quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Seca fez aparecer cemitério submersos em barragem de Acauã


Seca fez aparecer cemitério submersos em barragem de Acauã  A estiagem tem provocado redução de água nos principais açudes da Paraíba. Um dos reservatórios atingidos pela longa estiagem, é a barragem Argemiro de Figueiredo mais conhecida como Acauã construída na cidade de Itatuba.

A seca fez aparecer todo um cemitério que estava debaixo de água no local onde Acauã foi construída. Isso aconteceu porque na década de 80 quando foram iniciadas as obras da barragem que levariam água para Campina Grande e mais 19 municípios, os dois cemitérios que existiam nos distritos de Pedro Velho em Aroeiras e Cajá em Itatuba, não foram retirados e ficaram submersos.


Com a redução do volume de água, os túmulos começaram a aparecer. A luta dos moradores agora é remover os restos mortais dos entes-queridos para novas sepulturas nos municípios de Itatuba (PB) e Aroeiras (PB), localizados a 117 e 146 km da capital.


A transferência foi determinada pelo Ministério Público Federal após reunião com prefeitos dos referidos municípios e representantes do Movimento Atingidos por Barragens, Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e Agência Executiva de Águas da Paraíba (Aesa).


A retirada das ossadas deverá acontecer ainda este mês com base no reconhecimento dos túmulos pelas famílias dos sepultados e autorização delas para a remoção. As prefeituras de Itatuba e Aroeiras se dispuseram a disponibilizar cemitérios para receberem os restos mortais.


Conforme o procurador regional dos direitos do cidadão José Godoy Bezerra de Souza, a retirada dos restos mortais se dará pelos municípios e com o apoio dos próprios familiares das comunidades.

A barragem de Acauã é a maior da Paraíba com capacidade para acumular 253 milhões de metros cúbicos de água, e está com 16% de sua capacidade. Ou seja, ela acumula menos de 42 milhões de metros cúbicos de água.

O início da construção da barragem remonta aos anos de 1980 na gestão do então governador José Maranhão (PMDB). Sua fase final somente ocorreu por volta de 1999, sendo efetivamente concluída em agosto de 2002. Devido a fortes chuvas, após dois anos de construída, a barragem atingiu o seu nível máximo, causando danos para os moradores que ainda se encontravam dentro da área a ser alagada. Estudos realizados indicavam que demoraria, pelo menos, cinco anos para a cheia ocorrer.


O empreendimento causou o deslocamento de cinco mil pessoas – cerca de 900 famílias que viviam às margens do rio Paraíba. A barragem sangrou em  2006 e 2011.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Câmara vota isenção funerária a doadores de órgãos e tecidos

A isenção funerária a doadores de órgãos e tecidos pode ser aprovada, na terça-feira (8), pelos vereadores de Campo Grande. A medida, no entanto, se restringe aos serviços prestados pela prefeitura e tem o objetivo viabilizar a realização de transplantes.

Delei Pinheiro (PSD), autor do projeto, esclarece que a isenção seria concedida mediante comprovante da doação e ainda que o órgão ou tecido doados não tenham sido aproveitados.

Há cinco anos proposta semelhante foi rejeitada pela Casa de Leis, ao se considerar que a medida poderia causar ingerência da administração pública em serviços funerários realizados por particulares. Com isso, em 2013, esta foi reapresentada restringindo a isenção a velórios e sepultamentos em cemitérios administrados pelo município.
Se aprovado, o projeto prevê em caso de descumprimento advertência, multa de R$ 2 mil e cassação do alvará de funcionamento. As despesas da lei estarão sujeitas a verba orçamentária do município.

OUTRA PROPOSTA

Na mesma sessão, os vereadores podem avaliar ainda o programa “adote um ponto de ônibus”. Este concede a pessoas físicas ou jurídicas o uso dos espaços para fins publicitários. O período de concessão será de 24 meses, com possibilidade de prorrogação.

Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), e o afastado Mario Cesar (PMDB) são os proponentes do projeto que pode enfrentar resistência do Executivo. Isso porque parecer da procuradoria jurídica já aponta “benefício duplo” ao se conceder espaço e isentar a publicidade para quem adotar um ponto de ônibus.

No Egito, ativista lança concurso de beleza "Miss Cemitério"

Apesar de ter recebido dezenas de inscrições, o concurso suscitou muita polêmica, segundo jornais locais
Muito além das múmias, um singular concurso de beleza para eleger a "Miss Cemitério" foi lançado na última semana no Egito, segundo os jornais locais "Ahram" e "El Watan". Apesar de ter recebido dezenas de inscrições, o concurso suscitou muita polêmica na nação.
A proposta do ativista Hussein Hassan pretende relançar as imagens das pessoas que vivem em extrema condição de pobreza na famosa "Cidade dos Mortos", o cemitério muçulmano mais antigo do Cairo e que, com o passar dos anos, se tornou uma verdadeira favela.
Mesmo com a chuva de críticas, Hassan continua com o projeto, explicando que a ideia é eleger uma "Miss Simplicidade" entre as milhares de meninas de 14 anos que se inscreveram. De acordo com o ativista, elas são "vítimas de abusos sexuais na região onde vivem" e, por causa disso, ele escolheu como slogan a frase "você é rainha, mesmo com a situação que te envolve".
O organizador informou ainda que a final do concurso será realizada em novembro, em Sharm, e que a vencedora será premiada com uma viagem para a Áustria, que foi financiada por egípcios que moram no exterior.
Os críticos ao projeto dizem que na "Cidade dos Mortos" só vivem traficantes e criminosos e que a favela se tornou símbolo da criminalidade, que não tem nada a ver com a beleza.
Segundo um relatório do Instituto Central de Estatísticas, divulgado em 2014, cerca de 1,5 milhão de pessoas moram no famoso cemitério, enquanto outras oito milhões vivem em 700 favelas por todo o país.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Americano é preso por tumultuar um cemitério


Tyler Bryant teria danificado 26 lápides. Foto: ReproduçãoTyler Bryant teria danificado 26 lápides. Foto: Reprodução
O americano Tyler Bryant, 22 anos, foi preso em Macomb Township, no Estado de Michigan (EUA), acusado de atos de vandalismo em um cemitério local.
O jovem teria danificado 26 lápides na quarta-feira (2) à noite. Ao ser preso, Tyler tentou resistir à prisão, obrigando os policiais a usar uma arma de choque para dominá-lo. Ele foi levado para a cadeia do condado de Macomb. (AG)

Além da falta de vagas, 30 cemitérios de Guarapuava têm irregularidades

Maior parte dos cemitérios da cidade paranaense está irregular.
Morador reclama que água que seus animais bebem tem 'gordura'.

A maior parte dos cemitérios de Guarapuava, na região central do Paraná, não tem licença ambiental para funcionar. De acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ao todo, nove deles são administrados pela prefeitura, e os outros 21, de responsabilidade de associação de moradores. Além disso, o espaço para receber novos túmulos está acabando.

O comerciante André Tokarski está preocupado. O morador tem tido prejuízos por causa do cemitério que fica ao lado da casa dele, no Residencial 2.000. Com o vento, o lixo do local vem até o quintal do morador: são restos de flores artificiais, placas e velas.
saiba mais

No entanto, a situação mais complicada é em relação às nascentes de água que brotam no cemitério, correm para o terreno de André e estão contaminadas. “Meus animais bebem a água. É tipo uma gordura que anda aparecendo. Como é que o bicho vai tomar esse troço?”, questiona.

O Cemitério Municipal Santo Antônio, no bairro Residencial 2.000, já era para ter parado de crescer. Próximo ao lugar, há uma área de banhado. O novo Código Florestal diz que, após 2.008, qualquer construção, inclusive túmulos, deve estar a uma distância de pelo menos 30 metros de qualquer curso d’água.

