quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Empresas treinam gestores para identificar mentirosos

Quando pediu que o candidato ao cargo de diretor de TI em uma grande empresa contasse sobre sua rotina no antigo emprego e quais os motivos que levaram à sua saída, Wanderson Castilho percebeu sinais de que algo estava errado. Diretor daE-Net Security, empresa que presta serviços na área de segurança de informação, o executivo é bacharel em física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em análise forense digital e em descobrir mentirosos. Para identificá-los ele analisa microexpressões faciais e mudanças de comportamento.

"Ao tentar explicar que havia pedido demissão do banco onde atuava por achar o trabalho pouco desafiador, o candidato começou a esfregar as mãos nas coxas, piscar excessivamente, morder o lábio e engolir a seco. Ele quebrou o padrão que havia apresentado até aquele momento e esse novo comportamento se intensificou conforme eu pedia mais detalhes", lembra o perito.

Usando técnicas que aprendeu nos Estados Unidos em cursos voltados para agentes de instituições como CIA e FBI, Castilho ganhou a confiança do candidato. Após mais alguns minutos de conversa, conseguiu com que ele confessasse a prática do "phishing", um tipo de fraude eletrônica que usa a estrutura do próprio banco para obter dados dos clientes ilegalmente. Desconfiado, mas sem ter como comprovar o crime, o banco fez um acordo para dispensar o profissional. "Era uma história bem diferente da que o candidato chegou contando. Obviamente ele não foi aprovado e a empresa evitou prováveis prejuízos e surpresas desagradáveis", diz.

Com o mercado de trabalho aquecido, o acirramento da busca pelos melhores talentos e o aumento da velocidade dos processos de seleção, conseguir identificar mentiras já durante a entrevista tem sido uma ferramenta cada vez mais desejada pelas empresas. "Geralmente são habilidades, experiências ou cursos que o cargo exige e a pessoa não tem, mas põe no currículo para poder se candidatar", afirma.

A demanda fez com que Castilho abrisse um curso que ensina como detectar mentiras não só para policiais, juízes e psicólogos, mas também para recrutadores e profissionais de recursos humanos. Além disso, ele próprio passou a ser requisitado pelas companhias para entrevistar executivos ou analisar processos seletivos, inclusive a distância- todas as entrevistas são filmadas, com a devida permissão dos candidatos. "Cerca de 70% dos currículos contêm alguma mentira. O que precisamos saber é se ela pode prejudicar a empresa, se a pessoa é manipuladora e está criando uma farsa ou se fez aquilo apenas para o próprio ego, sem grandes consequências."

Na opinião de Marcos Aurélio de Abreu Rodrigues e Silva, presidente da empresa de recursos humanos Employer, os profissionais da área sabem que mentiras são contadas em toda entrevista de emprego. O problema, segundo Silva, é saber quais são aceitáveis ou não usando apenas a intuição. "O recrutador pode ficar sempre com um pé atrás e refutar um candidato por supor que ele não está sendo verdadeiro. Com ferramentas mais adequadas, ele tem condições de fazer uma melhor avaliação", diz.

No comando daEmployer, que tem sede em Curitiba e 56 filiais distribuídas pelo Brasil, e ele próprio um ex-aluno de Wanderson Castilho, Silva já matriculou alguns de seus consultores para a próxima turma do curso. "É uma ferramenta a mais para melhorar a triagem e selecionar candidatos que tenham o perfil e as habilidades que a empresa busca", afirma.

Silva ressalta que sua intenção é usar as técnicas para detectar mentiras em entrevistas para cargos técnicos, de nível superior e de média gerência. "A arte de selecionar é o que torna uma empresa grande."

Flagrado nu em cemitério, homem diz que estava tentando flagrar espíritos

Robert Husrt foi acusado de exposição indecente. 'Eu não quis me expor a ninguém', afirmou o suspeito.

A polícia identificou um homem que foi flagrado pelado pelas câmeras de vigilância de um cemitério de Picayune, no estado do Mississippi (EUA). O suspeito Robert T. Hurst, de 47 anos, disse que estava tentando capturar imagens de espíritos, segundo o jornal "Picayune Item".

Husrt foi acusado de exposição indecente. "Eu não quis me expor a ninguém", disse ele.

O cemitério havia instalado as câmeras depois que atos de vandalismo foram registrados no local. No entanto o suspeito disse que não tinha ideia que o cemitério havia sido vítima de vândalos. A Justiça estipulou uma fiança de US$ 500.