A falta de isolamento e vigilância no cemitério municipal São
Roque, em Piraquara, geram oportunidades frequentes para a ação de
vândalos, todas as madrugadas. Hoje (07), quando os coveiros chegaram para
trabalhar às 7h, encontraram um túmulo violado e um corpo e três ossadas
espalhados para fora.
Não havia nada de valor no túmulo para ser levado. “É só
banditismo mesmo”, lamenta o coveiro José Isidoro Epifânio, que trabalha no local
há 17 anos.
Neste período, ele já viu corpos retirados do túmulo mais de
cinco vezes.
Além disso, a cada dia que ele chega para trabalhar, encontra
mais sepulturas quebradas ou pichadas. Ele avisou a família responsável pelos
corpos, e a Polícia Militar chegou ao endereço às 9h30.
O cadáver era de Renan Wal Ferreira, 19 anos, morto a tiros em
Curitiba em 30 de abril de 2005, e as ossadas são de familiares do padrasto
dele, sepultados muitos anos antes. A mãe de Renan, ao rever o corpo do filho,
ficou desesperada.
A cena também foi testemunhada por várias crianças que
atravessam o cemitério para ir e voltar da escola todos os dias. O cemitério
liga o Jardim Esmeralda às vilas Primavera e Santa Mônica e, por este motivo, não tem muros
ou portões, e acaba frequentado por usuários de drogas e jovens desocupados
durante as madrugadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário