sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cemitérios de Criciúma não têm controle ambiental

        

O município de Criciúma conta com 15 cemitérios, quatro deles administrados pela Sociedade Matogrossensse de Empreendimentos (Somatem) e os outros 11 administrados pela Igreja Católica. No entanto, nenhum deles contam com controle ambiental dos resíduos liberados pelos cadáveres.

A explicação é que todos eles têm mais de 20 anos, e na época em que foram criados os licenciamentos e regras ambientais para construção de cemitérios ainda não existiam. "Hoje em dia existem empresas querendo implantar novos cemitérios em Criciúma, e elas estão sujeitas a todas as questões de licenciamento ambiental com a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri)", afirma Giovano Izidoro, presidente da Famcri.

Para fazer o controle de contaminação dos cemitérios, para que o chorume dos cadáveres não escorra para o solo e alcance os lençóis freáticos, é necessário que seja feita a compactação de fundo do cemitério e o controle do entorno dele, para que não haja migração da contaminação. "Como esses cemitérios são muito antigos, o que era para ter sido contaminado, já foi. É quase impossível tomar essas medidas, uma vez que seria necessária a remoção completa do cemitério e dos corpos. Sabemos que esta não é a situação ideal, mas é assim que vai ficar", explica Izidoro.

A Somatem administra os locais por meio de uma licitação que deu à empresa a concessão de 25 anos da administração dos cemitérios do Rio Maina, São Luiz, Sangão e Brasília. Todos têm alvará de funcionamento. Os outros cemitérios, que são em sua maioria particulares e administrados pela Igreja Católica, recebem a ajuda da comunidade - ou cooperativas ou associações - que tem túmulos nos locais. Estes cemitérios não precisam de alvará de funcionamento.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Homem de 27 anos estupra cadáver de idosa de 84 anos

Ela estava enterrada há 7 dias. 

O homem foi encontrado em flagrante e era conhecido da familia

Túmulo revirado e cadáver violado
Túmulo revirado e cadáver violado

Foi divulgada a notícia de um homem de 27 anos foi preso na cidade de Tamboril, Ceará, após violar um tumulo e ser flagrado fazendo sexo com o cadáver de uma mulher de 84 anos que havia sido enterrada 7 dias antes. O túmulo fica no Cemitério São Pedro. A família da idosa ficou revoltada e ameaçou punir o acusado “com as próprias mãos”, caso não receba a sentença que merece.
João Paulo Cardoso Cisquin, conhecido Tiririca, e que é conhecido da família da idosa, foi preso à tarde. Segundo os soldados Bonfim e Alves, do destacamento local, a invasão ao jazigo foi percebida às 6h30, pelo responsável Raimundo Coveiro. A família foi comunicada e acionou a polícia imediatamente. Os militares constaram o crime assim que chegaram ao local.
A polícia ainda disse que o homem afirmou no depoimento que, além de conhecer a morta tinha ido ao sepultamento da idosa. De acordo com o delegado, o preso confessou que era alcoólatra. “Ele assumiu que estava bebendo na madrugada, pulou o muro do cemitério e foi em busca do túmulo da mulher sem nenhuma justificativa”, disse o Delegado. Pelo ato ter acontecido sete dias após sua morte, cogitou-se a possibilidade de se tratar de um ritual de magia negra. Preso, Tiririca, que morava na mesma localidade da violentada, confessou que tirou o corpo do túmulo e praticou sexo.
Ele foi autuado em flagrante na Delegacia Regional de Polícia Civil de Crateús nos artigos 210 (violação de túmulo) e 212 (vilipêndio a cadáver). Durante conversa com policiais, João Paulo não demonstrou nenhum sinal de arrependimento e chegou a rir, quando perguntado sobre o crime. Os familiares pedem punição severa para o homem.
O delegado regional de Crateus, Ricardo Savôldi, afirma que, em 12 anos de carreira, ainda não tinha acompanhado crime tão bárbaro. "O homem estava fora de si, até pelo uso constante de bebida alcoólica", disse. O inquérito foi encerrado e enviado para a Justiça. O homem foi preso na Cadeia Pública de Tamboril e vai responder pelos crimes com penas que variam de um a três anos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Restaurante indiano oferece chá na companhia de mortos


Restaurante indiano oferece chá na companhia de mortos

Construção de ferrovia força destruição de túmulos na Grã-Bretanha

Milhares de túmulos serão destruídos para a construção de uma linha de trem de alta velocidade entre Londres e Birmingham

  • Milhares de túmulos serão destruídos para a construção de uma linha de trem de alta velocidade entre Londres e Birmingham
O governo britânico anunciou a desocupação de milhares de túmulos para a construção de uma linha de trem de alta velocidade entre Londres e Birmingham, cuja construção deve ocorrer até 2026.

O anúncio provocou arrepios em muitas pessoas. Mas por que nos sentimos assim?

E, num mundo em que os espaços são cada vez mais disputados, o que deve ser deixado intocado sob a terra?

A escavação da linha de trem HS2 deve passar bem em cima de antigos cemitérios ingleses, afetando os restos mortais de cerca de 50 mil pessoas.

E não é só entre Londres e Birmingham que velhos túmulos estão em perigo: em Salford, próximo a Manchester, ativistas estão protestando contra um empreendimento previsto para ocupar um cemitério com 300 túmulos. Nos EUA, o Departamento de Aviação de Chicago está finalizando um projeto para remover 1.500 túmulos e usar a área para uma nova pista do aeroporto internacional de O'Hare.

Além disso, e rede de supermercados Walmart foi criticada por pedir autorização para construir em um terreno no Estado americano do Alabama que acredita-se ser um antigo cemitério de escravos.

