segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Consumidor deve ficar atento com planos de saúde oferecidos por funerárias



Os consumidores precisam tomar cuidado com os planos de saúde oferecidos pelas funerárias e programas de desconto. O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) retomou uma pesquisa feita em 2005, e confirmou que 22 das 23 empresas encontradas continuam em atividade.

O principal problema é o fato desse serviço não ser regulado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e não apresentar garantias de assistência mínima e responsabilidade integral da saúde do paciente. De acordo com a advogada do Idec, Joana Cruz, os serviços públicos e privados de saúde não conseguem atender toda a população e “proliferam prestadores de serviços sem a menor regulação e muito menos garantia de atendimento a pessoas em extrema vulnerabilidade: em precárias condições financeiras e com problemas de saúde”.

Outra prática comum são as empresas que comercializam cartões pré-pagos e de descontos para consultas e exames, também oferecidos pelas funerárias. Além de os consumidores não estarem protegidos pela agência reguladora, existem problemas de descumprimento da oferta, falta de cobertura a consultas e exames, rescisão de contrato sem aviso prévio e cobranças indevidas.

Entidades médicas, como, o CFM (Conselho Federal de Medicina), o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) e a APM (Associação Paulista de Medicina) não aprovam a prática de vender serviços de saúde sem a regulamentação da ANS.

Como funciona As funerárias vinculam seu serviço principal ao "benefício" de consultas e exames. O cliente acaba sendo estimulado a se consultar com os profissionais conveniados às empresas, pois não é possível contratar os planos funerários sem os descontos médicos. Enquanto, as empresas que comercializam cartões de descontos costumam cobrar mensalidade ou anuidade.

No caso dos cartões pré-pagos, o usuário deve inserir crédito neles e no dia da consulta, ou exame, o valor é debitado do cartão. O Idec utilizou como exemplo, o cartão Americana (cujo nome está sendo alterado para Vegas Card). O consumidor para R$ 35 de taxa de inscrição e R$ 25 de mensalidade, que são convertidos em créditos.

Irregular A dificuldade da ANS de fiscalizar essas empresas vem do fato de muitas delas estarem registradas com razões sociais e atividades que não têm relação com a prestação de serviços de saúde. O Idec menciona como exemplo, o cartão Abmed, cuja atividade principal da empresa, de acordo com o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), é descrita como “comércio varejista de livros”.

A advoigada conclui, ainda, que “as empresas comercializam falsos planos de saúde”, pois em seus sites é possível encontrar expressões como “assistência à saúde” e “plano de assistência familiar”.

Para o Idec, a ANS deveria regular essas atividades, pois algumas funerárias possuem clínicas próprias para atendimento dos associados e, em alguns casos, a remuneração dos profissionais de saúde é feita pela empresa e não pelo consumidor, prática que aproxima as funerárias e empresas de cartões de descontos das operadoras de planos de saúde.

“A regulação da ANS sobre os programas de descontos em saúde e cartões pré-pagos possibilitaria que, assim como ocorre com os planos e seguros de saúde, os consumidores tivessem o respaldo de determinadas garantias decorrentes da normatização e da fiscalização”, afirma Joana.

Data de Publicação: 21/8/2012

Teresópolis vai ganhar cemitério vertical



Construído em forma de edifício, campo-santo terá 10 mil gavetas e local para cremação.


Marcello Medeiros
Na edição do último sábado (18), O DIÁRIO mostrou a situação do principal cemitério do município, o Caingá. Devido ao crescimento populacional, o grande número de mortos na Tragédia e o roubo dos livros de registros do Carlinda Berlim, que atrapalhou o trabalho de exumação, não há mais gavetas disponíveis. Hoje, as famílias que não possuem sepulturas perpétuas só têm como opção as covas rasas, localizadas nas últimas quadras do campo-santo. A Prefeitura informou que está construindo mais gavetas, mas o número anunciado não acompanha o de sepultamentos por mês, quase seis vezes maior. Então, o que fazer? A solução para o problema deve vir da iniciativa privada: Um grupo de empresários está trabalhando para a construção de um cemitério vertical em Teresópolis. Erguido em quatro prédios independentes, o novo campo-santo terá 10 mil gavetas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Beleza arquitetônica e muita arte fazem do cemitério de Zagreb uma atração turística

Beleza arquitetônica e muita arte fazem do cemitério de Zagreb uma atração turística Divulgação/Secretaria de Turismo Croácia

O local tem alamedas com frondosas árvores, arcadas e pavilhões com cúpulas renascentistas.


