segunda-feira, 27 de julho de 2015

Infestação de escorpiões preocupa Vigilância Epidemiológica em Passos

Vistoria em cemitério apreendeu 500 insetos em apenas 50 metros.
Número de pessoas picadas em 2015 já chega a 91 casos, segundo CCZ.


Uma infestação de escorpiões tem preocupado o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Vigilância Epidemiológica de Passos (MG). Desde o mês de janeiro até o momento, foram registrados 91 casos de pessoas picadas por escorpiões, ou seja, uma média de 13 casos por mês.
O balanço do órgão mostra que o número é bem maior que o do último ano.  Durante todo o ano de 2014 foram 99 casos de pessoas picadas na cidade. Neste ano, somente no cemitério da cidade, a equipe capturou 500 escorpiões em menos de 50 metros.
Segundo o CCZ, são registrados todos os dias cinco chamados para capturar escorpiões. Somente neste ano, 504 ligações foram feitas para o setor. O número de acidentes envolvendo os insetos também disparou. Em 2014, a Vigilância Epidemiológica registrou 99 casos, neste ano já foram registrados 91.
Incidência de escorpiões amarelos é registrada em escola de Joinville (Foto: Reprodução/RBS TV)Incidência de escorpiões amarelos é registrada
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Ainda no CCZ, uma caixa de vidro não para de receber os escorpiões, o que preocupa o coordenador do Centro. “Em 2014 tivemos 800 apreensões o ano todo, agora estamos em julho e já passamos de 500, é um número bem crescente e preocupante. Recomendamos alguns cuidados, como jamais colocar a mão, tomar cuidado com crianças, olhar sempre sapatos e calçados e caso encontre algum inseto do tipo, entrar em contato com CCZ”, disse Osvaldo Rattis Junior.
O problema do cemitério é a arquitetura do local, que pode atrair baratas que, consequentemente, atraem os escorpiões. Para tentar resolver o problema,  o CCZ está fazendo uma vistoria no espaço. O trabalho deve durar pelo menos 10 dias. Entretanto, apesar da infestação, não houve nenhuma picada de insetos no cemitério.
De acordo com o CCZ, esse período do ano é ideal para a reprodução dos escorpiões, principalmente da espécie Titius Serrulatos, a mais comum em Passos. Os bichos foram encontrados até mesmo no IML da cidade, onde pelo menos 50 pessoas passam diariamente para fazer as perícias médias.
“Nossa maior preocupação é que vem crianças aqui fazer perícia e pode acontecer algum acidente, alguma levar uma picada, né?”, disse o auxiliar de legista, Edilson José de Paula Camargo.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, esse escorpião encontrado em Passos é conhecido como escorpião amarelo. Ele é considerado o mais venenoso das 140 espécies encontradas no Brasil. A picada em crianças e idosos pode ser fatal.

Vagas nos cemitérios de Florianópolis chegam ao fim

Um ano depois do alerta de que restavam apenas 350 das 4.995 vagas nos 13 cemitérios municipais de Florianópolis, a situação piorou. Na sexta-feira (24), havia apenas uma vaga, localizada no cemitério.

Mandou cremar ossadas que afinal não eram as da filha



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Erro na identificação de cadáveres no cemitério da Póvoa de Santa Iria fez com que Maria José Colimão recebesse as cinzas da cremação de um corpo não reclamado e não as da sua filha Mónica, falecida em 2000.


Maria José Colimão esteve sete dias convencida de que tinha cremado as ossadas da sua filha, Mónica, falecida em 2000. Mas um erro no cemitério da Póvoa de Santa Iria fez com que os restos mortais cremados, no dia 10 de Julho, fossem os de um corpo não reclamado e não os da filha, que não estava sepultada no local devido.

No dia 24 de Julho, Maria José devolveu a urna com as cinzas à Junta de Freguesia da Póvoa e Forte da Casa, que acusa agora de não lhe ter dado conta do sucedido. Este é apenas mais um momento triste dos últimos 20 dias que Maria José classifica como "horríveis". Foi uma amiga, Betina, que lhe ligou a dizer que tinha visto o caixão da sua filha ainda no cemitério, sete dias depois de Maria José ter levantado as ossadas e recebido a urna com as cinzas da cremação.

