segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Homem morre em funerária após suposto relacionamento sexual, diz PM

 
Um homem foi encontrado morto dentro de uma funerária no centro da cidade de  Barão de Cocais, na região Central de Minas, na noite deste sábado (29). De acordo com a Polícia Militar ele morreu depois de um relacionamento sexual, a família dele nega a informação.


Segundo um morador da cidade, ele teria tomado viagra antes de se encontrar com uma mulher na funerária que é da família dele. 


Ainda segundo a Polícia Militar, por volta das 19h uma mulher acionou os militares dizendo que o funcionário da funerária de 77 anos tinha morrido. A mulher disse que tinha mantido uma relação sexual com ele.
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Corpo de jovem de 25 anos é roubado após funeral

A família de Julie Mott, de 25 anos, está lidando com a perda da jovem pela segunda vez em poucos dias. A moça morreu no último dia 8 de agosto após uma longa batalha contra a fibrose cística (uma doença genética que afeta os aparelhos digestivo e respiratório). O corpo da americana do Texas foi roubado após o funeral no dia 15 de agosto, data em que ela completaria 26 anos.

Em entrevista ao Daily News, o sargento Javier Salazar, que conduz a investigação sobre o caso, disse: "Descobriram que o corpo havia sumido no dia seguinte ao funeral, quando os funcionários da casa funerária o levariam para a cremação. O caixão estava quebrado".

De acordo com a polícia, não havia sinal de arrombamento nas portas da funerária, o que leva a crer que o corpo foi roubado logo após o funeral, antes da hora do local fechar. "As possibilidades para a motivação do roubo são infinitas e a polícia vai esperar apreender algum suspeito para falar sobre o crime", disse Salazar, que emendou: "Nossa prioridade, claro, é trazer ela de volta para a família. Em segundo lugar, levar a pessoa que fez isso à justiça".

Tim Mott, pai de Julie, fez um apelo: "Nós só queremos os restos de nossa filha de volta para podermos ter algum fim para o nosso luto". Quando foi diagnosticada com a doença, os médicos disseram que Julie viveria até os 3 anos. "É de cortar o coração ver uma família que passou por todas essas coisas com a filha viver essa situação. Toda família precisa de um fechamento", falou o detetive.

Nas redes sociais, amigos de Julie se manifestaram sobre o caso. "É perturbador e inacreditável que alguém tenha feito isso. Descanse em paz Julia e nossas preces estão com sua família nesse momento horrível", escreveu a amiga Jessica Payne.

Esse é o primeiro caso de roubo de corpo na história da casa funerária, que existe há 108 anos. "Isso é sem precedente e um evento impensável. Nós estamos fazendo tudo para cooperar com a investigação da polícia", disse Robert Tips, diretor do local.

Até agora, a polícia descobriu que um rapaz de 20 e poucos anos estaria no funeral de Julie. Ele perseguia a menina com mensagens de textos e se mostrava obcecado por ela. A polícia procura pistas sobre o paradeiro dele.

A família de Julie é amiga dos donos da funerária, que está oferecendo uma recompensa de R$ 70 mil para informações que levem a encontrar o corpo da moça.

Coveiro é preso por quebrar túmulo e fazer sexo com cadáver de idosa sepultada há um dia


Uma cena nada comum foi presenciada neste domingo (30) no cemitério da Igualdade no centro de Parnaíba no estado do Piauí.
O corpo de uma senhora de aproximadamente 70 anos que segundo informações do coveiro, havia sido sepultada na manhã deste último sábado (29), foi encontrada fora de seu túmulo com suspeitas de abuso sexual.
A polícia foi acionada por uma mulher que visitava um ente querido e acabou encontrando tamanha crueldade.
“Rebemos a denúncia de que alguém teria violado a cova de uma idosa enterrada no sábado. Ao chegar no local, os policiais encontraram o corpo com sinais de que teria sido abusado sexualmente e acionaram a perícia. Após indícios achados no local, a polícia chegou até o coveiro do cemitério, que foi preso e levado para a Central de Flagrantes de Parnaíba”, relatou o major Adriano Lucena.
Diário do Sertão

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PF apura elo de Dirceu com auxílio funerário do Bolsa-Família

O benefício do auxílio funerário via Bolsa-Família acabou não sendo concedido pelo governo federal.

