quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Caixão é retirado de sepultura no cemitério de Santa Inês

Família tirou corpo de um estranho colocado na sepultura de parentes.
Coveiro afirma que sequer tinha conhecimento do ocorrido.

Assista ao vídeo aqui.


A superlotação do cemitério de São Benedito, em Santa Inês, provocou uma situação constrangedora para duas famílias da cidade. Em um túmulo onde já havia dois corpos, um terceiro foi sepultado, sem autorização.
A família dona do túmulo violado ficou sabendo da situação por meio de amigos. No local está enterrado Raimundo Vitor dos Santos, há sete anos, e o pai dele, Antonio Vitor José dos Santos, há 53 anos. Revoltados, alguns parentes e amigos de seu Francisco tomaram uma atitudade extrema: retiraram o caixão com o corpo que foi sepultado por último, que não era da família. Imagens da ação foram registradas em um vídeo amador.

De acordo com o aposentado Francisco Vitor dos Santos, além de terem violado o túmulo da familia, destruíram o local que era mensalmente decorado com flores e velas. "Colocaram outro lá, sem permissão nenhuma", disse.

O coveiro diz que não sabia que um terceiro corpo havia sido colocado no local. "Porque muitas vezes o pessoal da família enterra, coloca no gavetão e nem fala com a gente. Isso foi um erro que eles fizeram. Colocaram no gavetão errado pensando que era o deles. Ninguém sabe de quem é esse corpo", conta o coveiro José Pereira.
Na manhã desta terça-feira (24), o caixão ainda podia ser visto ao ar livre. "Vamos procurar um local para colocar ele, para não deixá-lo aí em cima, no chão", garantiu o coveiro José Pereira.

O cemitério de São Benedito tem mais de 50 anos. Foi criado quando Santa Inês ainda era um povoado do município de Pindaré-Mirim e sempre foi assim: qualquer pessoa entra e sai a hora que quer e nunca houve uma administração no local, nem há uma taxa ou controle sobre o enterro dos corpos.

O cemitério está lotado quase não há mais espaço para caminhar entre os túmulos. A Prefeitura de Santa Inês informou que já existe uma área de cinco hectares fora da cidade para um novo cemitério.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não morra de susto: pesquise antes

Os serviços funerários são tabelados em Curitiba, mas empresas mostram que podem fugir do comum nos “extras” e aumentar a conta

  • 22/09/2013, 00:01
  • CAMILLE BROPP CARDOSO
  • Jonathan Campos/Gazeta do Povo
  • Cemitério Memorial Graciosa, em Quatro Barras. Jazigos podem ser parcelados em até 36 vezes, sem entrada
Trata-se de um mercado silencioso, não muito afeito à pesquisa de preços, mas que exige muito cuidado para não estourar o orçamento de quem precisa dele, assim, de uma hora para outra. Na Grande Curitiba, a reportagem da Gazeta do Povo encontrou uma diferença de até 470% entre itens básicos – jazigos e taxa de manutenção anual do cemitério, por exemplo –, sem contar os extras. De flores a mais à revoada de pombos, a criatividade das empresas do ramo, a maioria de caráter familiar, vai longe.
Em Curitiba, os custos de caixões e serviços funerários seguem oficialmente uma tabela estabelecida pela Prefeitura – que, aliás, subiu 16% em julho. São tabelados os preços de 14 caixões, além de serviços essenciais como o quilômetro rodado do traslado e a ornamentação dos caixões. Por outro lado, os cemitérios particulares (pelo menos 19 atuam na região) são o nicho mais livre do ramo fúnebre e, consequentemente, o mais diversificado. “É livre mercado completo”, afirma Robson Posnik, presidente do Sindicato dos Cemitérios Particulares do Paraná (Sincepar).
Considerando a área padrão de um jazigo (2,05 de comprimento por 85 centímetros de largura), o custo do metro quadrado vai de R$ 4.017 a R$ 25.862 – segundo cálculo em cinco cemitérios particulares da região. O tamanho do lote onde o jazigo está instalado é que faz a maior diferença. É uma fator que entrega as diferenças sociais a um olhar mais atento. Há desde lotes estreitos – jazigos separados um do outro por centímetros –, até jardins privativos cercados de R$ 45 mil.
E não se gasta apenas na compra do lote: os cemitérios cobram uma taxa para a manutenção da área. É uma espécie de condomínio perpétuo que pode custar de R$ 240 a R$ 4 mil anuais. Aliás, os cemitérios cobram por serviços sobre os quais a maioria dos clientes só toma consciência na hora da compra. É o caso do sepultamento em si, que varia de R$ 430 a R$ 650; ou do custo de placas e lápides, um dos produtos cujo preço mais oscila.
Já os crematórios da região buscam quebrar os preconceitos da clientela com dois fatores: preço e serviços diferenciados. O Perpétuo Socorro, em Campo Lago, por exemplo, aposta em preço. A tabela é enxuta, mas atrativa: a cremação custa de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil (este último inclui capela e cerimônia). As urnas para guardar as cinzas custam de R$ 50 a R$ 3 mil. “O objetivo do crematório, quando foi aberto, era popularizar a cremação, considerada coisa de rico”, conta o administrador Édson Luiz Mattos.

Nesse mercado, nem tudo pode ser parcelado

Alguns cemitérios topam negociar, mas não são todos – o mesmo ocorre com funerárias, escolhidas por sorteio para cada cliente. Boa parte das empresas afirmam não aceitar cartão de crédito. Ou seja, sepultar alguém na Grande Curitiba pede que a família tenha dinheiro em caixa disponível. Muitas famílias acabam se endividando, conta o diretor do Cemitério Parque Memorial Graciosa, Ermínio Malatesta.
“Costumamos falar que existem três perfis de clientes. Há os de classe alta, que passam um cheque e pagam de vez; a classe B, mais complicada para negociar porque estão sempre endividados; e a classe C, que fica perdida, precisa emprestar dinheiro, vender carro. Para eles, interessa muito o parcelamento”, conta ele, que oferece jazigos em Quatro Barras em até 36 vezes, com entrada.
Financiamentos (sempre com entrada) têm sido um chamariz das empresas para não perder a clientela endividada. A maioria das negociações é de dez a 48 parcelas. O Cemitério Parque São Pedro, no Umbará, já chegou a aceitar 60 parcelas. O que impediu o negócio foi a inflação, conta o administrador Ronaldo Vanzo. “Tentamos deixar a parcela mais acessível, mas a inflação não ajudou. Como as parcelas do carnê são fixas, não dava para corrigir depois”, afirma ele.