Sempre existiram empreendimentos dispostos a macular terrenos considerados sagrados. Nos anos 1860, quando foi construída uma linha ferroviária para a estação londrina de St Pancras, o escritor Thomas Hardy, na época um estudante de arquitetura, esteve entre o grupo de pessoas convocadas para escavar velhos túmulos presentes no local.

Tabu

Natasha Powers, da parte de arqueologia do Museu de Londres, diz que, nas grandes cidades, sobraram poucas terras intocadas. "Deparar-se com restos humanos é algo razoavelmente comum", explica.

Powers é encarregada de estudar os restos humanos exumados durante projetos imobiliários e examinar os ossos em busca de informações sobre saúde, doenças e informações demográficas da época em que os corpos foram enterrados.

Ela trabalhou, por exemplo, nas escavações de um empreendimento comercial e residencial no leste de Londres, em uma área que antes era um monastério medieval, que abrigava 10,5 mil restos mortais.

"O ônus sempre é na dignidade (das pessoas)", ela opina. "Há casos em que os restos estão enterrados tão profundamente que precisam ser escavados com máquinas. Mas em geral usamos espátulas, lentamente e com cuidado."

Mas se escavações do tipo são tão comuns, por que nos causam tanto incômodo?

"A morte é o último tabu, numa época em que absolutamente todo o resto já foi desconstruído", opina Brian Draper, palestrante associado no Instituto de Cristianismo Contemporâneo de Londres. "A ideia de deixar os mortos descansarem em paz mostra que gostamos de manter sagrada essa última etapa desconhecida da vida e da morte."

Exumação

A exumação de corpos é sujeita a regras rígidas na Grã-Bretanha. Na Inglaterra e no País de Gales, o Ministério da Justiça precisa conceder uma licença de remoção dos restos mortais; depois, é preciso cumprir normas ditadas por instituições como igrejas e órgãos de patrimônio histórico.

É preciso também organizar também um novo enterro, em geral em cemitérios de regiões próximas à da exumação.

Para Draper, a ausência de parentes vivos dos corpos exumados é vista, por alguns, como critério para as escavações.

"Alguns argumentam que o funeral é mais em benefício dos vivos do que dos mortos. Nesse sentido, no momento em que essa conexão com os vivos é perdida, perde-se a razão por trás do 'descanse em paz'."

Para empreendedores, essa costuma ser a visão adotada.

Em grandes projetos de infraestrutura como o HS2 entre Londres e Birmingham, a opinião é de que o precedente já foi estabelecido e não há tempo para arrepios.

Os planos para a linha de trem de 33 bilhões de libras (cerca de R$ 100 bi) foram aprovados pelo governo em janeiro e preveem a construção de um terminal sobre um cemitério do século 19 em Birmingham. Outro cemitério antigo também deverá ser afetado no centro de Londres.

O chefe de engenharia e operações do HS2, Tim Smart, diz que "seria diferente se fosse a avó de alguém que estivesse sendo exumada, mas (os corpos a serem afetados) têm cerca de 100 anos. Estamos falando de cemitérios desativados, que não receberam novos corpos no último século. As pessoas entendem que é melhor afetar esses locais do que provocar outros inconvenientes".

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Bandido rouba coveiro em pleno cemitério Municipal em Sousa



Bandido rouba coveiro em pleno cemitério Municipal em Sousa; Confira
A vítima é o senhor Francisco Wellington de Sousa, 41 anos, casado, morador da Rua Projetada, Bairro André Gadelha em Sousa. 

Por volta das 15:35h desta segunda-feira (18), o coveiro estava trabalhando no Cemitério Municipal, quando foi surpreendido por um indivíduo que passou a lhe ameaçar de morte. 

O acusado de forma violenta, subtraiu um par de botas e uma roçadeira pertencente ao coveiro, e quando tentou foragir acabou sendo capturado pela Polícia Militar que havia sido acionada por testemunhas, e rapidamente esteve no local.

O indivíduo identificado como Silvan Nascimento, vulgo ''Buchudo'', foi preso e conduzido até a Delegacia juntamente com o material apreendido.

Preocupação com o lençol freático



JÉSSICA BENITEZ
Da Reportagem

Começou ontem o trabalho de inspeção realizado pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) em cemitérios de Cuiabá e Várzea. A visita inicial, coordenada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea), ocorreu na unidade privada Parque Bom Jesus, no bairro Parque Cuiabá. Um fiscal da prefeitura de Cuiabá também acompanhou a averiguação.

“Acho bastante válida e necessária essa iniciativa. Ao contrário do muitos pensam, quando uma pessoa morre não basta apenas enterrá-la. Há todo um processo por trás disso para que a natureza e a população não sejam prejudicadas”, ilustra o administrador do Parque Bom Jesus, Silvio Müller.

Com mais de 35 anos de existência, o cemitério possui pouco mais de 34 mil sepulturas, sendo que apenas 40% de sua capacidade foi utilizada. Jazigos verticais (blocos) estão dentre as opções de sepultamento. Cada gaveta tem capacidade para oito pessoas. Para certificar que tamanha demanda não está prejudicando a água, existem 11 poços de monitoramento do lençol freático no lugar.

Pensando exatamente em questões ambientais, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) criou a resolução 335 no ano 2003. Trata-se um conjunto de normas a serem seguidas por administradores de cemitérios garantindo que o local funcione de forma licenciada. Conforme o avanço urbano acontece nos arredores dos cemitérios, os critérios para realizar o licenciamento ficam mais rigorosos.

“Se não houver o devido controle, a saúde dos moradores pode ficar comprometida. Putrecina e cadaverina, por exemplo, são substâncias que o cadáver solta durante o processo de decomposição e que podem causar sérios danos quando entram em contato com um ser vivo. Sem contar outros vírus e bactérias que têm esse mesmo efeito”, explica o fiscal do Crea, Reynaldo de Magalhães Passos.

