sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Dois dos 20 cemitérios do Alto Tietê estão contaminados por necrochorume, aponta Cetesb

Cemitério são João Batista, em Suzano, e de Sabaúna, em Mogi das Cruzes, têm lençóis freáticos contaminados. 

 Cemitério do Raffo recebeu melhorias da Prefeitura (Foto: Wanderley Costa/Secop Suzano) Cemitério do Raffo recebeu melhorias da Prefeitura (Foto: Wanderley Costa/Secop Suzano)



Cemitério do Raffo recebeu melhorias da Prefeitura (Foto: Wanderley Costa/Secop Suzano)

Um estudo ambiental solicitado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), mostra que dois dos 20 cemitérios da região do Alto Tietê estão contaminados. Outros dois tiveram estudos ambientais solicitados pela companhia, mas que ainda não foram concluídos pelas administrações municipais.
Os cemitérios São João Batista, conhecido como cemitério do Raffo, em Suzano, e o de Sabaúna, em Mogi das Cruzes, tiveram os lençois freáticos contaminados pelo necrochorume, um líquido proveniente da decomposição dos corpos. Além desse, laudos de dois cemitérios foram solicitados à Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Os três municípios realizaram, de janeiro a setembro deste ano, 4.429 sepultamentos.
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), por meio das resoluções de número 335/2003 e 368/2006, estabeleceu critérios para a implantação de cemitérios, visando proteger os lençóis freáticos da infiltração do necrochorume, e impôs um prazo para que os cemitérios já implantados se adequassem às novas regras. Com base nessas determinações, a Cetesb efetuou um levantamento dos cemitérios públicos e privados em funcionamento no Estado de São Paulo e promoveu a avaliação das condições ambientais desses empreendimentos.
O pedido de análise das unidades foi feito pela Cetesb às administrações municipais em 2014. Os cemitérios foram selecionados depois da avaliação de critérios, como profundidade do lençol freático, proximidade de corpos d'água e o porte do município. Além disso, apenas cemitérios construídos antes de 2002 estão na lista. Na época, receberam a solicitação, o cemitério de Sabaúna, em Mogi das Cruzes; Cambiri e Saudade, em Ferraz de Vasconcelos e São João Batista, em Suzano.
Cemitério de Sabaúna, em Mogi das Cruzes (Foto: Pedro Carlos Leite/G1) Cemitério de Sabaúna, em Mogi das Cruzes (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Cemitério de Sabaúna, em Mogi das Cruzes (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

Segundo a Cetesb, a contaminação de águas subterrâneas por necrochorume é comum em cemitérios antigos, que foram construídos sem critérios ambientais. É o caso do cemitério de Sabaúna, por exemplo, inaugurado em 1930 com capacidade para 400 sepulturas. De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, o último laudo técnico ambiental é de 2015. No cemitério de Sabaúna foi detectada a contaminação. A administração municipal informou que está desenvolvendo trabalhos de investigação.
Com relação à utilização do cemitério, a administração municipal informou que, mantidas as caracteríssticas atuais de utilização, a vida útil dos cemitérios é infinita, uma vez que as sepulturas provisórias têm utilização de 36 meses por pessoa enterrada. Depois é feita a remoção dos restos mortais.
Já em Suzano, o cemitério São João Batista iniciou as atividades em 1977, com capacidade para 12 mil sepulturas. O último laudo técnico também foi feito em 2015 e o estudo ambiental está sendo analisado pela administração municipal.
A Prefeitura de Suzano informou que está trabalhando em conjunto com a Cetesb para buscar soluções em relação ao impacto ambiental encontrado em uma área do cemitério São João Batista. Segundo a administração, por ser um problema antigo, já que a unidade foi implantada há aproximadamente 40 anos sem a observância de normas ambientais, a atual administração municipal está tomando as providências conforme as orientações da Cetesb.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a primeira etapa deste processo já foi concluída e é a chamada "investigação confirmatória". Este estudo constatou a existência de um impacto ambiental na área de uma quadra do cemitério.
Por isso, de maneira preventiva, a quadra em questão teve os sepultamentos suspensos, além da exumação dos inumados temporários e alocação dos inumados perpétuos para nova área. Esta informação foi compartilhada com a Cetesb.
A secretaria destacou que a segunda etapa, chamada de "investigação detalhada" vai determinar a causa e a extensão deste impacto. Esta fase já está em processo burocrático. O trâmite exige análise de documentação, elaboração e aprovação do plano de ação.
A pasta já priorizou estes procedimentos para que as análises sejam executadas e os resultados sejam avaliados o mais breve possível, para posterior providências de recuperação, se necessário, conforme o grau de comprometimento.
No caso de Ferraz de Vasconcelos, o relatório foi solicitado para os dois cemitérios públicos: Saudade e Cambiri. O da Saudade é o mais antigo, foi fundado na década de 50 e tem capacidade para mil sepulturas. Já no Cambiri, fundado na década de 60, são 5 mil jazigos. Segundo a Prefeitura, o processo de licitação para contratar a empresa que fará o estudo ambiental de contaminação ainda está tramitando. Ainda de acordo com a administração municipal, os dois cemitérios têm vida útil para os próximos 10 ou 20 anos.
A Cetesb esclarece que a recuperação de águas subterrâneas consiste, geralmente, na extração do líquido contaminado, seguindo-se o tratamento para remover os contaminantes. Se o problema for no solo, normalmente, este é removido e substituído.
A Companhia diz ainda que, caso não se constate a existência da poluição, o empreendimento deverá manter os cuidados preventivos, como a manutenção adequada dos sistemas de drenagem, impermeabilização adequada do solo e monitoramento periódico das águas subterrâneas.

 

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Grande Florianópolis ganha novo cemitério-jardim

Localizado em Águas Mornas, o Cemitério Parque da Colina inaugura nesta semana, no Dia de Finados, 2 de novembro.


Divulgação - assessoria de imprensa
Grande Florianópolis ganha novo cemitério-jardim

O empreendimento tem 54.463 m² e contará com 5.000 jazigos. Com uma área de 10.632 m² de preservação permanente, o cemitério tem amplas alamedas e locais de meditação. Nessa quinta-feira haverá uma solenidade de benção, às 10h.
Florianópolis é a capital do Sul e Sudeste do Brasil que mais cresceu entre 2016 e 2017, com um aumento de 1,68%, enquanto que o Brasil cresceu 0,77%, segundo estimativa divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no último dia 30. A região da Grande Florianópolis atrai pessoas em busca de melhor qualidade de vida, com seu IDH – Índice de Desenvolvimento Humano maior que as principais capitais do País. O resultado disso é uma população de 1.014.108 de habitantes, atualmente.
Se levarmos em consideração a calamidade em que se encontram os cemitérios públicos e a falta de vagas, assunto recorrente na mídia, percebemos um alarmante problema. Nenhum cemitério foi construído na Grande Florianópolis nos últimos 20 anos e os cemitérios públicos estão praticamente todos lotados. A inauguração doCemitério Parque da Colina de Águas Mornas vem em um momento propício, quando a situação se torna emergencial.
Além de proporcionar o contato direto com a natureza, o cemitério investe em tecnologia de ponta para a segurança e conforto dos clientes, com infraestrutura e serviços exclusivos para prestar auxílio personalizado às famílias enlutadas. Com capacidade para 5.000 jazigos, o Parque da Colina contará com capela ecumênica, salas de velório, funerária, floricultura, cafeteria, brinquedoteca, salas de descanso, salas High-Tech, apoio humanizado, estacionamento, carros elétricos para portadores de necessidades especiais e portaria 24 horas.
Localizado em Águas Mornas, com acesso pela BR-282, o Parque da Colina fica a menos de 30 minutos da Capital, podendo atender a população no entorno de até 50 km, ou seja, toda a Grande Florianópolis. A inauguração está prevista para este ano.