Locação

Outro serviço que surgiu da necessidade da clientela foi o aluguel de jazigos. O sepultamento dura o tempo de três anos – o prazo de legislação da cidade para ocorrer a exumação do corpo. Findo o tempo, a família está comprometida a exumar o cadáver e armazenar os restos mortais em um ossuário. O aluguel custa cerca de R$ 1,5 mil; exumação e ossuário, de R$ 2,2 mil a R$ 3,3 mil. Mas nem todas as empresas aderiram ao serviço. “É comum as pessoas desaparecerem. Não pagam o aluguel nem removem o corpo”, afirma Malatesta.
ALTERNATIVA
Os serviços gratuitos e como consegui-los
Como nem todos podem pagar o preço de funerárias e cemitérios, a Prefeitura de Curitiba oferece serviços gratuitos para a população. No pacote, estão um tipo de caixão simples, de compensado de madeira, além do funeral sem luxos. Basta que a família se declare incapacitada de arcar com os serviços, diz Patrícia Rocha Carneiro, diretora do departamento de Serviços Especiais da Prefeitura. O sepultamento é encaminhado em um dos lotes gratuitos reservados no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no bairro São Francisco. Mais informações pelo (41) 3324-9313. Em Pinhais, a população tem a possibilidade de obter cremação gratuita.
FUNERÁRIAS DIVERSIFICAM PARA NÃO FICAREM PRESAS À TABELA
Na intenção de diversificar a tabela da Prefeitura de Curitiba, funerárias da RMC começaram a oferecer serviços pouco comuns para agregar extras ao serviço. A principal empresa a apostar nisso é a Funerária Vaticano -- que faz parte de um grupo que detém ainda um crematório e está prestes a inaugurar um cemitério em Curitiba. A empresa oferece de revoada de pombos a diamantes feitos a partir das cinzas da cremação. A história dos pombos veio por acaso, conta Mylena Cooper, sócia-diretora do Crematório Vaticano. “Meu avô tinha uma criação de pombos-correios. Depois que ele ficou idoso, pensamos no que fazer com a criação e veio a ideia de oferecer o serviço. Cerca de cem pombos percorrem cinco voltas em torno do velório antes e voltar para as gaiolas”, explica. A empresa oferece ainda chuva de pétalas de rosas -- até de helicóptero. E, recentemente, decidiu tornar mais acessível um serviço heterodoxo que tem boa procura: o tal diamante. Com lapidação comum e 0,25 de ponto, é possível garantir o diamante feito de cinzas na Suíça por R$ 8 mil. Faz sucesso entre filhos e viúvas, diz Mylena. Já o envio de cinzas para o espaço sideral ainda não encontrou clientes. O serviço é terceirizado pela Nasa e começou a ser oferecido em Curitiba neste ano

Cemitério vertical custará R$ 30 milhões

A partir de 2011, deve começar a operar na região metropolitana de Curitiba um dos maiores cemitérios verticais do país. O empreendimento do Grupo Vaticano será erguido em Almirante Tamandaré a um custo estimado inicialmente em R$ 30 milhões. Segundo Edson Cooper, diretor da empresa, o investimento é mais vantajoso se comparado à prestação de serviços funerários, que vive um momento de turbulência na capital à espera da conclusão do processo licitatório para o setor. “Cemitério é um negócio lucrativo. Você nunca vê um decretar falência”, afirma.
Divulgação
Divulgação / Em forma de pirâmide, empreendimento terá 35 mil gavetas, ao custo unitário de R$ 2.750.Ampliar imagem
Em forma de pirâmide, empreendimento terá 35 mil gavetas, ao custo unitário de R$ 2.750.

Números do novo cemitério vertical impressionam:

- 58 metros de altura, mais a cúpula.
- 10 pavimentos, além de subsolo e mirante.
- 2 elevadores panorâmicos.
- 35 mil corpos poderão ser enterradas.
- R$ 30 milhões é o custo estimado da obra.
- 58 mil m2 será a área construída.
- 59 metros será a altura da imagem de Jesus Cristo.
Fonte: Grupo Vaticano.

A construção em formato de pirâmide terá 58 metros de altura e capacidade para enterrar 35 mil corpos. Ao lado do prédio, haverá uma imagem de Jesus Cristo de 59 metros de altura — 21 a mais que o Cristo Redentor do Rio. A intenção dos empresários é tornar o local ponto turístico para quem visita a capital do estado. “O preço de cada gaveta — R$ 2.750 — não é alto”, diz Cooper. “Por isso o que compensará o gasto de uma obra faraônica como essa vai ser o turismo.”
De acordo com o empresário, a escolha de Almirante Tamandaré para a construção do cemitério se baseou na carga de tributos sobre o empreendimento. “Em Curitiba, eu teria que pagar até 5% de impostos”, revela. “Já os municípios vizinhos oferecem taxas entre 2% e 3%.”
O terreno onde será erguido o cemitério foi cercado por muros nos últimos dias e, a partir da próxima semana, receberá o serviço de terraplenagem. Segundo Cooper, o projeto da construção já está pré-aprovado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Até que a estrutura do prédio comece a ser montada, o empresário segue em negociação com possíveis investidores do novo empreendimento. “Já no primeiro ano de funcionamento, esperamos receber 100 mil visitantes”, projeta. “Esse tipo de turismo faz sucesso no mundo inteiro. Aqui, não será diferente.”

Proposta libera consumidor do rodízio de funerárias em Curitiba

Proposta libera consumidor do rodízio de funerárias em Curitiba

Vereador Jairo Marcelino apresentou substitutivo a projeto, justificando que o cidadão tem direito à livre escolha da funerária.RSS

O vereador Jairo Marcelino (PSD) apresentou substitutivo ao projeto de lei de autoria dele mesmo para liberar o consumidor do sistema de rodízio de funerárias em Curitiba. Segundo ele, a intenção não é acabar com o rodízio. "A pessoa poderia escolher a funerária. Quem não tiver uma preferência vai para o rodízio", argumenta o vereador.
Hoje, todos os serviços devem passar pelo Serviço Funerário Municipal, que sorteia a empresa. As funerárias passam por um rodízio, o que garante um equilíbrio no número de serviços por mês. O objetivo é evitar a concentração de serviços em uma mesma empresa e o agenciamento de corpos em hospitais e no Instituto Médico-Legal.
Marcelino argumenta que, se o substitutivo for aprovado, as funerárias poderão parcelar os pagamentos, já que os preços são tabelados pela prefeitura. Com isso, o consumidor escolheria a melhor forma de pagamento. “Estamos tentando alterar a regulamentação do serviço prestado pelas funerárias para estender ao cidadão comum o direito da livre escolha. Hoje, proprietários de funerárias já desfrutam quando necessitam deste serviço”, afirmou. Atualmente, as funerárias podem fazer alguns serviços fora do rodízio, desde que se tratem de familiares dos proprietários das empresas.
O substitutivo prevê que o agenciamento de serviços seja punido. O décimo artigo teria acrescido parágrafo único, dispondo que agenciar funerais consiste em captar e direcionar serviços funerários mediante vantagem financeira. "O infrator fica sujeito, por infração consumada, ao contido no artigo 333 do Código Penal”
.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Geladeira quebra e corpos apodrecem causando mau cheiro no IML.