É bem diferente do que ocorre no cemitério. Segundo o IAP, a saúde da água da região está comprometida. “Os corpos sepultados, ou os que ainda serão, comprometem, sim, a questão ambiental, como o lençol freático, a vizinhança e a saúde pública”, explica o técnico de licenciamento ambiental do IAP, Marco Antonio Silva.
 
Outros cemitérios irregulares
A
inda segundo ele, áreas que não têm nenhum tipo de controle ambiental são preocupantes. O problema não está só no Residencial 2.000. A maioria dos cemitérios de Guarapuava tem décadas de operação. Quem começou a construí-los foi a própria comunidade que, à época, não se preocupava com os danos que os restos mortais podem causar à natureza.
 
 
Cemitério no distrito Entre Rios está em fase de
licenciamento (Foto: Reprodução/RPC)

Em Guarapuava, e administrados pela prefeitura, são outros quatro cemitérios irregulares e mais três nos distritos Palmeirinha, Guará e Entre Rios. No último, parte do terreno está em fase de licenciamento. Na mesma etapa, está uma área de 50 mil metros quadrados no bairro Xarquinho.
A previsão da prefeitura era a de que o terreno entrasse em funcionamento até o fim de agosto. Entretanto, até o momento, o IAP não liberou a licença de instalação e operação. A situação não é boa, mas pode ser melhorada com o monitoramento de cursos d’água e a paralisação de mais obras em locais inadequados.
 
Prefeitura responde

O secretário municipal de Habitação, Flávio Alexandre, reconhece o problema. “É sério. Todos os cemitérios municipais em Guarapuava estão esgotando a capacidade. Nós não vamos mais ter lugares para enterrar ninguém. Por isso, a nossa preocupação em fazer, rapidamente, o licenciamento do novo cemitério”, diz.
Flávio acredita que, até o fim do ano, tudo estará certo. Ele também diz que a prefeitura está tomando as providências necessárias para regularizar a situação dos cemitérios que não tem a licença ambiental.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Aumenta a procura por cemitério e crematório para animais

Espaços exclusivos para os bichinhos seguem regras ambientais.
Serviços variam de R$ 130 a R$ 860, dependendo do pacote escolhido.

 O cemitério de animais 'Caminho do Céu', em Sorocaba, oferece jazigos coletivos e individuais (Foto: Divulgação) 

Cemitério de animais 'Caminho do Céu', em Sorocaba, oferece jazigos coletivos e individuais (Foto: Divulgação)


Dizer adeus a alguém que amamos nunca é fácil, ainda mais se for um animal de estimação, um companheiro fiel, com quem passamos momentos de alegria e cuidamos com tanto carinho. E, em uma hora difícil como essa, é preciso pensar no que fazer com o bichinho. Afinal, assim como os seres humanos, o corpinho deles também precisa ter uma destinação correta.

Algumas pessoas optam por enterrar o animal no jardim ou confiar a responsabilidade do adeus à clínica veterinária que cuidou do companheiro. Mas, pensando em ajudar as famílias nesse momento, contribuir com o meio ambiente e respeitar a amizade oferecida pelo bichinho durante toda a vida, serviços especializados em sepultamento e cremação dos animais têm ganhado espaço no País nos últimos anos.

As empresas oferecem pacotes de diversos preços, incluindo a retirada do animal na residência ou clínica veterinária, caixão e urna para as cinzas. Em Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba (SP), há seis anos funciona o Kremakão. Ele é especializado em cremar animais de pequeno porte, como cães, gatos, passarinhos, hamsters e chinchilas. E tudo começou depois da partida da Índia, uma Pastora Alemã.