Cemitérios Municipais têm programação especial no Dia de Finados


30/10/2017 11:40:00


principal
Mais de 100 mil pessoas deverão participar das missas, solenidades religiosas e manifestações ecumênicas durante o feriado de Dia de Finados, na próxima quinta-feira (2/11). A expectativa é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que está concluindo nessa segunda-feira (30/10) as últimas manutenções os cincos cemitérios municipais da cidade.
No feriado, haverá programação nos cemitérios municipais São Francisco de Paula (no bairro São Francisco), Água Verde, Boqueirão e Santa Cândida, que terá horários especiais para visitação. Os portões principais dos cemitérios permanecerão abertos das 7h às 18h e os laterais, das 7h às 17h45h. Este será o mesmo hoário na véspera do feriado (01/11), quando também há um um aumento na movimentação de pessoas.
Servidores do Departamento de Serviços Especiais, responsável pelos cemitérios, estarão à disposição para o atendimento aos visitantes, que em sua maioria busca a localização de túmulos. A Prefeitura avisa que os serviços de velórios e sepultamentos permanecem normais.
Confira a programação*:
Cemitério Municipal São Francisco de Paula
10h - Santa Missa presidida pelo Bispo Auxiliar Dom Francisco Cota
15h - Santa Missa presidida pelo Bispo Auxiliar Dom Amilton Manuel, do Centro Pastoral Nossa Senhora da Luz dos Pinhais - Arquidiocese de Curitiba.
15h - Cerimônia de oração pelas famílias enlutadas, conduzida integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus.

Cemitério Municipal Água Verde
09h - Adoração ao Santíssimo Sacramento.
10h - Santa Missa, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo.
Período da manhã - Prece ecumênica da Igreja Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo.
15h - Cerimônia de oração pelas famílias enlutadas, pelos integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus.
Cemitério Municipal Boqueirão
09h - Santa Missa celebrada pelo Padre da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias.
12h - Santa Missa celebrada pelo Padre da Paróquia Nossa Senhora da Paz
15h - Santa Missa celebrada pelo Padre do Santuário Nossa Senhora do Carmo.
Período da manhã - Prece ecumênica da Igreja Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo.
15h - Cerimônia de oração pelas famílias enlutadas, pelos integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus.
9h às 12h - Distribuição de panfletos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon).
Cemitério Municipal Santa Cândida
9h às 16h - Teatro e música com integrantes da 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular.
15h - Cerimônia de oração pelas famílias enlutadas, pelos integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus.
8h às 18h - Carrinhos com publicações bíblicas e distribuição de revistas dos Testemunhas de Jeová.
*Horários informados são de responsabilidade dos organizadores, pode haver alterações sem aviso prévio.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Top 10 Cemeteries to Visit

https://www.nationalgeographic.com/travel/top-10/cemeteries/

Top 10 Things to Know About the Day of the Dead

https://www.nationalgeographic.com/travel/destinations/north-america/mexico/top-ten-day-of-dead-mexico/

Vaticano dita normas para sepultamento de mortos, cremação e conservação de cinzas Por Álvaro de Juana

VATICANO, 25 Out. 16 / 12:00 pm (ACI).- 

O Vaticano apresentou um documento sobre o sepultamento de defuntos e a conservação de cinzas em caso de cremação, elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo Cardeal Gerhard Müller.

Com estas novas normas incluídas na instrução intitulada Ad resurgendum cum Christo se proíbe algumas práticas amplamente difundidas na atualidade entre os católicos, como a conservação das cinzas no lar, jogar as cinzas do defunto no mar ou usá-las para fazer lembrancinhas.
 
A cremação é lícita e as cinzas devem ser conservadas em um lugar sagrado

A Igreja estabelece agora que “onde por razões de tipo higiênico, econômico ou social se escolhe a cremação; escolha que não deve ser contrária à vontade explícita ou razoavelmente presumível do fiel defunto, a Igreja não vê razões doutrinais para impedir tal práxis; uma vez que a cremação do cadáver não toca o espírito e não impede à onipotência divina de ressuscitar o corpo. Por isso, tal fato, não implica uma razão objetiva que negue a doutrina cristã sobre a imortalidade da alma e da ressurreição dos corpos”.

O texto indica que “a Igreja continua a preferir a sepultura dos corpos uma vez que assim se evidencia uma estima maior pelos defuntos; todavia, a cremação não é proibida, ‘a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã’”.

As cinzas, estabelece o texto, “devem ser conservadas, por norma, em um lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou em um lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica”.

A instrução estabelece que “a conservação das cinzas em um lugar sagrado pode contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã. Por outro lado, deste modo, se evita a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas”.
 
Não se pode conservar as cinzas no lar

A Congregação para a Doutrina da Fé assinala que está totalmente proibida “a conservação das cinzas em casa”. “Somente em casos de circunstâncias graves e excepcionais, dependendo das condições culturais de carácter local, o Ordinário, de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa”.
“As cinzas, no entanto, não podem ser dividias entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas”, diz também.
 
Não se pode dispersar as cinzas

O Papa Francisco também aprovou que “para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não seja permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos, tendo presente que para tal modo de proceder não podem ser adotadas razões de ordem higiênica, social ou econômica a motivar a escolha da cremação”.
 
Por que essas proibições?

“Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou em um lugar sagrado”.

 O texto recorda que em 1963, a Santa Sé estabeleceu que “seja fielmente conservado o costume de enterrar os cadáveres dos fiéis”, mas “acrescentando, ainda, que a cremação não é ‘em si mesma contrária à religião cristã’. Mais ainda, afirmava que não devem ser negados os sacramentos e as exéquias àqueles que pediram para ser cremados, na condição de que tal escolha não seja querida ‘como a negação dos dogmas cristãos, ou num espírito sectário, ou ainda, por ódio contra a religião católica e à Igreja’”.

Entretanto, a Congregação para a Doutrina da Fé destaca que “a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas Nações” e “difundem-se, também, novas ideias contrastantes com a fé da Igreja”.

