segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fatma libera Licença Ambiental Prévia para construção de um crematório em Joinville


Empreendimento, que deve ser construído por grupo que administra funerária na cidade, será instalado na avenida Santos Dumont



Depois de obter a LAP (Licença Ambiental Prévia) em 2012, o Sistema Prever, grupo que tem uma funerária em Joinville, avançou mais um passo no processo de instalação do primeiro crematório da cidade. A LAI (Licença Ambiental de Instalação) foi liberada pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente) para implantação do serviço. Com o documento, as obras já podem ser iniciadas pela empresa na área de 15 mil metros quadrados adquirida na esquina da avenida Santos Dumont com a rua Tuiuti, no bairro Aventureiro.
A empresa não informou quando a construção deve começar, mas a previsão é de que a estrutura necessária para atendimento seja levantada em até seis meses depois de iniciada. O forno de cremação, comprado há mais de quatro anos, só aguarda ser instalado para entrar em uso. O início das atividades ainda dependerá da obtenção da LAO (Licença Ambiental de Operação) junto à Fatma e, por último, do alvará da Prefeitura. A LAO é solicitada depois do término da obra, quando a Fatma vistoria o local para constatar se o empreendimento foi construído conforme o projeto e se ficou dentro das condições e restrições ambientais licenciadas. Se tudo estiver de acordo, a liberação para funcionamento é concedida.
Após cumpridas todas as exigências burocráticas, a empresa espera iniciar o serviço com  plena capacidade de atendimento, de até 20 cerimônias por dia. A instalação do crematório vai terminar uma luta de mais de seis anos da empresa em disponibilizar o serviço em Joinville. Em 2007, a primeira ideia era de montar as instalações no bairro Atiradores, perto do Cemitério Municipal, mas o projeto esbarrou no descontentamento dos moradores da região.
Outro problema era a falta de legislação específica para o tipo de serviço, o que só foi regulamentado em 2011. A nova lei autoriza a construção de crematórios em zonas industriais, caso da área na avenida Santos Dumont, e ao longo de rodovias na cidade. Além do crematório, a empresa tem projeto de construir um cemitério vertical na mesma área. A proposta já foi apresentada para a Prefeitura. Os investimentos da empresa devem ultrapassar os R$ 8 milhões, mais da metade gasto na aquisição do terreno, que custou R$ 4,5 milhões.
Atualmente, as opções de crematórios no Estado se limitam a Jaraguá do Sul (sistema inaugurado em fevereiro), Blumenau e Balneário Camboriú. Um dos diferenciais do novo serviço seria pelo fator ambiental, pois a cremação não deixa o corpo em contato com o solo, tem baixa emissão de gás carbônico e gera fumaça sem cor e sem cheiro.
Fundema acredita que há demanda na região
A Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente) terá papel de fiscalizadora do novo sistema, assegurando que o processo de cremação respeite as condicionantes das licenças ambientais. Para o órgão, responsável pela administração de dez cemitérios públicos na cidade, a chegada do crematório é positiva, parte por ajudar a atender a demanda dos cemitérios, parte por satisfazer a necessidade das pessoas que buscam esse tipo de serviço. “Vai atender muito da nossa demanda, trazer certa comodidade e dar uma opção para as pessoas”, disse o presidente da Fundema, Aldo Borges.
Ele informou que o órgão está trabalhando para melhorar e ampliar as condições de atendimento e dar conta dos 250 óbitos mensais, em média, que são registrados na cidade. O cenário é de preocupação, considerando que as principais unidades do município estão no limite da capacidade, entre eles o Cemitério Municipal, o Cubatão e o Nossa Senhora de Fátima. A primeira etapa envolve um levantamento de todas as unidades para, com base nas condições atuais, estabelecer um diagnóstico.
De acordo com Borges, a necessidade é viabilizar a instalação de cemitérios verticais que, além de ocuparem menos espaço, são alternativas melhores do ponto de vista ambiental. “Na verticalização, não tem o impacto do contato com o solo”, apontou. Uma das exigências para as novas instalações será que os projetos contemplem também a construção de ossários, permitindo o uso das gavetas para novos sepultamentos depois de determinado tempo.
O levantamento da Fundema vai definir as áreas que poderão receber os cemitérios verticais. “Queremos fazer uso dos espaços nos poucos que restaram. O levantamento das áreas vai mapear o que está ocupado e o que tem de área livre que possa permitir a construção”, comentou. Apesar do estudo iniciado, ainda não há prazo para as propostas virarem realidade. A ideia é viabilizar para o “mais breve possível.”
Publicado em 28/04-13:59 por: Rosana Ritta. 
Atualizado em 29/04-11:14

Ex-administrador de cemitério é indiciado por violação de túmulos


Polícia Civil investiga venda clandestina de covas em São Carlos, SP.
Emprenteiro também foi indiciado e pedreiro é suspeito de participação.