A Polícia Federal quer saber qual a relação dos negócios de consultoria do ex-ministro José Dirceu - preso desde o dia 3, alvo da fase 17 da Operação Lava-Jato - com a tentativa de fechar contrato de auxílio funerário dos inscritos no Programa Bolsa-Família, principal vitrine social dos governos do PT.

Nas buscas que realizou no dia 3, durante a Operação Pixuleco, em endereços do alvo Luiz Eduardo Oliveira e Silva - irmão e sócio do ex-ministro na JD Assessoria e Consultoria -, a PF encontrou contratos relacionados a suposto convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) com a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT - criada em 2007. O negócio envolveria ainda a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
A empresa de seguros e o MDS informaram que o convênio para fornecer e administrar o benefício de Assistência Funeral para todos os inscritos no programa Bolsa-Família não chegou a ser fechado.

Nos documentos de busca e apreensão da Operação Pixuleco, no entanto, conta um documento que seria o elo entre Dirceu e a suposta tentativa de convênio com o MDS. É uma empresa de consultoria de Campinas (SP), a Manzolli Consultoria Comercial e Negócios, que tem como um dos sócios uma amigo do ex-ministro Luiz Carlos Rocha Gaspar.

A empresa de consultoria tem uma contrato redigido para prestar serviços referentes ao suposto convênio pelo valor mensal de R$ 240 mil. No mesmo material apreendido, existe um contrato da JD Assessoria com a consultoria ligada a Gaspar, pelo valor mensal de R$ 52 mil.

O contrato da Manzolli é com a Fenaprevi, prevendo o pagamento de R$ 240 mil mensais, a partir do primeiro pagamento efetuado pelo MDS - responsável pelo Bolsa-Família.

No contrato, a Fenaprevi e Manzolli registram que a Seguradora Líder-DPVAT fechou convênio com a Fenapravi para "prestação de serviços de avaliação e análise do desenvolvimento e operacionalização do benefício de Auxílio Funeral para todos os inscritos no Programa Bolsa-Família".

Apesar de o contrato não ter aparentemente se efetivado, a PF apura quais contatos e relações tiveram Dirceu, seu irmão e o amigo Gaspar nos auxílios funerários do Bolsa-Família.

Considerado um benefício eventual assegurado pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), desde 2011, a concessão e os valores desses benefícios é definido por Estados e municípios. No caso do auxílio funeral, a Loas prevê cobertura para despesas de urna funerária, velório e sepultamento, necessidades urgentes da família pela morte de um de seus provedores.

E-mail

O ponto de partida da descoberta foi uma cópia de e-mail que o irmão de Dirceu guardava, com a cópia do contrato. Nos autos de arrecadação da Operação Pixuleco, a mensagem de e-mail, do dia 11 de março de 2012, foi registrada. A remetente é Eliane Aparecida Manzolli de Aparecida e o destinatário "Gaspar", cujo endereço de e-mail começa com "lcrgaspar@".

"Assunto 'Resumo executivo para reunião com a ministra do MDS', registra a apreensão. Anexo à mensagem estava o contrato de prestação de serviços entre a Fenaprevi e a Manzolli, em quatro páginas.

Desde 2011, quem ocupa o cargo é a ministra Teresa Campello, mulher do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira - que teve o nome apontado como beneficiário de propina na Lava-Jato.

Segundo o contrato em poder do irmão de Dirceu, o objetivo do serviço era "colaborar para o seu pleno sucesso, principalmente devido ao seu caráter social, na busca permanente pela melhor relação custo-benefício, no aprimoramento sempre constante da qualidade e na maximização dos serviços".

A contratada, a Manzolli, teria as condições técnicas e profissionais para auxiliar a contratante, no caso a Fenaprevi, "para que ela possa cumprir, da melhor forma, o que foi acordado no objeto de seu contrato com a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A.".

Amigo

Gaspar é amigo de Dirceu desde a época de militância durante a regime militar. O irmão de Dirceu guardava também o contrato da JD com a Manzolli, assinado em 2011. O contrato tem a assinatura de Luiz Rocha Gaspar como testemunha.

