A Prefeitura da cidade de São Paulo
cogita a instalação de câmeras de segurança e uma central de
monitoramento com equipe para fiscalizar e guardas-civis metropolitanos
(GCM) dentro do Cemitério da Consolação devido às várias reclamações de
furtos e até mesmo a instauração de um inquérito no Ministério Público
Estadual (MPE).
Uma denúncia foi feita
pelo Movimento de Defesa do Cemitério da Consolação (MDCC) e do
vereador Nelo Rodolfo (PMDB) por violação de túmulos e na última
terça-feira (16) um inquérito foi instaurado.
A ação foi movida
porque um jardineiro autônomo teria encontrado há três meses restos
mortais dentro de uma caixa com a seguinte inscrição "Monteiro Lobato". O
material foi recolhido pela Guarda Civil Metropolitano (GCM). O Serviço
Funerário negou qualquer violação nos túmulos do cemitério.
A
família do escritor Monteiro Lobato classificou a violação do túmulo
como um "desrespeito" e disse não saber da denúncia apurada pelo MPE de
que os restos mortais do escritor teriam sido achados fora do jazigo.
"Tivemos notícias de
roubos da parte do bronze, mas de violação nunca se soube de nada. Não
sei como não existe uma prevenção para isso. É desagradabilíssimo",
disse Rodrigo Monteiro Lobato (78), neto do escritor.
O Ministério Público
também investiga constantes queixas de furtos de portas de bronze e de
objetos externos dos túmulos e má administração do crematório da Vila
Alpina e de outros cemitérios.
Segundo reportagem do
jornal O Estado de S. Paulo feita na quarta-feira (17) a Prefeitura
cortou, em 2016, praticamente metade dos gastos com manutenção e limpeza
dos cemitérios. O orçamento caiu de R$ 25,7 milhões, em 2015, para 14,8
milhões em 2016.
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