O ex-administrador do Cemitério Nossa Senhora do Carmo, o maior de São Carlos (SP), foi indiciado nesta sexta-feira (26) pela Polícia Civil por peculato e violação de túmulos. A polícia e a Prefeitura investigam a venda clandestina de covas no local.

Segundo a polícia, Paulo Roberto Damin teria comandado a venda ilegal de túmulos no cemitério. Quatro famílias denunciaram que sepulturas onde deveriam estar os corpos de parentes na verdade estavam com nomes de pessoas diferentes.
O ex-administrador do cemitério de São Carlos Paulo Roberto Damin (Foto: Reprodução/EPTV)O ex-administrador do cemitério de São Carlos
Paulo Roberto Damin (Foto: Reprodução/EPTV)
Além de Damin, um empreiteiro também está sendo indiciado por violação e um pedreiro é suspeito de envolvimento no caso. “Eles se aproveitavam do abandono de túmulos e passava para outros”, afirmou o delegado Maurício Antônio Dotta.
O pedreiro que era contratado para fazer serviços no cemitério deve ser ouvido na próxima semana. O depoimento dele será confrontado com os depoimentos do ex-administrador e do empreiteiro de 68 anos, que também foi indiciado por crime contra a honra de pessoas mortas.
O caso
No dia 11 de abril, a representante comercial Solange Maria Dias veio a São Carlos para visitar o túmulo dos três filhos, mas teve dificuldade para encontrar. Ela descobriu que a sepultura foi vendida irregularmente para outra família.
No dia 17 de abril, a advogada da família que comprou o túmulo onde estavam as crianças entregou os documentos que oficializavam a venda. Na taxa de venda, que é de R$ 400, tem a identificação da Prefeitura de São Carlosx. O recibo comprova a compra, feita em 18 de julho de 2005 por R$ 2 mil, e foi assinado por um responsável pelo cemitério, mas não consta o nome e documento de identificação, como RG ou CPF.
Também no dia 17, o delegado recebeu a denúncia de uma mulher que afirmou que o túmulo da mãe foi vendido, os restos mortais transferidos para um ossário, mas o corpo do tio está desaparecido.
Investigação
A Prefeitura de São Carlos solicitou que a administração do Cemitério faça um levantamentode todos os túmulos da área infantil. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há prazo para entrega do documento com as informações sobre os túmulos.
Comércio ilegal em 2005
Há oito anos, o ex-administrador Paulo Roberto Damin foi exonerado e condenado a indenizar famílias por venda de túmulos e desvio de taxas. Ele negou envolvimento no caso denunciado pela família de Ribeirão Preto. Damin disse que, quando assumiu o cargo em 2001, foi obrigado a fazer a desapropriação de túmulos simples, ainda na terra, para garantir novos sepultamentos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Com estabilização da mortalidade, funerárias investem em inovação


Mercado funerário oferece cerimônias que custam até R$ 45 mil.
Limusine, buffet e violinista estão entre os serviços disponíveis.

Anay CuryDo G1, em São Paulo
A estabilização das taxas de mortalidade e o aumento da expectativa de vida do brasileiro verificados nos últimos anos têm estimulado o mercado funerário a ampliar a oferta de serviços, cada vez mais elaborados, na tentativa de incrementar seus ganhos e conter um possível - e provável - desaquecimento do setor.
Sala Roma, do Funeral HomeSala Roma, do Funeral Home (Foto: Reprodução)