As visitas ocorrem até quinta-feira. Os resultados serão enviados a Prefeitura de Cuiabá, bem como de Várzea Grande e também o Ministério Público Estadual em forma de relatório. Cada unidade terá um parecer correspondendo às respectivas inadequações. 

O cemitério de Santana do Livramento é interditado

Veja aqui.

Vale a pena Visitar


Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Viúva usa túmulo de marido como hotel na Argentina

Viúva usa túmulo de marido como hotel na Argentina

Mausoléu está equipado com computador, cozinha, cama e internet

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Reprodução/clarin.com
Túmulo onde Adriana Villareal passava as noites em que visitava o marido, no litoral da Argentina

Uma mulher, identificada como Adriana Villareal, foi descoberta ao usar o túmulo do marido, Sergio Reneé "Checho" Yede, como local para descanso em suas visitas à Misiones, cidade no litoral da Argentina. O local era equipado com computador, internet, cozinha e cama.

Segundo o jornal argentino Clarín, Adriana mora em Buenos Aires e visita o marido a cada dois meses. Durante a estadia, ela dormia junto ao marido.

O "hotel" de Adriana foi descoberto depois que pessoas que visitavam o cemitério reclamaram que, de dentro do mausoléu onde Yede está enterrado, "saia música em alto volume" e que isso estava "afetando a tranquilidade" do local.

Funcionários do cemitério reportaram o caso à inspetores do município, que foram até o túmulo que, segundo eles, "está equipado como uma casa".

De acordo com a polícia local, Adriana atendeu os inspetores vestida de pijama e que não aparentava ter distúrbios mentais, além de demonstrar ter "boas condições econômicas".

Ainda segundo a polícia, Adriana passava o Natal e o Ano Novo com o marido, cujo corpo esta embalsamado e seu rosto pode ser visto através de um vidro.

Um funcionário do cemitério, em entrevista ao Clarín, revelou que o funeral do homem foi "uma cerimônia particular" e que houve música e uma reunião entre amigos.

Adriana falou com a imprensa argentina e disse que dormia com o marido porque "não podia pagar para ficar em um hotel". A viúva construiu o mausoléu com o dinheiro que o marido guardava para uma reforma na casa do casal.

Adriana revelou ainda que não tem medo de dormir ao lado do caixão e que "os mortos não fazem nada, quem faz são os vivos".

— Meu marido merece isso e muito mais, ele era uma pessoa muito boa.

A argentina foi notificada e informada de que, após as 19h, não é permitida a permanência no cemitério. O túmulo foi interditado e a polícia local foi até o cemitério, mas Adriana já havia voltado à Buenos Aires.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perigos do necrochorume são ignorados por coveiros de RC



A febre tifoide, a febre paratifoide e a hepatite (Hepatite A) infecciosa são exemplos de doenças causadas pela contaminação por necrochorume
A febre tifoide, a febre paratifoide e a hepatite (Hepatite A) infecciosa são exemplos de doenças causadas pela contaminação por necrochorume
Antonio Archangelo

A superlotação dos campos-santos aumenta a exposição de riscos aos trabalhadores do setor. Em Rio Claro, mesmo com indícios de contaminação no Cemitério Municipal “São João Batista”, os coveiros pouco sabem sobre os riscos ocasionados pela exposição ao solo contaminado. Atualmente, os seis coveiros recebem para enterro e exumação de cadáveres luvas emborrachadas e máscaras, porém não recebem acompanhamento especializado para o esclarecimento da situação. “Seria bom haver alguma palestra ou até mesmo um acompanhamento para garantir nossa saúde”, comenta um dos servidores. Os trabalhadores recebem insalubridade, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, entre 20% e 40% por riscos biológicos. Porém pelo menos um servidor já ganhou na Justiça a revisão do benefício devido a questionamento do valor. “A insalubridade está sendo calculada em cima do mínimo, e o correto é em cima de nossos salários”, comenta um dos coveiros que questionam a situação na Justiça.

“Pouco ou nada sabemos ainda sobre os riscos do necrochorume. Nunca passamos por uma capacitação. Aqui os mais velhos ensinam aos mais novos e tomamos medidas simples para garantir nossa saúde”, diz. “Sabemos da politicagem que impede a construção de um novo cemitério, porém seria o ideal”, revela.

Três anos é o tempo estabelecido para que um corpo tenha as chamadas partes moles apodrecidas, restando apenas ossos, dentes, cabelos e unhas. Esse tempo pode variar, dependendo da idade do morto, doenças que teve (incluindo a causa mortis), tipo de remédios que tomou, drogas que ingeriu, tipo de sepultamento que teve (com pastilhas, mantas absorventes, tipo de urna e jazigo) e, também, o tipo de solo em que ocorreu o sepultamento. Durante os primeiros 6 meses, cada cadáver produz em média de 30 a 40 litros de necrochorume, sendo que o processo completo pode chegar a cinco anos em condições normais.



2011

No ano passado, uma denúncia relatava a falta de luvas adequadas para o trabalho, além de número limitado de funcionários para a limpeza e ausência de sacos para a retirada de ossos.

O relato que chegou, na época, ao sindicato apontava para a disponibilização de luvas cirúrgicas que rasgavam com facilidade durante a limpeza dos túmulos, na retirada dos ossos e exumação de cadáveres, colocando em risco a saúde dos servidores. “A falta de funcionários para limpeza faz com que os mesmos acumulem serviço, assim como o transtorno de não ter onde depositar os ossos retirados. Os servidores já cogitam até a hipótese de cada um comprar seu equipamento para a realização do trabalho. Isso é um absurdo do ponto de vista trabalhista”, apontava circular encaminhada à imprensa na época.