O termo previa pagamento de R$ 52 mil por mês por um ano.

Defesa do MDS

Por meio de nota, o órgão informou que "o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) não assinou contratos referentes a esses serviços."

Defesa da Seguradora Líder-DPVAT

Em nota, a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT  disse que "A Seguradora Líder-DPVAT foi constituída exclusivamente para operar o Seguro DPVAT. Sua atuação, portanto, limita-se à operação do Seguro DPVAT que comporta apenas pagamento de indenizações por Morte, Invalidez Permanente e Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares às vítimas de acidente de trânsito ou a seus beneficiários. A Seguradora Líder-DPVAT jamais prestou qualquer serviço relativo ao Auxílio Funeral e nunca tratou ou firmou qualquer tipo de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social, não conhece e nem mantém qualquer contrato com a empresa Manzolli e não possui convênio de qualquer natureza com a Fenaprevi."

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Retroescavadeira é usada em enterro e revolta família: 'Falta de respeito'


Caixão foi danificado e máquina quebrou muro de cemitério em Areiópolis.
Segundo a prefeitura, serviço foi necessário porque coveiro está de férias.

Parentes de um homem enterrado em Areiópolis (SP) na última quinta-feira (13) ficaram revoltados com o uso de uma retroescavadeira para abrir e fechar uma cova no cemitério da cidade. Amigos da família estão indignados e gravaram um vídeo que mostra a situação. As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira (17). (Veja o vídeo acima)
Com uma máquina, funcionários do Cemitério Municipal de Areiópolis abriram a cova para enterrar o corpo. Segundo relato de parentes, a retroescavadeira foi usada, pois o coveiro está de licença. "As pessoas que estavam presente diziam: 'Nossa, nunca vi isso. Foi uma irresponsabilidade e falta de respeito com o próximo", comenta o pedreiro Alexander Rogério da Silva.

Máquina foi usada para enterrar homem em Areiópolis (Foto: Reprodução/TV TEM) 
 
Máquina foi usada para enterrar homem em
Areiópolis (Foto: Reprodução/TV TEM)
Para entrar com a máquina no cemitério, foi preciso quebrar o muro e algumas pedras, que se misturaram com a terra e danificaram o caixão. Algumas pessoas ficaram indignadas e decidiram desenterrar o caixão e levar para outra cova. 
Os parentes da vítima não quiseram registrar boletim de ocorrência e ainda arcaram com todas as despesas do velório e do enterro. A empresa que presta este tipo de serviço diz que ofereceu todo apoio necessário – inclusive forneceu um caixão novo – e que a responsabilidade dentro do cemitério é da prefeitura.
Já o prefeito de Areiópolis, Amarildo Garcia Fernandes, confirmou que o coveiro da cidade está de licença, mas garantiu que outro funcionário faz o serviço quando necessário. Sobre o uso da máquina, irá apurar de quem foi a responsabilidade. “Nunca vi na história da cidade um fato dessa natureza e isso me entristeceu muito. Agora cabe a nós apurar a responsabilidade de quem cometeu essa falha, que eu entendo ser desumana.”

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Sem espaço em cemitério, ossos são retirados de túmulos sem autorização

Familiares não foram avisados sobre venda de sepulturas, em Itirapina, SP.
MP e Prefeitura apuram os casos; prefeito diz que cemitério será ampliado.

 