Tudo começou com Miroslav Mirogojski — daí o nome Mirogoj — antigo proprietário desta área que já havia sido uma pequena floresta e vinhedos. Em 1872 a cidade de Zagreb comprou toda a propriedade e ali fundou o primeiro cemitério ecumênico onde católicos, judeus, ortodoxos e protestantes poderiam ser enterrados lado a lado. E mais: o cemitério ganhou alamedas com frondosas árvores, arcadas, pavilhões com cúpulas renascentistas e muitos escultores emprestaram seu talento para decorar túmulos, especialmente de figuras públicas, políticos (inclusive o primeiro presidente da Croácia independente, Franjo Trudman, num grande mausoléu) artistas, músicos, e heróis nacionais mortos nas guerras que ali estão sepultados, fazendo de Mirogoji uma galeria de arte e um exemplo de arquitetura e paisagismo.

 
Segway é uma maneira divertida de chagr ao local
O local é considerado um dos mais belos cemitérios da Europa, consta dos guias de turismo da capital croata e vale a pena ser visitado. Para chegar lá: caminhada ( cerca de meia hora do centro), considerando que há ladeiras, táxi ( 10 minutos), ônibus ou, de um jeito divertido, de Segway.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Auditoria comprova caos no IML do Paraná

 
Instalações precárias, falta de pessoal e até a presença de gatos e insetos em IMLs foram constatadas em inspeções do Tribunal de Contas do Estado
A situação do Instituto Mé­dico Legal (IML) do Paraná é de quase morte. É o que revela o relatório final da auditoria feita em todas as 19 unidades do IML 18 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no segundo semestre de 2011. As inspeções constataram falhas na administração do órgão, falta de materiais básicos e péssimas condições de trabalho, além de uma estrutura física e de apoio deficitária. Uma série de 43 recomendações foi repassada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), responsável pelo IML, que deverá entregar ao TCE um plano de ação com base nas obervações em até 60 dias.
 
Sem verba
 
Os motivos da precária situação do IML foram explicitados na análise do órgão fiscalizador. A falta de planejamento e de investimento, e a baixa execução orçamentária estão entre as principais razões. Entre 2008 e 2011, o instituto recebeu verba de investimento (que exclui gastos de custeio) apenas em 2010 (veja infográfico). O TCE considera investimento despesas com planejamento e execução de obras, e aquisição de imóveis, equipamentos e material permanente. No ano passado, embora tenha ocorrido um aumento considerável no orçamento do IML, houve também a mais baixa execução orçamentária do quadriênio analisado pelo órgão. De R$ 58,3 milhões orçados, foram gastos apenas R$ 19,5 milhões (38,6%).
De acordo com o relatório, 91,4% do montante orçado é para gasto com pessoal. Em uma investida do governo do estado para sanar o problema de falta de médicos legistas e auxiliares de necropsia houve uma contratação por meio do processo seletivo simplificado (PSS), o que elevou em quase 150% a despesa com pessoal.
Tatianna afirma que o quadro ainda é problemático, mas foi amenizado pelo PSS. “Sem essa contratação, muitas unidades do interior não teriam condições de funcionar”, diz. Há atualmente 437 funcionários nos IMLs do estado – 178 só na unidade de Curitiba.
Nas vistorias, o TCE percebeu a falta de servidores no interior, mas não conseguiu concluir se, de fato, esse é um obstáculo fundamental para melhoria dos serviços porque, em pesquisa feita pelo tribunal, cerca de 60% dos funcionários responderam que estavam satisfeitos com a carga de trabalho.
 
Só uma unidade tem alvará dos bombeiros
 
Um dos maiores problemas apontados pela auditoria do TCE é a falta de alvará do Corpo de Bombeiros para o funcionamento em 17 das 18 unidades do IML no estado. Apenas o instituto de Maringá – considerado um dos postos em pior situação, ao lado de Paranaguá e União da Vitória – tem a licença dos bombeiros. Ironicamente, de 2008 até o final de 2010, um coronel do Corpo de Bombeiros foi designado interventor do IML nos governos Roberto Requião e Orlando Pessuti.
Esse alvará é uma garantia à população e aos funcionários do órgão de que o local é seguro contra incêndio, tendo equipamentos e instalações adequadas para possíveis emergências. A situação de risco é agravada pelas condições precárias dos sistemas elétricos na maioria das unidades e pelo constante uso de produtos químicos inflamáveis nos serviços prestados pelo IML.
Na sede em Curitiba, exemplifica o relatório, a cobertura de concreto do portão principal de entrada é tão baixa que impede o ingresso de veículos mais altos, como o do Corpo de Bombeiros, em caso de incêndio.
Outro lado
 