O mau cheiro originado do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, no bairro do Prado, em Maceió, começou a incomodar os moradores do entorno do órgão, bem como seus funcionários. Corpos em decomposição provenientes da má conservação de um equipamento teriam agravado ainda mais a situação.
De acordo com o diretor do IML, Luiz Mansur, um problema na geladeira desde o último sábado teria complicado a situação dos corpos, que apodreceram. "Os corpos ainda não foram enterrados pela falta de autorização do Cemitério Público Divina Pastora", justificou.
O equipamento, segundo Mansur, foi consertado na segunda-feira passada. Sendo os dois dias suficientes para que os corpos entrassem em decomposição. O diretor disse que irá tentar agilizar a liberação para sepultamento por parte do cemitério nesta quinta-feira.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Igreja quer veto a enterro de cão em cemitério.



O arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, foi recebido ontem na Prefeitura com uma missão: impedir a aprovação do projeto de lei que libera o sepultamento de animais domésticos, como cães e gatos, em jazigos comuns dos cemitérios municipais. A proposta, dos vereadores Roberto Tripoli (PV) e Antonio Goulart (PSD), visa a permitir o enterro dos bichos ao lado de seus donos.

Os parlamentares alegam que os proprietários dos animais os consideram membros da família. "Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar o cadáver", diz a proposta da lei.

Ao prefeito Fernando Haddad (PT), d. Odilo argumentou que a presença de jazigos de animais entre túmulos comuns poderia provocar um processo de depreciação da dignidade humana ou reconhecer aos animais uma dignidade igual à dos humanos, o que seria inaceitável. Informal, a conversa sobre animal ter ou não alma não obteve um desfecho.

Apesar de aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal, ainda não há data para nova votação do tema na Casa. Os autores da proposta aguardam uma manifestação de Haddad, o que ainda não ocorreu. A intenção é evitar o desgate de um possível veto do prefeito a uma lei sugerida e aprovada por vereadores da base aliada.

Velório. De acordo com Tripoli, a liberação é uma demanda da sociedade e um direito do cidadão, que paga para adquirir e manter um túmulo. "A pessoa que compra o espaço pode usá-lo como quiser. Se quiser enterrar um cachorro ali, qual é o problema? O Município não vai gastar nada com transporte."

O vereador ressalta ainda que os poucos cemitérios e crematórios particulares destinados a bichos domésticos na cidade cobram altíssimas taxas, praticamente inviabilizando o uso pela maioria da população.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Croácia descobre crânio alienígena em cemitério de humanos

Coveiros que desenterraram a bizarrice dizem que ele tinha um perfume parecido com pós-barba
Ivan Stefic, prefeito da cidade de Medjimurje, na Croácia, está, ao mesmo tempo, aterrorizado e orgulhoso. 
Aconteceu que, nas obras de expansão do cemitério da cidade, trabalhadores encontraram o que eles supõem ser partes do cadáver de um alienígena.
A primeira parte, de acordo com os croatas, parece ser uma cabeça — porque tem uma espécie de boca em forma de bico bem no meio dela.
Já a segunda parte, que eles acreditam ser o tronco da criatura, tem algo que se assemelha com um coração.
Os operários que trabalhavam na obra de expansão do cemitério ficaram abismados com a descoberta. Um deles, em entrevista ao Orange News, disse que nunca ficou tão assustado.
— Eu quase me borrei de medo ao ver aquela coisa me encarando debaixo da terra. A coisa mais estranha de todas, apesar de tudo, era o cheiro. A maior parte das coisas que saem da terra não cheiram muito bem, mas esta tinha um cheiro bem doce, como se fosse uma loção pós-barba.
O prefeito da cidade, Ivan Stefic, vislumbrando uma oportunidade de bombar o turismo local, já foi logo convocando cientistas que vão estudar profundamente a cabeçorra.
— Ele [o cadáver] foi encontrado a coisa de 1m de profundidade e deu um susto nos trabalhadores. Nós a mantivemos em segurança no prédio da prefeitura até que os cientistas a levaram. A gente sabe que soa como loucura, mas nós não conseguimos pensar em nenhuma outra explicação mais racional para a nossa descoberta.

Funerária entrega corpo para velório sem preparo e revolta família, em RO

Croácia descobre crânio alienígena em cemitério de humanos


De acordo com a família, corpo foi entregue sujo e em caixão lacrado.
Funerária alega que serviço não foi realizado a pedido da família.


A família do jovem Adevair Santana Vital, de 24 anos, morto em um acidente na BR-364 no sábado (17), em Vilhena (RO), pretende mover uma ação contra a funerária contratada para o preparo do corpo para o sepultamento. De acordo com a família, o corpo foi entregue para o velório sujo e dentro de um caixão lacrado. Um funcionário teria dito que o corpo estava desfigurado. “Do jeito que retiraram o corpo do local do acidente, colocaram no caixão”, conta Priscila Daiane de Oliveira Borsoi, esposa de Vital.
Ataídes Vital, tio de Adevair, conta que na madrugada no sábado, por volta das 3h, a família foi comunicada sobre a morte do sobrinho. Em seguida, a funerária que estava de plantão, ficou responsável pela preparação do corpo para o enterro. “Um outro familiar nosso viu o corpo e, como não estava totalmente desfigurado, pedimos para fazerem todo preparo”, relembra o tio.
Segundo o tio, quando a funerária entregou o corpo para ser velado, um funcionário pediu para que o caixão não fosse aberto, alegando que estava desfigurado. “Eles também pediram para que o enterro fosse realizado naquele mesmo dia, por volta das 17h. O caixão estava lacrado”, relembra Ataídes.
Desconfiados, os familiares decidiram abrir o caixão. “Foi aí que descobrimos porque eles não queriam que abrisse. Meu sobrinho estava com as mesmas roupas, ou seja, não mexeram em nada. Nem banho deram”, conta o tio, indignado. Diante da situação, a polícia foi acionada e um Boletim de Ocorrência foi registrado contra a funerária na delegacia da cidade.
Após o ocorrido, a funerária retirou o corpo do velório, devolvendo, novamente, no início da noite. O sepultamento foi realizado na manhã de domingo (18). “Ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Meu marido estava cheio de terra. Ele não era bicho para ser tratado desta maneira”, desabafa a esposa do jovem.
Procurado pelo G1, o proprietário da funerária, Ademilson de Golveia Silva, alegou que a própria família teria pedido para que o corpo não fosse preparado, já que não tinham condições financeiras. “Eles pediram para colocar em uma urna simples, pois não queriam acrescentar despesas”, afirma. De acordo com o empresário, foi somente após os amigos de Ataídes aparecerem no local do velório, e verem as condições do corpo, que família pediu a preparação.
O delegado Fábio Campos informou que este foi o primeiro caso desta natureza registrado na Delegacia de Polícia Civil de Vilhena. “Se teve outros casos do gênero, os familiares não registraram um boletim”, finalizou.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

