quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Como tirar a estratégia do papel

Ex-presidente da Coca-Cola no Brasil participa de evento em Curitiba, onde fala sobre a dificuldade das empresas em colocar o planejamento em prática

Ainda que muitas empresas possuam um planejamento estratégico, a maior parte delas não consegue im­­­­plementá-lo. Essa é a conclusão de uma pesquisa da revista norte-ame­­ricana Forbes, feita com as 500 maio­­res empresas dos Estados Uni­­dos: 84% afirmaram ter uma estratégia, mas apenas 14% disseram que conseguem colocá-la em práti­­ca. Para o argentino Bill Taylor, ex-presidente da Coca-Cola no Brasil, a solução para o problema é a unificação das metas dentro das organizações.
No próximo dia 9 de novembro, Taylor, atualmente consultor empresarial, falará sobre esse tema no Fórum de Marketing e Negócios do Paraná, promovido pelo Grupo Positivo, em Curitiba. Segundo ele, a principal mudança que precisa ocorrer dentro de uma empresa é a convergência dos medidores dos objetivos.
Debates
Festival de Criatividade é novidade
A sexta edição do evento vai contar com uma novidade: o Festival de Criatividade, promovido em parceria com o Clube de Criação do Paraná (CCPR). O participante poderá participar de debates relacionados a temas como criação, redes sociais, produção gráfica, tendências, mídia e planejamento e técnicas de criação e redação. “O Festival surgiu da necessidade do Fórum em se aproximar do público, já que não existia espaço para debates. Através da sistemática que organizamos, o público poderá compreender onde estão as grandes soluções de marketing”, destaca Alexandre Magno, presidente do Clube de Criação do Paraná. O evento ocorre no dia 8 de novembro.
No fim do dia haverá uma mesa redonda com a presença do diretor de marketing da Nike Brasil, Tiago Pinto. O Clube de Criação também fará a entrega do anuário de criação e a premiação das melhores peças publicitárias de 2010.
Michael Porter
Cases do PR serão analisados
A principal atração do Fórum de Marketing e Negócios será o norte-americano Michael Porter, considerado o maior autoridade mundial na área de estratégia competitiva. Autor de 18 best-sellers e inúmeros artigos, Porter fará a palestra “A nova era da estratégia”. Durante a apresentação, o “guru” vai analisar o case de quatro importantes empresas paranaenses: O Boticário, Cocamar, Positivo Informática e Condor.
“Nós resolvemos incluir os cases das empresas daqui para mostrar e valorizar as grandes marcas paranaenses, que são exemplos no país e no mundo. Durante a apresentação, Porter fará comentários sobre as estratégias empresariais do estado”, diz o superintendente corporativo de marketing do Grupo Positivo, Rogério Mainardes. A apresentação dos cases ocorrerá na abertura do evento, no dia 9. Em seguida, em transmissão ao vivo de Nova York, Porter fará a sua apresentação.
“Quanto mais metas individuais, maiores os conflitos. Todos precisam ter o mesmo medidor e incorporar a visão da empresa. Desta forma, os departamentos estarão alinhados”, defende. Na opinião de Taylor, as empresas deveriam adotar seis medidores globais de desempenho. São eles: valor agregado, qualidade, velocidade de resposta, confiabilidade, controle mensal de despesas operacionais e maximização do retorno.
Comunicação
Com 32 anos de carreira, dos quais 23 dedicados à Coca-Cola, Taylor diz que o grande obstáculo na gestão das empresas é a dificuldade em transmitir as diretrizes a funcionários em cargos inferiores. “As companhias espalhadas pelo mundo têm estratégias, mas existe um vácuo entre ter e implantar. Dentro das empresas, acaba que cada departamento funciona como um ilha e age de forma individual. Pou­cas companhias no mundo conseguem implantar com competência seu planejamento”, afirma o consultor, que há 17 anos está radicado em Curitiba.
Segundo Taylor, a situação no Bra­­sil é ainda pior do que no resto do mundo, apesar dos avanços recentes. “A tradição de estratégia nos Es­­­­tados Unidos é mais antiga. Mas o brasileiro é um povo jovem que quer aprender. O país vive um mo­­mento espetacular e a situação es­­tá mudando rapidamente por aqui”, diz.
Fórum
A programação do Fórum conta ain­­da com uma série de palestras voltada para a apresentação de propostas, ideias e projetos na área de estratégia, temática central desta edição do evento. Além de Tay­­lor, também estão confirmadas as presenças do diretor de marketing da Rede Globo, Anco Saraiva, e do diretor on-line da Google para América Latina, John Ploumitsakos.
O superintendente corporativo de marketing do Grupo Positivo, Ro­­­­gério Mainardes, ressalta que o Fó­­­­rum consegue propor soluções de pontos de vista diferentes. “Nós te­­re­­mos palestra sobre a estratégia da maior rede de comunicação de mas­­­sa (Rede Globo), assim como de quem trabalha com comunicação segmentada (Google). Ou seja, o pú­­blico poderá verificar que um meio pode complementar o outro e que as estratégias precisam ser revistas.”