Na campa 737 do cemitério da Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira, era onde deveria estar o corpo de Mónica, que morreu aos 20 anos, em Espanha, vítima de tumor cerebral. Mas no segundo levantamento das ossadas, a 10 de Julho, onde Maria José não esteve para evitar a comoção, o corpo que foi entregue para cremação foi o de um cadáver não reclamado, seguindo depois para o jazigo da família.
Três dias depois, a vizinha Betina, que foi levantar as ossadas da mãe, descobriu igualmente que o corpo da sua mãe não estava no local correcto e, ao abrir várias campas, à terceira reconheceu o caixão de zinco em que Mónica tinha sido sepultada. O coveiro confirmou que se tratavam dos restos mortais de uma jovem que tinha vindo de Espanha.
Passando a própria dor, Betina avisou os funcionários da junta. Dias depois, vendo que a junta de freguesia não avisou Maria José, telefonou-lhe a explicar o sucedido. Esta foi imediatamente pedir satisfações ao presidente da junta Jorge Ribeiro, pois já se sabia do erro há, pelo menos, sete dias e nada foi feito.
"Quanto a mim foi ocultação, se não é ocultação o que é? Eles tomaram conhecimento no dia 13 e esperaram até dia 20 para serem confrontados com isso. Atentaram contra a dignidade da minha filha que, mesmo depois de morta, não foi respeitada. Estou a reivindicar os meus direitos para que não haja mais Maria Josés e mais Mónicas. Vou agora entregar as cinzas do corpo que me foi entregue já cremado", explicou Maria José a O MIRANTE, à porta do cemitério.
Acabou por ser o cunhado, Pedro Silva, a fazer a entrega das cinzas a uma funcionária, pois Maria José não teve forças para o confronto. Mas promete ir até às últimas consequências. "Acho inconcebível e uma falta de respeito que a junta tenha demorado sete dias a dizer-me o que se passava. Era para entrarem imediatamente em contacto connosco, não para ter sabido por terceiros como soube. Tive de esperar duas horas pelo presidente e não receber qualquer pedido de desculpas. Foi de uma frieza indescritível", afirmou.
Maria José, de 66 anos, sente-se como num pesadelo, tendo de se forçar a ir reconhecer, no dia 22 de Julho, o corpo da filha para a voltar a enterrar, pois o cadáver ainda não podia ser cremado devido ao efeito retardante da quimioterapia. "Continuo a acordar a meio da noite e não consigo dormir, mas vou levar a minha luta até ao fim", desabafa.
A O MIRANTE, o presidente da Junta, Jorge Ribeiro, confirma que já decorre um inquérito. "Já tratámos do assunto com a família, tudo o que foi solicitado foi atendido e está, neste momento, a desenrolar-se um inquérito. Não tenho nada mais a dizer", afirmou. Entretanto, Maria José foi já ressarcida pela junta dos cerca de 200 euros que gastou com a cremação daquele que pensava ser o cadáver da sua filha.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Moradores tentam evitar construção de cemitério em Guarapuava

A possibilidade de construção de um novo cemitério em Guarapuava, na região central do Paraná, mobilizou moradores que são contrários à obra. Para eles, o chorume dos corpos pode contaminar a água de fontes naturais. Por outro lado, a Secretaria de Habitação afirma o que novo espaço deve estar em funcionamento até agosto deste ano, porque, a partir desta data, os demais cemitérios da cidade não terão mais condições de receber novos corpos.

De acordo com administração municipal, foram levados em consideração para escolha do terreno critérios ambientais e de uso da população. O processo de licenciamento da área, que deve abrigar o novo cemitério, ainda está em andamento.

Por enquanto, a prefeitura tem uma licença prévia. Ainda são necessárias outras duas licenças ambientais (instalação e operação), concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para que o cemitério possa sair do papel.

Com o intuito de evitar a construção, moradores organizaram um abaixo-assinado. "A água do cemitério vai desaguar e vai vir tudo para nossa casa. Vai ter enxurrada e vem tudo para nossa casa. Aqui é uma área rural, onde falta água, e as pessoas buscam água nas vertentes", disse Sônia de Fátima Cordeiro, que mora na região.

A comerciante Monika Prasel, que tem uma fábrica de gelo, também está preocupada. Ela bombeia água diretamente da fonte para produzir o produto. Segundo a comerciante, a água é tratada conforme exigências da Vigilância Sanitária e, se houver contaminação, o negócio pode ficar inviável.
“Precisamos saber se isso não vai contaminar todos os lençóis freáticos da região, afinal, essa a água que nós usamos aqui é de um lençol, que assim mesmo, a gente tem que tratar. Então, é bem preocupante essa situação".
Depois das análises feitas para a liberação da licença prévia, foram encontrados cursos d'água a 15 metros de profundidade. A legislação determina que os corpos precisam ser enterrados a uma distância de, pelo menos, um metro e meio destes cursos. Como, geralmente, o sepultamento ocorre a um metro da superfície, a norma deve ser atendida, de acordo com a prefeitura.
Um invólucro de plástico vai ser o sistema de coleta de chorume individual no cemitério, impedindo que o líquido se infiltre no solo. O projeto prevê oito mil covas e, segundo o secretário de habitação Flávio Alexandre, anualmente irá ocorrer um monitoramento da área.

Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, a coleta e administração do chorume estão entre as principais condições para que as duas licenças faltantes sejam liberadas. "Toda a água das chuvas que incide no local não pode ir para dentro dos jazigos. Ela tem que ser canalizada em um sistema de drenagem”, explicou Marco Antonio da Silva, que é técnico de licenciamento do IAP.

Cemitérios cobram R$ 500,00 de taxa no Rio

Prefeitura autorizou pagamento de taxa de manutenção por túmulos

Angélica Fernandes e João Antonio Barros
Rio - Nem tão perpétuo assim. A garantia de eternidade dos jazigos e sepulturas do Rio agora tem preço. E bem caro. No ano passado, quando passou a administração dos 13 cemitérios públicos da cidade às empresas Rio Pax e Reviver, a Prefeitura do Rio adicionou um pacote de ‘bondades’ e instituiu a cobrança de uma taxa anual para a manutenção dos chamados jazigos e sepulturas perpétuos.
A nova mordida de ouro dos ‘Reis da Cova’ varia entre R$ 200 e R$ 500 e proporcionará às duas concessionárias a pomposa receita de R$ 33 milhões por ano — quase o valor total pago pelas empresas (R$ 43 milhões) para explorar os ‘parques santos’ por 35 anos. Mas o ganho pode subir ainda mais quando for contabilizado o número de donos de sepulturas.

Proprietários de jazigos terão que pagar taxa anual de manutenção, apesar de eles mesmos terem que cuidar e limpar os túmulos. Quem não pagar pode perder o bem
Foto:  Bruno de Lima / Agência O Dia
A novidade não para por aí. Os inadimplentes serão convidados a colocar o débito em dia até dezembro. As duas empresas realizam um recadastramento para localizar os proprietários dos 166 mil jazigos e sepulturas dos 13 cemitérios e darão um prazo de seis meses para quitar o débito. Quem não for encontrado ou deixar de pagar a taxa terá o “direito de usar o espaço suspenso”. Resumindo: receberá, literalmente, uma ordem de despejo, e os restos mortais serão removidos.
Apesar da desatualização do cadastro dos proprietários, as duas concessionárias garantem que todos serão notificados até o fim do ano. As empresas prometem digitalizar todos os registros. Mas, para a conclusão do serviço, a Reviver e a Rio Pax ganharam da Prefeitura do Rio um prazo de dez anos.
Os proprietários localizados até agora foram informados da cobrança que nem os atendentes da Rio Pax e da Reviver sabem explicar direito. Uma recepcionista do Cemitério de Ricardo de Albuquerque disse que a cobrança é uma espécie de condomínio, onde os donos são obrigados a pagar despesas com a manutenção dos túmulos. Sobre a eficácia da convocação, foi sucinta: “É como um recall (reparos nos carros), entende? Os fabricantes chamam pela imprensa. Quem atendeu ao chamado recebe o serviço, quem não aparece, perde”.
Apesar de a taxa ser para ‘manutenção’ dos jazigos e sepulturas, ela não livrará os proprietários da responsabilidade de manter os túmulos limpos e organizados. É que o dinheiro será destinado exclusivamente às melhorias nos cemitérios. Vale lembrar que, para enterrar um parente desde que as novas concessionárias assumiram os cemitérios, qualquer carioca paga, no mínimo, R$ 220 de taxa de sepultamento numa cova rasa, além do aluguel da capela, que chega aos R$ 500. E tem que desembolsar ainda a taxa antecipada de exumação de R$ 440.
Em Ricardo de Albuquerque, donos não conseguem chegar perto de túmulos, cercados por outros
Foto:  Bruno de Lima / Agência O Dia
A regra da cobrança vale também para aquisições de jazigos e sepulturas antigas, apesar de não constar nos contratos assinados pelos donos com a Santa Casa de Misericórdia — a concessionária anterior, responsável pelos cemitérios públicos. A partir de agora e por 35 anos, quem ficar em débito por três anos consecutivos ou seis alternados, perderá o “direito de usar o espaço”.
Decreto determina que inadimplentes podem perder
O DIA percorreu alguns dos 13 cemitérios públicos na sexta-feira e constatou o despreparo dos funcionários das concessionárias ao explicar a nova tarifa. No Murundu, em Realengo, uma atendente chegou a afirmar que o proprietário que não pagasse a taxa não perderia o espaço, apenas receberia uma multa. “Só sei que essa taxa é uma espécie de condomínio e vai servir para ajudar a pagar os funcionários. Quem não pagar, acumula juros”, alegou.