Governo diz que melhorias já foram implantadas em
 
Curitiba e interior
 
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou, por meio de nota, que vai entregar o plano de ação do IML recomendado pelo TCE no prazo estipulado. De acordo com a pasta, diversas providências já começaram a ser tomadas e outras foram resolvidas antes mesmo das observações do tribunal. Segundo a assessoria de imprensa da Sesp, projetos para construção de novos prédios do IML estão em desenvolvimento em Curitiba, Londrina, Maringá e Paranaguá. “Desde o ano passado, diversas melhorias foram implantadas pela secretaria para garantir melhores condições de trabalho para os funcionários e para o atendimento aos cidadãos no IML de Curitiba e do interior”, diz a nota.
Ainda segundo a secretaria, na capital não existe mais acúmulo de corpos não identificados aguardando sepultamento; as câmaras frias (que estavam quebradas) foram recuperadas; e a área de radiologia (cuja sala não vedava a radiação) foi reformada. “Para os servidores que trabalham no setor, foram comprados equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados para a execução do trabalho e um laudo constatou que o aparelho de intensificador de imagens está em plenas condições de utilização”, explica.
 
Cromatógrafo
 
Além disso, a assessoria informa que foi comprado um novo cromatógrafo – equipamento que detecta substâncias ilícitas no sangue e no tecido do corpo – e o antigo aparelho foi consertado. O IML também já tem 25 veículos adaptados para o transporte de cadáveres nas 18 unidades do estado. A secretaria lembra também que está elaborando um projeto de lei para o ingresso de mais servidores por meio de concurso público, mas o próprio TCE emitiu um alerta sobre o limite de gastos com pessoal.

 
O que faz o IML?
Faz perícias médico-legais em cadáveres, ossadas e pessoas vivas. Também faz exames nas áreas de anatomia patológica, toxicologia, química legal e sexologia forense.
Destaques
A auditoria do Tribunal de Contas do Estado encontrou muitos problemas nos IMLs do Paraná, mas também destaca aspectos positivos. Acompanhe:
Pontos negativos
- Baixa execução orçamentária e quase nenhum investimento no IML;
- Não há planejamento estratégico;
- As instalações físicas das unidades do IML são, via de regra, precárias;
- 40% das clínicas médicas dos IMLs não têm pias funcionando e 60% não contam com sanitários próprios;
- Dezessete das 18 unidades do IML não têm alvará do Corpo de Bombeiros e nenhuma possui licença da Vigilância Sanitária;
- O preparo das ossadas (na área de antropologia forense) é feito ao ar livre, em Curitiba (única sede que faz a análise no Paraná), motivo das reclamações do mau cheiro;
- O laboratório de Química Legal e Toxicologia, em Curitiba (única sede que faz a análise), apresenta péssima estrutura elétrica, iluminação e arejamento, sem local para guardar produtos inflamáveis;
- Na clínica odontológica em Curitiba (única sede que faz a análise) foi observada a presença de mofo, instalação elétrica precária e arejamento insuficiente, com um vaso sanitário no meio da sala que exala mau cheiro;
- Não há ambientes específico e adequado para reconhecimento de vítimas por família em Curitiba e em quase todo interior do estado;
- A blindagem da sala de radiologia não está adequada, pois existem janelas abertas em Curitiba;
- Somente oito unidades do interior contam com sala de repouso para plantonistas;
- A maior parte das unidades não está preparada para receber pessoas portadoras de necessidades especiais;
- Não há serviço de vigilância ou segurança na maioria das sedes;
- Recursos materiais insuficientes;
- Apenas Curitiba, Paranavaí e Toledo dispõem da sala de raio-X;
- Proteção da integridade dos vestígios do crime até o julgamento final do caso perante o poder Judiciário não é realizado de forma adequada.
Pontos positivos
- A Secretaria da Segurança Pública elencou prioridades que, segundo o TCE, não é um plano de ação, mas um ponto positivo que apresenta certa diretriz para a administração do IML;
- A maior parte dos imóveis onde estão instaladas as unidades do IML é próprio;
- A maioria das clínicas médicas dos IMLs do Paraná conta com privacidade auditiva e visual, iluminação e arejamento adequados;
- As salas de necropsia apresentaram boa adequabilidade da iluminação, do arejamento e do sistema de drenagem, além de possuírem pias com água corrente, pisos e paredes laváveis;
- A frota melhorou após aluguel de carros realizado pelo governo estadual no ano passado;
- O atendimento às vítimas de violência sexual tem uma prática considerada muito boa;
- Foram adotadas recentemente medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores;
- Em novembro do ano passado foi finalizado um manual de biossegurança para garantir a segurança dos trabalhadores;
- Há também um plano elaborado para descarte correto de resíduos sólidos.
 
