Desde então, muitos modelos de carros luxuosos foram adaptados ou produzidos para esse fim. Entre os principais estão: Chrysler, Lincoln, Jaguar, Mercedes-Benz, Volvo e Rolls Royce.
Cadillac (Foto: Pedro Ferreira)Veículo possui sete metros de comprimento e mantém características originais (Foto: Pedro Ferreira)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

RN ganha rede social para mortos

Ideia surgiu de três amigos em Caraúbas, numa conversa de mesa de bar.
Página contacom mais de 100 usuários e será lançada no Dia de Finados.

Uma plataforma digital, criada por três amigos na cidade de Caraúbas, na região do médio Oeste do Rio Grande do Norte, está utilizando uma plataforma para a construção de perfis de pessoas que já morreram. “É uma rede social pioneira em nosso estado”, afirma Antônio Farias, um dos idealizadores do site www.iheaven.me (eu no céu), que já conta com mais de 100 usuários cadastrados e dezenas de perfis criados.
A ideia surgiu durante um bate-papo descontraído numa mesa de bar, onde estavam o advogado Canindé de Freitas, o cientista da computação Luiz Júnior e o próprio Antônio Farias, que também é formado em ciência da computação. Os três amigos pretendem fazer o lançamento oficial da página numa data que não poderia ser mais sugestiva: “Dia 2 de novembro, Dia de Finados”, disse Canindé. “O cadastro dos perfis é inteiramente gratuito, basta acessar e se cadastrar”, complementou.

Homem viola túmulos no interior do RN para furtar objetos dos mortos

Fato aconteceu na madrugada desta segunda (17), na cidade de Baraúna.
De acordo com o delegado, pelo menos 30 túmulos foram danificados.

 

Túmulos foram violados durante a madrugada (Foto: Daniel  Jacinto/Cedida)Túmulos foram violados durante a madrugada (Foto: Daniel Jacinto/Cedida)
Os moradores da cidade de Baraúna, município localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, acordaram assustados na manhã desta segunda-feira (17). Segundo o delegado Márcio Lemos, um vândalo ainda não identificado violou vários túmulos do cemitério público da cidade em busca de objetos que foram enterrados juntamente com os mortos, como relógios, pulseiras, cordões e até dentes de ouro.
Pelo menos 30 túmulos foram danificados. "Em uma das covas, o caixão chegou a ser retirado. É de uma pessoa que foi enterrada há mais de um ano", acrescentou o delegado.
O vândalo usou as pás e as picaretas do próprio cemitério para destruir o que encontraram pela frente. A depredação resultou em várias cruzes de granito e de mármore quebradas, imagens de santo destruídas e vidros estilhaçados.
A polícia foi chamada para isolar a área e iniciar as primeiras investigações. O alvo dos criminosos foram, principalmente, os crucifixos de bronze. Doze cruzes foram encontradas dentro de um balde, deixado para trás.
Em contato com o G1, Márcio Lemos contou que o coveiro recebeu uma ligação durante a madruga, onde lhe disseram que estavam quebrando os túmulos do cemitério. O coveiro correu ao seu local de trabalho e ainda chegou a ver o suspeito. "Ele disse que era um homem moreno, de cavanhaque, mas que não deu para identificar", disse o delegado.

Greve dos coveiros de Natal faz famílias enterrarem seus mortos

Zeladores dos cemitérios públicos estão há 6 meses sem receber salários.

Os coveiros do Município de Natal entraram em greve depois de várias paralisações de advertência. De acordo com a categoria, no próximo dia 5 de outubro completam seis meses de atraso nos salários dos terceirizados da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Com isso, o serviço de enterrar os mortos ficou por conta das próprias famílias.
O Cemitério Público Bom Pastor I, por exemplo, foi fechado nesta terça (25) pelos coveiros. François Roque, que trabalha no local, contou que não há condições de continuar o serviço, porque o atraso se estende por muito tempo. "A gente tá sem dar de comer aos nossos filhos. Os cartões estão atrasados", reclamou o coveiro.
 