O Vaticano também recorda que “a inumação é, antes de mais, a forma mais idônea para exprimir a fé e a esperança na ressurreição corporal”.
“Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne, e deseja colocar em relevo a grande dignidade do corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo compartilha a história”.

A Igreja adverte, portanto, que “não pode permitir comportamentos e ritos que envolvam concepções errôneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa; seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma etapa no processo da reencarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da ‘prisão’ do corpo”.

Inside One of the World’s Most Colorful Cemeteries

https://www.nationalgeographic.com/travel/destinations/north-america/guatemala/chichicastenango-maya-cemetery/

Sepultar animais de estimação em terrenos de cemitério?

https://youtu.be/-avQpgl4If8

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Instituição financeira leiloa gavetas para sepultamento, veículos e terrenos no Paraná

A Fomento Paraná promove no dia 7 de novembro um leilão presencial em que ofertará itens que vão desde veículos a gavetas para sepultamento. Segundo a Fomento, instituição financeira do governo do Paraná, os bens são decorrentes de procedimento de cobrança administrativa ou judicial.

Entre os bens disponíveis estão dez gavetas para sepultamento (lóculos) em Curitiba do Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, um terreno urbano de 3.128 metros quadrados em Ponta Grossa, e lotes rurais em São Jorge do Patrocínio, no Noroeste paranaense.

Há ainda um VW Parati-1986 e um GM/Opala Comodoro SL/E 3.1-1987/1988, além de um caminhão trator Volvo (NL10 340 4X2).
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É possível consultar os detalhes de cada item aqui. Interessados podem ainda visitar e vistoriar os lotes até 24 horas antes da realização do certame. O agendamento pode ser feito pelo número (41) 3235-7632.

O leilão será presencial, pelo maior lance de cada lote, e irá ocorrer a partir das 14h30 do dia 7 de novembro, na sede da Fomento (Rua Vicente Machado, 445, 17º andar, Centro, Curitiba). O pagamento pelos lotes arrematados deverá ser feito à vista, em até 48 horas após a arrematação, por meio de boleto bancário, segundo a instituição.

Com nova sede em construção, IML acumula cadáveres em gavetas

acumula cadáveres em gavetas

  • Por Felippe Aníbal - Gazeta do Povo
Nova sede do IML deve ser entregue para o governo ainda em outubro. Foto: Jonathan Campos.
Nova sede do IML deve ser entregue para o governo ainda em outubro. Foto: Jonathan Campos.
O Instituto Médico-Legal (IML) voltou a enfrentar um problema que tem sido recorrente ao longo dos últimos anos: o acúmulo de cadáveres nas gavetas e câmaras frias da unidade. Enquanto isso, as obras da nova sede da Polícia Científica – a quem o IML está vinculado – estão atrasadas em três anos , mas agora entraram em fase final. A expectativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) é de que o prédio seja inaugurado ainda em 2017. As obras foram iniciadas em 2013.

Atualmente, 109 corpos são mantidos no IML de Curitiba. Destes, 69 estão em gavetas individuais. O restante foi empilhado em uma câmara fria. A maioria – cerca de 80 – diz respeito a cadáveres que não foram identificados ou reclamados por familiares. Por isso, a Justiça precisa autorizar as inumações – o sepultamento como indigentes.

O problema veio à tona na última semana, depois que o deputado estadual Rubens Recalcatti (PSD) visitou a Polícia Científica e constatou a “superlotação” de cadáveres nas dependências do IML. “É um absurdo, um horror. Na câmara fria, tem dezenas de cadáveres ensacados, empilhados. Tem cadáver que está ali desde 2014”, disse o deputado, que é delegado da Polícia Civil.

O acúmulo de corpos provocou a reação do Sindicato dos Peritos Oficiais do Paraná (Sinpoapar), que apontou que o problema pode causar impacto à saúde dos servidores que trabalham diretamente no IML. “Sem dúvida que ficamos preocupados. A situação causa uma exposição desnecessária dos servidores aos cadáveres que não foram sepultados”, disse o presidente do sindicato, Alexandre Brondani.

Para o sindicato e para o deputado, o problema precisa ser solucionado antes da mudança do IML – que hoje fica no Centro de Curitiba – para a nova sede. “É um assunto que tem que ser resolvido já”, disse Brondani. “Vai ser impossível transferir esses corpos para lá [para a nova sede]”, apontou Recalcatti.

A nova sede

O novo prédio da Polícia Científica fica localizado à Rua Paulo Turkiewicz, no Tarumã. Com a obra encontra-se em estágio bastante avançado, a expectativa da Sesp é de que o imóvel seja entregue pela construtora já no fim de outubro. Depois disso, a secretaria deve equipar o prédio, com os móveis e aparelhos dos laboratórios do IML e do Instituto de Criminalística. O novo espaço é cerca de três vezes maior que a sede atual da Polícia Científica.

Apesar disso, um aspecto ainda salta aos olhos: a Rua Paulo Turkiewicz ainda não é pavimentada. Em 18 de outubro, Recalcatti solicitou à prefeitura de Curitiba que inclua a via no programa de pavimentação da cidade, em razão de a nova sede do IML se localizar naquela rua.

Sobre os cadáveres

Por meio de nota, a Sesp informou que “a permanência de corpos no Instituto Médico Legal (IML) é decorrente da espera de decisões judiciais que autorizem o sepultamento daqueles não reclamados.
Cabe ao IML o trabalho de necropsia dos corpos, o que vem acontecendo de forma normal, sem qualquer prejuízo ou atraso”

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O maior jazigo privado da Europa fica em Lisboa


O maior jazigo privado da Europa fica em Lisboa
©CML/DGC

Tem capacidade para 200 restos mortais, mas ainda há espaço neste condomínio, onde descansam em paz 140 alminhas. Neste domingo, 29 de Outubro, há uma visita guiada.

Chama-se Palmela, mas fica em Lisboa. Mais precisamente no Cemitério dos Prazeres, onde vai decorrer uma visita guiada gratuita organizada pelo projecto Um Outro Olhar, que trabalha na divulgação e preservação do património cultural, edificado e histórico da cidade. O passeio passa pela jóia da coroa do cemitério, actualmente em vias de classificação no âmbito da protecção do património cultural, o Jazigo Palmela. Trata-se de um mausoléu datado de 1849, onde descansam familiares, amigos e empregados do clã Palmela.
Foi uma encomenda de D. Pedro de Sousa Hostein 1º Duque de Palmela ao arquitecto maçon Giuseppe Cinatti, o que justifica inúmeros símbolos maçónicos ao longo da estrutura, como colunas que evocam o Templo de Salomão ou o número três no livro do Anjo da Morte (ou da Boa Morte) que encima a pirâmide do jazigo, uma obra da autoria do escultor Araújo Cerqueira. E há mais obras de arte a decorar esta eterna morada, como um cenotáfio do arquitecto e escultor italiano Antonio Canova ou um baixo-relevo de Vitor Bastos, o criador do Camões da Praça Luís de Camões.
Cemitério dos Prazeres, Largo de São João Bosco. Dom 10.00-13.00. Ponto de encontro: poeta do cemitério

Cemitério no Paraná inaugura vela gigante que pode bater recorde


Com 17 metros de altura, monumento será inaugurado em 1º de novembro, em Almirante Tamandaré. Representante do RankBrasil estará presente

24/10/2017
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Cemitério no Paraná inaugura vela gigante que pode bater recorde



Cemitério Vaticano, da cidade de Almirante Tamandaré (PR), vai inaugurar uma vela gigante que pode bater recorde brasileiro. O evento acontece em 1º de novembro, às 19h30. A representante do RankBrasil, Elisangela Arruda estará presente para possivelmente oficializar o título com entrega de troféu.
Chamada de Vela da Fé, o monumento tem 17 metros de altura, divididos entre o corpo da vela e uma chama metálica, localizada no topo da estrutura. Em sua base fica o Velário da Divina Luz, que será inaugurado no mesmo dia. O objeto gigante é construído em tijolo de vidro e deve mudar suas cores de acordo com datas comemorativas, entre elas Outubro Rosa e Novembro Azul.
Durante o evento vão ocorrer várias celebrações em homenagem ao Dia de Finados. Entre as ações está uma procissão, trajetória chamada Caminho de Luz, em que os participantes caminharão com uma vela em mãos até o local da vela gigante, onde farão contagem regressiva para o acendimento do monumento.A inauguração também contará com coral musical, fogos de artifícios e food trucks. O local vai oferecer um espaço confortável com bancos, oratório e painel memorial. O corpo da vela terá um sistema especial de iluminação, paisagismo e som ambiente, tornando o momento de oração mais tranquilo.
Pensando no meio ambiente, o velário é preparado para fazer a coleta dos resíduos das velas convencionais. Abaixo das velas existe uma tela metálica para separar a parafina que eventualmente cai da área de acendimento. No fundo há uma gaveta com água que será retirada para reaproveitamento de resíduos. Além disso, o espaço também foi projetado para o uso de velas eletrônicas.Quem quiser participar da inauguração do monumento, o Cemitério Vaticano fica na rua Maurício Rosemann, 556 A, na região metropolitana de Curitiba (PR). O local conta com 4.900m² de área construída, distribuídos entre jazigos, ossuários individuais e futuramente capelas familiares, além de estacionamento com capacidade para até trezentos carros.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

27 cemitérios de Joinville operam sem licença ambiental

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) investiga a falta de licenciamento ambiental em 27 cemitérios públicos e privados de Joinville.  Fracionada em nove inquéritos civis públicos (ICPs), que tramitam na 21ª Promotoria de Justiça, a apuração aponta que os cemitérios não têm licença expedida por nenhum órgão ambiental competente. Dez dos 27 cemitérios são administrados pelo município.
Os procedimentos começaram a tramitar de forma independente entre os meses de maio e setembro deste ano, mas, segundo a promotora Simone Cristina Schultz Corrêa, as investigações sobre a falta dos licenciamentos começaram desde uma notícia instaurada em 2014. À época, a Promotoria visava a “apurar um suposto descaso da administração pública em relação aos cemitérios municipais”.
– Por meio dessa notícia, abrimos um inquérito civil que reunia informações envolvendo a falta de licenciamento no Cemitério Municipal de Joinville com objetivo de apurar a regularidade de todos os cemitérios da cidade. Verificou-se que mais locais estavam irregulares, tanto particulares quanto públicos, e esses inquéritos foram desmembrados para apuração individual. Constatou-se que nenhum deles possui a licença – diz a promotora.
As ações buscam garantir a regularização e o cumprimento do processo de licenciamento ambiental previsto na resolução número 335/2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Isso porque os cemitérios estão entre os empreendimentos potencialmente causadores de degradação ambiental e poluidores de água, do solo e do ar, conforme define o Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina (Consema).
Unidades operam sem a licença ambiental expedida, diz promotoria
Atualmente, o inquérito civil público (ICP) número 06.2014.00002740-0, que antecedeu o desdobramento das apurações, investiga irregularidades ambientais nos cemitérios particulares da Estrada Comprida, da Estrada do Salto 1, da Comunidade Evangélica de Joinville, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, da Estrada Blumenau, da Estrada Blumenau Velho e da Estrada Blumenau Novo.
Outros sete inquéritos civis individuais tratam da ausência de licença ambiental em cemitérios privados. Na lista estão o Cemitério Parque Jardim das Flores, de responsabilidade da empresa Príncipe Empreendimentos Imobiliários; os cemitérios Capela São José e São Sebastião do Quiriri, administrados pela Mitra Diocesana de Joinville; além dos cemitérios Paróquia Evangélica Luz do Mundo, Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Cristo Salvador e Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Rio Bonito, propriedade da União Paroquial Dona Francisca.
Há ainda procedimentos envolvendo o Cemitério Estrada Mutucas, de responsabilidade de Ervino Gutknech; o Cemitério Estrada dos Morros, representado pela Associação de Amigos do Cemitério da Estrada dos Morros (Aacem); e o Cemitério Estrada Piraí, liderado por Rubens Albrecht. Segundo a 21ª Promotoria de Justiça, durante os trâmites verificou-se junto à Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) que nenhum dos ambientes têm licença ambiental expedida.
O mesmo ocorre com o Cemitério Vertical São Sebastião, gerido pela Funerária Noiva do Mar, no bairro Iririú, e anexo ao Cemitério São Sebastião, administrado pelo município. Os dois não têm o  documento exigido e  o MP-SC aguarda informações se a regularização e o licenciamento ambiental devem se dar em conjunto entre os dois cemitérios ou de forma independente.
A situação do São Sebastião é averiguada em conjunto com outros nove cemitérios públicos de Joinville em uma ação específica. São analisadas as condições do Cemitério Municipal de Joinville, além dos cemitérios do Imigrante, Dona Francisca, Cubatão, Cristo Rei, Canela, Cometa, Pirabeiraba e Nossa Senhora de Fátima.
Acordo é aceito pela maioria dos administradoresDos 27 cemitérios com inquéritos civis em tramitação, 20 já sinalizaram o desejo de fazer a regularização ambiental. O acordo com o MP-SC deve se dar por meio da assinatura de um termo de ajuste de conduta (TAC) para que os responsáveis busquem o licenciamento junto aos órgãos de fiscalização. A assinatura do compromisso é um caminho para resolver o impasse e evitar possíveis ações civis públicas (ACPs), que poderão cobrar judicialmente o licenciamento das áreas.
 JOINVILLE,SC,BRASIL,02-10-2017.Falta de licenciamento em cemitério da cidade.Cemitério São Sebastião,bairro Iririú.(Foto:Salmo Duarte/A Notícia,Geral)
Administrador do Cemitério Vertical São Sebastião diz que adequações serão feitas juntamente com a parte pública Foto: Salmo Duarte / A Notícia
Conforme a 21ª Promotoria do MP, a intenção é que os termos ou as ações tenham resultado até o fim deste ano. Nos casos sem acordo, se instauradas, as ACPs poderão exigir o licenciamento das áreas em que a atividade deve ser licenciada ou, eventualmente, determinar a recuperação integral dos terrenos. Mostraram interesse na regularização os responsáveis pelos cemitérios da Paróquia Evangélica Luterana Luz Mundo, Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Cristo Salvador, Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Rio Bonito, Estrada dos Morros e Estrada Piraí.
Os administradores do Cemitério Parque Jardim das Flores e Estrada do Salto 1 também informaram o desejo de firmar acordo. Em nota, a Mitra Diocesana destacou que os cemitérios São José e Quiriri estão em fase de regularização e que uma empresa contratada dará andamento aos licenciamentos. Responsável pela maioria dos cemitérios listados, a Prefeitura informou que “está em processo licitatório para a contratação de estudos e adequações, a fim de atender aos requisitos legais para o licenciamento ambiental dos cemitérios públicos”.
A empresa que administra o Cemitério Vertical São Sebastião diz que o espaço “está dentro da área pública e que a licença deverá ser feita em conjunto”. Os representantes dos cemitérios Estrada Comprida, Comunidade Evangélica de Joinville e Estrada Blumenau não foram localizados. “AN” não conseguiu contato com Arthur Jacobi, responsável pelos cemitérios Estrada Blumenau Novo e Estrada Blumenau Velho e Igreja Evangélica Luterana do Brasil, e Ervino Gutknech, da Estrada Mutucas.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Tribunal de Contas suspende concessão de cemitérios em SP

