terça-feira, 23 de junho de 2015

Cheiro de ente querido que faleceu pode virar perfume

Conservar em um frasco o cheiro do ente querido que morreu ou está momentaneamente ausente deixará de ser impossível com os perfumes elaborados por uma empresa francesa a partir do aroma deixado nas roupas. Katia Apalategui teve esta ideia há sete anos após perder o pai. "Comentei com minha mãe e disse: sabe de uma coisa, eu também sinto falta do cheiro e não quis lavar a fronha de seu travesseiro", conta à AFP esta agente de seguros de 52 anos.
Após inúmeros esforços, contactou a Universidade de Le Havre (noroeste da França), que desenvolveu uma técnica para reproduzir o odor humano. "Pega uma roupa da pessoa, extrai o odor - o que representa mais de 50 moléculas - e o reconstitui em forma de perfume dissolvido em álcool após quatro dias", explica Géraldine Savary, docente nesta universidade.
O filho de Katia Apalategui, estudante de administração de empresas, lançará o negócio em meados de setembro com a ajuda de um engenheiro químico. "Através das funerárias, propomos aos parentes enlutados um estojo com um pequeno frasco com o cheiro do falecido, recolhido de alguma roupa que tenham nos fornecido", explicou Apalategui.
"É algo feito sob medida, algo íntimo, que custará 560 euros", disse, classificando seu produto de consolo olfativo que se somará a fotografias, vídeos e outras lembranças da pessoa. A empresa, que também espera poder se implantar em outros países, não quer se limitar ao setor fúnebre, e se voltará a outros mercados como, por exemplo, o de São Valentin ou o de crianças afastadas por alguma razão de seus pais.
Le HavreFrança

Ex-funcionário de funerária particular conta detalhes de esquema ilegal


Esquema tira dinheiro de pessoas que precisam enterrar parentes em SP.
Ex-funcionário afirma que pagava propina para servidores públicos.


Depois que o Jornal Hoje mostrou um esquema que tira dinheiro de pessoas que precisam enterrar um parente em São Paulo, surgiram novas denúncias. Um ex-funcionário de uma funerária particular contou os detalhes de como pagava propina para servidores públicos.
Os atravessadores que abordavam as famílias nas entradas do IML Central e do Serviço de Verificação de Óbitos desapareceram. O servidor público Olávio de Fatimo Occhiuzzi, que ofereceu os serviços de uma funerária particular, já não trabalha mais na agência funerária. Ele foi transferido para uma atividade sem contato com o público e vai responder a uma sindicância.
Na segunda-feira (22), o Jornal Hoje mostrou um esquema ilegal para tirar dinheiro das famílias que precisam enterrar um parente em São Paulo. Atravessadores e funerários particulares oferecem serviços funerários que são de competência exclusiva da Prefeitura. Eles cobram a mais por isso das famílias e dizem que pagam propina para os servidores municipais.
Agora, surgiram novas denúncias. Um homem diz que foi ao serviço de verificação de óbitos e que lá atravessadores pediram dinheiro para liberar o corpo do irmão mais rápido. “Cobraram na faixa de R$ 6 mil, porque o caixão teria que ser grande”, relata.
Ele se recusou a pagar, procurou o serviço funerário e o enterro saiu por um preço três vezes menor. Porém, para liberar o corpo teve que dar dinheiro para o motorista do serviço funerário: “O motorista que levou o corpo para o velório cobrou mais R$ 200. Aí ele viu que eu fiquei nervoso e me cobrou R$ 50”.
A equipe do Jornal Hoje localizou em São Paulo um ex-funcionário de uma funerária particular que diz que participava ativamente de um esquema de corrupção dentro do serviço funerário da Prefeitura.
Ele afirma que era o encarregado de pagar propina para os servidores públicos. Como a funerária particular não pode, por lei, fazer enterros em São Paulo, ele conta que a cada sepultamento pagava caixinha, inclusive nas agências funerárias do município, que ele chama de mesa.
“Pagava direto na mesa, nas agências funerárias, pros motoristas e pros coordenadores de garagem, em torno de R$ 50 a R$ 100 na mesa, em dinheiro, sempre em dinheiro, dinheiro vivo. A empresa já dava esse dinheiro pra fazer o acerto”, afirma.
O ex-funcionário explica o que acontecia se não pagasse a propina: “O serviço não andava. Era a única forma que o serviço podia acontecer. Então, primeiro, pra eles se calarem, pra não falarem pra família que você tava fazendo um serviço que não era certo, que não era correto”.
Ele disse ainda que as famílias pagavam pelo enterro um valor bem maior que o cobrado pela prefeitura e deu exemplo. Pela tabela da Prefeitura, o funeral podia sair por R$ 2 mil. A funerária, então, cobrava da família R$ 5 mil. Assim, pagava o funeral que era feito pelo município e ainda tinha lucro.
“Era R$ 2 mil na Prefeitura e R$ 5 mil para a empresa, nessa faixa. Um lucro bom, de R$ 3 mil líquidos, em cada atendimento. É uma máfia extremamente organizada, sabe o que tem que fazer e exploram as pessoas no momento mais delicado, que é o momento do luto, sem sentimento, sem medo nenhum”, relata.
A atual gestão do serviço funerário de São Paulo declarou que vem trabalhando com a Controladoria Geral do município para enfrentar eventuais denúncias de funcionários públicos, desde que assumiu em janeiro do ano passado. O serviço funerário da Prefeitura disse ainda que várias ações estão sendo tomadas para informar a população sobre as competências dos diferentes órgãos públicos na hora de contratar um funeral, para evitar que as pessoas sejam exploradas por pessoas inescrupulosas.