No Cemitério Público Bom Pastor II, a Inter TV Cabugi encontrou zeladores contratados pelas famílias para trabalhar. De acordo com o administrados do cemitério, Reginaldo Dantas, são as próprias famílias, também, as responsáveis por enterrar seus parentes.
A situação é problemática para 132 funcionários de uma empresa terceirizada que prestam serviços à Semsur. Todos, segundo apurou a reportagem, teriam sido demitidos no mês de maio passado. E até então, não teriam recebido os direitos relativos à rescisão contratual.
Coveiros em greve em Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
 
Coveiros estão em greve em Natal
(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Wilson Costa, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Higienização e Limpeza do Rio Grande do Norte (Sindlimp), representante dos zeladores e coveiros de Natal, afirmou que entrou com uma ação solicitando o bloqueio das faturas que a Prefeitura tem a acertar com a empresa. Wilson Costa disse que na última sexta-feira (21) foram repassados R$ 400 mil à terceirizada, que pagou apenas parte dos funcionários com o dinheiro.
Já a Semsur, afirmou que os R$ 400 mil serão repassados para a empresa até o fim desta semana, e que a dívida será quitada. Sobre a rescisão contratual dos ex-funcionários, a Secretaria anunciou que só se pronunciará depois de uma audiência de conciliação marcada com a Prefeitura e o Sindlimp no próximo dia 5 de outubro, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Administradores do cemitério do Caju são presos em operação contra crimes ambientais

Segundo a polícia, crematório e ossário funcionavam sem licença ambiental


A operação da Secretaria de Segurança Pública no cemitério do Caju, na zona portuária do Rio, terminou com dois administradores do estabelecimento presos na tarde desta terça-feira (25). Lá, os agentes da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) constataram irregularidades no crematório e no ossário. 

Durante ação, os administradores não apresentaram as licenças ambientais para o funcionamento dos locais. Além disso, eles não souberam explicar outros problemas encontrados no cemitério, como despejo de ossada de forma ilegal em dois terrenos aos fundos do cemitério, armazenamento irregular no ossário com indícios de produção de necrochorume (substância tóxica poluente) e indícios de exumação de corpos.
Além da DPMA, a operação conta com o apoio de policiais do Batalhão Florestal da PM, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal e CICCA (Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais).
A Santa Casa da Misericórdia informou por meio de nota que está providenciando toda a documentação necessária para a retomada das atividades normais do Crematório do Caju. A entidade acrescenta que possui alvará de funcionamento para o Crematório, certificando que a unidade está em condições adequadas para realização das incinerações.
No local, são incineradas as arcadas ósseas provenientes de todos os 13 cemitérios administrados pela instituição. Mensalmente, a Santa Casa realiza cerca de 250 cremações de corpos, independentemente da incineração de restos mortais, feitas nos casos em que a ossada não é procurada pela família após o prazo da exumação.
No primeiro semestre deste ano, a instituição filantrópica realizou obras de expansão para aumentar o número de capelas velatórias e fornos crematórios.
Quatro presos na Baixada Fluminense
A ação desta terça-feira, que ganhou o nome de Dignidade 2, é um desdobramento de um trabalho iniciado em julho passado, que resultou na prisão de quatro suspeitos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na primeira fase da operação, os agentes fizeram varreduras em três cemitérios de Duque de Caxias.
Os agentes encontraram o despejo de ossadas de forma ilegal a céu aberto, o suposto desaparecimento do corpo de uma criança, falta de licença ambiental, falta de alvará, irregularidade na lavagem dos corpos, além do mau cheiro produzido pelos corpos lançados diretamente no lençol freático.
 Assista ao vídeo:

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dominicanos apostam no turismo de cemitério