Serviço:
O Fórum de Marketing e Negócios do Paraná ocorre na Universidade Positivo nos dias 8 e 9 de novembro, das 8h30 às 18h30.
Mais informações pelo telefone (41) 3373-3330 ou no site http://www.forumdemarketing.com.br/.

Vamos passear no Cemitério

/Pesquisadora afirma que o Cemitério Municipal de Curitiba tem potencial para se transformar em ponto turístico

“Com a mão esquerda no bolso da calça, o jovem deixa entrever seu colete, rico em detalhes. Na mão direita, apoiada sobre a perna semiflexionada, um livro entreaberto, sinal de seu gosto pelos estudos e o desejo de aprofundá-los.” A descrição da estátua de bronze em tamanho natural, 1,88 metro de altura, feita pelo escultor italiano Alberto Bazzoni, está no livro Um olhar... A arte no silêncio, de Clarissa Grassi. De acordo com o livro, o famoso pesquisador e crítico Clarival do Prado Valladares considerou a escultura a mais significativa de todo o conjunto de obras do Cemitério São Francisco de Paula, também conhecido como Cemitério Municipal de Curitiba. Para ela, o local tem um grande potencial cultural, artístico e histórico para se transformar em um novo ponto turístico da capital.

“É um museu a céu aberto. Podemos entender o ciclo econômico e migratório da cidade. Pelas fotos é possível descobrir sobre a moda em diferentes épocas e ainda acompanhar a tendência artística e arquitetônica através da arte tumular”, diz a autora do livro lançado em 2006, quando o cemitério completava 150 anos e que traz fotos e informações sobre 54 esculturas.

A opinião de Clarissa, que atualmente é vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, é reforçada pelo projeto desenvolvido pela ex-acadêmica de Turismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Luciane Spader. “O cemitério é uma espécie de síntese da história curitibana”, considera.

Em seu trabalho, a turismóloga sugere um roteiro para visitação com 40 atrações que valorizam a história e a cultura local, identificando e caracterizando a simbologia, a arquitetura, o paisagismo e os ilustres sepultados. Além dos mortos da Revolução Federalista de 1894, o cemitério abriga o túmulo da heroína e mártir da crença popular, Maria Bueno, um dos mais visitados, e pelos menos outras 30 personalidades identificadas pela administração do próprio cemitério. Os mausoléus não revelam apenas os estilos arquitetônicos de diferentes épocas, também simbolizam os marcos da prosperidade da cidade durante o ciclo da erva-mate.

A respeito da organização espacial do cemitério, a pesquisa de Luciana também revelou uma relação com a cidade dos vivos. O trabalho relata o projeto de reestruturação do cemitério realizado pela Assessoria de Projetos Estratégicos da Prefeitura, sob a coordenação do arquiteto Fernando Popp, que se baseou nos princípios de planejamento urbano adotados em Curitiba, desde a década de 70, para readequar o local.

Na arquitetura, o cemitério também reflete o estilo eclético e sem tendência dominante da capital. Segundo o estudo de Luciana, os mausoléus que chamam mais atenção são os das primeiras décadas do século 20, refletindo uma cidade em franca expansão. As capelas e estátuas em estilo art nouveau – com estrutura floreada e inspirada na natureza – e art déco – de construção mais linear e geométrica – se destacam, assim como as influências greco-romanas ou mesmo egípcias. “Mudando o olhar para um lugar tratado como mórbido, o Cemitério São Francisco de Paula pode ser atraente e com riquíssima história, demonstrando curiosidades existentes desde o momento de sua construção”, conclui o trabalho.

