quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Caixão é retirado de sepultura no cemitério de Santa Inês

Família tirou corpo de um estranho colocado na sepultura de parentes.
Coveiro afirma que sequer tinha conhecimento do ocorrido.

Assista ao vídeo aqui.


A superlotação do cemitério de São Benedito, em Santa Inês, provocou uma situação constrangedora para duas famílias da cidade. Em um túmulo onde já havia dois corpos, um terceiro foi sepultado, sem autorização.
A família dona do túmulo violado ficou sabendo da situação por meio de amigos. No local está enterrado Raimundo Vitor dos Santos, há sete anos, e o pai dele, Antonio Vitor José dos Santos, há 53 anos. Revoltados, alguns parentes e amigos de seu Francisco tomaram uma atitudade extrema: retiraram o caixão com o corpo que foi sepultado por último, que não era da família. Imagens da ação foram registradas em um vídeo amador.

De acordo com o aposentado Francisco Vitor dos Santos, além de terem violado o túmulo da familia, destruíram o local que era mensalmente decorado com flores e velas. "Colocaram outro lá, sem permissão nenhuma", disse.

O coveiro diz que não sabia que um terceiro corpo havia sido colocado no local. "Porque muitas vezes o pessoal da família enterra, coloca no gavetão e nem fala com a gente. Isso foi um erro que eles fizeram. Colocaram no gavetão errado pensando que era o deles. Ninguém sabe de quem é esse corpo", conta o coveiro José Pereira.
Na manhã desta terça-feira (24), o caixão ainda podia ser visto ao ar livre. "Vamos procurar um local para colocar ele, para não deixá-lo aí em cima, no chão", garantiu o coveiro José Pereira.

O cemitério de São Benedito tem mais de 50 anos. Foi criado quando Santa Inês ainda era um povoado do município de Pindaré-Mirim e sempre foi assim: qualquer pessoa entra e sai a hora que quer e nunca houve uma administração no local, nem há uma taxa ou controle sobre o enterro dos corpos.

O cemitério está lotado quase não há mais espaço para caminhar entre os túmulos. A Prefeitura de Santa Inês informou que já existe uma área de cinco hectares fora da cidade para um novo cemitério.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não morra de susto: pesquise antes

Os serviços funerários são tabelados em Curitiba, mas empresas mostram que podem fugir do comum nos “extras” e aumentar a conta

  • 22/09/2013, 00:01
  • CAMILLE BROPP CARDOSO
  • Jonathan Campos/Gazeta do Povo
  • Cemitério Memorial Graciosa, em Quatro Barras. Jazigos podem ser parcelados em até 36 vezes, sem entrada
Trata-se de um mercado silencioso, não muito afeito à pesquisa de preços, mas que exige muito cuidado para não estourar o orçamento de quem precisa dele, assim, de uma hora para outra. Na Grande Curitiba, a reportagem da Gazeta do Povo encontrou uma diferença de até 470% entre itens básicos – jazigos e taxa de manutenção anual do cemitério, por exemplo –, sem contar os extras. De flores a mais à revoada de pombos, a criatividade das empresas do ramo, a maioria de caráter familiar, vai longe.
Em Curitiba, os custos de caixões e serviços funerários seguem oficialmente uma tabela estabelecida pela Prefeitura – que, aliás, subiu 16% em julho. São tabelados os preços de 14 caixões, além de serviços essenciais como o quilômetro rodado do traslado e a ornamentação dos caixões. Por outro lado, os cemitérios particulares (pelo menos 19 atuam na região) são o nicho mais livre do ramo fúnebre e, consequentemente, o mais diversificado. “É livre mercado completo”, afirma Robson Posnik, presidente do Sindicato dos Cemitérios Particulares do Paraná (Sincepar).
Considerando a área padrão de um jazigo (2,05 de comprimento por 85 centímetros de largura), o custo do metro quadrado vai de R$ 4.017 a R$ 25.862 – segundo cálculo em cinco cemitérios particulares da região. O tamanho do lote onde o jazigo está instalado é que faz a maior diferença. É uma fator que entrega as diferenças sociais a um olhar mais atento. Há desde lotes estreitos – jazigos separados um do outro por centímetros –, até jardins privativos cercados de R$ 45 mil.
E não se gasta apenas na compra do lote: os cemitérios cobram uma taxa para a manutenção da área. É uma espécie de condomínio perpétuo que pode custar de R$ 240 a R$ 4 mil anuais. Aliás, os cemitérios cobram por serviços sobre os quais a maioria dos clientes só toma consciência na hora da compra. É o caso do sepultamento em si, que varia de R$ 430 a R$ 650; ou do custo de placas e lápides, um dos produtos cujo preço mais oscila.
Já os crematórios da região buscam quebrar os preconceitos da clientela com dois fatores: preço e serviços diferenciados. O Perpétuo Socorro, em Campo Lago, por exemplo, aposta em preço. A tabela é enxuta, mas atrativa: a cremação custa de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil (este último inclui capela e cerimônia). As urnas para guardar as cinzas custam de R$ 50 a R$ 3 mil. “O objetivo do crematório, quando foi aberto, era popularizar a cremação, considerada coisa de rico”, conta o administrador Édson Luiz Mattos.