Neste ano a prefeitura diz que essa situação não existe. A administração do cemitério municipal informou que as luvas utilizadas pelos funcionários são adequadas e existem em quantidade suficiente. Essas luvas emborrachadas e adequadas para o trabalho são fornecidas diretamente pelo Serviço de Atendimento ao Servidor. Nos últimos dois meses, três novos servidores foram incorporados ao quadro de funcionários do cemitério, elevando para nove servidores trabalhando no local, quantidade considerada, por enquanto, suficiente para os trabalhos desenvolvidos. Ainda, segundo a administração do cemitério, há, sim, local para depositar os ossos retirados, uma vez que existem dois ossários que dão conta dessa demanda. A atual administração também providenciou sacos de exumação, com identificação, para a retirada dos restos mortais tanto das sepulturas, quanto das quadras gerais. Foram adquiridos mais de três mil sacos de exumação, e ainda há esse material em estoque. Além disso, é preciso observar que a maioria das famílias que utiliza as gavetas funerárias do cemitério providencia sepultura própria para os restos após o uso dessas gavetas.

Contaminação

A decomposição dos corpos produz uma substância líquida chamada necrochorume, que é composta por micro-organismos infecciosos, como bactérias e vírus. Calcula-se que cada cadáver libere, em média, 200 ml de necrochorume por dia durante, pelo menos, seis meses. Segundo Alberto Pacheco, professor da USP (Universidade de São Paulo) e pesquisador do Cepas-USP (Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas), quando o líquido entra em contato com o lençol freático por conta de “rachetas” (rachaduras), ele pode se espalhar e afetar quem vive nas proximidades, principalmente por meio de poços artesianos da região. “Há casos históricos (...) na Europa”, diz o hidrogeólogo, relembrando os surtos de febre tifoide ocorridos em Berlim, na Alemanha, e Paris, na França, durante a década de 1970. Ele também enfatiza que, além da febre tifoide, a febre paratifoide e a hepatite infecciosa, essencialmente a hepatite A, são exemplos de doenças causadas pela contaminação do necrochorume.

Para Alberto Pacheco, são necessários projetos de construção ou adaptação de cemitérios baseados em estudos de geotecnia, com o enfoque nas características do solo e na profundidade das águas subterrâneas. De acordo com o professor, o solo deve ter capacidade de filtrar as bactérias e absorver os vírus. Afirma ainda ser fundamental, durante os sepultamentos, manter uma distância mínima de 1,5 m do lençol freático, “para evitar qualquer possibilidade de contaminação”.

A jornalista Fernanda Felicioni, autora do livro “A Ameaça dos Mortos – Cemitérios põem em risco a qualidade das águas subterrâneas”, diz que alguns especialistas apontam a cremação como uma alternativa para esse problema e o da superlotação nos cemitérios, mas isso esbarra em questões culturais e religiosas. Devido à falta de jazigos, houve um aumento no uso dessa técnica nos últimos anos, porém isso ainda representa uma parcela mínima do total de pessoas mortas. “No entanto, é preciso lembrar que a cremação também polui o meio ambiente, no caso o ar”, afirma a jornalista, alegando que a maior parte dos crematórios utiliza sistemas avançados de filtragem da fumaça justamente para tentar reduzir os gases do efeito estufa.



Funeral verde

Em vários países, novos métodos são desenvolvidos para uma destinação mais ecológica de cadáveres humanos. No estado norte-americano da Califórnia, há um projeto de lei, do deputado republicano Jeff Miller, que visa a permitir a utilização de uma tecnologia funerária menos poluente. Em vez da cremação, é feita a hidrólise alcalina, um processo químico que dissolve os corpos e, por isso, reduz a emissão de gases do efeito estufa. Já o freeze-dry, utilizado na Suécia desde 2005, é considerado uma das alternativas mais corretas do ponto de vista ecológico. A técnica consiste em congelar e desidratar o cadáver por meio da utilização de nitrogênio líquido a -196°C, transformando o corpo em pó após um processo de vibração. Esse pó é colocado em uma caixa feita de amido de milho ou batata, em cova rasa, para o plantio de uma árvore, a fim de que sejam aproveitados todos os nutrientes e não reste nenhum resíduo dentro de seis meses a um ano. (com informações de http://aameacadosmortos.blogspot.com.br)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Criança acorda e pede água no meio de seu velório, diz família

Uma criança de dois anos acordou, sentou no caixão e bebeu um copo de água durante seu próprio velório no sábado (2), em Belém, segundo parentes e pessoas presentes no local. Depois disso, o menino Kelvys Simão dos Santos foi levado para o hospital, mas chegou morto.
A Polícia Civil do Pará investiga se houve erro médico na declaração da "primeira morte", mas, na ilha de Cotijuba, em que o fato ocorreu, há quem diga que foi um milagre ou algo sobrenatural. Havia cerca de 50 pessoas no velório.
Kelvys foi internado em um hospital estadual com febre e falta de ar na sexta-feira (1). À noite, o hospital constatou a morte da criança. A declaração de óbito aponta como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e desidratação.
As cavidades de seu corpo foram tamponadas e Kelvys foi colocado em um "lençol de cadáver", que é uma espécie de saco plástico, para depois ser levado à funerária.
Segundo o hospital, ele passou cerca de três horas sem poder respirar. A família, porém, diz que retirou os algodões de suas narinas e boca e abriu o saco plástico.
Durante o velório, segundo a pastora Maria Raimunda Batista, ele "estava se mexendo o tempo todo".
O pai do menino, o agricultor Antônio dos Santos, diz que por volta das 14h as pessoas presentes começaram a fazer massagem cardíaca no menino, até que ele cuspiu restos de algodão que haviam sido colocados em sua boca.
Logo depois, diz, o menino sentou no caixão e disse "Pai, água".
"O povo entrou em pânico, a avó dele desmaiou. O pai e a mãe dele ficaram muito felizes", disse a pastora. O menino foi levado ao hospital imediatamente, segundo o pai, mas já chegou morto.