Comissão da OAB-PR comemora relatório, mas cobra providências
 
A Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR considerou a entrega do relatório final do TCE uma conquista. “Mas ainda não é uma vitória porque o governo do estado precisa primeiro responder a esses problemas. Esse relatório significa que as autoridades estão tomando ciência da situação do IML”, ressaltou a vice-presidente da comissão, Isabel Kugler Mendes.
A advogada criminalista Elisabete Subtil de Oliveira, também integrante da comissão da OAB-PR, lembrou que fazer do Instituto Médico Legal um órgão capaz de prestar um bom serviço é fundamental, por exemplo, para a evolução da qualidade das investigações policiais. “Ter um IML mais eficaz é não ter risco de qualquer acusado de crime alegar nulidade no processo por deficiência em exames”, explicou. (DR)
 
A equipe do tribunal verificou pessoalmente problemas quase sempre encobertos e que chegavam ao conhecimento do público por meio de denúncias de funcionários, da imprensa e, principalmente, da Comissão de Direitos Humanos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). “[A situação estrutural] é caótica. São anos de falta de investimento. Não é um problema do governo atual apenas”, afirmou Tatianna Bove Iatauro, responsável do TCE pelas vistorias no IML. Falta de higiene e de descarte adequado de resíduos sólidos foram outros problemas descobertos pelas inspeções. “A improvisação é grande. Muita chave de fenda, facão enferrujado, colocando em risco saúde dos funcionários.”
 
No IML de Maringá (Noro­este do estado), por exemplo, a equipe chegou a flagrar gatos morando dentro das salas da unidade, com portes de ração e água pelo chão. “Houve também situações em que se percebeu a presença de insetos rastejantes, como formigas e até baratas”, informa o relatório. Em Paranaguá (Litoral), a área entre o IML e a delegacia local era usada para conta­­to entre presos e pessoas que circulavam livremente no terreno.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Americano pediu para ser enterrado em uma bola de boliche

 

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© SXC.hu

Recentemente, um paciente com câncer, o norte-americano de 48 anos Tony Guarino, chocou sua família com uma demanda muito incomum.

Tony Guarino é um grande fã de boliche. Seu apartamento está atravancado pelos troféus conquistados na pista, os jornais locais têm repetidamente escrito sobre Guarino. Quatro anos atrás, ele adoeceu com câncer de próstata. Quando os médicos disseram a Guarino que ele nunca seria capaz de praticar seus esportes favoritos, Tony anunciou que queria ser enterrado em uma bola de boliche e inscreveu o pedido em seu testamento.
A empresa produtora de equipamento de boliche aceitou com prazer e entusiasmo a encomenda de uma urna funerária, feita como uma bola de boliche.

Coveiros de cemitério público em Paulista paralisam atividades

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Foto: Divulgação/Cemiteriocamposantopaulistape.blogspot.com.br

Do NE10
A greve dos servidores públicos tem dificultado o andamento dos serviços em todo o país e o último município atingido foi o de Paulista, situado no Grande Recife a 17 km da capital: os dois coveiros do único cemitério público da cidade, o Campo Santo São José, paralisaram suas atividades desde a manhã desta segunda-feira (13).

De acordo com a Prefeitura de Paulista, os (dois) coveiros entraram em greve pois até esta segunda ainda não haviam recebido o pagamento do salário referente ao mês de julho. A prefeitura ainda informa que já liberou a quantia para a empresa terceirizada Marcole, responsável por repassar o dinheiro para os funcionários.

O diretor do cemitério, José Carlos Alves, afirma que os serviços não deixarão de ser prestados à população, já que foram contratadas duas pessoas para substituir os grevistas. "Dois voluntários já estão trabalhando no local, o trabalho não vai parar", destacou.
A cidade conta com apenas dois cemitérios: o privado Morada da Paz, privado e o público Campo Santo São José, localizado no bairro de Arthur Lundgren II, na PE-15.