No entanto, o decreto municipal que determina o novo regulamento cemiterial e funerário, elaborado pela Secretaria da Casa Civil e publicado no Diário Oficial no fim do ano passado, aponta que a inadimplência de três anos já configura no despejo do dono do túmulo. E, evidentemente, os restos mortais enterrados nos jazigos e nas sepulturas.
Apesar de regulamentada, a nova cobrança esbarra num direito que os proprietários afirmam ter obtido há anos, ao comprar os jazigos. “É um absurdo o cemitério cobrar um valor de manutenção sem que as famílias estejam usando a sepultura”, criticou Fernando Soares, proprietário de um jazigo no cemitério de Ricardo de Albuquerque, adquirido pelo pai. “Nunca foi cobrada uma só taxa de manutenção. E tem mais: não consigo ter acesso ao meu jazigo, pois construíram outros colados a ele e não tem como chegar perto nem para fazer uma limpeza, quanto mais enterrar um parente”, desabafa.
Há mais de 60 anos com um jazigo familiar no Cemitério do Murundu, em Realengo, Waldir Araújo também foi pego de surpresa com a taxa. Foi justamente reclamar que o local estava abandonado e soube que a família agora é devedora de R$ 200. E, conforme os atendentes anunciaram para ele, se não pagar a dívida até o final do ano, o túmulo da tia será violado e a família perderá o direito sobre o bem. “Já pagamos IPTU, IPVA, iluminação pública, água, esgoto, Imposto de Renda e, agora, temos o ‘imposto da morte’. Acho um pouco exagerado”, reclama Waldir.
Para Prefeitura, taxa é como um imposto

Para a Prefeitura do Rio não há qualquer violação no contrato de jazigo perpétuo antigo assinado com a Santa Casa de Misericórdia, uma vez que o solo pertence ao município. A secretaria de Conservação alega que, “assim como o proprietário de imóveis paga anualmente o IPTU, haverá cobrança da taxa de manutenção dos jazigos.”
Para as concessionárias, assim como a taxa, o recadastramento é necessário pelo grande número de jazigos abandonados pelas famílias e as denúncias recentes de túmulos vendidos mais de um vez para diferentes famílias.
A falta de divulgação da nova taxa também é preocupante. As concessionárias dos cemitérios afirmam que estão divulgando avisos sobre o recadastramento semanalmente nos jornais e que a decisão foi publicada no Diário Oficial. E revelam que vão emitir notificações pelos Correios até o fim do ano.
“Só fiquei sabendo dessa taxa porque uma tia minha foi enterrar um parente em um jazigo e o cemitério disse que ela tinha que pagar mais R$ 200 da manutenção”, declarou Maria de Fátima Gomes, proprietária de uma sepultura no cemitério de Inhaúma.

As concessionárias dizem que informações sobre o recadastramento podem ser obtidas pelos telefones 0800 022-1650 (Reviver) e 0800 726-1100 (Rio Pax).

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Quem burla a máfia da cova leva três dias para fazer funeral

Rio Pax e Reviver comandam cemitérios do Rio com cobranças irregulares e fraudes

João Antonio Barros e Nonato Viegas
Rio - O pesadelo do monopólio no caminho dos cemitérios. Ao entregar no ano passado o milionário mercado dos sepultamentos à iniciativa privada, a Prefeitura do Rio escolheu grupos que têm, na composição societária, justamente empresários ligados ao segmento funerário. O resultado era óbvio: as substitutas de um legado centenário de fraudes e enriquecimento ilícito da Santa Casa de Misericórdia criaram um sistema onde o acesso difícil das concorrentes às covas populares nos 13 cemitérios da cidade gera mais lucro às parceiras das concessionárias. A conta, evidente, é paga pelo consumidor: quem escolhe furar o cartel leva até três dias para fazer o enterro. E ainda é obrigado a pagar taxas ilegais de exumação.
Leia também: Conheça os negócios obscuros dos 'donos' dos cemitérios do Rio
Espera por vagas nos cemitérios pode levar dias e para realizar o enterro é necessário pagar uma taxa de exumação, considerada ilegal pelos órgãos de defesa do consumidor
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia

A ponta mais visível do monopólio está na Concessionária Rio Pax, comandada pelo Rei das Covas Geraldo Magela Monge. Ele já é responsável por quase 30% dos funerais realizados no município e, desde de agosto do ano passado, assumiu a administração de seis cemitérios públicos do Rio — entre eles o de Inhaúma, Irajá e o cobiçado São João Batista. Justamente a fonte das maiores reclamações de atraso de até três dias para o sepultamento e denúncias de furo na fila de espera. 
A sociedade de Monge também coloca mais uma pulga atrás da orelha da concorrência: a parceira com a mineira Funerária Cintra. O dono é Loester Salviano de Paula, que desde 2011 consolidou o monopólio no município de Contagem, graças a um pequeno artigo no contrato de concessão, onde passa a ter o direito a controlar a saída dos corpos do Instituto Médico Legal. Logo surgiu a cobrança de uma taxa de R$ 1, 2 mil em caso da Cintra não ser a escolhida para o negócio. Uma a uma as funerárias concorrentes morreram e Loester as adquiriu.
NEGÓCIOS CRUZADOS
Outro indicativo de que a luz de alerta está ligada aparece no contrato de concessão da Rio Pax com a Prefeitura do Rio. O seguro que garante fôlego financeiro do grupo para gerir a concessão por 35 anos foi dado pela Seguradora Potencial. Um pequeno banco mineiro que pertence à família de Renato Medrado Geo — ele também faz parte do conselho administrativo — e é sócio da Concessionária Reviver.
Justamente a responsável por administrar os outros sete cemitérios públicos do Rio. Segundo a Rio Pax, a Potencial foi escolhida por ser a segunda mais importante seguradora de fianças do Brasil. O Banco Potencial, do grupo da seguradora, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por gestão temerária.
A parceria, que era apenas no papel, chegou às ruas. A Rio Pax tem convênio para atuar nas áreas administradas pela Reviver e, em quase todas, a empresa de Geraldo Monge é praticamente exclusiva com lojas bem na porta dos cemitérios. Um exemplo está no Cemitério da Ilha do Governador, localizado na Estrada da Cacuia. Do outro lado da rua, sob o disfarce de Floricultura Jardim da Ilha — mas com letreiros da Rio Pax — a loja negocia caixões, coroas e assistência funeral.
A Rio Pax e a Reviver asseguram que atuam separadas.
CINQUENTA E SETE HORAS PARA SEPULTAR O PAI
Para furar o bloqueio imposto pelos consórcios Rio Pax e Reviver na hora dos sepultamentos é preciso paciência do outro mundo. Um drama que o chefe de escritório Sérgio Sabino da Silva, 51 anos, lembra até hoje as 57 horas que penou na fila de espera para enterrar o pai Waldir Sabino da Silva, no Cemitério de Irajá. A pior lembrança foram das 50 horas que o corpo permaneceu trancado na geladeira do IML à espera da vaga. “Sofremos duplamente para enterrar nosso pai. Não precisava disso”, esbraveja Sérgio Silva.
Uma fila de espera que nunca aparece para quem faz o enterro através da Rio Pax, como denuncia o Sindicato das Funerárias do Rio. E nem precisava de criar embaraços. Além de ser a maior funerária do Rio, a empresa é praticamente a única instalada na porta dos hospitais públicos — o que é proibido por lei. Sempre disfarçada de floricultura, evidente, como a Plenitude Comércio de Flores, localizada na porta do Hospital Getúlio Vargas. Os papa-defuntos atuam, sem cerimônia, dentro da emergência. A lojas, que ostenta letreiros e telefones da Rio Pax, está em nome de ex-funcionários de Geraldo Monge.
Além do embaraço imposto pela fila de espera, as funerárias concorrentes revelam que há atraso no cronograma de exumações e, com isso, as concessionárias estão com escassez de vagas para realizar os sepultamentos. A Reviver e a Rio Pax negam a concessão de privilégios.
Taxa vai gerar R$ 66 milhões
O primeiro efeito do poder das novas administrações dos cemitérios foi a criação da taxa de exumação. É o pagamento antecipado de R$ 440, exigidos pelas concessionárias Rio Pax e Reviver na hora dos enterros mais populares, por um serviço que seria realizado somente daqui a três anos. Classificado como ilegal pelos órgãos de defesa do consumidor, a cobrança vai gerar para as duas empresas R$ 66 milhões antes de começar a meter a mão na massa.
Um valor, inclusive, superior ao desembolsado pelas duas empresas para pagar a concessão de R$ 43 milhões à Prefeitura do Rio e ter o direito a explorar os negócios nos 13 cemitérios públicos por 30 anos. A cobrança é questionada na Justiça pelo Sindicato das Funerárias do Rio por não constar no contrato assinado com as empresas. A única referência seria a uma taxa ao final da prestação do serviço e ainda não regulamentada pela prefeitura.
O sindicato lembra, ainda, que as concessionárias se comprometeram a criar 83 mil novos jazigos sociais e as obras deveriam começar após a assinatura dos contratos com o estudo do impacto ambiental. Passados 12 meses, nenhuma terra foi mexida. A Secretaria de Conservação e Serviço Públicos chegou a cancelar a cobrança em abril e pediu o parecer da Procuradoria Geral do Município. Sete dias depois revogou a decisão mesmo sem o aval da procuradoria.
A Reviver e a Rio Pax alegam que a cobrança é antecipada para garantir o serviço, uma vez que a maioria dos parentes não retornam para fazer a exumação.