INVESTIGAÇÃO
O pai do menino diz acreditar que a criança reagiu aos medicamentos que haviam sido dados no hospital na tentativa de ressuscitá-lo depois que o óbito já havia sido declarado, e por isso acordou no velório.
A direção do hospital afirmou, em nota, que só será possível esclarecer o episódio caso o corpo da criança seja exumado.
De acordo com a Polícia Civil, a depender dos depoimentos colhidos na fase preliminar da investigação pode ser determinada a abertura de inquérito e feito o pedido de exumação.
O hospital deixou a investigação a cargo da polícia. "Se a criança estivesse viva, ela não ia aguentar ficar tanto tempo tamponada. Por isso que achamos estranho e queremos também uma explicação", afirmou a diretora do Hospital Regional Abelardo Santos, Vera Cecim.

Gordura de cadáver de obesa danifica filtro de ar e provoca incêndio em crematório

Um cadáver de uma mulher obesa pode ter provocado um incêndio que quase destruiu um crematório na Áustria, segundo a imprensa local.

O caso ocorreu na cidade de Graz em meados de abril.

Segundo a Fox News, porções de gordura em chamas do cadáver da mulher de quase 200 quilos bloquearam um filtro de ar, o que levou ao superaquecimento e a um incêndio.

Os bombeiros conseguiram controlar as chamas jogando água pelo sistema de ventilação, segundo o "Daily Mail".

Mas o dano provocado obrigou o crematório a ficar fechado durante vários dias.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Zeladores costuram corpos


A falta de auxiliares de necropsia suficientes no IML tem gerado situações de improviso e demandas ilegais. Com a grande quantidade de corpos para deslocar (da geladeira para as mesas e macas), serrar crânios e abrir tórax, os servidores passaram a “terceirizar” o serviço de fechamento dos cadáveres.

A função, exclusiva do auxiliar de necropsia, passou a ser feita em várias ocasiões pelos zeladores do prédio. Segundo O POVO apurou, na hora do sufoco por não conseguir fechar de 13 a 25 corpos, alguns servidores do IML pagam R$ 1,00 por cadáver costurado por funcionários terceirizados da limpeza. “Não é certo, mas é muito o serviço para dois ou três auxiliares por plantão”, constata uma fonte.(DT)

Números

751
corpos foram necropsiados nos primeiros quatro meses deste ano. Todos vítimas de homicídios à bala registrados na Grande Fortaleza. 

537
cadáveres, vítimas de assassinatos por arma de fogo, foram examinados nos primeiros quatro meses do ano passado. Médicos do IML denunciam que os números referentes a homicídios são subfaturados. 

28,5%
foi o aumento registrado em igual período (quatro primeiros meses de 2011 e 2012) em relação aos assassinatos à bala.

Homem viola túmulo e faz sexo com cadáver de idosa



Um homem é acusado de violar um túmulo e manter relações sexuais com o cadáver de uma mulher de 82 anos, no Cemitério São Pedro, no distrito de Sucesso, no município de Tamboril, a 301 km de Fortaleza, no último sábado, 2. 

De acordo com informações da Delegacia Regional de Crateús, a Polícia encontrou o corpo da idosa, que havia sido enterrada há sete dias, fora do caixão. Em seguida receberam informações de que um homem de 27 anos, conhecido como “Tiririca”, havia dito em um bar que teria praticado sexo com um cadáver. 

A Polícia prendeu o homem e informou que durante o depoimento ele não teria apresentado sinais de arrependimento. O acusado teria planejado o vilipêndio e participado do enterro da idosa para saber onde seria enterrado o corpo. Em depoimento dado à Polícia, Tiririca afirmou que estava sob efeito de cachaça. 


O acusado afirmou que pulou o muro do cemitério e utilizou uma pedra de calçamento para violar a sepultura. Depois de quebrar a parede do túmulo, puxou o caixão, abriu as duas travas e colocou o corpo da idosa no chão. Tiririca afirmou que após o ato, pulou o muro e dormiu na rua próxima ao cemitério. 

Vou Comprar um Cemitério



O governo vai licitar a administração dos cemitérios do Rio de Janeiro. A Santa Casa, entidade sem fins lucrativos que por anos deteve o domínio do negócio, ao que parece não aprendeu como se presta um bom serviço.Mesmo conhecendo minhas limitações para negócios, principalmente sem amigos para dar uma ajuda junto ao governo, confesso que fiquei entusiasmado.
Cemitério não é um negócio da China. É de qualquer lugar. As vantagens deste negócio são imensas. O cliente final não tem como reclamar. Não precisa propaganda e nem mesmo convencer os futuros clientes. É só esperar. Mais dia menos dia eles vão aparecer, não resta dúvida.Meu único receio é a possibilidade de disputa com o Eike Batista. A letra X já significa eliminado em qualquer situação. O X é usado pelo milionário em suas empresas. Nada mais lógico do que ele querer juntar o útil ao necessário. O cemitério do Cajú, por exemplo, passaria a se chamar Xtodos. Já o São João Batista seria o GreenX.
Caso Eike não tenha interesse, e eu consiga comprar um cemitério, tenho muitos planos para revolucionar o negócio.No meu cemitério vou criar a ala dos políticos, a qual será cercada, com toda segurança e com acesso exclusivo. Para alavancar o negócio, em dias especiais, qualquer pessoa, por um real apenas, vai poder entrar no local, escolher seu político preferido e soltar o verbo, como queira.
Por mais um real, pode adquirir sugestão escrita para dirigir ao finado, tipo: Tá vendo ai? Do que adiantou roubar tanto? Tá comendo capim pela raiz, não é? Tá gostoso? E agora vai fazer o que? Não vai dizer nada, vai ficar calado? Claro que haverá seguranças para que o visitante não cometa o crime do artigo 212 do Código Penal: vilipendiar cadáver. Os mais entusiasmados serão contidos com certeza. Nada de querer urinar na sepultura do político, pichar com palavrões. As ofensas devem ser dirigidas em voz baixa, por entre os dentes.
Penso também em uma ala especial para maconheiros. Lá haverá uma plantação de cannabis. Claro que será de plástico, pois ainda não se pode plantar maconha como decoração. Até porque uma plantação de maconha atrairia muitos ladrões, o que aumentaria os custos com segurança. Isto vai de encontro às regras de mercado, principalmente em negócios com o governo, onde investir pouco e ganhar muito é a regra.O necroturismo será alavancado, gerando uma infinidade de empregos. Até o DJ de velório vai existir. Não tenho dúvidas, comprar um cemitério é um excelente negócio.