TCM suspendeu chamamento público que será usado pela Prefeitura para definir regras para contratar as empresas que assumirão o serviço. Administração esperava receber estudos de 9 grupos no início de outubro.

 

O Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo suspendeu o chamamento público aberto pela gestão João Doria (PSDB) para receber estudos para a concessão dos 22 cemitérios públicos da cidade e o crematório da Vila Alpina para a iniciativa privada. Os estudos serão usados para determinar as regras da concessão, que estarão na licitação para a contratação das empresas que assumirão o serviço. 

Com a decisão do TCM, o recebimento dos estudos pela prefeitura, previsto para 3 de outubro, fica suspenso. Nove grupos empresariais já haviam sido habilitados para apresentar projetos à administração municipal. 

O conselheiro do TCM Domingos Dissei apontou falhas no processo iniciado pela prefeitura em junho, tais como a inexistência de prazo de concessão dos cemitérios, a falta de critérios para a análise dos estudos e a divisão dos cemitérios em blocos de forma não justificada. Outro ponto é a ausência de um valor mínimo esperado para a concessão, o que pode trazer prejuízos à prefeitura, segundo o conselheiro. 

A Prefeitura afirmou na manhã desta quinta-feira (28) que ainda não tinha sido notificada sobre a decisão, mas que vai responder aos questionamentos levantados pelo Tribunal de Contas. Não há prazo para a reabertura do chamamento público. 

Em evento nesta quinta, o prefeito João Doria disse que a decisão do TCM "faz parte do jogo". "Tanto os projetos têm as informações [básicas] que eles têm sido votados pela Câmara. E votados favoravelmente, como foi o caso do Anhembi, que ontem teve a aprovação [na Câmara]”, disse o tucano. "O TCM está no seu direito de solicitar mais informações para que o convencimento dos conselheiros seja pleno. Isso faz parte do jogo democrático. Não vejo nenhum problema. Nós estaremos respondendo plenamente às demandas do TCM." 

Além do chamamento público, a gestão Doria trabalha em um projeto de lei que precisa ser enviado à Câmara para aprovação da concessão. A expectativa é que o texto seja enviado ainda nesta semana.

Prejuízo

A prefeitura afirma que teve um prejuízo de R$ 8 milhões com o serviço funerário e cemitérios em 2016, segundo a Secretaria de Desestatização. Por ano, morrem na cidade de São Paulo 87 mil pessoas, sendo que cerca de 46 mil são enterradas nos cemitérios públicos. 

As empresas que tiverem autorização para administrar os cemitérios poderão cobrar taxas anuais das famílias por jazigo, que irão variar entre R$ 200 e R$ 600. Elas poderão cobrar ainda por serviços como lanchonetes e restaurantes, floriculturas e venda de velas, entre outros. 

A concessão dos cemitérios é uma das iniciativas da gestão Doria para passar equipamentos públicos para a iniciativa privada. Na quarta-feira (26), a Câmara aprovou em primeira votação a privatização do Anhembi. O Tribunal de Contas do Município, porém, também suspendeu a licitação aberta pela prefeitura para a venda do complexo.

 

Restos mortais são retirados de cemitério e mulher será indenizada

A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, mantenedora do cemitério particular Parque da Saudade, deverá indenizar uma mulher por ter transferido os restos mortais do marido e da sogra dela sem a sua anuência. A Justiça fixou a quantia de R$ 5 mil para reparar os danos morais.

A decisão da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirma sentença da 5ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora. Além disso, a empresa deverá, no prazo de 30 dias, recolocar as ossadas no cemitério onde foram enterradas.

A autora da ação alegou que, embora a segunda esposa de seu sogro tenha solicitado a transferência dos restos mortais para o Cemitério Municipal de Juiz de Fora e tenha sido atendida pela Santa Casa, ela não tinha legitimidade para fazer o pedido.

A Santa Casa recorreu após sua condenação em primeira instância, mas o desembargador Manoel dos Reis Morais manteve a decisão. De acordo com o relator, uma ação judicial já transitada em julgado havia decidido que a segunda mulher do dono original do jazigo não tinha direitos sobre o túmulo, porque, depois de enviuvar, o proprietário casou-se em regime de separação de bens. Como ele só possuía um filho, a titularidade do jazigo passou para o único herdeiro. Com a morte deste, a sucessora passou a ser a nora do proprietário.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Crematório de Joinville deve começar a operar nos próximos dias