Conheça os negócios obscuros dos 'donos' dos cemitérios do Rio

Atividade movimenta até R$ 11 milhões por mês

João Antonio Barros e Nonato Viegas
Rio - Um homem com talento raro de empreendedor — capaz de em 20 anos escalar a pirâmide social, deixar para trás a vida de um simples caixa de banco e se transformar no magnata que abocanha média de 30% dos enterros no Rio de Janeiro. Com uma trajetória profissional manchada por denúncias de falsos sepultamentos e de malabarismo fiscal para esconder renda e sonegar tributos. Este é Geraldo Magela Monge, o Rei da Cova no Rio.
O Cemitério do Caju é um dos herdados e administrados pela Reviver atualmente
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia

Uma subida aos céus com as mãos sujas em manobras contábeis, uso de laranjas, maquiagem financeira e favorecimento na licitação que escolheu as duas empresas que administram os 13 cemitérios públicos do Rio, conforme documentos obtidos pelo DIA na Junta Comercial, na Prefeitura do Rio e no Tribunal de Justiça.
Os documentos formam um dossiê que revela o gigantismo do negócio. São R$ 11 milhões arrecadados todos os meses com a oferta de serviços que obrigam famílias de baixa renda a pagar taxas fora das estipuladas nos contratos com a prefeitura e ainda as impõe dias na fila de espera por covas para os parentes. 
Nenhum assombro para Monge, o ex-bancário que em 1992 entrou no ramo funerário justamente pelas mãos do controvertido Dahas Zarur — o ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia, afastado em 2012 da administração dos cemitérios do Rio sob acusação de venda irregular de sepulturas.
O aprendiz superou o mestre: em poucos anos, Monge colecionou acusações de pagar propinas a funcionários públicos de hospitais para ter prioridade no acesso às famílias dos pacientes mortos e viu a sua empresa — a Rio Pax — envolvida em casos escabrosos. Dois deles: o falso enterro do traficante Antônio Francisco Lopes, o Nem da Rocinha, e a concessão de atestado de óbito ao (vivo) megafraudador americano Osama El Atari.
Na administração pública, as histórias do empresário também surpreendem. Há cinco anos, duas funerárias comandadas por Geraldo Monge foram envolvidas num escândalo de subfaturamento de preços dos serviços para reduzir o pagamento dos impostos. As investigações conduzidas pela Polícia Civil em 2010 mostraram que elas emitiam notas fiscais com valores bem inferiores aos pagos pelas famílias nos enterros. A apuração levou a prefeitura a declarar inidôneos o empresário e sua mulher, Shirley Alves Monge.
Uma manobra despistou os investigadores. Como a própria Rio Pax reconhece que só são rastreadas as inscrições da empresa e nunca o cadastro dos sócios, o casal vendeu a participação na Funerária Marechal Hermes para um grupo de funcionários. Um deles, Antônio Cláudio Gilio, pagou R$ 200 mil, em 2011, e adquiriu 50% das cotas. É o mesmo que diz a Secretaria da Casa Civil, responsável pela licitação. Para ela, o fato de não ser o mesmo CNPJ é suficiente.
Passados quase quatro anos, até hoje a funerária estampa na fachada os letreiros com os telefones e a logomarca da Rio Pax e os atendentes declaram ser funcionários de Monge. Apesar da fácil constatação do contrário, a concessionária nega. E mais: na Coordenadoria de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários — órgão da Prefeitura do Rio encarregado de fiscalizar o setor — é o casal Monge quem figura como titular da funerária e os ‘donos do papel’, surgem como seus empregados.
A outra funerária de Monge envolvida na sonegação, que alcançou os R$ 10 milhões, simplesmente foi fechada. No mesmo endereço onde funcionava a Nacional, na Rua Teodoro da Silva, em Vila Isabel, por coincidência, é hoje o endereço do quartel-general da Rio Pax.
Mas os pontos estranhos na trajetória de Geraldo Monge não foram considerados no processo. Nem mesmo as falhas contábeis que elevaram de R$ 10 mil para R$ 2 milhões o capital social da Concessionária Rio Pax à véspera da licitação — num valor para ficar no padrão exigido no edital da Casa Civil. E a oxigenada na verba não contou com dinheiro ou aporte financeiro extra. Veio graças os lucros obtidos em 2013, um marco na rentabilidade da empresa até então classificada na Receita Federal como de pequeno porte. A Rio Pax diz que o dinheiro foi o somatório dos rendimentos de todas as empresas do grupo.
A turbinada financeira na reta final do contrato de concessão dos cemitérios alcançou o patrimônio do casal Monge: um dia antes de firmar o compromisso com a Prefeitura do Rio, em 1º de julho, Geraldo e Shirley declararam ganho de R$ 2,5 milhões de lucro líquido da Funerária Rio Pax nos primeiros seis meses de 2014. A maratona financeira de Monge incluiu a milionária construção de um prédio em Paraopeba (MG), inacabado, orçado em R$ 22 milhões.
A Casa Civil e a Rio Pax afirmam que todos os documentos exigidos no edital foram apresentados. E que a comissão de licitação segue “estritamente o que é estabelecido no edital e seus anexos, aprovados pela Procuradoria-Geral do Município”.
Negócio rende até R$ 11 milhões por mês
Foto:  Divulgação
Falhas em licitação
Sem nunca ter feito sequer um sepultamento, mas com tradição em produção de bebidas alcoólicas, o empresário Hugo Aquino Filho, dono da Cachaça Praianinha, de São João da Barra, é o outro rei da cova. Junto com o banqueiro Renato Medrado Geo, criou a Concessionária Reviver, que administra sete dos 13 cemitérios municipais.
Mas a história de como a Reviver ganhou a licitação é recheada de incongruências, como a redução de 57% (de R$ 70,5 milhões caiu para R$ 30 milhões) do valor pago pela outorga. Para isso, houve a eliminação, um a um, dos concorrentes.
Após inabilitar a Santa Casa Copacabana, que chegou a oferecer R$ 70 milhões na disputa contra a Reviver, a comissão de licitação convidou a terceira colocada, a Brescel Empreendimentos e Construções. Entretanto, no mesmo dia do convite, 29 de dezembro de 2014, a comissão de licitação decidiu questionar a carta-fiança da empresa, oferecida pela Caixa Econômica Federal. Alegava que o gerente-regional que assina o documento, não tinha poderes para representar o banco, e, em 6 de janeiro de 2015, dois dias úteis depois, eliminou a empresa.
Em nada adiantou a correria da Brescel em apontar as falhas. Em Brasília, conseguiu da Caixa a confirmação da legalidade da carta-fiança, mas a prefeitura já havia batido o martelo, com menos de 15 dias corridos — a Copacabana teve cinco meses para se defender.
A Brescel recorreu à Justiça para suspender a licitação. Mas só conseguiu uma liminar três meses depois. Estava decidido desde março: a quarta concorrente (Consórcio Ecaf) estranhamente desistiu dos negócios. Pior: quem abriu mão de participar foi Ricardo Oliveira da Silva — sócio minoritário e que, logo depois, virou diretor da Reviver. O edital da licitação proibia a desistência por vantagens oferecidas.
Negócios com cachaça, coleta de lixo e ônibus