‘Morto’ aparece no próprio velório: família velou morto errado


Foto: Reprodução/TV Tem
O velório já durava 14 horas quando o 'morto' apareceu na porta do próprio velório, em Mirassol, no interior de São Paulo. "Não está me reconhecendo, mãe?", disse Ewerton Santos. A mãe, assustada, começou a chorar. Santos é usuário de drogas e vive nas ruas. Um cadáver foi achado nas ruas e o pai, Adauto Santos, foi chamado ao IML para fazer o reconhecimento do corpo.
Nervoso com a situação, o pai se confundiu e achou que o cadáver era do próprio filho. No entanto, o corpo era de outro jovem: Lucas Casemiro, 18 anos, morador de Getulina, cidade próxima a Mirassol. Casemiro foi vistar a mãe em Mirassol, passou mal na rua e morreu. Encontrado no centro da cidade, foi levado ao IML pelo Corpo de Bombeiros.
Depois de quase 14 horas de velório com o caixão aberto, ninguém tinha percebido o equívoco. Até que duas amigas da família foram ao velório e contaram ter visto Ewerton na rua. Minutos depois, o 'defunto' apareceu no local, para espanto dos familiares e amigos.
A família de Casemiro, o verdedeiro morto está abalada com o ocorrido e pensa em processar o Estado. O jovem será sepultado nesta sexta-feira (16) em Bebedouro, onde vivia com o pai. A Polícia Civil informou que não há indícios de crime e, portanto, o caso não será investigado. (vi no Diário Web)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Prefeito analisa projeto para enterrar animais junto com os donos em Poá

Principal argumento de criador da lei são laços entre donos e bichos.
Enterro seria no jazigo da família, mas medida divide opiniões.

Pedro Carlos Leite e Carolina Paes                                                                                        

Prefeito de Poá afirma que vai vetar lei por acreditar que sociedade precisa participar de discussão. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Vereadores de Poá aprovam lei que permite enterro de cães em cemitério. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Um projeto de lei que autoriza o sepultamento de animais domésticos no cemitério da cidade de Poá (SP) está causando polêmica. A proposta, que já foi aprovada pela Câmara Municipal e segue para sanção do prefeito Francisco Pereira de Sousa, determina que bichos como cães e gatos poderão ser enterrados nos mesmos jazigos que os donos. O prefeito já disse que não pretende autorizar a medida com a alegação de que é preciso maior debate com a população. Autor do projeto, o vereador Deneval Dias do Nascimento (PRB) se defende. “Nossa preocupação é tentar solucionar problemas. Deixei o projeto durante 30 dias em todas as petshops da cidade perguntando se as pessoas aprovam ou reprovam e consegui quase 300 assinaturas a favor da lei.”
Vereador de Poá com as quase 300 de apoio que obteve para o projeto de sua autoria. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Vereador de Poá com as quase 300 de apoio que
obteve para o projeto de sua autoria.
(Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Cumprindo seu sétimo mandato no Legislativo de Poá, Deneval diz que parte da inspiração veio das grandes manifestações de junho. “Estamos sempre procurando onde melhorar, mas depois das manifestações ficou evidente que é necessário inovar em todas as áreas”. O projeto entrou em votação na última terça (5) e foi aprovado com oito votos a favor, quatro contra e quatro abstenções.
O vereador argumenta que a cidade não oferece atualmente nenhum serviço do tipo. “Este é um assunto que também está sendo discutido na Câmara de São Paulo. A população não tem destino para dar para os animais aqui em Poá. O município tem 17 quilômetros quadrados e praticamente não tem zona rural. Conheço gente que saiu com enxada para enterrar o cachorro e não achou onde cavar. Não é obrigatatório enterrar no cemitério e não vai ter custo nenhum”, afirma.
O principal argumento são os laços emocionais que o dono cria com seu pet. “Eu conheço pessoas que choram quando o animal está doente, dá banho todo dia e diz 'vem pro papai, vem pra mamãe'. Vai dar um suporte para esse pessoal dar um final para seu animalzinho”, conta o verador, que diz também ser dono de um cão que, quando chegar a hora, será sepultado conforme seu projeto de lei.
A dona de casa Waldicléa Costa da Cruz é dona de uma pinscher chamada Mel que é a xodó da casa. Eu e meu marido não temos filhos. Ela representa tudo pra gente. A gente brinca, leva no parque”, afirma. Ela diz ser a favor do sepultamento de cães, mas de uma maneira um pouco diferente. “Eu ia gostar de que ela fosse enterrada no cemitério, mas é bom ter um espaço próprio para eles.”
Cão vira lata Nininho, que pertence à dona da banca de jornal e tem casinha ao lado da banca. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Cão vira lata Nininho tem casinha ao lado da banca de jornal da dona. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Dona de uma banca de jornal na região central de Poá, Ana Maria do Nascimento está sempre acompanhada da basset Nina e do vira-lata Nininho, que tem até uma casinha ao lado da banca. “Todos os cachorros que eu já tive eu mandei cremar porque não tinha onde enterrar. Eu acho válido, mas é uma coisa a se pensar. Tem que ver se os outros membros da família vão concordar em ter o cachorro enterrado no jazigo. Eu acho que deveria ter um lugar só para eles”, afirma.
O operador de empílhadeira Lealdino Ferreira de Oliveira diz que gosta de animais, mas é totalmente contra a iniciativa. “Cachorro meu eu faço buraco e enterro no quintal, mas o certo era deixar para o urubu comer porque é da natureza. Cemitério é lugar sagrado, é do descanso das pessoas”, acredita.
Lei prevê que cães sejam enterrados junto com donos em cemitério de Poá. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Lei prevê que cães sejam enterrados junto com
donos em cemitério de Poá.
(Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Alternativas
De acordo com o médico veterinário Marcos Massao Hossomi, a destinação dos animais domésticos ainda é um assunto pouco discutido. Na clínica particular onde Hossomi trabalha, em Mogi das Cruzes, os clientes são orientados a contratar um serviço especializado em sepultamento e cremação de animais. "Há cerca de cinco anos temos uma parceria com um cemitério de animais, em São Bernardo do Campo. Fora esse sei que existe também outro no Parque do Carmo. Porém, por não ser algo tão comum o serviço acaba sendo um pouco caro. Por isso, muitas pessoas acabam enterrando os animais em qualquer lugar."
O veterinário alerta que o sepultamento inadequado dos animais de estimação pode ser um risco tanto para a saúde quanto para o meio ambiente. "Não recomendo enterrar em qualquer lugar, pois todo corpo em decomposição libera substâncias que podem infiltrar no solo e contaminar água de poços e até o lençol freático", explica. "Essa proliferação de bactérias pode causar nas pessoas, entre outras coisas, intoxição e diarréia", diz Hossomi.
O veterinário ainda explica que não existe uma legislação específica que fale sobre a destinação de animais domésticos e, por isso, as clínicas veterinárias não podem impedir que o dono leve seu animal embora, mesmo morto. "Não temos como obrigá-lo a aderir ao serviço ou então segurarmos o animal. Não existe uma lei específica sobre isso. O que fazemos é orientar. Existem meios de destinação mais apropriados e seguros, mas quando o cachorro morre de alguma doença perigosa e contagiosa frisamos bem o risco. Nesses casos, 100% das pessoas optam pela cremação."
A crescente relação afetiva com os animais de estimação, nos últimos tempos, segundo Hossomi, tem feito aumentar a procura por esse tipo de serviço. "Hoje em dia as pessoas tratam os animais como se fossem da família. E o sepultamento ou a cremação se tornam uma forma de prestar uma homengam para aquele que sempre acompanhou a família", conta.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Há oito anos crematório espera autorização para funcionar