Nesse mercado, nem tudo pode ser parcelado

Alguns cemitérios topam negociar, mas não são todos – o mesmo ocorre com funerárias, escolhidas por sorteio para cada cliente. Boa parte das empresas afirmam não aceitar cartão de crédito. Ou seja, sepultar alguém na Grande Curitiba pede que a família tenha dinheiro em caixa disponível. Muitas famílias acabam se endividando, conta o diretor do Cemitério Parque Memorial Graciosa, Ermínio Malatesta.
“Costumamos falar que existem três perfis de clientes. Há os de classe alta, que passam um cheque e pagam de vez; a classe B, mais complicada para negociar porque estão sempre endividados; e a classe C, que fica perdida, precisa emprestar dinheiro, vender carro. Para eles, interessa muito o parcelamento”, conta ele, que oferece jazigos em Quatro Barras em até 36 vezes, com entrada.
Financiamentos (sempre com entrada) têm sido um chamariz das empresas para não perder a clientela endividada. A maioria das negociações é de dez a 48 parcelas. O Cemitério Parque São Pedro, no Umbará, já chegou a aceitar 60 parcelas. O que impediu o negócio foi a inflação, conta o administrador Ronaldo Vanzo. “Tentamos deixar a parcela mais acessível, mas a inflação não ajudou. Como as parcelas do carnê são fixas, não dava para corrigir depois”, afirma ele.

Locação

Outro serviço que surgiu da necessidade da clientela foi o aluguel de jazigos. O sepultamento dura o tempo de três anos – o prazo de legislação da cidade para ocorrer a exumação do corpo. Findo o tempo, a família está comprometida a exumar o cadáver e armazenar os restos mortais em um ossuário. O aluguel custa cerca de R$ 1,5 mil; exumação e ossuário, de R$ 2,2 mil a R$ 3,3 mil. Mas nem todas as empresas aderiram ao serviço. “É comum as pessoas desaparecerem. Não pagam o aluguel nem removem o corpo”, afirma Malatesta.
ALTERNATIVA
Os serviços gratuitos e como consegui-los
Como nem todos podem pagar o preço de funerárias e cemitérios, a Prefeitura de Curitiba oferece serviços gratuitos para a população. No pacote, estão um tipo de caixão simples, de compensado de madeira, além do funeral sem luxos. Basta que a família se declare incapacitada de arcar com os serviços, diz Patrícia Rocha Carneiro, diretora do departamento de Serviços Especiais da Prefeitura. O sepultamento é encaminhado em um dos lotes gratuitos reservados no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no bairro São Francisco. Mais informações pelo (41) 3324-9313. Em Pinhais, a população tem a possibilidade de obter cremação gratuita.
FUNERÁRIAS DIVERSIFICAM PARA NÃO FICAREM PRESAS À TABELA
Na intenção de diversificar a tabela da Prefeitura de Curitiba, funerárias da RMC começaram a oferecer serviços pouco comuns para agregar extras ao serviço. A principal empresa a apostar nisso é a Funerária Vaticano -- que faz parte de um grupo que detém ainda um crematório e está prestes a inaugurar um cemitério em Curitiba. A empresa oferece de revoada de pombos a diamantes feitos a partir das cinzas da cremação. A história dos pombos veio por acaso, conta Mylena Cooper, sócia-diretora do Crematório Vaticano. “Meu avô tinha uma criação de pombos-correios. Depois que ele ficou idoso, pensamos no que fazer com a criação e veio a ideia de oferecer o serviço. Cerca de cem pombos percorrem cinco voltas em torno do velório antes e voltar para as gaiolas”, explica. A empresa oferece ainda chuva de pétalas de rosas -- até de helicóptero. E, recentemente, decidiu tornar mais acessível um serviço heterodoxo que tem boa procura: o tal diamante. Com lapidação comum e 0,25 de ponto, é possível garantir o diamante feito de cinzas na Suíça por R$ 8 mil. Faz sucesso entre filhos e viúvas, diz Mylena. Já o envio de cinzas para o espaço sideral ainda não encontrou clientes. O serviço é terceirizado pela Nasa e começou a ser oferecido em Curitiba neste ano

Cemitério vertical custará R$ 30 milhões

A partir de 2011, deve começar a operar na região metropolitana de Curitiba um dos maiores cemitérios verticais do país. O empreendimento do Grupo Vaticano será erguido em Almirante Tamandaré a um custo estimado inicialmente em R$ 30 milhões. Segundo Edson Cooper, diretor da empresa, o investimento é mais vantajoso se comparado à prestação de serviços funerários, que vive um momento de turbulência na capital à espera da conclusão do processo licitatório para o setor. “Cemitério é um negócio lucrativo. Você nunca vê um decretar falência”, afirma.
Divulgação
Divulgação / Em forma de pirâmide, empreendimento terá 35 mil gavetas, ao custo unitário de R$ 2.750.Ampliar imagem
Em forma de pirâmide, empreendimento terá 35 mil gavetas, ao custo unitário de R$ 2.750.

