segunda-feira, 18 de junho de 2012

Viúva usa túmulo de marido como hotel na Argentina

Viúva usa túmulo de marido como hotel na Argentina

Mausoléu está equipado com computador, cozinha, cama e internet

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Reprodução/clarin.com
Túmulo onde Adriana Villareal passava as noites em que visitava o marido, no litoral da Argentina

Uma mulher, identificada como Adriana Villareal, foi descoberta ao usar o túmulo do marido, Sergio Reneé "Checho" Yede, como local para descanso em suas visitas à Misiones, cidade no litoral da Argentina. O local era equipado com computador, internet, cozinha e cama.

Segundo o jornal argentino Clarín, Adriana mora em Buenos Aires e visita o marido a cada dois meses. Durante a estadia, ela dormia junto ao marido.

O "hotel" de Adriana foi descoberto depois que pessoas que visitavam o cemitério reclamaram que, de dentro do mausoléu onde Yede está enterrado, "saia música em alto volume" e que isso estava "afetando a tranquilidade" do local.

Funcionários do cemitério reportaram o caso à inspetores do município, que foram até o túmulo que, segundo eles, "está equipado como uma casa".

De acordo com a polícia local, Adriana atendeu os inspetores vestida de pijama e que não aparentava ter distúrbios mentais, além de demonstrar ter "boas condições econômicas".

Ainda segundo a polícia, Adriana passava o Natal e o Ano Novo com o marido, cujo corpo esta embalsamado e seu rosto pode ser visto através de um vidro.

Um funcionário do cemitério, em entrevista ao Clarín, revelou que o funeral do homem foi "uma cerimônia particular" e que houve música e uma reunião entre amigos.

Adriana falou com a imprensa argentina e disse que dormia com o marido porque "não podia pagar para ficar em um hotel". A viúva construiu o mausoléu com o dinheiro que o marido guardava para uma reforma na casa do casal.

Adriana revelou ainda que não tem medo de dormir ao lado do caixão e que "os mortos não fazem nada, quem faz são os vivos".

— Meu marido merece isso e muito mais, ele era uma pessoa muito boa.

A argentina foi notificada e informada de que, após as 19h, não é permitida a permanência no cemitério. O túmulo foi interditado e a polícia local foi até o cemitério, mas Adriana já havia voltado à Buenos Aires.