Equipamento foi comprado em 2005; problema é a lentidão da Secretaria de Meio Ambiente



Mary Juruna/MidiaNews
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Sócio-proprietário da Somatem, Sílvio Muller, mostra equipamento parado por falta de licenciamento
DÉBORA SIQUEIRA
DA REDAÇÃO
Há oito anos, a Pax Nacional Prever importou o primeiro forno crematório para Cuiabá, mas por burocracias que se arrastam anos a fio na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), até hoje não conseguiu a licença para sua instalação no cemitério Parque Bom Jesus, no bairro Parque Cuiabá, e a autorização para fazer as cremações.

O maquinário, importado dos Estados Unidos em 2005, ao custo de US$ 300 mil, fica abrigado em uma casa, e foi desembalado apenas para a reportagem do MidiaNews.

“Entramos com o pedido do licenciamento em 2006, era para ter encaminhado para a prefeitura de Cuiabá, já pediram tantos documentos e, apesar de termos entregado tudo, não fizeram nada”, reclama o diretor da Pax Nacional Prever, Nilson Marques. 
"Se a licença não sair esse ano, vou levar um bolo na Sema e cantar parabéns pela incompetência deles"


A ideia era construir o crematório de Cuiabá em um prédio em frente à administração do cemitério Parque Bom Jesus, administrado pela Sociedade Mato-grossense de Empreendimentos (Somatem).

Pelo projeto, estimado em R$ 3 milhões para sair do papel, o primeiro pavimento numa espécie de anfiteatro é para o cerimonial de despedida. No andar inferior está instalado o forno crematório, mas a família não acompanha a cremação. Dias depois ela recebe as cerca de 700 gramas de cinzas.

Contudo, até hoje o projeto está engavetado pela falta do licenciamento. Na época da importação do forno crematório para Cuiabá, o Grupo Ângelus, que a Pax Nacional faz parte, trouxe outros equipamentos para Porto Alegre (RS), Maringá (PR) e Belo Horizonte (MG). Nestas cidades, os crematórios funcionam desde 2007.

“A Sema exigiu tanta coisa, colheu vegetação, catalogou animais, sendo que o impacto ambiental de uma cremação é menor do que de um carro a álcool. A emissão é zero, existem filtros, há toda uma tecnologia. Se a licença não sair esse ano, vou levar um bolo na Sema e cantar parabéns pela incompetência deles”, argumentou Nilson Marques.

O sócio-proprietário da Somatem, Silvio Luiz Muller, mostra cinco caixas e outras pastas de documentos do processo de licenciamento do crematório protocolados junto a Sema. O Estudo de Impacto Ambiental já foi realizado e até mesmo a vizinhança já foi ouvida sobre a forma opcional ao sepultamento tradicional.

“Uma reunião será agendada para essa semana entre técnicos da Sema e da empresa Eco Assessoria Ambiental, responsável pela elaboração do estudo, esperamos que o licenciamento saia logo. Acredito que estamos na reta final”.

Mary Juruna/MidiaNews
Documentação do processo para liberação do crematório consomem cinco caixas
A reportagem do MidiaNews entrou em contato com a Sema para saber sobre o processo do licenciamento do crematório, mas nenhum responsável concedeu informações sobre o andamento deste processo.

Cinzas, diamante e religião

De acordo com o diretor da Pax Nacional Prever, Nilson Marques, há procura para o serviço de cremação em Mato Grosso, mas que o custo é alto porque é necessário fazer traslado para Brasília em caixão especial e por transporte aéreo, algo restrito a pessoas mais abastadas.

“Se estivesse em funcionamento, a cremação sairia mais barato do que comprar uma gaveta no cemitério”, comentou.

O sócio-proprietário da Somatem, Silvio Muller, diz que além de mais higiênico e ambientalmente adequado, a cremação tem um custo equivalente ao de um sepultamento tradicional.

“Cada família tem uma forma de destinar as cinzas. Algumas preferem lançar ao mar, outras no rio, algumas enterram a urna, outros jogam em árvores e alguns transformam as cinzas em diamante”, explicou Muller.

Eternizar a lembrança de um parente querido em uma joia é um processo que não sai barato. Pode chegar até mais de R$ 60 mil dependendo do quilate e da lapidação da pedra. O processo é realizado em um crematório de Santa Catarina em parceria com uma empresa suíça.

No cemitério Parque Bom Jesus há três urnas enterradas de vítimas da bomba atômica que atingiu a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945.

Por meio de uma pesquisa, moradores dos bairros vizinhos foram ouvidos no Estudo de Impacto Ambiental para serem ouvidos sobre o que acham do processo de cremação. Mais de 60% foram favoráveis.