Crematório de Joinville deve começar a operar nos próximos dias

25/09/2017- 11h39min
  -  Atualizada em 25/09/2017- 11h39min
Crematório de Joinville deve começar a operar nos próximos dias Salmo Duarte / A Notícia/A Notícia
Foto: Salmo Duarte / A Notícia / A Notícia
O primeiro crematório de Joinville deve começar a operar nos próximos dias. Depois de 11 anos das primeiras reuniões de planejamento, o empreendimento aguarda o alvará de funcionamento da Prefeitura. O documento ainda não foi emitido porque houve diferença em um dos documentos exigidos pelo órgão municipal. A expectativa da Prever, empresa que irá operar o crematório, é que a licença seja expedida ainda nesta segunda-feira.
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A operação do estabelecimento foi marcada por diversos entraves. A primeira tentativa de construção de crematório foi feita na década passada, sem êxito por causa da resistência de moradores do bairro Atiradores. O crematório foi construído então na zona Norte, entre os bairros Aventureiro e Jardim Paraíso, e está pronto desde 2014. Neste local também foi motivo de protesto. O empreendimento foi proibido de operar por causa de liminar concedida em ação popular apresentada por dois moradores.
Houve questionamentos sobre a mudança na legislação que permitiu o empreendimento na cidade, necessidade de licitação para o serviço, entre outras alegações. A liminar de 2014 foi derrubada pela 2ª Vara da Fazenda em outubro de 2016. Por causa da pendência, a licença ambiental, que já havia sido concedida, venceu durante o processo e precisou ser solicitada novamente.
Após a liberação da certidão, em maio deste ano, recomeçaram os processos de contratação de pessoal. Segundo a Prever, a estrutura predial está pronta e os funcionários já foram treinados para iniciar os trabalhos.
Relembre o caso
Agosto de 2006
Um grupo de investidores apresenta a proposta de construção do primeiro crematório da região Norte, numa área atrás do Cemitério Municipal. Além da resistência dos moradores da região, uma nascente tornou o negócio inviável ambientalmente.
Julho de 2007
Começa a funcionar o primeiro crematório de Santa Catarina, em Balneário Camboriú.
Setembro de 2009
O crematório de Itajaí é construído e começa a funcionar, mesmo sem licenciamento, que só foi emitido três anos depois. As instalações foram construídas dentro de uma funerária.
Fevereiro de 2012
Jaraguá do Sul inaugura o seu empreendimento. O Crematório Catarinense inicia as atividades no início do ano, nas margens da BR-280. Foram realizados dois estudos _ de impacto de vizinhança e arqueológico. A demanda começou com duas cremações por dia. Hoje, as famílias de Joinville estão entre as que mais procuram o serviço.
Maio de 2012
Uma reunião na Câmara de Vereadores foi importante para a apresentação da proposta de construção do crematório no Aventureiro. Porém, havia insatisfação dos moradores.
Setembro de 2012
Crematório de Joinville consegue as licenças para a construção e funcionamento.
Maio de 2013
Obras começam no bairro Aventureiro, em meio a protestos de moradores e empresários.
 JOINVILLE,SC,BRASIL,17-10-2016.Em decisão divulgada na quinta-feira, a 2ª Vara da Fazenda Pública de Joinville derrubou liminar de 2014 e considerou improcedente a ação contra o funcionamento do crematório instalado na Santos Dumont.Empresa terceirizada já faz limpeza do local.(Foto:Salmo Duarte/Agência RBS,Geral)
Construção está pronta desde 2014Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS
Fevereiro de 2014
O prédio fica pronto, mas não pode ser inaugurado por causa de uma decisão judicial que impedia o funcionamento.
Novembro de 2015
Processo é encaminhado para decisão final 2ª Vara da Fazenda Pública de Joinville.
Outubro de 2016
A 2ª Vara da Fazenda derruba liminar que impedia funcionamento de crematório em Joinville. A decisão aponta que a atividade não se enquadra em serviços públicos, o que dispensaria a concorrência.
Fevereiro de 2017
Por causa da liminar concedida em 2014, a licença ambiental, que já havia sido concedida, venceu durante o processo. O documento foi solicitado em fevereiro deste ano, para a Fundação do Meio Ambiente (Fatma).
Maio de 2017
A Fatma autorizou o funcionamento no dia 17 de maio. Os técnicos da comissão regional de licenciamento autorizaram a operação.

Sem descanso!

POR Maria Luiza Piccoli
Já diz o ditado: não é dos mortos que se deve ter medo, e sim dos vivos. Ainda mais nas adjacências do Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba. A quadra arborizada de 97.827 metros quadrados parece tranquila à primeira vista. Dos portões do cemitério para dentro, 82.946 sepultados descansam sob jazigos e mausoléus bem preservados. Dos muros para fora, floriculturas, bancas de revistas e uma pista de corrida de 1,5 mil metros na qual moradores do bairro praticam exercícios e passeiam. O cenário seria ideal, não fosse pela falta de segurança na região.

Veja o vídeo Aqui


Comerciantes não aguentam mais a violência na região. Foto: Felipe Rosa
Comerciantes não aguentam mais a violência na região. Foto: Felipe Rosa
Há quase dois anos sem policiamento, comerciantes e moradores das cercanias do cemitério têm sofrido com a ação de bandidos que se aproveitam da movimentação no local para praticar roubos e furtos, em plena luz do dia. Mulheres desacompanhadas e idosos são os alvos prediletos dos criminosos, e nos últimos meses, nem mesmo quem “já se foi” tem sido poupado. “Os bandidos violam os túmulos para roubar peças de bronze, crucifixos, potes de barro. É um desrespeito com as famílias e com a memória dos falecidos”, afirma o presidente do Conseg Água Verde, Mauro Callegari.
Quem busca as capelas do cemitério para rezar ou prestar homenagens aos finados também sofre com a violência. Segundo Mauro, os assaltos acontecem a qualquer momento, às vezes em plena luz do dia, e o cemitério é usado – principalmente no período noturno – como rota de fuga ou esconderijo para os bandidos.
Cansados da falta de segurança, lojistas evitam falar. A situação chegou ao limite quando, há cerca de um mês, três estabelecimentos comerciais foram invadidos e furtados no mesmo dia. A vendedora Sueli Godoy, 50, trabalha há dez anos em uma banca de revistas localizada na parte externa do cemitério. Na manhã do dia 5 de agosto – um sábado – ela levou um susto ao chegar ao trabalho. “Quando abri a porta estava tudo revirado. Eles entraram pela janela e derrubaram as prateleiras, reviraram as gavetas, fizeram uma bagunça. Levaram dinheiro do caixa e alguns produtos. A sensação de medo foi horrível”, lembra.
O mesmo aconteceu com a floricultura ao lado, que teve a porta arrombada e os vidros quebrados na mesma manhã. Diante da insegurança, a saída encontrada pelos lojistas do perímetro foi unir forças para se proteger. “Quase todo mundo que trabalha por aqui é mulher, e a gente se sente vulnerável. O jeito foi combinar os horários de chegada e saída do trabalho. Assim estamos sempre acompanhadas e nos sentimos um pouco mais protegidas. O pior é levar esses sustos e ver que nada tem sido feito. A sensação é de total abandono por parte das autoridades”, explica a florista Maria Regina Bedin, 50.
Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.