Considerando o número de mortes por ano no país -cerca de 1 milhão - e o custo médio de um funeral,   R$ 2.000 - o mercado movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano. De acordo com último levantamento da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), há 5.500 empresas em funcionamento no país - a maioria familiares.    
Com a proposta de personalizar o funeral, as funerárias têm oferecido cerimônias cada vez mais luxuosas, com direito a música e coquetel, e deixado as famílias cada vez mais livres das obrigações burocráticas que a situação exige.
Nº de mortes no Brasil
2003993.685
20041.013.657
2005996.931
20061.023.814
20071.036.405
20081.060.365
Fonte: IBGE
"Sem aumento do número de mortes, as empresas passaram a investir mesmo na arquitetura funerária. Com isso, a receita das empresas cresceu perto de 25% nos últimos cinco anos", disse o presidente da Abredif, Lourival Panhozzi.   
Para atrair a clientela, as funerárias estão incluindo nos seus serviços - que antes se resumiam a oferecer apenas a urna, uma coroa de flores e o enterro do corpo - transmissão online da cerimônia, refeições completas durante o velório, sala de descanso com móveis confortáveis e cores suaves, "para atenuar o peso do momento", e carro com motorista à disposição da família.
Para agradecer a visita dos amigos e familiares, há empresas que também oferecem lembranças, como camisetas ou cartões com a foto do falecido - "tudo isso para agregar valor", segundo Panhozzi.  
Essa é a proposta de uma funerária instalada em um casarão de arquitetura neocolonial construído em São Paulo em 1928, e que chega a cobrar R$ 2.500 somente pelo aluguel de uma das quatro salas usadas para as cerimônias. Quem estiver disposto a gastar mais pode chegar a desembolsar até R$ 15 mil. Se parece muito, a administradora do Funeral Home, Marta Maria Alcione Pereira, defende que vale a pena.
Sala Roma, do Funeral HomeSala Roma, do Funeral Home (Foto: Reprodução)
"É um novo conceito que torna o momento menos pesado para as famílias, além de permitir que se se faça a última homenagem a memória de quem morreu", diz 
Prova de que as famílias têm aderido ao novo conceito de funeral é o aumento da procura pelos serviços personalizados. Segundo Marta, no primeiro mês de funcionamento do Funeral Home, em 2008, foram feitas apenas quatro cerimônias. Hoje, dois anos depois, a casa realiza de dois a três funerais por dia.
A escolha da instalação da empresa também foi estratégica, de acordo com a administradora. "Estar perto de um conjunto de hospitais facilita muito para as famílias e para nós também."  O Funeral Home fica na Bela Vista (região central da capital).   
Quem pensa que o luxo está presente apenas nas funerárias de grandes metrópoles se engana. No interior do estado de São Paulo, é possível contratar uma limusine adaptada para fazer o transporte do corpo do velório até o cemitério. O aluguel do carro funerário, com direito a motorista, custa a partir de R$ 2.700.
Limusine transformada em carro funerário Limusine transformada em carro funerário (Foto: Divulgação)

Segundo Nelson Pereira Neto, diretor e consultor de cerimônias fúnebres do Grupo Bom Pastor, presente em cidades do interior de Minas Gerais e São Paulo, a limusine foi adaptada para acomodar quatro pessoas, além do motorista e da urna funerária, que podem assistir a mensagens de conforto em duas telas de LCD instaladas nos bancos. O investimento da empresa no automóvel, adaptado desde o ano passado, foi de R$ 350 mil.
"Fomos buscar essas novas ideias no exterior, onde a morte é encarada de outra forma. Nós trabalhamos com o conceito de que o funeral é o último grande evento social de uma pessoa e que, assim como um aniversário ou um casamento, merece ser grandioso", disse.
Caixão presidencial, com madeira especial, violinista e revoada de pombos no final do seputalmento também podem ser incluídos nos pacotes oferecidos, que chegam a custar até R$ 45 mil. Aquelas famílias que optarem pela cremação do corpo também podem pedir que as cinzas sejam transformadas em diamante ou enviadas ao espaço. Segundo Neto, sua empresa tem convênio com instituições estrangeiras que cuidam do serviço. 
"Esse é um mercado concorrido como outro qualquer. É preciso sempre inovar", disse o presidente do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep), Haroldo Felício.
A previsão do setor é que, nos próximos cinco anos, haja um crescimento de até 15% do segmento de funerárias "premium".

Cemitério vertical no Japão tem capacidade para 3,5 mil sepulturas


No Japão, um lugar onde os mortos interrompem o descanso eterno para receber a visita dos parentes. Achou estranho? Você já vai entender.