No Parque Geórgia 84% dos moradores aprovou o processo, o índice foi de 69% no Jardim Mossoró, 68% no Parque Atalaia, 74% no Parque Cuiabá e 58% no Residencial Coxipó. Mais de 70% dos entrevistados ouvidos eram católicos.

Funcionário de funerária se choca ao receber família com joelho amputado

"Isso não existe, o hospital jamais poderia ter liberado", diz funcionário.
Hospital entregou joelho amputado para família de paciente.


Esposa carrega o joelho do marido em Poá de um lado para o outro em busca de solução. (Foto: Fernando Mancio/TV Diário)Esposa carrega o joelho do marido em Poá de um
lado para o outro em busca de solução. (Foto: Fer-
nando Mancio/TV Diário)
Funcionário de uma funerária em Poá, Davi Adelino de Almeida levou um grande susto na quinta-feira (19) ao receber a visita de uma família que pedia o sepultamento do joelho amputado de um parente. “Eles vieram aqui com o joelho numa caixa e eu fiquei chocado. Isso não existe, o hospital jamais poderia ter liberado o membro para a família, isso é sempre tratado direto conosco. A gente vê de tudo nessa vida”, conta. Os parentes do paciente José Evangelista dos Santos, que teve o joelho amputado na Santa Casa deSuzano, conseguiram sepultar o membro na quinta-feira (18) após receber o joelho no hospital no dia anterior.
Para a esposa do paciente, Lindalva Batista dos Santos, o sepultamento foi um alívio. "Graças a Deus eu consegui enterrar esse joelho. O hospital errou e espero que isso não aconteça com outra pessoa. Nós não sabíamos mais onde colocávamos esse joelho", diz. O joelho de Santos foi retirado durante uma cirurgia na terça-feira (16) por causa de uma inflamação no osso. No mês de junho, ele já havia passado por cirurgia para retirar a parte inferior da mesma perna por causa da doença.
Caixa onde joelho foi enviado para a família (Foto: Fernando Mancio/TV Diário)Caixa entregue pelo hospital tinha identificação
do paciente. (Foto: Fernando Mancio/TV Diário)
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "um órgão amputado somente deve ser repassado ao paciente ou aos familiares caso esses tenham requisitado o membro. Caso contrário, compete ao Serviço de Saúde o descarte desse membro". Segundo a Agência, um relatório cirúrgico deve ser elaborado, assinado pelo médico responsável pela amputação, para fins de sepultamento.
G1 também entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e aguarda um posicionamento sobre quem paga as taxas para enterro de membros em hospitais públicos: se a família ou a unidade.
Na Santa Casa de Mogi das Cruzes, segundo a diretoria, o médico que fez a cirurgia assina um documento, que é encaminhado diretamente à funerária, responsável pelo sepultamento. A família não é envolvida em nenhuma parte do processo e nem precisar pagar taxas.

O chefe de serviços funerários de Poá, Rodrigo Abeltino, explicou, porém, que o procedimento para membros amputados é o mesmo para o de um corpo. O membro é entregue para a funerária, que dá entrada na administração do cemitério e é cobrada a taxa de sepultamento. É preciso que seja apresentado um documento assinado pelo médico para que o sepultamento seja autorizado.De acordo com Almeida, funcionário da funerária, apenas uma autorização de amputação foi apresentada pela família, mas ele diz que em caso de membro é normal isso ocorrer. "Nós precisamos de atestado apenas se for um feto ou uma pessoa que morreu mesmo", diz. Almeida ainda explicou que a diferença é que geralmente a família leva o documento e a funerária busca o membro diretamente no hospital.

Contudo, no caso do joelho de José Evangelista, apenas a autorização de amputação foi suficiente para que ele fosse enterrado. Sobre isto, a Prefeitura alega que “o enterro do membro foi feito com base na liberação e documentação feita pela funerária."
Custos
“Normalmente nós usamos urnas infantis, mas como o joelho já estava em uma caixa não precisamos usar”, comenta Davi. Com isto a família evitou gastar cerca de R$ 150 para a aquisição da urna. “Em momento nenhum o hospital entrou em contato conosco. Eu abri a caixa, o joelho é pequeno, o próprio hospital teria condições de se desfazer”.
Funcionários da funerária levaram o membro amputado para o Cemitério Municipal da Paz, na mesma cidade. Ali, como a família também conseguiu a emissão de um atestado de isenção de taxa emitido por assistentes sociais, devido à baixa renda, não precisaram pagar a taxa de sepultamento, que é de R$ 51. Segundo a administração do cemitério, membros amputados são sepultados na ala infantil.
A Santa Casa de Suzano informou nesta sexta-feira (19) que quando o paciente sofreu a primeira amputação a família foi orientada e recebeu a documentação necessária para dar andamento aos procedimentos e a funerária retirou o membro na unidade. Já na segunda cirurgia, segundo o hospital, "os familiares receberam a mesma orientação, no entanto compareceu à unidade o filho do paciente que recebendo as devidas orientações, manifestou que ele mesmo iria levar o membro amputado até a funerária para dar prosseguimento ao sepultamento. Em momento nenhum o filho do paciente ou qualquer membro da família recebeu orientação para levar o membro para casa, uma vez que todos já haviam passado pela mesma situação um mês antes."
Procedimento correto
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , "os resíduos dos serviços de saúde devem ser gerenciados conforme os procedimentos estabelecidos pela Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Anvisa n. 306/2004, assim como pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, n. 358/2005". A agência ainda informou que em caso de membro amputado, após o registro no local de geração, deve ser encaminhado para sepultamento em cemitério ou para tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado.
Entenda o caso
O joelho de José Evangelista dos Santos foi retirado durante uma cirurgia na Santa Casa de Suzano na terça-feira (16) por causa de uma inflamação no osso. Segundo a família, o membro foi entregue sem nenhuma explicação por uma enfermeira na quarta-feira.
“Eles ligaram na quarta-feira (17), pedindo para irmos à Santa Casa. O meu filho foi até lá e chegou em casa com o joelho na caixa. Ele disse que uma funcionária pediu para ele assinar um papel, mas não disse o motivo.  Depois entregou a caixa para ele”, contou Lindalva.
O filho, Wellington dos Santos explicou que o papel que ele assinou era uma autorização de amputação. "Assinei este documento e ela me entregou a caixa", detalhou.
Lindalva também disse que ainda que ligou no 190 e o policial ficou espantando com a pergunta. “Eu expliquei a situação e perguntei o que faria com o joelho. O policial disse que eu não devia ficar com ele e disse para eu ligar para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e denunciar o caso para a imprensa.”
De acordo com a família, José Evangelista dos Santos foi atropelado em 2000. Desde então, ele sofre de osteomelite aguda, que é a inflamação aguda dos ossos, em uma das pernas. Lindalva Batista dos Santos contou que em 12 de junho de 2013 ele amputou a perna na Santa Casa de Suzano. “Os médicos preservaram o joelho para ele usar uma prótese, mas no dia 24 de junho ele foi internado com a doença no joelho também”. Então, no dia 16 de julho, foi feita no hospital a amputação do joelho.
As duas cirurgias foram feitas na unidade 2 da Santa Casa, segundo a família, mas o paciente está internado na unidade 1, para onde voltou depois de cada operação. Ela destacou que na primeira amputação o procedimento foi outro. “Eles nos deram um papel para levarmos até a funerária que depois foi buscar a perna na Santa Casa e, então, fizemos o sepultamento.”