Juíza determina que prefeitura esclareça condições ambientais de cemitério




  
Da Redação
Em meio às comemorações da Semana do Meio Ambiente, a juíza de Direito Helícia Vitti Loureço, designada à Vara Única e cumulativamente ao Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Guiratinga (328 km de Cuiabá), deferiu parcialmente uma liminar, nesta segunda-feira (04), solicitando informações à prefeitura do município sobre as condições ambientais do cemitério da cidade. A medida visa esclarecer se a decomposição dos corpos sepultados (putrefação) no local pode estar contaminando o lençol freático da região.
A denúncia da possível contaminação foi feita por Antonio Romualdo Neto, um cidadão local que provocou o Judiciário por meio de uma ação popular, direito prezado na Carta Magna a qualquer cidadão brasileiro, no gozo de seus direitos políticos.
“Pelos argumentos e documentos atrelados na petição inicial, mormente pela demonstração do processo de contaminação oriunda do sepultamento de cadáveres, sem a devida licença, tenho que o caso é de saúde pública, e ainda, para evitar maiores repercussões do ato impugnado e a potencialidade lesiva, defiro parcialmente a medida liminar”, pontua a magistrada na decisão.
A magistrada determinou então que o Executivo municipal apresente o Plano de Recuperação Ambiental e Plano de Controle Ambiental (PAC), aprovados pelo órgão ambiental e sua implantação; o alvará de localização e funcionamento e o licenciamento ambiental do cemitério municipal; o plano de remoção de cadáveres, deposição de ossada, controle e disposição de resíduos da atividade, validados pela licença ambiental e; o relatório da quantidade de sepultamentos realizados no cemitério municipal urbano e das vilas rurais, desde o inicio do funcionamento até maio de 2012.
Em todos os casos, a prefeitura possui o prazo de 20 dias para prestar esclarecimentos, sob pena de multa de R$ 5.000,00 por dia de atraso para cada uma das determinações contidas na decisão.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Qanto tempo um cadáver demora pra se decompor?




Putrefação

É o processo de decomposição da matéria orgânica por bactérias e pela fauna macroscópica, que acaba por devolvê-la à condição de matéria inorgânica. A putrefação do corpo não é um processo resultante do evento morte, apenas. É necessária a participação ativa de bactérias cujas enzimas, em condições favoráveis, produzem a desintegração do material orgânico. Daí, que nas condições térmicas que impeçam a proliferação bacteriana, ou pela ação de substâncias antissépticas, o cadáver não se putrefaz. As bactérias encarregadas da putrefação do cadáver, na sua maioria, são as mesmas que, em vida, formam a flora intestinal do indivíduo.

Algumas das substâncias intermediárias formadas durante o processo de decomposição das proteínas, são altamente fétidas, tornando-se as responsáveis pelo cheiro característico dos corpos em putrefação. A decomposição catalítica dos glúcides e dos lípides, praticamente não exala odores nauseabundos.

Este processo de decomposição paulatina, é bastante lento. As larvas de insetos todas com atividade necrofágica, se deixadas agir livremente, podem destruir o cadáver em um tempo bem menor: de 4 a 8 semanas.

Com efeito, em um cadáver exposto à intempérie, a putrefação se vê acelerada, sendo certo que os corpos enterrados, têm a sua decomposição retardada até em oito vezes, com relação aos primeiros.

Fases da putrefação. A putrefação se desenvolve em quatro fases ou períodos distintos e consecutivos, a saber:

1º - Período cromático (período de coloração, período das manchas). Tem início, em geral de 18 a 24 horas após o óbito, com uma duração aproximada de 7 a 12 dias, dependendo das condições climáticas. Inicia-se pelo aparecimento de uma mancha esverdeada na pele da fossa ilíaca direita (mancha verde abdominal), cuja cor é devida à presença de sulfometahemoglobina. Nos recém-nascidos e nos afogados, a mancha verde é torácica e não abdominal.

2º - Período enfisematoso (período gasoso, período deformativo). Inicia-se durante a primeira semana e se estende, aproximadamente, por 30 dias. Os gases produzidos pela putrefação (notadamente gás sulfídrico, hidrogênio fosforado e amônia) infiltram o tecido celular subcutâneo modificando, progressivamente, a fisionomia e a forma externa do corpo. Esta distensão gasosa é mais evidente no abdome e nas regiões dotadas de tecidos areolares como face, pescoço, mamas e genitais externos. Os próprios gases destacam a epiderme do córion, formando extensas flictenas putrefativas, cheias de líquido transudado.

3º - Período coliquativo (período de redução dos tecidos). Inicia-se no fim do primeiro mês e pode estender-se por meses ou até 2 ou 3 anos. Caracteriza-se pelo amolecimento e desintegração dos tecidos, que se transformam em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa fetidez, que recebe o nome de putrilagem.

A atividade das larvas da fauna cadavérica (miase cadavérica), auxilia grandemente na destruição total dos restos de matéria. Como mencionado, os insetos e suas larvas podem destruir a matéria orgânica do cadáver com extrema rapidez (4 a 8 semanas).

4º - Período de esqueletização. No final do período coliquativo, a putrilagem acaba por secar, desfazendo-se em pó. Desta maneira, exsurge o esqueleto ósseo, que fica descoberto e poderá conservar-se por longo tempo.