Em Tóquio, uma das cidades mais populosas do mundo, cada centímetro é disputado nas ruas, nos escritórios e nos restaurantes. Se falta lugar para os vivos, imagine para os mortos.
Morrer é caro por lá. Em um dos principais cemitérios da cidade, um túmulo de tamanho médio custa o equivalente a R$ 400 mil. A solução pra fugir dessa despesa, os japoneses encontraram com ajuda da tecnologia.
Um prédio de quatro andares em Tóquio não parece, mas é um cemitério e também um templo budista.
No Japão, os cemitérios geralmente ficam no terreno dos templos. No cemitério high tech não é diferente, mas onde estão os mortos?
O monge Tatsunori Ohora convida a equipe do Fantástico a visitá-los. Antes é preciso respeitar uma regra de segurança: usar capacete. O caminho é muito apertado e a equipe do Fantástico corre o risco de bater a cabeça.
A sala tem dez metros de altura, o equivalente a um prédio de três andares. O corredor, de 15 metros de comprimento, parece o depósito de uma loja. O cemitério de alta tecnologia tem capacidade para 3,5 mil caixas, que têm as cinzas de uma pessoa ou mais. Para aproveitar bem o espaço, a sepultura pode ser compartilhada.
No Japão, os corpos são cremados.  As cinzas são guardadas em urnas brancas e, em cada caixa, cabem duas urnas. Assim, o cemitério tem capacidade para 7.000 mortos, e o preço para sepultar um parente fica bem mais acessível: cada caixa custa R$ 16 mil.
Agora, como uma família vai achar as cinzas do parente num depósito desse tamanho? A resposta é, mais uma vez, tecnologia.
Rieko Minakawa, por exemplo, tem o pai e a mãe sepultados aqui. Ela chega à recepção e se identifica. Em um dos andares do cemitério, Rieko encontra um equipamento parecido com um caixa eletrônico, onde encosta um cartão magnético com os dados dos pais dela.  O computador sabe o local exato da caixa e um braço mecânico vai buscá-la.
A caixa é colocada cuidadosamente no meio de uma lápide. Quando está no lugar certo, as janelas de vidro se abrem. Um porta-retrato digital mostra as fotos dos pais de Rieko. Em poucos minutos, a filha já pode colocar suas oferendas, seguindo o budismo, acender incenso e rezar.
Ela explica: "Meus pais moravam em outra cidade, longe de Tóquio. Seria difícil visitar os túmulos. Aqui eles ficam mais perto de mim".
O cemitério tem apenas oito lápides. Quando uma família termina seu ritual, abre lugar para outra. Nas épocas de maior movimento, é preciso fazer reserva pra não perder a viagem.
Um monge diz que a tecnologia não atrapalha as orações nem o sentimento das pessoas em relação aos que se foram. "Estamos perto de uma estação de trem e metrô, então as pessoas acabam visitando seus parentes com muito mais frequência do que num cemitério comum”, explica.
Terminada a oração, a caixa é retirada pelo braço mecânico e volta para o seu lugar no depósito, onde vai descansar em paz, até a próxima visita.

Gato ganha velório com caixão em Minas Gerais


O gato Cristiano tinha 13 anos quando morreu, na última terça-feira (26), em São João do Manteninha (a 432 Km de Belo Horizonte), em Minas Gerais.


A adolescente Edilaine Gonçalves de Castro, 17, tinha ganhado o felino quando tinha quatro anos de idade e queria ter enterrado o animal no cemitério da cidade, mas não pôde.


A estudante procurou o destacamento da Polícia Militar local, procurando orientações. "Nós lhe explicamos que animais não podem ser enterrados no cemitério. Ela se conformou e fez o enterro em casa", disse um soldado que conversou com a jovem.


"Muita gente foi ao enterro. Realmente chamou a atenção do pessoal", afirmou ele.
Sensibilizados pela tristeza da garota, cerca de 200 moradores da cidade compareceram ao velório do bicho, seguido do enterro, realizado no quintal da casa da família, no bairro Recanto das Pedras, na quarta-feira (27).


"Foi muito triste. Muita gente, principalmente do bairro, ficou solidária com a morte do gatinho dela. Postei as fotos do velório no Facebook e já tive mais de 2.000 acessos. Muita gente também se preocupou com ela", afirmou a funcionária pública Patrícia Aparecida Coutinho Lages, que divulgou a informação do velório e do enterro de Cristiano nas redes sociais.


Segundo a amiga, o velório durou "algumas horas" e teve "até fila". A funerária da cidade preparou um caixão para Cristiano, coberto de flores brancas.

A cidade tem 5.188 habitantes e fica no leste de Minas Gerais. Cristiano morreu de velhice, segundo Patrícia. "Os dentinhos estavam muito fracos, ele estava andando pouco. Não aguentou, coitado."

Igreja Padre recusa fazer funeral


Igreja Padre recusa fazer funeral
Um padre de Mirandela não quis acompanhar um funeral até ao cemitério, deixando a família do falecido indignada, conta este domingo o Jornal de Notícias (JN).
Padre recusa fazer funeral