Lei que criava crematório público é barrada pelo Tribunal de Justiça



A Constituição Federal e o Direito Municipal Brasileiro preceituam que o serviço funerário é de competência municipal, por dizer respeito a atividades de precípuo interesso local, quais sejam, a organização de velório, o transporte de cadáveres e a administração de cemitérios. Com base nessa premissa, o Tribunal de Justiça da Paraíba declarou inconstitucional a Lei Estadual nº 9.588/2011, de 15 de dezembro de 2001, promulgada pela Assembleia Legislativa do Estado. A lei obrigava o Estado a instalar um crematório público para prestação de serviço gratuito de natureza funerária.
 
A decisão foi tomada pelo Tribunal Pleno, durante sessão realizada nesta quarta-feira (17), ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (999.2-020.000.551-02/001), movida pelo governador do Estado da Paraíba, Ricardo Coutinho, através do procurador Geral do poder público estadual, Gilberto Carneiro da Gama.
 
O relator da matéria foi o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, que votou pela inconstitucionalidade da Lei Estadual em questão. No voto, o relator argumenta que o serviço funerário revela-se como de interesse local. “Assim, a instalação de um crematório público para prestação de serviços gratuitos, somente pode ser atribuição do município”, destaca o relator.
 
Ao invocar a lei maior brasileira, o desembargador Marcos Cavalcanti afirmou: “Dese modo, todo e qualquer legislação estadual que obrigue o Poder Público estadual a prestar esta espécie de serviço afronta o artigo 30, I, da Constituição Federal e, por conseguinte, o artigo 11, V da Constituição do Estado da Paraíba”.
 
O caso – O projeto de lei nº 355/2011, de autoria do Poder Legislativo da Paraíba, obriga, nos artigos 1º e 2º, o Governo do Estado a instalar um crematório público estadual, com prestação de serviços gratuitos. Após aprovado em plenário, o projeto seguiu para o Poder Executivo, mas foi vetado pelo Governador. Ao retornar ao legislativo estadual, os deputados derrubaram o veto. Em ato contínuo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Marcelo, promulgou a lei.
 
Com base na Constituição Federal e Estadual, o governador Ricardo Coutinho intentou a Ação Direta de Constitucionalidade, como forma de reverter na Justiça a decisão tomada na Assembleia Legislativa e, por conseguinte, suspender os efeitos dos artigos 1º e 2º da Lei Estadual n° 9.588.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Técnica criada na Suíça permite fazer autópsias em 3D

Equipe do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique pretende eliminar de vez a necessidade de abrir corpos para investigação         

Divulgação                  
Imagem tridimensional de esqueleto
Investigação em 3D: A virtópsia identifica a causa da morte entre 60% e 80% dos casos se comparada com a autópsia, mas em 20 anos, deve alcançar 95% de acerto
São Paulo – Elementar, meu caro leitor. Quando precisa descobrir por que alguém morreu, Michael Thali tem o hábito de escanear o cadáver. O diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, na Suíça, não se limita a fazer imagens em 3D do corpo. Se existe a suspeita de assassinato, possíveis armas usadas no homicídio também ganham versões tridimensionais.

 

O trabalho só fica completo com a recriação de toda a cena do crime por computador. Reunidas, as peças ajudam a identificar quais as causas da morte, como em uma autópsia tradicional, mas sem um corte sequer. O bisturi só entra depois, para conferir se os resultados da análise digital estão corretos.
Mas a equipe suíça pretende eliminar de vez a necessidade de abrir o corpo. A autópsia virtual, ou virtópsia, começou a tomar forma há 15 anos, quando um homicídio provocou comoção na Suíça. A arma usada no crime permanecia um enigma. Richard Dirnhofer, na época diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Berna, resolveu escanear o crânio da vítima. Feita a reprodução em 3D, ele descobriu que o assassino usou uma chave inglesa.
O sucesso levou o professor a desenvolver o método. “Começamos a documentar ferimentos em 3D na pele. Como isso funcionava, imaginamos adotar outras técnicas para ver o interior dos corpos”, disse a INFO Michael Thali, que trabalhou com Dirnhofer. Duas são as ferramentas de diagnóstico por imagem usadas em cadáveres: a ressonância magnética e a tomografia. Hoje, o grupo conta até com um robô, o Virtobot, capaz de extrair amostras de tecido para análise. Tudo isso faz com que a virtópsia seja de duas a três vezes mais cara do que a tradicional.
A virtópsia identifica a causa da morte entre 60% e 80% dos casos se comparada com a autópsia. Em 20 anos, deve alcançar 95% de acerto. A evolução é questão de tempo, na opinião de Marcos de Almeida, professor de bioética e medicina legal da Unifesp. Ele diz que a técnica pode ajudar a contornar restrições religiosas à abertura de cadáver. “Com o diagnóstico por imagem, posso localizar um projétil de arma de fogo sem ir atrás dele fisicamente”, afirma.