Orlando Barria | Agência EFE

  • Projeto irá criar rotas de turismo em cemitério histórico
O histórico Cemitério Municipal da Avenida Independência de Santo Domingo será submetido a uma reforma para atrair os milhares de turistas que visitam esta cidade, e também poderão conferir túmulos de escritores, poetas e heróis independentistas deste país caribenho. Construído em 1824, durante a ocupação do Haiti do então lado espanhol da ilha, este cemitério se encontra em um avançado estado de deterioração, com túmulos destruídos e lápides mal sinalizadas, apesar do esforço de seus funcionários, que se empenham em mantê-lo limpo para receber os poucos turistas e estudantes que costumam andar pelo local em datas históricas.
O cemitério, inaugurado no dia 29 de agosto de 1824 e situado na Cidade Nova, abriga chamativas esculturas em mármore branco e que, segundo os historiadores, datam dos séculos 19 e 20 e são originárias da Itália.
Famosos e história - Declarado Patrimônio Histórico em 1987, o cemitério abriga túmulos de poetas, escritores, historiadores, pintores e heróis da Revolução de Abril de 1965, que enfrentou insurgentes dominicanos, fuzileiros americanos e deixou milhares de mortos.
Durante anos, o local também foi morada do patriota e educador porto-riquenho Eugenio María de Hostos e um dos criadores do hino nacional, José Reyes e Emilio Prud'Homme, restos que hoje descansam no Panteão Nacional, situado em Santo Domingo.
Em valas comuns, entre cruzes e lápides, o cemitério também abriga as incontáveis vítimas do furacão que devastou a nação caribenha em 1930, o San Zenón.
Dessa maneira, as autoridades da Prefeitura do Distrito Nacional (DNA) trabalham em um plano para resgatar a imagem desse cemitério como um atrativo ponto turístico.
Patrimônio - O projeto consiste em um levantamento patrimonial histórico do cemitério, construído durante a ocupação do Haiti entre 1822 e 1844, e é comandado pela arquiteta Diana Martínez, que, no entanto, não quer adiantar à imprensa mais detalhes sobre essa reforma.
Segundo o anunciado pelo DNA, a iniciativa busca localizar os túmulos e determinar quais são de caráter histórico para incluí-los na chamada Rota Turística, um projeto unido à Estrada do Coral, que também pretende atrair turistas à cidade de Santo Domingo.

Cemitério tenta serrar caixão para caber em cova e revolta familiares





Familiares de Evanderson Menezes Marques, de 21 anos, lamentam do descaso da administração do cemitério Santo Amaro, em Campo Grande, com o enterro do rapaz neste domingo (23). Conforme a família do rapaz, o caixão era maior do que a cova aberta e funcionários do cemitério tentaram serrar o caixão para que coubesse no túmulo.
Segundo Everton Menezes Marques (35), irmão de Evanderson, após a revolta da família com a situação, a administração do cemitério acabou cedendo outra cova. “Foi uma falta de consideração com a dor da família. Eles acabaram arranjando outra cova com duas gavetas, mas queriam que pagássemos a diferença.”, explica.
Evelin Paula Menezes Marques (28), irmã do rapaz, explica que o enterro só foi realizado duas horas após a chegada do caixão no cemitério. “Um descaso total. Os funcionários foram muito mal preparados para este tipo de situação. Várias pessoas que estavam no local também se revoltaram, só por isso conseguimos um outro túmulo.”, comenta.
Cemitério
A administração do cemitério informou que as sepulturas são padronizadas e que o erro foi da empresa que fez o caixão.
“A funerária mandou o caixão maior que a cova. O tamanho padrão da gaveta é de 2,20m e os caixões medem em média 1,90m, com no máximo 2,10m. Expliquei à família que o erro foi da Pax MS, mas eles estavam transtornados e se quer consideraram isso. Agora eu que vou ter que assumir o prejuízo pelo erro deles.”, explica o auxiliar do cemitério, Marcos da Silva Vargas.
Causa da morte
De acordo com a família, Evanderson morreu em um acidente de trabalho, na usina Agrisul, em Sidrolândia. Ele faleceu por volta das 9h30, enquanto tentava desatolar um caminhão da empresa.
Conforme o boletim de ocorrência, o rapaz teria sido imprensado pelo veículo em um escavadeira. O enfermeiro da empresa teria sido convocado para realizar os primeiro socorros, porém Evanderson já estaria morto.
A família reclama que a empresa não oferecia equipamentos de segurança e treinamento para prevenção de acidentes. “Ele nunca teve um treinamento de segurança no trabalho. A empresa enviou apenas uma assistente social para conversar com a gente e mais nada.”, relatam os pais de Evanderson que preferiram não se identificar.
Eles contam ainda que o filho auxiliava a família com sua renda e estava muito feliz no trabalho. “Era seu primeiro emprego. Ele já tinha feito um curso e disse que iria para Maracaju, onde ia ganhar melhor até.”, conta a mãe de 55 anos.
O falecimento do rapaz foi registrado como morte a esclarecer.
Pax MS
A empresa Pax MS se manifestou na tarde desta segunda-feira (24) sobre o tamanho do caixão adquirido para o enterro de Evanderson Menezes Marques.
A empresa esclarece que ficou responsável apenas por parte do velório e que não teve qualquer tipo de responsabilidade quanto ao tamanho do caixão, que teria sido disponibilizado pela Pax Bom Jesus, de Sidrolândia.
A Pax MS esclarece também que apenas realizou o traslado da família entre o local aonde o corpo foi velado - em Campo Grande, e o cemitério.
Após muita discussão, a administração do cemitério decidiu disponibilizar uma cova maior
(Matéria editada às 15h38 para acréscimo de informações )