Ex-vendedor de flores no cemitério hoje lucra com floricultura virtual

Clóvis Souza, proprietário da Giuliana Flores

 

Clóvis Souza, proprietário da Giuliana Flores

Vender flores em um cemitério foi o que mostrou ao empreendedor Clóvis Souza, fundador da Giuliana Flores, o caminho para o sucesso. Aos 10 anos, ele era ajudante em uma floricultura vizinha do Cemitério da Quarta Parada, na Mooca, em São Paulo, e, durante a adolescência, montava arranjos e prestava serviços a diversas lojas.
Em 1990, aos 19 anos, uma oportunidade despertou seu tino empreendedor. “Fui com um amigo colocar uma placa de ‘aluga-se’ em um imóvel e vi que era um excelente ponto comercial. Em vez de colocarmos a placa, fomos para a imobiliária e aluguei, assim, sem nenhum planejamento”, diz. Ali, abriu sua primeira floricultura.
A aposta se mostrou promissora ao unir boa localização, numa avenida movimentada em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, com o conhecimento técnico que ele já tinha. Além disso, sua então pouca experiência já havia lhe dado a noção de que, para ter sucesso, era preciso fazer coisas novas para se diferenciar da concorrência.
O empreendedor ia para Embu das Artes (27 km a oeste de São Paulo) comprar peças de madeira para incrementar os arranjos, possuía um catálogo com fotos e códigos para fazer vendas por telefone e até a decoração da loja era diferente. “Tinha cipós pendurados do teto ao chão, o que era muito legal para a época. As floriculturas eram muito tradicionais.”
Apesar do tino para a inovação, faltava-lhe o conhecimento em gestão de empresas. “Eu sabia que tinha que comprar flores, produzir os arranjos, vender e entregar. Meu primeiro funcionário foi um motorista, para eu poder ficar mais tempo na loja. Fui aprendendo com o tempo a colocar preços nos produtos e a cuidar das contas para ter lucro”, afirma.

Expansão só veio com a internet

Dez anos depois, com a loja já consolidada, ele resolveu apostar em outro mercado promissor: a internet. Mas não se arriscou nesse universo sozinho. Por não ter conhecimento em comércio eletrônico, ele investiu. Contratou especialistas e alugou uma plataforma web para o processamento das compras.
Após quatro anos, a empresa deslanchou com a construção de uma estrutura própria de tecnologia da informação e com a contratação de mais profissionais, inclusive uma equipe de marketing on-line. Hoje, é uma das maiores no comércio virtual de flores, com 18 mil pedidos por mês, em média, entregues em cinco mil cidades do Brasil.
“Eu não vendo flores, eu vendo logística. A pessoa que compra flor é ansiosa, é um produto emocional, que tem que chegar no dia certo”, declara Souza. Ele conta que a empresa investe em tecnologia, como envio de mensagem no celular para confirmação da entrega, possui parceria com três transportadoras e realiza entregas de manhã, à tarde e à noite.
Entretanto, chegar a esse modelo levou um tempo. “No início, eu queria vender tudo para todos os lugares, mas nem todos os produtos podem viajar. Eu tive que aprimorar embalagens, ver o que pode ser manuseado ou não. Hoje, a oferta de produtos no site é separada entre ‘Para todo o Brasil’ e ‘Grande São Paulo’”, declara.

Produção é centralizada para garantir padrão


  • Divulgação
  •     Loja física cresceu, mas 60% do faturamento da empresa é proveniente das vendas online
Todos os produtos saem de um centro de produção único. O empreendedor explica que não é possível estabelecer parcerias com floriculturas locais de outras regiões do Brasil porque a empresa oferece produtos de empresas parceiras que não estão presentes em todos os lugares, como as chocolaterias Kopenhagen e Havanna.
A loja que começou com 32 metros quadrados hoje possui 560 metros quadrados e 12 funcionários. No site, que tem operação separada, são 127 funcionários. A loja virtual é fornecedora de grandes varejistas online, como Extra, Casas Bahia, Ponto Frio, Americanas.com, Ricardo Eletro, entre outros, e responde por 60% do faturamento da empresa.
O sucesso é tão grande que Souza lançou outras duas empresas virtuais: a Nova Flor, que também vende flores, mas com foco na nova classe média, e a Cestas Michelli, especializada em cestas de café da manhã e outras ocasiões.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Top 10: os 10 maiores mausoléus e monumentos funerários do mundo