Como o corpo humano se decompõe?




É um filme de terror de arrepiar os cabelos de qualquer defunto. Depois que a gente passa desta para melhor, nosso corpo perde suas defesas e começa a ser atacado por todos os lados: bactérias, animais e até substâncias produzidas por nós mesmos dão início ao fim. O cadáver vai ficando escuro e inchado, a pele e os órgãos se desfazem e o cérebro vira um caldo. Depois de algum tempo, não sobra quase nada. A decomposição acontece em duas frentes. A primeira é a mais esquisita: o próprio corpo se decompõe. "Quando alguém morre, a oxigenação pára de acontecer e o organismo se desequilibra. Minerais como o sódio e o potássio, importantes para o metabolismo, deixam de ser produzidos. Com isso, as células se desestabilizam e passam a digerir o próprio corpo", diz o fisiologista e professor de medicina legal Marco Aurélio Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP). Ao mesmo tempo, bactérias famintas também entram no banquete. As primeiras a avançarem na carne são as da flora intestinal e da mucosa respiratória, que já vivem no organismo. Para continuarem vivas, essas bactérias invadem os tecidos e os devoram. Depois disso, as bactérias do ambiente deixam o cadáver irreconhecível. O suculento resto fica para insetos e até cães, gatos e urubus. Em geral, um corpo sepultado leva de um a dois anos para se decompor totalmente, mas esse tempo pode variar dependendo das condições do ambiente e do cadáver - se o morto tomava antibiótico, por exemplo, o processo demora bem mais. No fim, sobram apenas ossos e dentes, que duram milhares de anos a mais que os outros órgãos. Eles são a principal pista para que peritos consigam solucionar mortes violentas.

Mergulhe nessa
Na Internet:
www.pericias-forenses.com.br/mecamorte.htm
www.unifesp.br/dpato/medlegal/fundamto.htm
Vida de mortoCadáver vira banquete para bichos e bactérias até ficar só o osso
SUCO PÓSTUMO
A pele passa por uma transformação radical: primeiro, ela perde água e resseca, tornando-se amarela e enrugada. Com o ataque das bactérias, ela fica verde e se dilata. Depois aparecem as bolhas. Quando elas se rompem, é a maior nojeira: a pele começa a soltar líquidos e, por fim, se desmancha
DURO NA QUEDA
O cadáver começa a ficar duro algumas horas depois da morte por causa do acúmulo de cálcio nos músculos. O corpo do morto se contrai e fica com pernas e braços meio dobrados. Para esticá-los, basta dar um puxão — a história de que é preciso quebrar os ossos do morto para deixá-lo reto não passa de lenda
RESISTÊNCIA MILENAR
No fim da decomposição sobram apenas os ossos e os dentes do cadáver. O segredo é que eles são formados basicamente por minerais, enquanto as bactérias decompositoras se interessam apenas por matéria orgânica. Se o defunto for enterrado em condições normais, longe da umidade e do calor excessivo, esses órgãos podem durar milhares de anos
EREÇÃO EXPLOSIVA
Como a pele da região do pênis é mais frouxa que a de outras partes do corpo, os gases bacterianos se infiltram por ali com mais facilidade. Como resultado, o dito-cujo tem uma falsa ereção. Mas isso não significa que o defunto está animadinho: ele apenas se esticou com a descarga gasosa
PERFUME DE PRESUNTO
Durante a decomposição, as bactérias que consomem o corpo fabricam subprodutos com um odor nada agradável. Substâncias como a putrescina e a cadaverina (credo!) ajudam o corpo a cheirar tão mal. Mas o campeão do fedor é o gás sulfídrico, que, além de tudo, é inflamável
NU COM A MÃO NO BOLSO
Como diz aquela marchinha do Silvio Santos, "do mundo não se leva nada" — nem mesmo as roupas do funeral, que também são uma iguaria muito apreciada pelas bactérias. O algodão e outras fibras naturais vão embora mais rápido, em três ou quatro anos. Já tecidos sintéticos, como náilon e poliéster e outros derivados do plástico, podem durar décadas
VISTA EMBAÇADA
Como os outros órgãos, os olhos dos mortos também se desidratam. A córnea fica com uma espécie de tela viscosa meio esbranquiçada, parecida com um véu. Mais adiante, quando as bactérias e larvas começam a atuar, os olhos são o prato predileto. Por isso, eles são corroídos rapidinho até sumirem totalmente
MINGAU DE CÉREBRO
As células cerebrais apagam entre 3 e 7 minutos após a morte. Dias depois, quando os gases da decomposição invadem os órgãos, os tecidos do cérebro começam a se desmanchar. A partir daí, a massa cinzenta vai se tornando um líquido viscoso com a consistência de um mingau de cor de argila, que pode escorrer pelas narinas
SANGUE FRIO
Assim que o sangue pára de circular, ele perde oxigênio e fica mais escuro. Em 8 a 12 horas, ele começa a coagular, ficando com a consistência de uma goiabada. No fim, por ação da gravidade, o sangue concentra-se na parte de baixo do corpo, em regiões como as costas, pernas e pés
CRESCIMENTO DO ALÉM
Já ouviu aquele papo de que cabelos, pêlos e unhas crescem depois da morte? É verdade! Eles são feitos de queratina, uma proteína muito resistente. No caso de cabelos e pêlos, a estrutura onde os fios se desenvolvem nem percebe que a irrigação sanguínea acabou. Mas isso só dura 24 horas, quando os fios podem crescer no máximo 0,05 centímetro
DESTRUIÇÃO INTERNA
Pela ação das bactérias, os órgãos desprendem-se da estrutura do corpo e desmancham. Os que se decompõem mais rápido são os pulmões (que têm tecidos finos), os intestinos (que já possuem bactérias que ajudam na digestão) e o pâncreas (cujas enzimas agem na decomposição). Um dos que mais demoram é o fígado, pois ele é um dos maiores órgãos do corpo humano
Consultoria: Faculdade de Medicina do ABC

Vazamento de cemitério contamina água de três bairros de Maceió (AL)

 

Denúncia foi feita pela UFAL; bactéria reproduzida em covas atingiu lençóis freáticos
Do R7, com Rede Record

 
Pelos menos três bairros de Maceió (AL) estão com o fornecimento de água contaminado por uma bactéria vinda dos cemitérios da partes baixa da cidade. Um estudo da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) mostrou que o abastecimento foi contaminado por necrochorume. A bactéria pode causar diarreia, vômito, entre outros sintomas.

