Quem chega ao cemitério Jardim Moratense, em Francisco Morato (Grande SP), encontra duas áreas bastante diferentes. local destino a quem não pode pagar por jazigos há mato alto, mau cheiro, restos de roupa e de ossos. Já a área destinada a quem paga tem grama aparada, flores, nomes e fotos nas lápides.
A informação é da reportagem de Bruno Benevides publicada na edição desta quinta-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Na área bem cuidada, o familiar precisa desembolsar R$ 2.390 por um jazigo de quatro andares. Na outra parte, estão os corpos das famílias que não têm como pagar. Para recebê-los, o cemitério ganha até R$ 6.000 por mês da prefeitura. O convênio foi feito porque não há mais vagas no cemitério público.
OUTRO LADO
A administração do cemitério, que faz escavações no terreno para construir novos jazigos pagos, reconheceu os problemas e afirmou que já está tomando providências, como a construção de um muro para impedir a entrada de animais.
O coordenador de gabinete da Prefeitura de Francisco Morato, Antônio Benedito Pereira, disse que o local não era fiscalizado porque nunca houve reclamação.
| Apu Gomes/Folhapress | ||
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| Área do cemitério destinada a quem não paga jazigo tem mato alto, mau cheiro e restos de roupas e ossos |
| Apu Gomes/Folhapress | ||
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| Já a área destinada a quem paga por jazigos tem grama verde e bem cortada, flores e fotos e nomes em lápides |