A memória eterna de grandes reis, heróis e um grande amor 












Toshogu, Nikko, Japão

O homem que finalmente unificou o Japão no século 17, o xogum Ieyasu Tokugawa, foi o mesmo que fechou o país por mais de duzentos anos. No período de relativa paz que se seguiu, seu neto e sucessor Iemitsu construiu um monumental santuário xintoísta em homenagem ao unificador na pequena Nikko, ao norte de Tóquio. Artesãos japoneses, chineses e coreanos entalharam cada centímetro de portões, cocheiras e templos com motivos alegóricos e mitológicos, em uma profusão de cores e formas. A famosa imagem dos três macacos (não ouço o mal, não falo o mal, não vejo o mal) está aqui.

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Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra

Um dos templos mais sagrados da Igreja Anglicana, palco de coroações e de concorridos casamentos, como o do Príncipe William e da duquesa Kate Middleton, a Abadia de Westminster guarda os monumentos funerários de figuras como Charles Darwin, Isaac Newton e reis do Reino Unido. A mais tocante de todas, talvez, seja a mais recente, a Tumba do Soldado Desconhecido. Aqui descansa um soldado cuja identidade não foi possível recuperar, tombado durante a I Grande Guerra. Localizado no chão, logo na entrada da abadia, ela é a única onde é proibido pisar
A memória de heróis de uma revolução. O enaltecimento de reis com poderes ilimitados. Um monumento a um grande amor.












Pirâmides de Gizé, Cairo, Egito Um feito de engenharia e logística, as grandes pirâmides do platô de Gizé – construídas para guardar as tumbas dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos –, foram o pináculo da arte de construção de grandes monumentos funerários do Egito Antigo. A evolução do conceito de pirâmide pode ser visto em passeios próximos ao Cairo, na pirâmide em escada de Djoser e na pirâmide torta de Dashur.













Mausoléu de Qin Shi Huang Di, Xian, China O primeiro imperador da China, Qin Shi Huang Di, foi um personagem singular. Líder e estrategista nato, foi também um administrador apto, unificando sistemas de medida, moeda e a escrita. Parte de seu legado, porém, é envolto em tirania e superstições. Foi a seu comando que as primeiras seções da Grande Muralha da China foram construídas. Igualmente superlativo é o seu mausoléu, localizado próximo a sua antiga capital, a atual cidade de Xian. Uma parcela mínima do monumento, listado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, foi devidamente desenterrado e estudado. E, o mais incrível, essa pequena amostra é o que nós conhecemos como Exército de Guerreiros de Terracota. Sua câmara funerária, contudo, permanece intocada.















Monumento aos Pracinhas, Rio de Janeiro Em toda sua história o Brasil se postou longe de grandes conflitos bélicos. Uma das poucas exceções foi a II Grande Guerra, quando homens das forças expedicionárias brasileiras lutaram na Itália. Um total de 462 combatentes tombou durante o conflito. Em 1957 o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra foi inaugurado, mas foi somente em 1960 que os corpos dos brasileiros caídos foram trasladados desde Pistoia, na Itália, até o singelo memorial concebido pelos arquitetos Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto. Sob o imenso pórtico no Aterro do Flamengo hoje descansam os restos mortais de um soldado desconhecido, lá depositado pelo presidente Juscelino Kubitscheck.















Vale dos Reis, Luxor, Egito Sem a mesma monumentalidade das pirâmides, as tumbas do Vale dos Reis são uma obra-prima das artes aplicadas. Se considerarmos os fabulosos tesouros encontrados na câmara funerária de um faraó menor, o inexpressivo Tutankhamon, é de se imaginar o que poderia estar guardado junto aos ataúdes de Ramsés II ou Amenhotep III, protagonistas maiores da história do Egito.
















Hotel des Invalides, Paris, França O mais controverso personagem da Europa do século 19 possui um monumento funerário singular. Sob a abóbada dourada da antiga capela real do Hotel dês Invalides repousa um robusto sarcófago de pórfiro com os restos mortais de Napoleão Bonaparte. Morto em 1821, na ilha de Santa Helena, ele descansa aqui desde 1861.