Nesta segunda-feira (5), o Ministério Público disse que foi informado sobre o estudo e que irá cobrar à prefeitura uma solução. Segundo a pesquisa, as covas simples, que deixam os caixões em contato direto com o solo, estão provocando a contaminação devido ao processo de decomposição dos cadáveres.

Ainda segundo o estudo da UFAL, esse tipo de cova é considerado "arcaico" e pode comprometer poços artesianos, que não fazem tratamento da água. A região mais afetada na cidade seria o bairro Trapiche da Barra ao Jaraguá.
Os cemitérios apontados pelo estudo como causadores da contaminação são Nossa Senhora da Piedade, no Prado; Nossa Senhora Mãe do Povo, em Jaraguá; e o São José, no Trapiche da Barra, onde o lençol freático é muito próximo à superfície.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mercado funerário aposta em luxo, conforto e nova tendência

 

III Feira Funerária do Ceará revela que o mercado cearense está buscando serviços que ofereçam luxo, qualidade e itens diferenciados. Empresários do Norte e Nordeste estão em Fortaleza conferindo as novidades
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FOTO KLÉBER A. GONÇALVES
A expectativa é de que esta edição comercialize o equivalente a R$ 3 milhões, dobrando o faturamento da edição anterior
 
 
Com a presença de 28 empresas fornecedoras de produtos, artigos e serviços funerários de todo o País, começou, ontem, em Fortaleza a III Feira Funerária do Estado do Ceará e a II do Norte e Nordeste.

Espalhadas por 46 estandes no Centro de Negócios do Sebrae-CE, as empresas expositoras apresentam aos empresários do segmento no Ceará e de outros estados o que o mercado oferece de melhor para a prestação do serviço.

O coordenador da Feira, André Luís Macedo, espera que esta terceira edição comercialize o equivalente a R$ 3 milhões, dobrando o faturamento obtido na segunda edição, ocorrida em 2010, que permitiu a concretização de R$ 1,5 milhão. “O público esperado para os três dias é de 3 mil pessoas. Neste primeiro dia, o número já impressiona e mostra que o evento já é um sucesso”, diz.

Antes da criação da Feira Funerária do Ceará, Macedo afirma que os empresários do setor dispunham apenas de um evento similar, a Funexpo (Feira Internacional de Produtos, Serviços e Equipamentos para o Setor Funerário e de Cemitérios), em São Paulo. Bianual, esta feira foi criada em 1996. “A nossa tinha caráter local, mas acabou atraindo empresários de outros estados, principalmente do Norte e Nordeste que tinham dificuldade de participar do evento em São Paulo”, cita o coordenador.

Veículos
As vedetes da Feira são os veículos funerários adaptados e os fornos crematórios. Wilson Sena da Pick Up&Cia, de Maringá (Paraná), trabalha há 10 anos com veículos funerários e diz que o crescimento da demanda atinge de 25% a 30% ao ano. A empresa comercializa, hoje, uma média de 45 a 60 veículos/mês, tendo como clientes principais as funerárias e os planos funerários.

Ronaldo Nogueira, diretor geral da Brucker Fornos Crematórios, de Votuporanga (SP), diz que os fornos estão em expansão no Brasil, que segue uma tendência europeia e que, no Ceará, as empresas funerárias estão se preparando para deixar de oferecer apenas o serviço de velório para também oferecer cremação de humanos e animais.

“Se estão investindo é porque há interesse do público. O Sul ainda é o principal mercado, mas o Nordeste, em terceiro, está crescendo e pode vir a ser segundo lugar”, afirma.

Pesquisa da Ufal aponta contaminação da água por cemitérios

Sinais de decomposição por cadáveres foram encontrados durante a avaliação. A água contaminada pode provocar diarréia e dores abdominais.

 
Estudiosos analisam a qualidade da água
Um estudo recente realizado pela Universidade Federal de Alagoas nos anos de 2009 a 2010, identificou que em três bairros maceioenses a água está contaminada por necrochorume, líquido produzido pela decomposição de corpos.
Os bairros do Trapiche, Jaraguá e Prado, possuem três grandes cemitérios que seriam os responsáveis pela contaminação dos lençóis freáticos que atinge a população desses locais.
O estudo realizado pela professora Florilda Vieira dos Santos, mestre em Recursos Hídricos e Saneamento, coletou amostras em 22 pontos dos cemitérios Nossa Senhora Mãe do Povo, São José e Nossa Senhora da Piedade. A avaliação das águas do subterrâneo revelou que as covas simples, que deixam o caixão em contato direto com o solo, contamina a água por meio da decomposição dos cadáveres, o que mostra ser uma método arcaico de enterro.
De acordo com a pesquisadora, o consumo dessa água contaminada pode provocar diarréia e dores abdominais. As águas coletadas dos três cemitérios estão fora dos padrões de água potável segundo normas do Ministério da Saúde.
A pesquisa aponta ainda que 68% do sistema de abastecimento da capital alagoana é feito por fontes subterrâneas. O necrochorume encontrado na água, é formado por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas tóxicas como a putresina e a cadaverina.