segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Igreja 'proíbe' lançar cinzas dos mortos à terra

 

A Igreja Católica não se opõe à cremação, mas "proíbe" aos seus fieis fazerem lançamento das cinzas do corpo humano à terra, ao mar ou ao vento, defendendo ser essencial conservá-las "com dignidade".

Segundo o novo Ritual para a Celebração das Exéquias da Conferência Episcopal Portuguesa, "não se deve lançar as cinzas do corpo humano à terra, mas sim enterrá-las num sítio adequado ou depositá-las num nicho ou columbário".
"O que se pede é que as cinzas sejam conservadas com respeito, porque são cinzas de uma pessoa, de uma vida, de uma história, e, portanto, não podem ser objeto de decoração ou até de um sentimento mórbido. O que é pedido é que sejam conservadas em dignidade", explicou à Lusa Luís Manuel Pereira, pároco da Sé de Lisboa.
Para o cónego, "acima de tudo, o que se deve evitar é um uso abusivo daquilo que são os restos mortais de outra pessoa".
"Não cabe na cabeça de nenhum de nós andar com as cinzas de alguém querido atrás de si", comentou.
De acordo com o pároco de Lisboa, esse tipo de comportamentos pode evidenciar um "luto não vivido", um "desfoque afetivo", bem como uma "incompreensão ou uma má vivência da morte".
O cónego Luís Manuel Pereira referiu que, atualmente, "é completamente aceite que um cristão deseje que, uma vez morto o seu corpo, seja cremado".

O documento que permite a prática da cremação aos cristãos foi aprovado em 1963 pelo Papa Paulo VI, quando considerou que esta não contradiz a doutrina da Igreja sobre a ressurreição.

"Até ao século passado, a Igreja não olhava a cremação como uma forma própria dos cristãos tratarem o seu corpo quando morriam. Preferencialmente, a Igreja ainda hoje mantém a inumação (enterro) como o ideal, até no sentido de ser a própria forma como Jesus foi sepultado", assinalou.

O também diretor do departamento de liturgia explicou que o facto da Igreja se ter afastado da cremação teve a ver "com questões culturais", pois era interpretada "como uma forma de culto aos ídolos".

No final de março, a Livraria Editora Vaticano apresentou a segunda edição do Rito de Exéquias, onde se sublinha que os católicos não devem pulverizar as cinzas de um defunto logo depois de ser cremado.

Esta decisão surgiu porque a legislação de alguns países permite pulverizar as cinzas na natureza ou conservá-las noutros locais que não o cemitério.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Descoberto no Egito cemitério da época anterior a Cristo

Para os pesquisadores, no local eram enterradas as pessoas mais pobres da sociedade.

Brasília - Arqueólogos do Egito descobriram, na cidade de Alexandria, um cemitério que remonta ao ano 332 antes de Cristo. Para os pesquisadores, no local eram enterradas as pessoas mais pobres da sociedade. Em Alexandria estão algumas obras consideradas maravilhas do mundo – a Biblioteca de Alexandria, o Farol de Alexandria e as catacumbas de Kom El Shoqafa.
Pelos primeiros relatos, o cemitério era uma construção de dois andares e atualmente está sob águas. Os túmulos localizados não são destinados aos faraós e suas famílias.
O cemitério foi localizado durante escavações no distrito de Al Qabari. No local, estava prevista a construção de edifício para escritórios. A obra foi suspensa por ordem do Ministério de Estado para Antiguidades até que as investigações sejam concluídas.
Localizada no Centro-Norte do Egito, Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo, na antiguidade. Foi fundada por volta de 331 antes de Cristo por Alexandre, o Grande, e permaneceu como capital do Egito durante mil anos. Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina.

Homem é preso roubando vasos do cemitério da Consolação

 

Duas pessoas foram flagradas passando os objetos por cima do muro na manhã desta quarta
Após o flagrante da Central, duas viaturas e quatro guardas da GCM foram enviados ao local. Um dos criminosos foi preso na rua Sergipe, nas proximidades do cemitério, com os cinco vasos que estavam sendo levados.

ossadas se misturam a lixo e animais em cemitério no RJ

 

Bois e vacas comem mato que nasce em volta dos túmulos Foto: Felipe Gomes / vc repórter
Bois e vacas comem mato que nasce em volta dos túmulos
Foto: Felipe Gomes / vc repórter
       
Vacas e bois foram vistos andando em cima de túmulos no cemitério Bongaba, localizado no município de Magé, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira. Além disso, ossadas humanas foram encontradas junto ao lixo dentro de um buraco nos fundos do cemitério.