“Ela faleceu em casa e foi levada para a clínica onde era tratada, mas não disseram para onde seria encaminhada. Depois que foram questionados, contaram que a empresa recolheu e levou para o aterro sanitário”, conta o sócio-administrador da empresa, Luiz Fernando Delcourt.  Depois do triste episódio, a família pesquisou alternativas para que ninguém mais passasse por isso e, ao mesmo tempo, pudesse oferecer uma despedida digna ao bichinho de estimação.

Após obter toda a documentação necessária para funcionar, o Kremacão começou a operar e oferece dois tipos de serviço: a cremação simples é feita coletivamente e os donos não recebem as cinzas; e a individual, quando os restos mortais são entregues ao proprietário. O serviço pode ser contratado a partir de R$ 130, que inclui a cremação coletiva e, a individual varia de R$ 450 a R$ 860, dependendo do peso do animal e a urna escolhida para guardar as cinzas.

O empresário conta que, nos últimos anos, a procura pela cremação tem aumentado. “No começo era bem abaixo do esperado, pelo fato que muita gente não sabia como funcionava. As pessoas mudaram a cultura e, hoje em dia no Brasil, é uma prática bem mais comum.” Quem quiser conhecer o trabalho do crematório pode agendar uma visita e, aqueles que optarem pelo pacote individual, têm direito a acompanhar o início do processo, cujo tempo varia de acordo com o tamanho do animal.

Para bichinhos de estimação com, aproximadamente, cinco quilos, é necessário entre uma e uma hora e meia. Já para os maiores, com cerca de 40 quilos, podem chegar a três horas. Atendendo às normas ambientais, o forno da empresa é aquecido a 800°C e só funciona de segunda a sexta-feira. Porém, a equipe trabalha todos os dias. “Não sabemos quando isso pode acontecer, então se for no final de semana, por exemplo, retiramos o animal”, explica o emrpesário.

Delcourt conta que, as urnas para guardar as cinzas, podem ser personalizadas de acordo com as vontades do cliente. O item de luxo inclui baú de madeira, placa com nome do animal de estimação e réplica da espécie em resina, colocada em cima da tampa. O proprietário pode retirar as cinzas na empresa ou receber em casa.

Última morada
Abalada com a morte do Pastor Alemão Apolo, depois de nove anos de convivência, a bancária aposentada Valéria Filomena Pássaro Domingues, optou por contratar os serviços do cemitério de animais 'Caminho do Céu', de Sorocaba. Desde então, mais três cães e um gato da família foram sepultados no local, criado em 2007.

Apesar de nunca ter ido ao cemitério, Valéria acredita que é a melhor opção para os animais de estimação. "Prefiro não ir lá. A morte deles acaba com a gente, gosto de lembrar os bons momentos. Ainda estou me recuperando da morte da Moly, que também foi enterrada. Gosto do cemitério porque eles passam segurança num momento tão difícil." A Moly faleceu em junho deste ano, depois de 15 anos vivendo com a família.

Valéria conta que todos os animais foram enterrados no jazigo coletivo, mas há a opção do túmulo individual, identificado com lápide personalizada. A retirada dos animais, em residências e clínicas, é feita diariamente, assim como os sepultamentos. Já as visitas ao cemitério podem ser feitas às quartas-feiras, finais de semana e feriados.

Prefeitura gasta mais de R$ 10 mil com coleta de animais
Em Sorocaba, a Prefeitura terceiriza o serviço de retirada de animais mortos em vias e clínicas veterinárias. O trabalho é executado pela empresa Proactiva Meio Ambiente, que possui um aterro sanitário em Iperó, para onde também são destinados os resíduos sólidos de Sorocaba. A coleta de animais é cobrada por peso, sendo R$ 1,44 por quilo. Segundo a Secretaria de Serviços Públicos, a média de coleta mensal é de 7.200 quilos por mês, totalizando R$ 10.368,00. A pasta ressalta que, no caso de o bichinho falecer na residência, a responsabilidade é do dono.