Um dos sócios da Reviver com a União Norte Fluminense Engenharia, Hugo Aquino Filho é um bem-sucedido empresário fluminense. À frente da empresa familiar de cachaça do interior do estado desde 1939, passou a ser sócio de outras dez empresas desde então. Enólogo e bacharel em direito, passou a atuar em março na administração de sete cemitérios municipais do Rio.
Aquino Filho costuma se orgulhar de empregar meio milhão de trabalhadores em áreas que vão além das bebidas alcoólicas. Parte de seus negócios está ligada à administração pública, por meio de concessões, que vão da coleta de lixo à operação de empresas de ônibus. Vários deles com processos em tramitação no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Tamanha capacidade de gestão lhe rendeu a Medalha Tiradentes em 2010, por indicação do então presidente da Alerj, Jorge Picciani, novamente à frente da Casa. A honraria é a mais importante concedida pelo Legislativo. Na época viajando, o governador Sérgio Cabral gravou vídeo para homenageá-lo. Luiz Fernando Pezão, que era vice-governador e estava no cargo, compareceu à cerimônia.
Embora esteja debutando em cemitérios públicos, o negócio que mais lhe dá prazer são os touros. Um dos quais divide a propriedade com seu amigo de duas décadas Picciani.
Fachada é de loja de flores, mas trata de funerais e vende caixões

A loja na valorizada Barra da Tijuca vende caixão, trata de enterro e negocia planos funerários, mas no contrato social registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro, na Avenida Erico Veríssimo, 999, loja B, figura a Jardim dos Mares Flores, dedicada ao comércio de plantas e flores. No máximo tem permissão para “desembaraço de documentos para o velório”. Mas não existe uma florzinha sequer na loja (nem as coroas de enterros).
Nenhuma aberração nos negócios montados por Geraldo Magela. Uma análise nos contratos sociais das empresas mostram que várias utilizam-se de subterfúgios para escapar da fiscalização da prefeitura. É que as normas para o funcionamento de funerárias no Rio são bem rígidas e levam em consideração zoneamento e impedem proximidades com escolas, hospitais e prédios residenciais.