Segundo o internauta Felipe Gomes, os bovinos estavam pastando no terreno, aproveitando para comer o mato que cresce em volta das covas. Nos fundos do cemitério, lixo misturado a ossos humanos e pedaços de caixões chamaram a atenção do internauta. Ainda de acordo com Felipe Gomes, o cemitério não possui nenhum portão para barrar a entrada desses animais.

Crematório irregular despreza legislação de Blumenau

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Foto: Ricardo Latorre. Foto: Ricardo Latorre.















Infelizmente, as práticas e atividades irregulares não são uma exclusividade do Poder Público. O costume de tentar feudalizar cidades atiça os instintos corruptos de muitas pessoas do setor privado também, que desrespeitam as leis às quais todos estão sujeitos, em tese.

E esse tipo de situação nefasta não poupa sequer os mortos.
E quando uma empresa mal intencionada se une a um governo de ética questionável, tanto empresários honestos quanto a população são prejudicados.
Um exemplo disso é o Crematório Vaticano, que funciona em diversas cidades usando um forno que desrespeita as leis ambientais, pratica propaganda enganosa em Blumenau e continua a execução de uma obra que sequer deveria existir.
Para entender essa questão, é necessário retroceder mais de dez anos no tempo.
O Crematório Vaticano utiliza um forno argentino de uma empresa de nome Lindenberg, usado por eles em cidades como Campina Grande (PR) desde 2002.
Contudo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) – através das resoluções 316/2002 (do artigo 17 ao 21) e 335/2003 – impôs uma série de regras aos crematórios que tornava o forno Lindenberg obsoleto, apesar de este ser usado por muitas empresas do ramo até hoje.
Evitando agir de forma irregular, a direção do Cemitério São José – o mais tradicional de Blumenau – estudou a criação de um equipamento específico junto com a indústria de fornos Jung que pudesse atender a todas as justas exigências do Conama, criando inicialmente um modelo pequeno para cremar ossos que obedecia às duas resoluções e recebeu seu alvará de funcionamento em 11 de novembro de 2004, estando de acordo com a Lei Complementar 172/98 e com a Lei 2926/83, ambas de Blumenau.
Foto: Ricardo Latorre. Foto: Ricardo Latorre.


















A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) reconhece a eficácia do forno blumenauense.

No ano seguinte, quando o forno finalmente começaria a funcionar, o controverso ex-secretário de Planejamento Walfredo Balistieri deliberadamente questionou o alvará do crematório de Blumenau, de forma tão vil quanto mudou a direção da Rua das Palmeiras.
Em 2007 o Crematório Vaticano se instalou em Balneário Camboriú às margens da BR-101 e usando o forno Lindenberg que estava reprovado pelo Conama desde 2003.

