terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dominicanos apostam no turismo de cemitério



Orlando Barria | Agência EFE

  • Projeto irá criar rotas de turismo em cemitério histórico
O histórico Cemitério Municipal da Avenida Independência de Santo Domingo será submetido a uma reforma para atrair os milhares de turistas que visitam esta cidade, e também poderão conferir túmulos de escritores, poetas e heróis independentistas deste país caribenho. Construído em 1824, durante a ocupação do Haiti do então lado espanhol da ilha, este cemitério se encontra em um avançado estado de deterioração, com túmulos destruídos e lápides mal sinalizadas, apesar do esforço de seus funcionários, que se empenham em mantê-lo limpo para receber os poucos turistas e estudantes que costumam andar pelo local em datas históricas.
O cemitério, inaugurado no dia 29 de agosto de 1824 e situado na Cidade Nova, abriga chamativas esculturas em mármore branco e que, segundo os historiadores, datam dos séculos 19 e 20 e são originárias da Itália.
Famosos e história - Declarado Patrimônio Histórico em 1987, o cemitério abriga túmulos de poetas, escritores, historiadores, pintores e heróis da Revolução de Abril de 1965, que enfrentou insurgentes dominicanos, fuzileiros americanos e deixou milhares de mortos.
Durante anos, o local também foi morada do patriota e educador porto-riquenho Eugenio María de Hostos e um dos criadores do hino nacional, José Reyes e Emilio Prud'Homme, restos que hoje descansam no Panteão Nacional, situado em Santo Domingo.
Em valas comuns, entre cruzes e lápides, o cemitério também abriga as incontáveis vítimas do furacão que devastou a nação caribenha em 1930, o San Zenón.
Dessa maneira, as autoridades da Prefeitura do Distrito Nacional (DNA) trabalham em um plano para resgatar a imagem desse cemitério como um atrativo ponto turístico.
Patrimônio - O projeto consiste em um levantamento patrimonial histórico do cemitério, construído durante a ocupação do Haiti entre 1822 e 1844, e é comandado pela arquiteta Diana Martínez, que, no entanto, não quer adiantar à imprensa mais detalhes sobre essa reforma.
Segundo o anunciado pelo DNA, a iniciativa busca localizar os túmulos e determinar quais são de caráter histórico para incluí-los na chamada Rota Turística, um projeto unido à Estrada do Coral, que também pretende atrair turistas à cidade de Santo Domingo.

Cemitério tenta serrar caixão para caber em cova e revolta familiares





Familiares de Evanderson Menezes Marques, de 21 anos, lamentam do descaso da administração do cemitério Santo Amaro, em Campo Grande, com o enterro do rapaz neste domingo (23). Conforme a família do rapaz, o caixão era maior do que a cova aberta e funcionários do cemitério tentaram serrar o caixão para que coubesse no túmulo.
Segundo Everton Menezes Marques (35), irmão de Evanderson, após a revolta da família com a situação, a administração do cemitério acabou cedendo outra cova. “Foi uma falta de consideração com a dor da família. Eles acabaram arranjando outra cova com duas gavetas, mas queriam que pagássemos a diferença.”, explica.
Evelin Paula Menezes Marques (28), irmã do rapaz, explica que o enterro só foi realizado duas horas após a chegada do caixão no cemitério. “Um descaso total. Os funcionários foram muito mal preparados para este tipo de situação. Várias pessoas que estavam no local também se revoltaram, só por isso conseguimos um outro túmulo.”, comenta.
Cemitério
A administração do cemitério informou que as sepulturas são padronizadas e que o erro foi da empresa que fez o caixão.
“A funerária mandou o caixão maior que a cova. O tamanho padrão da gaveta é de 2,20m e os caixões medem em média 1,90m, com no máximo 2,10m. Expliquei à família que o erro foi da Pax MS, mas eles estavam transtornados e se quer consideraram isso. Agora eu que vou ter que assumir o prejuízo pelo erro deles.”, explica o auxiliar do cemitério, Marcos da Silva Vargas.
Causa da morte
De acordo com a família, Evanderson morreu em um acidente de trabalho, na usina Agrisul, em Sidrolândia. Ele faleceu por volta das 9h30, enquanto tentava desatolar um caminhão da empresa.
Conforme o boletim de ocorrência, o rapaz teria sido imprensado pelo veículo em um escavadeira. O enfermeiro da empresa teria sido convocado para realizar os primeiro socorros, porém Evanderson já estaria morto.
A família reclama que a empresa não oferecia equipamentos de segurança e treinamento para prevenção de acidentes. “Ele nunca teve um treinamento de segurança no trabalho. A empresa enviou apenas uma assistente social para conversar com a gente e mais nada.”, relatam os pais de Evanderson que preferiram não se identificar.
Eles contam ainda que o filho auxiliava a família com sua renda e estava muito feliz no trabalho. “Era seu primeiro emprego. Ele já tinha feito um curso e disse que iria para Maracaju, onde ia ganhar melhor até.”, conta a mãe de 55 anos.
O falecimento do rapaz foi registrado como morte a esclarecer.
Pax MS
A empresa Pax MS se manifestou na tarde desta segunda-feira (24) sobre o tamanho do caixão adquirido para o enterro de Evanderson Menezes Marques.
A empresa esclarece que ficou responsável apenas por parte do velório e que não teve qualquer tipo de responsabilidade quanto ao tamanho do caixão, que teria sido disponibilizado pela Pax Bom Jesus, de Sidrolândia.
A Pax MS esclarece também que apenas realizou o traslado da família entre o local aonde o corpo foi velado - em Campo Grande, e o cemitério.
Após muita discussão, a administração do cemitério decidiu disponibilizar uma cova maior
(Matéria editada às 15h38 para acréscimo de informações )