Visitação é comum em outros países
Apesar de exemplos brasileiros como o Cemitério da Consolação, em São Paulo, e o Cemitério São João Baptista no Rio de Janeiro, a exploração turística desses lugares não é uma tradição como em países europeus ou mesmo da América Latina. “Aqui a mentalidade é outra. Ainda relacionamos a morte ao sofrimento e ao luto”, diz a vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais, Clarissa Grassi.

Na Europa, um dos mais visitados é o Pére Lachaise, em Paris. Anualmente o local recebe 2 milhões de pessoas interessadas no túmulo de celebridades como Allan Kardec, criador do espiritismo, ou ainda do roqueiro Jim Morrison, vocalista da banda The Doors. Na cidade colombiana de Medellínn, o cemitério foi transformado em patrimônio cultural, onde são realizados shows pirotécnicos em noites de lua cheia. No espaço também acontece exposição de fotos e até concurso de arranjos florais, segundo Clarissa.

Para a turismóloga Luciane Spader, este tipo de turismo vem crescendo e ganhando importância, a ponto de serem organizadas viagens e excursões com objetivo exclusivo de conhecer cemitérios. Em alguns casos, inclusive, os cemitérios mais famosos criaram tours virtuais, para divulgar acervo artístico, cultural e histórico desses lugares pela internet.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Serviço:

Um olhar... A Arte no Silêncio, de Clarissa Grassi, R$ 60, na Livraria do Paço.

Confira alguns sites sugeridos pela autora para fazer uma visita virtual:

Itália (http://www.certosadibologna.it);
Argentina (http://www.cementeriorecoleta.com.ar);
Colômbia (http://www.cementeriosanpedro.org.co);
Chile (http://www.cementeriogeneral.cl);
Estados Unidos (http://www.arlingtoncemetery.mil);
Paris (http://www.pere-lachaise.com/)

Coveiro: uma profissão de arrepiar

Hoje é comemorado o Dia de Finados, os floricultores comemoram e  os cemitérios ficam lotados de pessoas e de sentimentos, divididos entre saudade e tristeza.
Para uma profissão em especial o dia de finados não se resume a 2 de novembro, mas sim ao ano todo. Os coveiros são os responsáveis por preparar as covas onde serão enterrados os falecidos e fazer a exumação de restos mortais. Seu local de trabalho é um cemitério, sua companhia consiste em além de cadáveres, baratas e escorpiões.
Esses são alguns dos motivos que fazem com que os coveiros sejam conhecidos com "Administradores de Cemitério"  e também  com que muitas pessoas tenham uma opinião em comum: é uma profissão de causar arrepios.
Como toda profissão os coveiros tem suas normas, uma das principais é não demonstrar sentimentos. Apesar de cavar, preparar as covas e baixar os corpos ser uma papel de protagonista em um enterro, os coveiros devem permanecer "invisíveis" respeitando e ficando indiferente a dor e a tristeza dos presentes.
O Ribeirão Preto Online conversou com o  coveiro Nilton César,  que trabalha no cemitério da Avenida Saudade há 2 anos e meio, e ele nos falou o dia a dia da sua profissão.
Nilton contou que trabalha da 7h às 18h tirando medidas e cavando valas para os caixões, quando há enterros, ele reboca o túmulo e desce os corpos. Ele ainda ressaltou que a parte mais difícil do trabalho é a exumação de corpo,feita depois de 3 anos do falecimento o trabalho consciste em abrir o caixão, retirar os restos mortais e colocar em uma urna. “ A gente fica exumando as covas e recolhemos ossos com cabelo e tudo, os cabelos e os dentes ficam intactos” disse.
Ele ainda contou, que apesar do medo das pessoas em relação aos cemitérios, nunca ocorreu nada de incomum ou perigoso no trabalho. “ Eu nunca vi nada estranho e não soube de nenhum caso de roubo ou invasão desde que estou aqui”.
Hoje, quando muitas pessoas visitam os cemitérios prestando homenagens aos falecidos, coveiros como Nilton César se preparam para quarta feira,  quando o cemitério deixa de ser um lugar de homenagens para voltar a ser o seu local de trabalho.

Funerais criativos e personalizados ganham espaço na Alemanha

Em 1º de novembro, os alemães cultuam seus mortos. Novas tendências tendem a revolucionar o ritual fúnebre no país. Música pop, dança, cores, enterros em bosques, internet: tudo é válido para personalizar o luto.

 

Os alemães não celebram seus mortos em 2 de novembro, Dia de Finados, como no Brasil, mas sim na véspera, Dia de Todos os Santos. E a cada ano se registram mudanças que apontam para uma renovação da cultura funerária no país.
Rito pessoal e intransferível
Muitos dos que se dedicam ao negócio com as pompas fúnebres não se conformam com um panorama de terra opaca e pedras cinzentas, considerando, por exemplo, prados cheios de cor e fontes de águas cintilantes como locações bem mais dignas para o último descanso.
No instituto Pütz-Roth, na cidade de Bergisch-Gladbach, Fritz Roth transformou em realidade alguns desses desejos. Há 26 anos, o economista de profissão assumiu o local nas cercanias de Colônia, e há quatro anos criou a primeira funerária privada com locais dedicados à meditação, fontes, um muro de lamentações e sepulturas para urnas, projetadas segundo os desejos dos clientes. Atualmente, mais de mil pessoas estão enterradas no parque funerário na Renânia do Norte-Vestfália.
Em vez de deixar tudo em mãos do agente funerário, os familiares contam assim com o espaço adequado e o tempo suficiente para a forma de luto mais adequada. Os falecidos podem ser velados pelo período que lhes convier, o que pode ser, digamos, duas semanas em vez dos usuais quatro ou cinco dias.
Lugar para a vida
"O mais importante é que aqui não são os mortos a ocupar o primeiro plano, mas sim aqueles que têm que seguir vivendo com a perda de um ente querido. Inspiro-me no pensamento da poeta judia alemã Mascha Kaléko, que expressou isso de forma maravilhosa; 'Só se morre a própria morte. A dos demais, tem-se que viver'", cita Roth.
Sua aspiração é que os pranteadores "tomem a morte nas mãos", encontrando assim a coragem necessária para enfrentar a perda de uma pessoa próxima. "Luto é amor", acentua, "e isso é o que os familiares dos falecidos devem sentir aqui".
Na singular empresa de Roth, urnas e caixões podem ser pintados de todas as cores. Também na hora de conceber a cerimônia fúnebre, a criatividade é bem-vinda: em vez das tradicionais flores, roupa negra e discurso solene do pastor, pode haver música pop e dança e comentários improvisados, segundo o gosto e as necessidades de cada família.
Durante muito tempo, Fritz Roth foi considerado o enfant terrible da indústria funerária alemã. Hoje, porém, cada vez mais firmas seguem seu exemplo, distanciando-se das tradições nacionais e buscando formas originais para o último adeus. Alexander Helbach, da iniciativa Aeternitas, dedicada à defesa os direitos dos consumidores junto à indústria funerária, comenta:
"É notável esta nova tendência em direção a rituais com elementos que se nutrem de diversas culturas. As cerimônias não observam uma ordem tão estrita como na tradição cristã. Escuta-se menos música sacra e cada vez mais pop ou rock. Também se difunde o costume de soltar no ar balões de gás, após as pompas fúnebres".
O fim do papa-defunto
Kerstin Gernig, da Confederação dos Agentes Funerários Alemães, a que pertencem cerca de 3.500 institutos, dá uma dimensão da reviravolta cultural no setor: dos 840 mil funerais realizados a cada ano na Alemanha, cerca da metade são cremações; e nos cemitérios do país é também cada vez maior o número de columbários e de sepulturas em prados e em árvores.
Já chega a 100 o número dos friedwälder na Alemanha – bosques funerários anônimos, onde as cinzas dos mortos são simplesmente espalhadas ao pé das árvores. Acima de tudo, "os agentes funerários não são mais papa-defuntos: eles se entendem como modernos prestadores de serviços", comenta Gernig.
Helbach, da Aeternitas, acredita que as cerimônias mortuárias sejam um reflexo de outros aspectos da sociedade. "Vemos que a classe média desaparece, e assim se busca o barato e o simples". O que não significa que predominem as pompas mais econômicas: em geral, os 5 mil agentes do país ganham muito bem com o negócio. Quem enfrenta dificuldades com a multiplicação das alternativas são os administradores dos cemitérios convencionais.
Funerais com criatividadeBildunterschrift: Funerais com criatividade
Luto virtual
E enquanto os mausoléus perdem importância para as novas gerações, o luto ganha uma nova plataforma: a internet. Sites como o www.emorial.de permitem expressar a dor pessoal, tanto pelos próprios entes queridos como por VIPs como Martinho Lutero, Tony Curtis ou Jeanne-Claude (par do artista plástico Christo).
"É um bom complemento para uma sepultura, mas não a substitui", ressalva Alexander Helbach. Fritz Roth concorda, embora há anos ofereça a possibilidade de visitas virtuais ao cemitério. Em seu site, podem-se acender velas virtuais e redigir epitáfios, comentários e recordações para os que se foram.
"Assim como o amor é criativo, a dor também pode sê-lo, permitindo distanciar o fúnebre do obscuro. Dessa maneira, a cerimônia para os mortos se converte em celebração da vida" conclui o empresário de Bergisch Gladbach.
Autoria: S. Damaschke / E. López / A. Valente
Revisão: Roselaine Wandscheer