Famílias de Itirapina (SP) denunciam que os ossos de parentes enterrados no cemitério da cidade estão sendo retirados dos túmulos sem autorização. O local não tem mais espaço para novas sepulturas e, segundo os moradores, a Prefeitura está vendendo os locais para novos enterros. A reportagem do Jornal da EPTV flagrou restos mortais sem identificação em uma capela. O Ministério Público abriu inquérito para investigar os casos. O prefeito Zé Maria (PMDB) disse que as denúncias serão analisadas e que o cemitério será ampliado.
A dona de casa Luzia da Rocha e a filha Vilma da Rocha levaram um susto quando foram visitar o túmulo onde a cunha foi enterrada em 2007. O local estava com o nome de outra pessoa e,  inconformada, Luzia procurou o coveiro. “Falou que tinha sido vendido mesmo o tumulo e que a responsabilidade era da prefeitura. Que ele recebeu ordem, veio um fiscal da prefeitura, fotografou o tumulo e, em seguida, veio a ordem para retirar os ossos dela”, disse.
Ossos são colocados em sacos de lixo sem identificação em Itirapina (Foto: Felipe Lazzarotto/ EPTV)Ossos são colocados em sacos de lixo sem
identificação (Foto: Felipe Lazzarotto/ EPTV)
O pagamento da sepultura chegou a ficar atrasado por quatro meses, mas ela refinanciou a dívida e mostrou o carnê com as prestações. “Ele falou que o problema não era com eles. O problema era com a Prefeitura e que ele era funcionário e só recebia ordens”, afirmou.
Ossos em capela
Outra surpresa foi quando a família soube que os ossos foram trazidos para uma capela no cemitério e colocados em sacos de lixo.  Apenas um saco estava identificado com o nome de uma pessoa. “Falaram: Deve ser esse aqui. Não tinha nome, não tinha identidade, simplesmente jogados ali dentro”, reclamou Vilma.
A reportagem da EPTV foi até a capela e o coveiro abriu o saco e mostrou os ossos. “Como aqui não esta cabendo mais ninguém, não tem espaço nenhum para abrir nenhuma sepultura, se lá não constar que está pago, aí eles dão permissão para tirar”, disse o homem.
Como a gente vai saber quais são os ossos dela? Não tinha nome, não tinha identidade, simplesmente jogados ali dentro. (...) É muito triste, é muito desagradável o que a gente está passando"
Vilma da Rocha, dona de casa
“Como a gente vai saber quais são os ossos dela? Não tinha nome, não tinha identidade, simplesmente jogados ali dentro. Por sinal nem sabe qual destino vai ter. Ninguém soube responder para a gente o que vai acontecer na verdade. É muito triste, é muito desagradável o que a gente está passando”, lamentou Vilma.
A diarista Regina Célia da Silva enfrentou o mesmo problema e descobriu que o túmulo da mãe foi vendido porque as prestações estavam atrasadas. Os ossos também foram parar na capela do cemitério. Indignada, ela fez uma denúncia ao MP de itirapina, que abriu.
“A sepultura era minha e eles não falaram nada, não avisaram. Eu acho um descaso. A pessoa que mexe com isso, está mexendo com a morte, mas também está mexendo com a vida de outras pessoas. Setembro faz 14 anos que minha mãe morreu e eu não vou ter um lugar para levar uma flor, fazer uma oração.  Está chegando novembro, e  como eu vou fazer?”, questionou.
Para o advogado Guilherme Deriggi Goes, a prefeitura não deveria ter revendido os túmulos. “Caso a pessoa tenha atrasado essas parcelas, esse não é o meio mais viável para se cobrar o pagamento de uma dívida.  Deveria a prefeitura cobrar por execução fiscal ou através de penhoras no nome da pessoa, penhora de bens, negativar o nome, mas jamais retirar o túmulo de uma pessoa”, explicou.
Prefeitura
A reportagem foi  à  Prefeitura, mas a atendente disse que o prefeito não estava na cidade. Por telefone, o prefeito disse que os dois casos mostrados vão ser analisados. Ele informou ainda que já tem uma área, ao lado do cemitério, pronta para ampliação, mas precisa concluir o processo de licitação. O local terá capacidade para 450 túmulos, onde poderão ser enterrados os restos mortais que foram retirados das sepulturas.

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Cemitério em Angra dos Reis, RJ, descarta caixões com restos mortais

Quem mora perto diz que já flagrou até a queima de ossos.
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) suspeita de irregulares.