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Serenata da família Tiso traz melodia a cemitério em Três Pontas

 

Músicos se apresentam há mais de 20 anos em frente ao túmulo dos Tiso.
Cerca de 100 pessoas acompanharam a família no Cemitério Municipal.

 
O Sol começa a cair no fim da tarde enquanto a multidão se aglomera no Cemitério Municipal de Três Pontas (MG). Longe de ser uma despedida, músicos, amigos e conhecidos se encontram em frente ao túmulo da Família Tiso. É assim há mais de 20 anos.

Dona Aparecida Tiso conta como começou a hoje tradicional Serenata dos Tiso. "O nosso tio Mario Tiso tinha paixão por uma música que chamava A Lenda do Beijo, e ele falava assim: quando eu morrer vocês tem que prometer que vão fazer uma serenata pra mim." Mario morreu em 1975. Na noite em que ele partiu, os moços mais novos da família estavam em um bar e resolveram fazer a serenata para o tio Mario. Eles pularam o muro do cemitério e realizaram a primeira cantoria que, gostando da ideia, a família passou a repetir todos os anos. Dona Aparecida é sobrinha do primeiro homenageado.
Serenata da família Tiso fecha a programação diurna do Festival Música do Mundo em Três Pontas. (Foto: Samantha Silva / G1)Serenata da família Tiso fecha a programação diurna do Festival Música do Mundo em Três Pontas. (Foto: Samantha Silva / G1)
A família Tiso já é conhecida na cidade por sua antiga linhagem de músicos. O mais famoso entre eles, Wagner Tiso, é companheiro de composições de outro ícone trespontano, Milton Nascimento. O túmulo da família é enfeitado por claves de Sol, simbolizando a história musical de seus membros.

 
Hoje é o cemitério que abre seus portões para essa homenagem anual à música brasileira. Este ano, a Serenata se juntou a programação do Festival e cerca de 100 pessoas se reuniram em volta do grande túmulo dos Tiso até o cair da noite. Em coro, acompanharam o violão, piano, baixo e saxofone no velho samba de Edson e Aluísio, como que contando a história de '75: "Antes de me despedir, deixo ao sambista mais novo, o meu pedido final: Não deixe o samba morrer..."

A programação do festival continua no palco da Praça do Centenário com as bandas Beatriz Rodarte (BH), A Bendita (BH), Marcello Dinis (Divinópolis), Soul do Bem (Congonhas) e o grupo convidado Änïmä Minas (Três Pontas).

Cão fiel espera dono há seis anos ao lado de túmulo em cemitério

 

Argentina - Um cão fiel recusa-se a sair ao lado do túmulo de seu dono há seis anos, na Argentina. O Pastor alemão de estimação, Capitan fugiu depois que seu proprietário, Miguel Guzman, morreu em 2006. Uma semana depois, a família de Guzman foi prestar homenagens em seu túmulo e encontrou o cão, bem triste, sentado ao lado da lápide e uivando. Desde então, Capitan poucas vezes deixa o local no cemitério.
Guzman comprou Capitan como um presente para seu filho Damian de 13 anos, em 2005, mas veio a falecer de repente em março do ano seguinte.
Verônica, viúva de Guzman, relatou que a família procurou pelo animal, que tinha desaparecido e chegou até a pensar que o cão tivesse sido atropelado e morto.
A história de Capitan é parecida com a de Hashiko, da raça Akita, que dizem ter esperado seu dono voltar para casa por nove anos em uma estação de trem de Tóquio. Desde maio de 1925, após a morte de seu proprietário, Hidesaburo Ueno.
Cão segue os passos de Hashiko, que esperou seu dono voltar para casa por nove anos | Foto: Reprodução Internet
Cão segue os passos de Hashiko, que esperou seu dono voltar para casa por nove anos | Foto: Reprodução Internet