Coveiros do Cemitério do Cajú entram em greve por atraso de salários; mais de 15 corpos aguardam enterro

Em greve desde a tarde de quinta-feira (18), os coveiros do Cemitério São Francisco Xavier, no Cajú, mantiveram a paralisação na manhã desta sexta (19). Eles reclamam de atraso de salários. Segundo o SindFilantrópicas (Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas, Filantrópicas e Organizações não Governamentais do Estado do Rio de Janeiro), os vencimentos teriam de ser pagos até o dia 5 e o problema é recorrente desde 2010. Ainda segundo o sindicato, 17 corpos estão nas capelas do cemitério aguardando sepultamento. Sem o trabalho dos coveiros, o procedimento só poderia ser realizado por Bombeiros ou agentes da Comlurb.
De acordo com Marcos Flávio, diretor social do SindFilantrópicas, a Santa Casa de Misericórdia vem adiando o pagamento a cada dia e dá inúmeras desculpas para justificar o atraso do salário, de cerca de R$ 1.000. Marcos afirma que desde quinta-feira a instituição e a administração do cemitério não se pronunciam.
Mais de 30 funcionários e seus familiares estão protestando pacificamente em frente ao cemitério.Três viaturas e duas motocicletas da Polícia Militar acompanham o protesto. O sindicato afirma que os trabalhadores prejudicados voltarão imediatamente aos postos assim que o pagamento for efetuado e pede desculpas e compreensão dos familiares dos mortos.
R7 tentou contato com a administração do Cemitério do Caju, mas não havia recebido retorno até a publicação desta reportagem.
Ultimamente, o cemitério São Francisco Xavier vem passado por problemas na administração, com denúncias de construções ilegais de jazigos e de fraudes na revenda de sepulturas feitas pela Santa Casa.
Após denúncia, a Casa Civil fez vistorias nos cemitérios que a Santa Casa administra e lacrou os jazigos ilegais. Também recolheu os livros de registros dos enterros para analisar possíveis irregularidades. Os livros serão digitalizados e vão ficar sob a direção da prefeitura. A Polícia Civil está investigando a denuncia, que aponta Dahas Zarur, como o líder da quadrilha que revende túmulos.
Ainda de acordo com a assessoria da Casa Civil, desde abril, a secretaria analisa fazer pregão no segundo semestre para algum consórcio administrar os cemitérios da Santa Casa.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Homem mata cantor e depois faz sexo com o cadáver; veja vídeo

 

A polícia identificou e prendeu Júlio César Castorino Rodrigues, que confessou o crime
28.6.2013 - Redação

 
Antônio Serjuk, 51 anos, foi morto a pedradas, no bairro Lagoa das Pedras, em Campo Magro (CE), e o assassino ainda fez sexo com o cadáver.

A polícia identificou e prendeu Júlio César Castorino Rodrigues, o "Porco", que confessou o crime.

Confira o vídeo:


Fonte: www.portaldoantoniozacarias.com

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Jazigo perpétuo pode custar até R$ 450 mil em cemitério de Botafogo

 

  • Valor é semelhante ao de um imóvel de 50 metros quadrados no mesmo bairro
  • Dados mostram um movimento de R$ 100 milhões por ano
Com preços aquecidos num mercado pouco divulgado, os jazigos perpétuos em cemitérios cariocas podem chegar a custar até R$ 450mil, como é o caso do São João Batista, onde há mortos ilustres como o compositor Ary Barroso. Fábio Rossi / O Globo
RIO — Se após três anos de supervalorizações o mercado imobiliário no Rio começa a se estabilizar, por outro lado, o custo da última morada está pela hora da morte. O preço de um jazigo perpétuo hoje pode custar até R$ 450 mil (dependendo das benfeitorias), no cemitério São João Batista, em Botafogo, valor semelhante ao de um imóvel de 50 metros quadrados no mesmo bairro. É como se a metragem daquele campo santo pudesse valer o dobro do metro quadrado do, também seleto paraíso do vivos, Jardim Pernambuco, no Leblon.
Com uma demanda de 160 enterros por dia para os 24 cemitérios na cidade, o mercado de jazigos nunca esteve tão disputado, ameaçando o sossego até de quem descansava há décadas, como é o caso dos restos mortais do cantor Vicente Celestino.
O jazigo do artista, morto em 1968, está localizado na área mais valorizada do único cemitério da Zona Sul e no centro da uma briga judicial que já dura cinco anos entre o herdeiro e a Santa Casa da Misericórdia, entidade responsável pela administração dos cemitérios públicos.
A disputa começou em 2008 depois que José Alves Pinto, viúvo e segundo marido da cantora Gilda Abreu solicitou à Santa Casa a transferência da titularidade. Ela foi casada com Vicente Celestino e seu corpo descansa no mesmo jazigo. O provedor da instituição, Dahas Zarur, negou a transferência do título:
— O jazigo não é uma propriedade, mas uma concessão. Vicente Celestino buscou essa concessão para si e para sua família. Ele não tem o direito de despejá-los para vender o título como se fosse um patrimônio.
O advogado do herdeiro, Yubirajara Corrêa Filho, rebate o argumento e lembra que José Alves homenageou Vicente Celestino, ao doar para o município de Conservatória, o acervo do artista para o museu.
— Homenagem é ajudar a manter a memória dele e não a sepultura. Meu cliente tem mais de 80 anos e não tem herdeiros. No caso de sua morte, a titularidade passa para a Santa Casa.
Dados mostram um movimento de R$ 100 milhões por ano
A disputa judicial por um lugar para descansar ferve no Tribunal de Justiça do Rio, onde há pelo menos outros 25 herdeiros, buscando o direito de vender o título de um jazigo perpétuo:
— Há muitos bisnetos que sequer conheceram os familiares que estão enterrados ali. No entanto, eles acreditam que podem ganhar dinheiro com isto — afirma Zarur, que recebe uma média de seis pedidos de transferência por mês.
De acordo com a tabela de preços da Santa Casa, o título de jazigo perpétuo pode custar desde R$ 17.600, na área menos valorizada do cemitério de Santa Cruz, até R$ 176 mil, no entorno do cruzeiro do cemitério São João Batista. Na alameda principal, próximo ao acesso à Rua General Polidoro o valor tem que ser submetido ao provedor. Os preços da tabela não levam em consideração as benfeitorias.
— Depende do que será feito. Se construir o jazigo em mármore, erguer uma capela ou colocar obras ali, esse valor pode até ultrapassar essa cifra (R$ 450 mil) — explica o provedor.
Segundo dados da Santa Casa, o mercado de enterros, entre taxas cemiteriais e serviços funerários movimenta, só na capital, cerca de R$ 100 milhões por ano. Um mercado tão milionário que a disputa já extrapolou as questões cíveis.
No início do mês, em ação civil pública movida pelo Ministério Público, o juiz da 4ª Vara Empresarial determinou liminarmente o fechamento das empresas do advogado Antônio Fernando Gomes Barbosa, acusado de lesar consumidores.
O advogado já havia sido condenado a um ano em regime aberto por estelionato, acusado de vender ilegalmente dois carneiros a Patrícia Carol Correa Garcia e Gonçalo Franca Pessanha no valor de R$ 30 mil. Ele responde ainda a outros dois processos criminais por estelionato e falsificação, todos envolvendo transferência de títulos. Procurado pelo GLOBO o advogado negou as acusações, mas não quis dar entrevista. Nos processos, ele se disse perseguido pela Santa Casa, contra a qual tem dezenas de ações.