Números do novo cemitério vertical impressionam:

- 58 metros de altura, mais a cúpula.
- 10 pavimentos, além de subsolo e mirante.
- 2 elevadores panorâmicos.
- 35 mil corpos poderão ser enterradas.
- R$ 30 milhões é o custo estimado da obra.
- 58 mil m2 será a área construída.
- 59 metros será a altura da imagem de Jesus Cristo.
Fonte: Grupo Vaticano.

A construção em formato de pirâmide terá 58 metros de altura e capacidade para enterrar 35 mil corpos. Ao lado do prédio, haverá uma imagem de Jesus Cristo de 59 metros de altura — 21 a mais que o Cristo Redentor do Rio. A intenção dos empresários é tornar o local ponto turístico para quem visita a capital do estado. “O preço de cada gaveta — R$ 2.750 — não é alto”, diz Cooper. “Por isso o que compensará o gasto de uma obra faraônica como essa vai ser o turismo.”
De acordo com o empresário, a escolha de Almirante Tamandaré para a construção do cemitério se baseou na carga de tributos sobre o empreendimento. “Em Curitiba, eu teria que pagar até 5% de impostos”, revela. “Já os municípios vizinhos oferecem taxas entre 2% e 3%.”
O terreno onde será erguido o cemitério foi cercado por muros nos últimos dias e, a partir da próxima semana, receberá o serviço de terraplenagem. Segundo Cooper, o projeto da construção já está pré-aprovado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Até que a estrutura do prédio comece a ser montada, o empresário segue em negociação com possíveis investidores do novo empreendimento. “Já no primeiro ano de funcionamento, esperamos receber 100 mil visitantes”, projeta. “Esse tipo de turismo faz sucesso no mundo inteiro. Aqui, não será diferente.”

Proposta libera consumidor do rodízio de funerárias em Curitiba

Proposta libera consumidor do rodízio de funerárias em Curitiba

Vereador Jairo Marcelino apresentou substitutivo a projeto, justificando que o cidadão tem direito à livre escolha da funerária.RSS

O vereador Jairo Marcelino (PSD) apresentou substitutivo ao projeto de lei de autoria dele mesmo para liberar o consumidor do sistema de rodízio de funerárias em Curitiba. Segundo ele, a intenção não é acabar com o rodízio. "A pessoa poderia escolher a funerária. Quem não tiver uma preferência vai para o rodízio", argumenta o vereador.
Hoje, todos os serviços devem passar pelo Serviço Funerário Municipal, que sorteia a empresa. As funerárias passam por um rodízio, o que garante um equilíbrio no número de serviços por mês. O objetivo é evitar a concentração de serviços em uma mesma empresa e o agenciamento de corpos em hospitais e no Instituto Médico-Legal.
Marcelino argumenta que, se o substitutivo for aprovado, as funerárias poderão parcelar os pagamentos, já que os preços são tabelados pela prefeitura. Com isso, o consumidor escolheria a melhor forma de pagamento. “Estamos tentando alterar a regulamentação do serviço prestado pelas funerárias para estender ao cidadão comum o direito da livre escolha. Hoje, proprietários de funerárias já desfrutam quando necessitam deste serviço”, afirmou. Atualmente, as funerárias podem fazer alguns serviços fora do rodízio, desde que se tratem de familiares dos proprietários das empresas.
O substitutivo prevê que o agenciamento de serviços seja punido. O décimo artigo teria acrescido parágrafo único, dispondo que agenciar funerais consiste em captar e direcionar serviços funerários mediante vantagem financeira. "O infrator fica sujeito, por infração consumada, ao contido no artigo 333 do Código Penal”
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Geladeira quebra e corpos apodrecem causando mau cheiro no IML.


O mau cheiro originado do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, no bairro do Prado, em Maceió, começou a incomodar os moradores do entorno do órgão, bem como seus funcionários. Corpos em decomposição provenientes da má conservação de um equipamento teriam agravado ainda mais a situação.
De acordo com o diretor do IML, Luiz Mansur, um problema na geladeira desde o último sábado teria complicado a situação dos corpos, que apodreceram. "Os corpos ainda não foram enterrados pela falta de autorização do Cemitério Público Divina Pastora", justificou.
O equipamento, segundo Mansur, foi consertado na segunda-feira passada. Sendo os dois dias suficientes para que os corpos entrassem em decomposição. O diretor disse que irá tentar agilizar a liberação para sepultamento por parte do cemitério nesta quinta-feira.