O cemitério do bairro Belém, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, está descartando caixões com restos mortais. De acordo com o presidente da associação da moradores, Lair dos Santos Pereira, o cheiro forte começou há pouco mais de um mês e só estava aumentando.
"Eu vim detectar e detectei. Eles queimando os caixões com couro cabeludo, ali atrás. Bom, aí eu falei como rapaz que trabalha aqui no cemitério que não fizesse. Eles abriram um buraco pelos fundos do cemitério, onde tem um manancial de água. Por acaso, eu entrei no cemitério e me deparei com dois caixões, aí falei: 'Eles vão colocar fogo nesse caixão aqui, estão queimando, continua'. Fui abrir e tinha dois corpos. Eu me assustei, eu chorei, fiquei indignado com a falta de respeito com o ser humano", reclamou.
Área onde caixões são descartados fica atrás do cemitério (Foto: Reprodução/TV Rio Sul) 
 
Área onde caixões foram descartados fica
atrás do cemitério (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
As fotos foram tiradas pelos moradores nos fundos do cemitério. Os caixões não estão mais no terreno. Mas ainda ficaram coroas de flores. Depois que as imagens começaram a circular nas redes sociais, o secretário de obras, Luiz Antônio Dias, decidiu ver o que estava acontecendo no cemitério. Ele diz que esse é um procedimento normal quando as covas e ossários precisam ser liberados para outros corpos.
"Os cemitérios tem um local chamado ossário geral, que é um local exatamente para armazenar os ossos das pessoas que os familiares não reclamam. De tempos em tempos, esses ossos são encaminhados para incineração. Ocorreram duas exumações, os dois caixões foram levados para onde fica o ossário. Enquanto foram pegar um outro, alguém entrou, abriu um caixão e fez imagens", explicou.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) suspeita de irregularidadess. Há três semanas os fiscais já tinham encontrado roupas e restos mortais no terreno em frente ao cemitério e em outro local.
"A própria ação do Inea há três semanas atrás já havia identificado isso. Algum material que sai do cemitério possa estar sendo jogado aqui. Restos de sapatos dos mortos, roupas, mechas inteiras de cabelos, com couro cabeludo. Uma coisa deprimente, hiorrível", disse o superintendente do Inea, Roberto Félix.

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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ministério Público ajuíza ação para que Município regularize situação de cemitério e Antonina

 
A 2ª Promotoria de Justiça de Antonina, no Litoral paranaense, ajuizou ação civil pública contra o Município de Antonina e o atual prefeito municipal, requerendo a regularização do centenário Cemitério São Manoel. Desde 2013, o Ministério Público tem solicitado que o Município faça as adequações necessárias no local, que não dispõe de licença ambiental. Em vista da omissão e negligência do Executivo municipal, o Ministério Público ingressou com a ação civil pública.

De acordo com a ação, “o Município vem mantendo uma conduta omissa e negligente, sempre protelando a regularização ambiental”. O MP-PR ressalta que o atual prefeito sequer efetuou o protocolo solicitando licenciamento junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), dificultando também a formalização de um termo de ajustamento de conduta, que poderia solucionar a questão. Conforme o MP, “há anos o Município de Antonina vem tratando com descaso o Cemitério Municipal, que está em situação de abandono”.

Diante do risco de graves problemas ambientais, além dos indícios de desrespeito em relação aos restos mortais e, consequentemente, aos familiares das pessoas ali sepultadas, o MP-PR requereu que a Justiça proíba a ampliação da área do cemitério até que a situação esteja regularizada, com a obtenção da licença ambiental. Caso a Prefeitura não tome providências em prazo a ser estipulado, foi requerida desde já a interdição do local, de modo a ser permitida somente a sua manutenção e a utilização e reforma da capela mortuária já existente.

A ação requer ainda a condenação do prefeito por improbidade administrativa, diante de sua negligência em relação à solução do problema.
Com informações da Agência de Notícias do Ministério Público do Paraná

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Poluição causada por defuntos… Cemitérios podem contaminar o solo e o lençol freático…