Módulo vira mocó

De acordo com o consultor de segurança pública do Conseg Água Verde, Paulo Roberto Goldbaum Santos, nem sempre foi assim. Durante quinze anos um módulo fixo da Polícia Militar fazia a segurança de toda a região do cemitério. O ponto, que ficava na esquina das ruas Bento Viana e Avenida Água Verde, foi desativado após a instalação de um módulo da Guarda Municipal na parte interna do cemitério. “Depois que a Guarda Municipal entrou, a Polícia Militar retirou o contingente daqui porque julgou desnecessário manter o módulo. O problema é que a Guarda Municipal também suspendeu o policiamento. Com isso, a região ficou abandonada e os bandidos se aproveitaram disso”, afirma.
Abandonada, a unidade policial que antes garantia a tranquilidade da população, ainda está lá, mas agora serve como dormitório para moradores de rua e ponto de encontro para usuários de drogas. Quem frequenta o comércio vizinho, seja a pé ou de carro, se sente ameaçado com as constantes abordagens de flanelinhas e pedintes. De acordo com Paulo Roberto, o número mensal de ocorrências registradas na região passou de cem nos últimos quatro meses.
Preocupados com tanta violência, os diretores do Conseg realizaram uma assembleia com moradores no último dia 15 de setembro. Um ofício foi encaminhado à Guarda Municipal, junto com um abaixo-assinado direcionado ao secretário da defesa social e trânsito, Guilherme Rangel. No pedido, a solicitação urgente por policiamento, e a reativação do módulo de segurança, o mais breve o possível.
A resposta veio, porém como medida paliativa. “Um módulo móvel da Guarda Municipal começou a operar na semana passada, mas só por um período do dia. A previsão é de que eles fiquem aqui só por dez dias. Depois disso, tudo vai voltar como estava. Ajudou, mas não resolveu nosso problema”, afirma Paulo Roberto.
Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.

Rondas e unidades móveis

Por meio de nota, a Guarda Municipal informa que, além do módulo móvel, rondas têm sido realizadas nos arredores do Cemitério Municipal do Água Verde. A GM também diz que há presença de efetivo noturno no local. No entanto, de acordo com o presidente do Conseg, apenas um guarda permanece no cemitério durante a noite – o que não tem sido suficiente para garantir a segurança. “Seria necessário integrar os trabalhos da Guarda Municipal e da Polícia Militar, com mais policiamento. Além da instalação de câmeras de monitoramento, para uma vigia efetiva dos criminosos que atuam no perímetro”, ressalta.
Também em nota, a PM cita que o Comando do 12º Batalhão (unidade responsável pela região) tem realizado o policiamento comunitário feito semanalmente no bairro, juntamente com as equipes de motos da 5ª Companhia da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), e da Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas (Rocam) – que patrulham e fazem abordagens preventivas a fim de coibir crimes como furtos e roubos na área diariamente.
Segundo a PM, as atividades foram reforçadas recentemente com a aquisição de novas viaturas e os policiais têm participado das reuniões do Conseg do bairro para saber as demandas da comunidade e atuar da melhor maneira possível. Sobre a modalidade atual de policiamento, a corporação alega que também escolheu a unidade móvel pois “estes equipamentos possibilitam policiamento em mais ruas, e outras alternativas, se comparadas ao módulo fixo”.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Crematório a céu aberto preocupa moradores de Vitória de Santo Antão



A população da zona rural de Vitória denunciou a atividade de um crematório a céu aberto; ossos, caixões e corpos em decomposição foram achados no local
Publicado em 15/08/2017, às 14:27
Rádio Jornal
Foto: Geovani Ribeiro/ Cortesia
Moradores da comunidade de Cuandús, na Zona Rural de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul do Estado, denunciam a existência de um crematório a céu aberto no cemitério da localidade.
Segundo eles, mais de 40 caixões, corpos e ossadas foram queimados no local no último domingo (13). O professor Geovani Ribeiro, que mora nas proximidades, divulgou nas redes sociais um vídeo com as imagens de ossos empilhados.
Os restos mortais são de pessoas que estavam enterradas no cemitério principal de Vitória de Santo Antão e foram levados para a zona rural em tratores.


Foto: Geovani Ribeiro/ Cortesia
Dona Arlina Marciolina da Silva é agricultora e mora próximo ao crematório irregular. Ela disse que não aguenta mais o mau cheiro e a fumaça levada pelo vento. “Fui obrigada a tirar meus panos de varal, a caixa d’água meu menino lavou todinha de novo porque a poeira entra todinha, o pó dos ossos. Está a pior tristeza”, relatou. “Eu fico tossindo de noite, com aquele cheiro mau”, contou.
Depois que o vídeo de Geovani ganhou repercussão nas redes sociais equipes da prefeitura foram até o cemitério para fazer uma limpeza. Parte dos ossos foi enterrada, mas ainda assim alguns ficaram expostos. Também tinham restos de caixões e roupas e tecidos que estavam dentro dele. A Delegacia de Vitória de Santo Antão investiga o caso.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Abandono ameaça cemitério histórico

Gina Mardones
Gina Mardones - Muitos túmulos nunca passaram por manutenção e há cruzes e jazigos cobertos pela vegetação
Muitos túmulos nunca passaram por manutenção e há cruzes e jazigos cobertos pela vegetação


Construído em meados de 1931, o cemitério do Heimtal é onde foram feitos os primeiros sepultamentos de Londrina, antes mesmo da fundação do município, que ocorreu em 10 de dezembro de 1934. Localizada na zona norte, a velha necrópole abriga os restos mortais de pioneiros alemães e húngaros e de outras etnias. Há lápides no local que apresentam datas (de nascimento) do século 19. O espaço ainda guarda histórias que até hoje comovem a comunidade, como a dos bebês gêmeos que teriam sido envenenados em 1940.

Histórias que estão morrendo. Em ruínas, muitos túmulos nunca passaram por manutenção. Parte das lápides caiu sobre as sepulturas. Há cruzes e jazigos cobertos pela vegetação. A dona de casa Maria Helena Bernardes mora em frente ao cemitério e é considerada a guardiã do local. Segundo ela, o espaço não é visitado diariamente. "Nem em datas especiais. Não há uma grande movimentação de visitantes nem mesmo no Dia de Finados (2 de novembro)", relata. "A maioria foi sepultada há muito tempo neste cemitério, há mais de 80 anos, e não possui familiares na região de Londrina", conta.

Maria Helena acredita que alguns túmulos até "desapareceram". "Olha, a grama tomou parte do cemitério e acabou escondendo os túmulos. Às vezes, a pessoa caminha por aqui e não sabe que está sobre um túmulo", diz. Ela acrescenta que o cemitério sofre invasões constantes de vândalos, responsáveis também pela destruição. "Quando vejo alguém aprontando aqui, grito lá de casa para sair. Se precisar, aciono até a polícia. Me esforço para evitar que um espaço tão bonito seja ainda mais destruído", afirma a moradora.

'MORADA DOS ANJOS'

O cemitério do Heimtal já foi chamado de "morada de anjos". A dona de casa Maria Helena Bernardes resgata a história que até hoje comove a comunidade: a dos bebês gêmeos que supostamente morreram envenenados em 1940. "Uma mulher, que na época tinha 32 anos, viajou do interior de São Paulo para o Heimtal. A intenção dela era apresentar os filhos, de oito meses de vida, aos familiares que aqui moravam", detalha. "Enquanto preparava o alimento dos bebês, uma pessoa teria envenenado o leite. Os gêmeos acabaram tomando e morreram envenenados", revela.

