quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ladrões atuam em cemitério de Curitiba

O ponto da Polícia Militar responsável pela segurança na região está desativado.
O cemitério conta com apenas dois guardas para cada turno Jonathan Campos / Futura Press
Moradores e trabalhadores da região do cemitério municipal Água Verde já não sabem mais o que fazer. Lojas e pessoas que circulam por ali são assaltadas quase todos os dias, inclusive dentro do cemitério, conforme contam moradores e um policial que prefere não ser identificado. “Com uma faca, tentaram me levar até o terreno baldio que fica aqui perto”, lembra uma funcionária. Aliás, o terreno virou mocó e esconderijo para os assaltantes, segundo o policial.

Roubos de carros e arrombamento de casas também viraram rotina. “Peguei um homem no meu terreno tentando arrombar a porta”, diz um morador. “Fui assaltado à mão armada e levaram minha camionete”, conta outro, que é procurador do Estado e mora na região há 16 anos.

O problema parece estar longe de ser resolvido. Dentro do cemitério, a responsabilidade da segurança é da Guarda Municipal. Porém, há apenas dois guardas para cada um dos três turnos para tomar conta de uma área de 76 mil metros quadrados.

A prefeitura reconhece o problema, mas diz que não há previsão para aumentar o efetivo. Existe apenas um projeto, que sequer começou a ser negociado, para a instalação de câmeras de segurança na região.

Já a Polícia Militar, responsável junto com a Guarda pelas imediações, não tem ponto fixo por ali. Um módulo da PM, em frente ao Água Verde, está desativado.

A Secretaria da Segurança Pública informou que ele não voltará a funcionar. Segundo técnicos do órgão, os módulos policiais, que não mais funcionam na cidade há anos, são considerados ultrapassados e serão substituídos por módulos móveis. Também não há previsão para implantação do projeto.