Obelisco do Ibirapuera, São Paulo
Todos os anos, em 9 de Julho, os paulistas relembram os acontecimentos da Revolução Constitucionalista de 1932, uma fracassada revolta contra o governo de Getúlio Vargas. O mais emblemático memorial ligado ao movimento é o Obelisco dos Heróis de 32, mais conhecido como Obelisco do Ibirapuera. Sob ele descansam os restos de 713 combatentes, além das cinzas dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, vítimas da repressão a um protesto estudantil contra Vargas.

















Tumba de Ciro, Pasárgada, Irã
Ciro, o Grande, foi um dos maiores estadistas e conquistadores da Antiguidade, um nome a ser lembrado ao lado de Péricles e Alexandre. Para um homem que estabeleceu um império da atual Turquia à Índia e modernizou o sistema legal, de comunicação e transportes desse amplo território, é curioso saber que ele teve um mausoléu razoavelmente modesto. Localizado em sua antiga capital, Pasárgada, no atual Irã, ele é listado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco 


Caímos na conversa, diz dona de funerária que fez falso enterro na Serra

Tijolo, lençol e serragem estavam no lugar do corpo de criança em Garibaldi

Tijolo foi enrolado em lençol para simular peso de bebê de cinco meses
Crédito: Marciel Agostini / Jornal O Garibaldense / CP
O caso do caixão de bebê sepultado com tijolo, lençol e serragem surpreendeu a comunidade de Garibaldi, na Serra gaúcha. Enquanto a Delegacia de Polícia da cidade investiga o falso enterro, a sócia-proprietária da Funerária Nossa Senhora do Carmo, Gabriela Bonadiman, contratada para realizar a cerimônia, disse que uma mulher encomendou o serviço para seu filho de cinco meses.

De acordo com a empresária, a mulher disse que o corpo da criança chegaria em 27 de julho, o que não ocorreu. Questionada sobre a demora, a contratante revelou que o cadáver não seria mais enterrado em Garibaldi, mas em Porto Alegre, e insistiu que queria o sepultamento simbólico em função do estado emocional do sogro. “Só sei que a gente caiu na conversa. Ela fez um teatro enorme”, disse Gabriela.

A empresária garante ter conseguido a autorização da direção do cemitério administrado pela prefeitura para fazer o sepultamento simulado, e que possui documento para confirmar essa versão. Na tarde de quarta-feira, agentes da Polícia Civil foram até o cemitério municipal e abriram o caixão para comprovar que não havia corpo.

Segundo o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, ainda é um mistério o motivo que levou a suposta mãe a promover a encenação. A existência e a morte da criança também são investigadas. A mulher será chamada para prestar depoimento. A polícia suspeita que ela tenha inventado a gravidez para pressionar o companheiro. Depois, para desfazer a história, forjou a morte da criança.

 Polícia descobre caixão sem corpo em cemitério de Garibaldi | Crédito: Marciel Agostini / Jornal O Garibaldense / CP

Cemitério de Londrina tem 450 túmulos disponíveis

 
A Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf) informa que estão disponíveis cerca de 450 túmulos, para uso imediato, no Cemitério Jardim da Saudade, localizado na avenida Saul Elkind, 2.805, região norte da cidade. A concessão de uso pode ser adquirida caso o interessado deseje trazer ossos de familiares de outros cemitérios, assim como para realização de sepultamentos, se houver algum óbito.

De acordo com o superintendente da Acesf, José Roberto Damiano, a perspectiva é que o número ainda aumente. "Ainda temos jazigos em estado de abandono ou ruínas. Nesses casos, se dentro do trâmite legal os concessionários não tomarem as devidas providências, a Acesf tem total autonomia para tornar-se única responsável pelo espaço, podendo oferecer a outra pessoa", afirmou

Os 450 espaços comportam tanto sepulturas convencionais, como as de gavetas. Conforme Lei nº 11.468/2001, é vedada a concessão de sepulturas para uso futuro. "A concessão é por tempo indeterminado, com direito ao uso perpétuo, sendo somente para casos imediatos. Especificamente, no cemitério Jardim da Saudade, o maior valor a ser pago é R$ 1.248,00, podendo ser pago à vista ou em parcelas", informou Damiano.

Os interessados em obter a concessão de uso devem entrar em contato com a Coordenadoria de Cemitérios na Divisão de Cemitérios, localizada na avenida Juscelino Kubitscheck, 2.948.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Vândalos violam túmulos em cemitério de Piraquara

A falta de isolamento e vigilância no cemitério municipal São Roque, em Piraquara, geram oportunidades frequentes para a ação de vândalos, todas as madrugadas. Hoje (07), quando os coveiros chegaram para trabalhar às 7h, encontraram um túmulo violado e um corpo e três ossadas espalhados para fora.