Fungo Pós-Putrefação (PPF) e fungos amoniacais (AF):

Crescimento de fungos em cadáveres em decomposição abandonados sobre o solo:
Cadáveres humanos e/ou animal abandonados sobre o solo se decompõe rápidamente. Por exemplo, nas estações quentes do Japão, em que temperaturas elevadas (acima de 25°C), um cadáver pode sofrer um decomposição significante em 10 dias, deixando principalmente ossos e cabelos. Imediatamente após este estágio de decomposição, próximo a esqueletização, ocorre uma fase zigomiceto: Mucor spp e/ou Rhopalomyces strangulatus nos restos mortais e em sua volta sobre o solo. Estes fungos não aparecem em solo tratado com uréia, portanto são classificados como fungos pós-putrefação (PPF) e não fungos amoniacais (AF). O aparecimento de R.strangulatus nos restos cadavéricos sobre o solo é acompanhado por um forte cheiro de carcaça apodrecida. A partir deste ponto, sucessão do fungo torna-se semelhante aos fungos que se desenvolvem em solos tratados com uréia, apresentando matriz semelhante as espécies frutíferas. Contudo, algumas espécies que não pertencem aos fungos amoniacais, como Scutellinia scutellata e Glamus pubescens, podem juntar-se a esta sucessão, como as observadas após o experimento realizado em campo. As mudanças do solo no local onde os cadáveres se decompuseram eram similar as tratadas com uréia. A mudança de cor para preto nos humos é freqüentemente misturada ao óleo ou gordura, mas devido ao fato da alcalinidade da amônia ou aminas.
Crescimento de fungos em cadáveres em decomposição enterrados:
A primeira fase da sucessão dos fungos amoniacais não é observada, a menos que o enterro tenha sido muito raso. Isto porque a primeira fase requer húmus como substrato e porque seu pseudorriza não se desenvolve, crescendo para fora do solo profundo. A cova rasa do cadáver de um mamífero, com uma cobertura de solo, por exemplo, menor que 10cm, daria origem a mais fungos amoniacais de ultima fase. Sobre uma cova funda, talvez maior que 20 cm, só estas espécies pode responder a recuperação, incluindo raízes de plantas em solos profundos e desenvolvimento de pseudorrizas, por exemplo, Hebeloma radicosoides ou H.danicum. Este fenômeno tem raízes na cultura popular e na America do norte, Hebeloma syrjense (que pode ser coespecífico com Hebeloma danicum, sendo conhecido como o identificador de cadáveres, onde parece não haver outros artigos sobre o desenvolvimento de fungos em corpos humanos enterrados. Embora não haja data na literatura em que esteja relacionada claramente com a biologia moderna.
Na vegetação não ectomirrizoides, a ultima fase é raramente observada, porque as espécies não ectomicorrizoides são raras entre os fungos de ultima fase. O tecido adiposo fica algum tempo no solo como adipocera, que possibilita auxiliar como barreira na ação de invertebrados e micróbios de solos profundos.
Crescimento de fungos sobre o solos com excrementos em decomposição:
A partir de alguns dados avaliados, é claro que excrementos humanos como fezes e urina produzem alguns fungos amoniacais, pois a sucessão fungica desenvolvidas nesse solo é parecida com as que se desenvolvem em solos tratados com uréia, embora o número de espécies encontradas em um local particular é baixo. Os guaxinins (Nyctereutes procyonoides) marcam latrinas na floresta ocupando uma área de 0,5m2 ou menor. Aqui eles urinam e defecam repetidas vezes por vários anos. Tal local possibilita a produção de fungos amoniacais, mas usualmente carece de observar fungos de primeira fase em solos tratados com uréia para haver comparação entre ambos. Isto porque as excretas depositadas são repetidas. Em vez disso, alguns poucos fungos não amoniacais, por exemplo, Mucor spp e Ascobolus spp podem aparecer nas fezes delas mesmas.
A localização do local onde o excremento foi depositado e a identificação do animal que depositou o excremento são difíceis. Embora uma mudança de cor no solo, descrito anteriormente, pode ser notada. Devido estas dificuldades, muitos registros de fungos amoniacais de locais não experimentais teria sido ignorado, embora ele certamente indicasse a presença de excreção.
Desenvolvimento de fungos em solos com excrementos em decomposição enterrados:
Informações dos excrementos enterrados é disparate com alguns dados disponíveis sobre excrementos humanos enterrados, nos ninhos de vespas, nos dejetos de toupeiras, de musaranho e de dejetos de ratos do mato. Similarmente com cadáveres enterrados, estes locais são caracterizados pelo crescimento de raízes profundas de fungos ectorrizoides do gênero Hebeloma, onde também surgem na sucessão que pertence aos grupos de fungos de fase inicial (Primeira fase) de fungos amoniacais. A principal fonte de amônia, no caso de ninhos de vespas e a presença de ácido úrico contidas nas pelotas fecais excretadas pelas larvas das vespas.
Hebeloma radicosum – desenvolvem-se exclusivamente nos dejetos de topeiras (Talpidae), dejetos de musaranho (Talpidae) e nos dejetos dos ratos do mato (Muridae: Apodemus) sobre o solo é um fungo não-amoniacal. Esses fungos nunca seriam encontrados em outros substratos ou após alguns experimentos em solos tratados, pois esta reação seria mais uma proposta para uso do termo fungos pós-putrefação (PPF).

Maníaco retira cadáver do tumulo após três dias de sepultamento

Maníaco retira cadáver do tumulo após três dias de sepultamento


A Polícia Militar de Santo Antônio do Sudoeste, cidade que fica a 35 quilômetros de Dionísio Cerqueira, foi chamada para atender uma ocorrência inusitada. Chegando ao cemitério, a PM encontrou violado o túmulo onde estava sepultado o corpo de NILVA PRADO, de 54 anos. Ela morreu de ataque cardíaco dia 27 de outubro.
Cemitério (imagem ilustrativa)O cadáver estava fora da sepultura, sem roupas e a quatro metros do túmulo. A Polícia Científica removeu o cadáver para o Instituto Médico Legal, para laudos periciais. O corpo apresentava sinais de violência sexual. NILVA PRADO, de 54 anos, foi sepultada na quinta-feira, e o corpo foi encontrado fora do túmulo no domingo, no Cemitério de Santo Antônio do Sudoeste. Três dias depois do sepultamento, o túmulo foi violado e o corpo arrastado por cerca de quatro metros, apresentando indícios de violência sexual. Apenas a perícia do Instituto Médico Legal poderá revelar se houve abuso sexual, mas a vítima estava com as vestes rasgadas, afirma o delegado CARLOS TATESUDI. O cemitério fica no alto de um morro, isolado da cidade, e não é cercado por muros ou cercas. Também não conta com nenhum guardião durante as noites, e não há nenhum morador nas redondezas.


Marcelo Saldanha
Rede Peperi