terça-feira, 31 de maio de 2016

Alunos confessam ter levado crânio de cemitério para a escola, diz polícia

Crânio foi encontrado por funcionários de um colégio em Cabo Frio, no RJ.
Caso foi encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude.

Do G1 Região dos Lagos
Crânio foi encontrado em escola de Cabo Frio (Foto: Blog do Eduander Silva)Crânio foi encontrado na carteira de uma escola (Foto: Blog do Eduander Silva)
Dois alunos de 13 e 14 anos confessaram, segundo a Polícia Civil, ter furtado o crânio encontrado em cima de uma carteira da Escola Municipal Talita Hernandes Perelló, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (30) e o osso foi pego no cemitério do Jardim Esperança, que fica ao lado do colégio.
De acordo com o delegado da 126ª DP, Carlos Abreu, os adolescentes vão responder em liberdade por fato análogo ao crime de subtração de parte do cadáver. O caso foi encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude. Questionado sobre o motivo da ação dos adolescentes, o delegado afirmou que foi para "criar confusão".
A escola não tem câmeras de segurança e, segundo a direção, conta com um vigia. Outros casos de invasão já tinham sido registrados, mas nenhum tão inusitado, segundo a diretora Daniele Almeida.
"Nunca aconteceu nenhuma [invasão] desse tipo, com 'lembrança'. Como o muro da escola dá para o cemitério, às vezes alguns meninos pulam para jogar bola", contou a diretora.
Cenídia Bonfim, que também é diretora na unidade, estava na escola no momento em que o inspetor encontrou o osso na carteira.
"Sempre chego na escola por volta das 6h20 e quando o inspetor foi abrir as salas, encontrou o crânio. A polícia foi acionada imediatamente. Depois o IML foi chamado e removeu o osso". O crânio foi levado para ser periciado no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama.

Os custos do enterro e da cremação


Thinkstock/ TongRo Images
Cemitério
Cemitérios: Túmulos em cemitérios particulares saem muito mais caro do que pagar a cremação
Júlia Lewgoy Júlia Lewgoy, de EXAME.com 
São Paulo - Além de causar uma dor imensurável, a morte também implica altos gastos. Ainda que o assunto seja um tabu, planejar os custos do velório de um familiar pode ser inevitável e saber os preços de antemão pode ser importante para evitar que você aceite valores abusivos no momento de maior fragilidade.
Inúmeras decisões podem impactar seu preço, do tipo de transporte do corpo às flores no velório, do caixão ao cemitério escolhidos. Uma dessas escolhas, no entanto, é determinante para o luto e para o bolso: cremar ou enterrar?
Publicidade
É mito que cremar é mais caro do que enterrar, porque os custos de manutenção do túmulo podem pesar no bolso, enquanto que com as cinzas esses custos não existem. Nos cemitérios públicos, que representam a maioria dos cemitérios do Brasil, os preços para cremar um corpo podem ser até mais baratos do que para enterrá-lo, dependendo do município.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, ser cremado em um cemitério público como o São João Batista custa 1.921,55 reais, incluindo a cremação e o velório padrão. Já ser enterrado custa, no mínimo, 2.200 reais, contando com o mesmo velório e a chamada “taxa de sepultamento”, que serve para manter os custos do túmulo, segundo a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, enterrar ainda é mais barato, mas a diferença de valor é pequena. Cremar um corpo no único crematório municipal da cidade, o Crematório da Vila Alpina, custa a partir de 768,24 reais, enquanto o valor mínimo para enterrar alguém é de 701,37 reais, incluindo o velório e a taxa de sepultamento. No entanto, no final das contas, cremar pode ser mais barato, pois a família é responsável por contratar serviços de limpeza e reparação do túmulo.
Tanto para enterrar quanto para cremar, os preços podem variar imensamente, mesmo nos cemitérios públicos. Em São Paulo, ser cremado pode custar até 21.163,08 reais, enquanto ser enterrado pode chegar a 19.155,33 reais, dependendo da urna (o caixão para o enterro ou só para o velório), do serviço de transporte do corpo e das flores escolhidas.
O Serviço Funerário do Município de São Paulo orienta que a remoção de corpos para velório, o sepultamento e a cremação são serviços oferecidos exclusivamente pela prefeitura (veja os preços aqui).
É comum profissionais não credenciados abordarem famílias em situações de fragilidade na saída dos hospitais ou do Instituto Médico Legal (IML). A prefeitura recomenda não aceitar e denunciá-los para policiais presentes no local.
Nos cemitérios privados, cremação custa a partir de 3 mil reais
Em muitas cidades do Brasil, ao enterrar ou cremar um parente em um cemitério privado, os serviços funerários que incluem o transporte, o velório e o caixão, seja só para o velório ou também para o sepultamento, são contratados à parte, em uma funerária. Esse pacote pode ter uma variação enorme de preço: entre 1.800 reais e 60 mil reais, segundo Jayme Adissi, presidente da Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil (Acembra).
A partir daí, é feita a escolha de cremar ou sepultar. Em crematórios particulares, cremar pode custar a partir de 3 mil reais, de acordo com Adisso.
Se a família já for proprietária de um jazigo no cemitério para realizar o sepultamento, enterrar pode ser mais em conta, já que o único valor pago diretamente para para o cemitério é a taxa de sepultamento, que custa a partir de 400 reais.
No entanto, se tiver que comprar um túmulo, cremar sai mais barato. Um túmulo com três gavetas, em média, pode custar entre 7 mil reais e 25 mil reais, dependendo do cemitério.
Os cemitérios particulares cobram, ainda, uma taxa anual para manter o túmulo, que pode variar entre 400 reais e 800 reais. Cremar o corpo é uma forma de fugir dessa taxa, mas é claro que essa decisão vai muito além de questões financeiras.
Cremação pode se tornar mais popular com o tempo
Como dá para perceber, não é o preço que faz a cremação no Brasil ainda ser pouco popular, mas sim a cultura do sepultamento. Apenas 5% das pessoas que morrem no Brasil são cremadas, segundo o presidente da Acembra.
“Isso já está mudando. De alguns anos para cá, vemos a cremação crescer ano a ano”, diz Rolando Nogueira, diretor da Brucker, a primeira fábrica de fornos crematórios brasileira, criada em 2009. O espaço nos cemitérios públicos privados está cada vez mais escasso, e o preço proporcional das cremações tende a diminuir.
Veja, no vídeo a seguir, se os herdeiros são responsáveis por quitar dívidas da pessoa falecida:

VIDEO