Família faz funeral ao homem errado

Os corpos de dois homens terão sido trocados, no Hospital de Chaves. Só depois de um dos funerais realizados, o erro foi detetado

Um homem de 55 e outro de 85 anos morreram no Hospital de Chaves. Os corpos foram trocados e um deles foi entregue à família errada. Quando o erro foi detetado pela agência funerária, já um dos funerais tinha sido feito.
 
Na aldeia de Rebordondo, a família de José Meireles fez um funeral, no domingo, com o corpo que pensava ser do homem de 55 anos. Só no dia seguinte é que a agência funerária os informou sobre a troca que tinha acontecido.
 
A família já fez o segundo funeral, mas quer apurar responsabilidades.
 
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro diz não ter qualquer responsabilidade neste caso e que o erro terá sido da agência funerária que entregou um dos corpos à família errada. A agência recusou-se a falar sobre o caso. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Atravessadores cobram mais caro por serviço funerário público em SP

Eles agem em funerárias, cemitérios, IML e Serviço de Verificação de Óbito.
Grupo chegou a pedir R$ 3,8 mil por sepultamento que custa R$ 701.

Do G1 São Paulo
Atravessadores tentam ganhar dinheiro oferecendo a quem perdeu parentes ou amigos serviços funerários mais caros e feitos por empresas particulares, como mostrou uma reportagem exclusiva do Jornal Hoje, nesta segunda-feira (21). A ação acontece em agências funerárias municipais, cemitérios, hospitais, tudo com a ajuda de funcionários públicos.
Pessoas que não são funcionárias públicas tomam conta da entrada do Instituto Médico-Legal (IML) Central e do Serviço de Verificação de Óbitos da capital. No IML não deixam entrar sem antes falar com eles. “A gente orienta a senhora qual prédio que é. Já passo para a senhora direitinho o que a senhora tem que fazer sem compromisso nenhum. E aí a senhora decide o que é melhor para você”, disse um dos atravessadores.

Ele se apresenta como José Donato Filho. No dia 3 de junho, a reportagem gravou imagens dele em frente ao IML Central. Ele também estava lá nos dias 11 e 12. Nesse dia, pediu para um homem ligar para o motorista do carro funerário da Prefeitura para saber onde ele estava.

Donato Filho disse que tem uma funerária em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. “Aqui a família às vezes demora para liberar. Então procura a gente, a funerária particular, para agilizar o processo.”
Ele disse que não tem contato dentro do IML, mas que conhece bastante gente lá. “Conheço várias pessoas dentro do IML, mas assim com uma amizade. Como a gente está vários anos trabalhando, então, a gente conhece as pessoas, entendeu? Mas não existe propina para agilizar, não existe essas coisas, não existe nada.”

A reportagem pediu informações sobre um enterro na cidade de São Paulo. Donato dá o preço. “R$ 2,6 mil. Caixão, transporte, higienização do corpo, tudo prontinho.”

Por lei, na capital paulista, os serviços funerários são de competência exclusiva da Prefeitura. O sepultamento mais simples custa R$ 701.
Atravessadores
Mas um agente de uma funerária particular denuncia que há um esquema ilegal para tirar dinheiro das famílias que precisam enterrar um parente na cidade. Ele diz que os atravessadores ficam em agências do serviço funerário da capital, em cemitérios, em hospitais, nos IMLs e no Serviço de Verificação de Óbitos.
Eles abordam as famílias com a promessa de liberar o corpo mais rápido e acertam o valor do funeral, sempre acima da tabela da Prefeitura. Depois, eles vão até uma agência funerária da própria Prefeitura e contratam o transporte do corpo, o velório e o enterro.

“Então quer dizer que quem trabalha para as funerárias particulares é a Prefeitura. Quem faz todo o funeral, na realidade, é a Prefeitura. Porém a família não vê isto. A família pensa que está fazendo com a funerária particular”, disse o denunciante.

Uma das vítimas desses atravessadores tem medo de se identificar. Ele disse que foi abordado na porta do IML Central. “A primeira pessoa a falar é eles. Você pensa que é um segurança, que é um funcionário, mas eles não têm nada a ver com o IML.”