O jazigo contém adornos e dois anjos de concreto. Apesar da deterioração, a placa se mantém legível, porém em alemão. Mesmo assim é possível identificar os nomes deles e a data de nascimento (dezembro de 1939) e de morte (agosto de 1940). Apesar do relato, não há confirmação oficial sobre a veracidade da história.

Prefeitura atualizará situações dos cemitérios públicos

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateCemitério Municipal não tem capacidade de receber novos jazigos. Utilizam a estrutura as famílias que mantêm espaços há vários anos
Municipal não pode receber novos jazigos. Utilizam a estrutura as famílias que mantêm espaços há vários anos
A Prefeitura de Venâncio Aires destinou R$ 15 mil para custeio de uma consultoria que vai elaborar um dossiê atualizado das situações dos cemitérios públicos. O projeto foi aprovado no Legislativo e a licitação deve ser providenciada em breve. Vila Rica, Cemitério Municipal e Ponte Queimada são os três campos santos alvos de análise. Conforme o prefeito Giovane Wickert, o diagnóstico servirá de base para tomada de decisões em relação à ocupação e eventual expansão dos cemitérios para os próximos 20 anos.
A falta de espaço para sepultamentos em cemitérios públicos foi o que determinou a ação da gestão. Segundo a justificativa da proposta, serão levados em conta, no estudo, os aspectos administrativos, operacionais, financeiros, sociais, legais, ambientais, paisagísticos e históricos, além de projeção de possíveis parcerias e convênios para a melhoria das estruturas. O valor destinado à consultoria está em rubrica da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISP), pasta responsável pelos cemitérios.
O problema não é novidade e era frequentemente citado pela oposição à Administração anterior, na Câmara de Vereadores. Agora no governo, agentes públicos que criticavam a inércia do Município em relação ao assunto querem uma solução para a demanda. O terreno comprado por R$ 200 mil no bairro Santa Tecla - a área onde seria construído um novo cemitério - é seguidamente lembrado nas sessões do Legislativo, mas a implementação do campo santo no local parece muito improvável. O terreno está tomado pelo mato e foi 'cercado' por loteamentos, o que dificultaria a utilização do local para esta finalidade.
Giovane Wickert admite que o estudo será contratado para 'saber se o melhor caminho é construir novas estruturas ou investir em espaços consolidados'. De acordo com ele, a consultoria será feita por especialistas no assunto, o que embasará futuras medidas da Administração. 'Todos sabem que a capacidade dos nossos cemitérios está quase no limite, portanto é dever do poder público buscar as alternativas ao problema. Temos que dar opção à comunidade', argumentou, acrescentando que 'o Município não deixará de atuar no que é de sua competência e vai seguir tendências, sem querer inventar moda'.
MEMORIAIS - Entre as tendências citadas pelo prefeito está a criação de memoriais nos cemitérios, o que elevaria a capacidade para sepultamentos. As estruturas seriam construídas, segundo ele, para receber restos mortais decorrentes de exumações, procedimentos que seriam desencadeados dentro da legalidade e a partir do consentimento das famílias. 'É uma possibilidade, com os memoriais recebendo as urnas menores, abrindo espaço nos jazigos. Nossa intenção é criar condições que nos permitam absorver a demanda. Temos que evoluir nas questões relacionadas a licenciamentos e paisagismo também', diz Giovane Wickert.
'A verticalização das estruturas também é uma possibilidade. Em Porto Alegre, por exemplo, estão fazendo isso. Queremos buscar soluções e dar opção para a comunidade'
Giovane Wickert, prefeito de Venâncio
SITUAÇÃO DOS CEMITÉRIOS

Vila Rica: Dos três campos santos visitados pela reportagem da Folha do Mate nesta sexta-feira, é o que mais precisa de atenção do poder público. Está crescendo desordenadamente e, em alguns pontos, fica visível que o terreno está cedendo, comprometendo os jazigos. Chama a atenção, ainda, o fato de que algumas sepulturas estão sendo construídas em altura desproporcional, tudo em razão da falta de espaço para novas carneiras. A área de aproximadamente dois hectares que fica ao lado do cemitério e chegou a ser sondada para uma ampliação, foi negociada e, conforme relato ouvido pela reportagem, 'agora pertence a um empresário que dificilmente irá aceitar vender para a Prefeitura'.

Cemitério Municipal: É organizado, está limpo e os jazigos seguem um padrão, garantindo acesso às sepulturas. Os problemas são a superlotação e a inviabilidade de expansão do campo santo. Ou seja, só têm acesso ao local as famílias que mantêm seus espaços há vários anos. Construção de novos túmulos, no quarteirão que abriga o Cemitério Municipal, não é possível.

Ponte Queimada: O cemitério, de acordo com o presidente Eloi Rosa, recebe sepultamentos apenas de pessoas ligadas à comunidade. Ainda há espaço para alguns jazigos, afirma ele, mas nenhuma obra pode ser feita sem o seu consentimento, já que é o responsável pelo local. Embora tenha sepulturas bastante antigas, no geral o campo é organizado, e uma limpeza realizada recentemente evidenciou a existência de um espaço desocupado dentro da área do cemitério. 'Mas não tem nada a ver com a Prefeitura', garante Rosa, salientando que, talvez, o Município tenha interesse de estudar a viabilidade de construção de um cemitério na divisa com o da Ponte Queimada, em área que foi recebida em doação. 'É uma situação complicada ali, pelo que parece. Foi encontrada uma vertente e o Meio Ambiente trancou a construção. Depois fizeram um vigamento para o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos e a obra parou. Não sei se teremos obras naquele local', comenta.
Em 17 anos, Bela Vista teve 900 sepultamentos
Alternativa à falta de vagas aos campos santos públicos, o Cemitério Parque Jardim Bela Vista teve, em 17 anos, aproximadamente 900 sepultamentos, de acordo com José Kist, proprietário do empreendimento localizado no Corredor dos Gauer. Espaço há de sobra, mas, como o próprio Kist diz, 'hoje em dia ninguém quer gastar'. Ele afirma que, desde 2000, quando inaugurou o local, a demanda se mantém, em média, em quatro ou cinco sepultamentos mensais. 'Em alguns meses temos seis, em outros dois, em outros nenhum. A superlotação nos cemitérios público não aumentou a nossa demanda', analisa.
Mesmo assim, o empresário planeja a expansão tanto da área edificada quanto do jardim, espaços onde ficam as sepulturas. Além disso, segue tramitando na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) os pedidos de licenciamento para a implementação do crematório no complexo, que será o primeiro da região. 'Esta é uma tendência e teremos condições de praticar valores mais baixos do que um sepultamento tradicional. Já protocolamos na Fepam o projeto pedindo licença para instalação de equipamentos, fornos e geradores de energia. A cremação é um método que permite uma destinação final, não requer manutenção e que está sendo procurada cada vez mais', salienta Kist.