O estabelecimento foi aberto com um alvará judicial e desde aquele momento já começou a cremar corpos, mesmo tendo licenças, mas não estando apto a um teste de renovação em 2011..
Esta empresa, já em 2009, começou a esboçar seus primeiros passos rumo a Blumenau.
Em 2011, ao saber que o Cemitério São José e os Fornos Jung preparavam um novo forno, desta vez grande e com capacidade completa de cremação, o ex-prefeito João Paulo Kleinübing (PSD) – um dos pivôs do escândalo de corrupção batizado de ‘Operação Tapete Negro’ – enviou para a Câmara um risível projeto de Lei para ‘regulamentar’ o funcionamento de crematórios no município.
O que Kleinübing negligenciou por incompetência ou simplesmente desconhecia é que Blumenau já possuía tal regulamentação, a Lei Ordinária nº 2926 de 23 de março de 1983.
Então, ele propôs mudar uma lei que vinha funcionando bem a duas décadas.
Na época em que JPK encaminhou seu patético Projeto de Lei (PL), tanto ele quanto os vereadores da cidade foram convidados para conhecer o forno do Cemitério São José, sendo que os parlamentares foram, mas o então prefeito preferiu não ir.
Seu PL foi rejeitado pela Câmara, sendo estranhamente encaminhado uma segunda vez para apreciação em plenário, no que fora rejeitado de novo.
É incomum um Projeto de Lei do Executivo ser rejeitado duas vezes no Legislativo, mas ainda mais estranho é um prefeito tentar motivar uma lei que prejudicaria todos os cemitérios da cidade (prejudicando, assim, a população) e que beneficiaria apenas uma empresa – o Crematório Vaticano – quando o forno mais moderno do Brasil é fabricado aqui mesmo, em Blumenau.
Na época o Vaticano, crematório de propriedade do empresário Edson Cooper, já possuía uma sede instalada em Blumenau com um forno em seu interior.
Contudo, o galpão usado por Cooper é alvo de autos de embargo desde fevereiro de 2011.
Um ano depois, em fevereiro de 2012, a Fatma embargou o Crematório Vaticano de Balneário Camboriú por irregularidades no sistema de incineração e na câmara de incineração. O presidente da fundação, Murilo Xavier Flores, afirmou que três grandes irregularidades foram encontradas na empresa e até mesmo a Polícia Ambiental foi acionada, na época.
Para o fiscal policial, sargento Políbio Ronaldo Correa, o lugar estava com o licenciamento vencido desde maio de 2010. Já Flores, da Fatma, afirmou acreditar que a empresa nunca cumpriu a legislação do Conama desde que abriu suas portas, em 2007.
No entanto, apesar de todas as provas contra a empresa, o crematório passou menos de duas horas fechado.
Em 2011 o Crematório Vaticano foi impedido de abrir a pedido da própria população da cidade de Almirante Tamandaré, no Paraná. Em Florianópolis tentaram construir uma sede nos fundos do Hospital de Caridade que quase pôs a perder o mais antigo cemitério de Santa Catarina e portanto foi embargado pelo Ministério Público.
Em Blumenau, apesar de a obra estar embargada, a empresa que agora busca conseguir um alvará de Igreja para se instalar, continua trabalhando na construção de seu galpão e anuncia em spots de rádio seus serviços na cidade, mesmo sem ter licença para tal e atuando apenas em Camboriú, o que pode se configurar em propaganda enganosa.
Outro ponto é que a empresa vende arbitrariamente cremação antecipada em algo chamado de ‘Plano Preventivo’. Tal ato de irresponsabilidade comercial pode ser usado para encobrir homicídios, considerando que uma vez que o corpo da vítima é cremado, as provas também são.
Uma prova irrefutável disto é o caso do empresário Alexandre Furtado Paes que é investigado de ter assassinado sua esposa, a fisiculturista Fabiana Caggiano Paes em Natal (RN) e tentado cremar seu corpo para dar sumiço nas provas, em janeiro deste ano.
Outro ponto crítico a ser considerado sobre o Crematório Vaticano é a utilização dos obsoletos fornos Lindenberg, que não atendem as especificações do Conama.
Na última ação da qual foi alvo, no ano passado, a direção do Vaticano alegou que não estava preparado para realizar os testes de cremação, o que levanta a incômoda pergunta: se a empresa não estava preparada em 2012, por que já tinha um forno instalado em 2007?
O diretor do Cemitério São José, Alcione Alvim da Silva, lança o desafio: “Gostaria de propor um teste de queima público com a presença da imprensa em cada crematório de Santa Catarina e sob a fiscalização do Senai”. Dificilmente alguém se habilitará para aceitar o desafio.
Agora que Balistieri está teoricamente fora da política municipal, e tanto Kleinübing quanto Fiedler – apontados como articuladores em prol do Crematório Vaticano – estão enfrentando seus próprios processos no Ministério Público, a expectativa é de que a Lei seja imposta sobre os proprietários dessa empresa que continua a construção de seu galpão apesar de não ter alvarás e nem licenças.
O funcionário de uma empresa vizinha afirmou: “Acho que eles continuam cremando coisas lá, só não sei se é gente, mas de vez em quando tem uns movimentos ali dentro”.
O presidente da Câmara dos Vereadores, Vanderlei Paulo de Oliveira (PT) e o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto (DEM) já tomaram conhecimento dos documentos contra a empresa e garantem que farão com que a lei seja cumprida.
É hora de Blumenau mostrar que tem fibra para combater a corrupção, esteja ela em qual esfera for e venha de onde quer que seja.
Abaixo uma cópia de um dos muitos documentos que depõem contra a empresa.
crematorio vaticano blumenews 03 Copy