De que adianta tanto orgulho, egoísmo, maldades, veleidades, preconceitos e vaidades, se lhe resta na eternidade só 7 palmos de terra?
(Adágio Popular)
O geólogo paulista Leziro Marques da Silva tem observado que além da contaminação causada por cadaveres, a má localização dos cemitérios e o estado atual dos tumulos (má conservação) são complicadores gravíssimos. A não decomposição dos corpos, através da ocorrencia natural de fenomenos como a saponificação (o corpo não se decompõe e fica com aspecto de sabão) nos locais de solo arenoso e bem drenado, vem a ser o maior problema afeito à presente questão. Sem decompor convenientemente, esses cadáveres se tornam empecilho à harmonia e equilíbrio ambiental, pois não permitem a liberação do tumulo para reutilização, o que alarga e complica em muito a oferta de áreas destinadas a cemitérios. Como cada corpo ocupa cerca de 2,3 metros quadrados, com o tempo, a destinação dos restos mortais vem a ser uma questão que ganha cada vez mais contornos dramáticos nas grandes cidades. Fato deverasmente grave que muito tem a ver com impactos ambientais diversos.
O interesse da matéria afeita ao controle ambiental de cemitérios por parte do geólogo Leziro Marques da Silva, surgiu por conta da ausência de transformações competentes sobre a interação dos corpos com o meio ambiente, após a morte do cidadão e ou cidadã: “A medida legal diz o que ocorre até a morte, mas depois não temos muitas informações”, cita o geólogo paulista. A fim de identificar todo o processo de decomposição dos cadaveres, a equipe de Silva observou visualmente durante três anos todas as etapas de decomposição de um corpo. Através de um tumulo constituí-do por paredes de vidro, os pesquisadores puderam levantar ricos e laboriosos detalhes sobre o processo total de desitegração do cadáver.
Através de estudos cientificos apropriados, o pesquisador desenvolveu tecnologias visando acelerar o processo de decomposição e higienização de túmulos e águas contaminadas pelos defuntos. Entre as opçôes mais viaveis, elegeu-se o adicionamento de oxidantes, tais como o peróxido de cálcio ou a cal virgem nas sepulturas. Esse procedimento aumenta o teor de oxigênio, acelerando competentemente a decomposição. Como a maioria das bactérias vem a ser anaeróbicas, ou seja, necessita de oxigênio para sobreviver, o excesso do gás acaba matando os microrganismos. Outra opção é a utilização de ácido piracético como desinfetante do solo do cemitério o que também protege o lençol freático dos liquidos putrefos do defunto.
Esses metodos, no entanto, são opções para os casos mais antigos de decomposição. O ideal, segundo o geólogo Jamilo José Thomé Filho de Goiás, vem a ser o respeito a critérios visando a competente e ideal instalação dos cemitérios. Muito semelhantes aos adotados para a localização de aterros sanitários na locação dos cemitérios devem ser observados primordialmente a topografia do terreno, que precisa ser plana; a geologia e o tipo do solo, que devem ser pouco permeável, como também a distância mínima dos recursos hídricos, longe de áreas sujeitas à inundação e distância mínima de 3 metros do lençol freático.
Thomé Filho, geólogo do Serviço Geológico Nacional de Goiânia, afirma que essas normas podem variar de acordo com o manejo operacional do cemitério. “O tratamento dos efluentes faz diminuir o risco de contaminação”, diz o geólogo. Ele se refere também ao tipo de sepulturas. Quando a urna com o corpo esta não deverá ser depositada diretamente sob a terra; as chances de contaminação são bem maiores. O ideal, segundo Thomé Filho, é a construção de túmulos com sistema de drenagem do necrochorume, a fim de impedir a contaminação do solo pelo líquido putrefo.
A vida é uma linda viagem cujo roteiro nós mesmos traçamos no dia a dia. Aproveite cada momento desta viagem, pois a passagem é só de ida. Nada levarás materialmente do plano físico, tanto quanto afora os bens do espírito; nada trouxeste ao pousar nele. Ainda assim, não te convidamos à ideia obcecante da morte e sempre a vida estará lhe esperando noutra face. Desejamos tão somente destacar que nessa ou naquela convicção ninguém deverá esquecer do porvir. Disse o Cristo: “Andai enquanto tendes luz.” Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo para fazer luz em nós e nos outros semelhantes. No final será só poeira estelar; adubo que facilitará o vicejar de plantas e outros organismos do reino mineral, vegetal e animal sempre interdigitando-se em maravilhosa e rica interconectividade cosmica. Pra que tanto orgulho e vicissitudes maléficas se caixão não tem gavetas? Ó ingrato!! (adaptado de artigos publicados no DM; principalmente minha série a “Venturosa Vida do meu Avatar”).

(João José, geólogo da Amazônia, cronista e articulista do DM)