A dificuldade legal criou a expertise para driblar o oficial. Sumiram as funerárias e surgiram as “firmas” de assistência funerária, lojas de flores e até agência de recrutamento de sócios (neste caso, a tônica é que o enterro é de quem paga e não de quem morre).
HISTÓRIAS DO OUTRO MUNDO
O DIA levantou todos os contratos das empresas “ex-propriedades” de Geraldo Magela Monge. Os documentos mostram funerárias com capital social bem abaixo do praticado no mercado e inscritas em comércios de pequeno porte. Bem diferente de algumas lojas, localizadas em pontos nobres e bastante sofisticadas. A análise dos documentos mostra que a “compra” por funcionários se dá por preços bem simbólicos - em duas delas, o valor é de apenas R$ 5 mil - um pouco mais de cinco salários mínimos. E tem ainda as funerárias que funcionam, apenas no papel, como “floriculturas” 24 horas. Um show de farsas.
UM NEGÓCIO MISTERIOSO
Na Junta Comercial, a Funerária Marechal Hermes está em nome de funcionários da Rio Pax, mas nos documentos oficiais da prefeitura a empresa continua nas mãos de Geraldo Magela Monge. Na fachada da loja, logomarca e telefones exibidos são da Rio Pax e atendentes afirmam que trabalham para Monge. Um dos ‘donos’ da empresa, que em 2011 teria pago R$ 200 mil para se associar à funerária, mora em área pobre do Rio e não declara Imposto de Renda. O outro, Marcelo Machado, diz em rede social que é supervisor na Rio Pax.
DEPÓSITO QUE FAZ FUNERAIS

Na Rua Visconde de Santa Isabel, em Vila Isabel, a Rio Pax oficialmente tem duas lojas: uma funciona como estacionamento de veículos e, a outra, como depósito fechado. Mas uma delas na verdade é aberta ao público para venda de serviços funerários, coroas de flores e atua como despachante de enterros. Uma irregularidade grave com violação ainda maior: o endereço fica a menos de 100 metros do Instituto Nacional do Câncer — o que é proibido pelas regras da Prefeitura do Rio. A empresa, em nota, diz que só funciona o depósito. O DIA entrou na loja e os funcionários apresentaram propostas de sepultamentos.
FLORICULTURA 24 HORAS

Mais um empresa criada por Monge que passou para as mãos de funcionários sob os olhares suspeitos da concorrência. O valor do negócio, fechado em 2012, foi de R$ 5 mil. Muito baixo para um empreendimento em um dos pontos mais valorizados da Barra, onde um comércio similar valeria perto dos R$ 200 mil. Mas este não é o único ponto de interrogação no negócio: apesar de vendido, o estabelecimento ainda exibe o nome Rio Pax e seus telefones. A razão social é para uma loja de flores. Mas lá não há nem uma rosa exposta. No máximo, negociam-se coroas funerárias. A Rio Pax informou que “algumas empresas, mesmo após a venda, continuaram a expor a marca, mas que não acontece mais.” O DIA flagrou as lojas com as logomarcas e os funcionários confirmaram que a loja era Rio Pax.

MP investiga atuação de agentes funerários no Amazonas


O Ministério Público do Amazonas está investigando a atuação de pessoas que prestam serviços funerários irregulares em Manaus - os chamados "papa defuntos".

Segundo denúncia feita pelo Sindicato das Empresas Funerárias do Amazonas, esses agentes atuam clandestinamente nos hospitais da capital amazonense, despachando documentos de sepultamento diretamente na Semuslp – Secretaria Municipal de Limpeza Urbana e Serviços Públicos.

A prática teria, inclusive, a colaboração de servidores e seguranças das unidades de saúde.

Antônio Coutinho, dono de uma funerária na zona sul de Manaus, diz que a prática é antiga na cidade e geralmente esses "papa defuntos" estão ligados a funerárias irregulares.

Sonora: " os serviços que são prestados por essas funerárias são de péssima qualidade e realmente com o serviço duvidoso, né? Porque o serviço... existe uma parte que nós chamamos de embalsamento, que tem que ser prestado por clínica, né?"

O empresário também reclama da concorrência desleal provocada por essas atividades clandestinas.

Sonora: "Hoje um serviço completo numa funerária gira em torno de 3 mil reais e as funerárias que não estão regularizadas conseguem oferecer o serviço até pela metade: 1.500 reais."

Essa é a terceira investigação instaurada pelo Ministério Público sobre o caso. Em 2011 o órgão moveu uma ação civil pública contra a Prefeitura, que, segundo o MP, nada fez para resolver o problema.

Em nota, a Prefeitura de Manaus informou que a Procuradoria Geral do Município e a Secretaria Municipal de Limpeza Pública - que administra os cemitérios da cidade - estão realizando ações de combate à pratica. E que foram expedidas recomendações para que hospitais e o IML – Instituto Médico Legal coíbam a atuação dos papa-defuntos.

A prefeitura esclarece que a fiscalização é difícil porque a ação desses agentes é silenciosa, mas sempre que algum fato é comunicado o órgão adota providências contra as funerárias irregulares.