Não havia nada de valor no túmulo para ser levado. “É só banditismo mesmo”, lamenta o coveiro José Isidoro Epifânio, que trabalha no local há 17 anos.

Neste período, ele já viu corpos retirados do túmulo mais de cinco vezes.
Além disso, a cada dia que ele chega para trabalhar, encontra mais sepulturas quebradas ou pichadas. Ele avisou a família responsável pelos corpos, e a Polícia Militar chegou ao endereço às 9h30.
O cadáver era de Renan Wal Ferreira, 19 anos, morto a tiros em Curitiba em 30 de abril de 2005, e as ossadas são de familiares do padrasto dele, sepultados muitos anos antes. A mãe de Renan, ao rever o corpo do filho, ficou desesperada.
A cena também foi testemunhada por várias crianças que atravessam o cemitério para ir e voltar da escola todos os dias. O cemitério liga o Jardim Esmeralda às vilas Primavera e Santa Mônica e, por este motivo, não tem muros ou portões, e acaba frequentado por usuários de drogas e jovens desocupados durante as madrugadas.









TJ manda cemitério indenizar família por sepultar amante na cova do pai

Desembargadora determinou indenização de R$ 2,5 mil para cada filho.
Cemitério de Juiz de Fora (MG) não tinha permissão para sepultamento.
Uma família de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, ganhou na Justiça indenização por uso indevido de um túmulo, no Cemitério Parque da Saudade. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os filhos herdeiros conseguiram o direito de retirar o corpo da amante do pai, porque o sepultamento foi realizado em 2010 sem permissão dos parentes. Cabe recurso da decisão, divulgada nesta terça-feira (7) pela assessoria do tribunal.
De acordo com o TJMG, os filhos sabiam que o pai tinha uma amante quando vivo. Porém, no contrato com a administradora do cemitério, havia permissão de sepultamento no jazigo apenas para os filhos e para a esposa.

Em novembro de 2011, a juíza da 3ª Vara Cível de Juiz de Fora, Ivone Campos Guilarducci Cerqueira, entendeu que houve dano à honra da viúva e a de sua família e condenou o cemitério a exumar o corpo e a sepultá-lo em outro jazigo. A magistrada também determinou que a entidade pagasse uma indenização pelos danos morais, a cada um dos filhos, de R$ 1.750, totalizando R$ 10,5 mil.

A parte ajuizada recorreu em fevereiro deste ano. Mas, em julho, a desembargadora Evangelina Castilho Duarte aumentou a indenização de R$ 1.750 para R$ 2,5 mil, para cada um dos seis filhos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Túmulo é violado e ossos ficam espalhados pelo cemitério

   

Antônio Nascimento/Banda B
Essa não foi a primeira vez que túmulos são violados no cemitário

Um jazigo onde quatro pessoas da mesma família estavam enterradas foi violado na madrugada desta terça-feira (7) no Cemitério São Roque, na Avenida Brasília, na entrada da Vila Macedo, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba.
O coveiro chegou hoje cedo ao cemitério e percebeu a violação do túmulo onde Rosalina Padilha, Juvenal Gonçalves, Timóteo Calonga e Renan Wal Ferreira, 19 anos, assassinado há cinco estavam enterrados.
Os familiares Maria Wal, mãe de Renan e Maria Calonga, filha do Timóteo, foram avisadas sobre a violação do jazigo e registraram ocorrência do ato que não passou de puro vandalismo.
Segundo moradores da região, essa não é a primeira vez que isso acontece. O funcionário público aposentado, José Pereira Sobrinho informou a nossa reportagem que o túmulo do filho Laércio Pereira também já foi violado há três anos. Laércio trabalhava como diretor de uma escola em Piraquara, e foi assassinado há quatro anos.
Além das violações, os moradores reclamam do fato de que o cemitério não possui muro, nem grades, sendo que qualquer pessoa pode entrar e sair tranquilamente. No local, existe também uma passagem dentro do cemitério utilizada para cortar caminho entre o Jardim Santa Mônica e a Vila Esmeralda. Segundo informações, as pessoas passam de carro, bicicleta, sem a menor preocupação do local se tratar de um cemitério.
A reportagem da Banda B entrou em contato com a Prefeitura de Piraquara e não obteve resposta até o fechamento da reportagem.