A reportagem acompanhou o carro com o corpo desde o IML até o cemitério. É possível ser a identificação do carro, que é do serviço funerário de São Paulo. Quer dizer, mesmo pagando para um particular, foi o carro do município que transportou o corpo.

Um dos atravessadores se identificou como Luciano e disse que trabalha para a funerária Panamby, de Santana de Parnaíba, na região metropolitana. Luciano disse que para fazer um enterro mais rápido dentro da cidade de São Paulo precisa dar caixinha pra funcionários do serviço funerário municipal.

“Eu já trabalho nessa área há 15 anos. Então eu tenho meus meios. É caixinha. Tudo é caixinha. Ali já é dinheiro para um, dinheiro para garagem, dinheiro para o outro, isso tudo que eu vou agilizar”, disse Luciano. O sepultamento mais simples que Luciano oferece ficou quase seis vezes o valor oferecido pela Prefeitura: “R$ 3.880.”

Atestado de óbito
Outro homem que se apresenta como Roberto Silveira também é atravessador. Ele abordou nosso produtor na frente do prédio do Serviço de Verificação de Óbitos da capital, que atesta casos de morte natural.
A reportagem disse que precisava enterrar, na capital paulista, uma pessoa que morreu num hospital. Roberto disse que o serviço público demora muito e que se contratasse o serviço dele o sepultamento seria rápido. Ele também ofereceu um atestado de óbito.

“E não tem interesse de atestar? E nós vamos atrás do médico para atestar o óbito. Tenho. Daquele jeito que te falei. O atestado é que nem eu te falei, novecentos contos [R$ 900]. Entendeu? É o médico que atesta para gente”, disse Roberto.
Sem saber que estava sendo gravado, ele ofereceu os serviços de uma funerária particular para liberar o enterro mais rápido dentro da capital por R$ 3,5 mil. “Uma pessoa de confiança, tem nota fiscal, tudo direitinho, viu!”
Com a câmera ligada, ele negou que oferecesse serviços funerários particulares.
Outro lado
Segundo o serviço funerário da Prefeitura, Olávio de Fátimo Occhiuzzi foi transferido para uma função sem contato com o público e que foi aberta uma sindicância para apurar o ocorrido. O Serviço de Verificação de Óbitos da Universidade de São Paulo negou que os funcionários apressem a liberação dos corpos e que o tempo de espera depende dos exames feitos pelos médicos patologistas.
A superintendência da Polícia Técnico-Científica do governo do estado declarou que não há relação do IML com empresas funerárias ou com pessoas que ofereçam supostas facilidades e que a circulação dessas pessoas é proibida no IML.
O funcionário da funerária Panamby, que se identificou como Luciano, disse que não paga e que nunca pagou caixinha para funcionário do serviço funerário municipal. Ele se recusou a dar o nome completo. O proprietário da funerária Panamby, Tiago Arenzano, também negou que a funerária pague caixinha e informou que o funcionário Luciano usou mal as palavras.
Roberto Silveira, André Teles e Gilberto dos Santos disseram que só trabalham dentro da lei, fazendo transporte de corpos para fora de São Paulo.
A superintendente do serviço funerário municipal de São Paulo, Lúcia Salles França Pinto, disse que a ação dos atravessadores é ilegal e que não há esquema para apressar o enterro.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Agentes funerários recorrem a cães para animar funerais

Acredita-se que os animais sabem identificar quem mais precisa do seu apoio.
Mundo 
 
Agentes funerários recorrem a cães para animar funerais
 

Nos Estados Unidos, os agentes funerários estão a recorrer a cães para tentar amenizar a dor dos seus clientes, perante a perda de alguém que lhes é querido.
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Para os organizadores de funerais, os cães, sobretudo os que estão especialmente treinados, conseguem amenizar climas por vezes estranhos e tensos e conseguem perceber quem precisa exatamente do seu apoio.
Quem já contou com o apoio de um animal de quatro patas, comprova a teoria. “Aquele cão olhou para mim e conseguiu-o. Parece que ele percebeu exatamente o que eu precisava. Um funeral é um funeral, não é algo bom. Mas aquele cão atribuiu-lhe uma atmosfera familiar e um ambiente mais de celebração”, diz um homem ao New York Daily News, acrescentando que quando entrou no local do funeral do seu pai pensou que o cão fosse apenas o animal de estimação do organizador.
Mark Krause, dono de uma Agência Funerária em Milwaukee afirma que quando um cão está numa sala, “o ambiente muda”. “Num funeral, as pessoas estão em baixo, sentem-se desconfortáveis. Mas todos se animam, todos querem cumprimentar o animal”, refere.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Coveiro arrenda área de cemitério para agricultor plantar amendoim

Internauta diz que plantas passam por cima de túmulos e enviou foto ao G1.
Zelador retirou plantação e foi advertido, afirma prefeitura de Moiporá, GO.

Internauta, Missianópolis, GO
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Plantação de amendoim em cemitério de Missianópolis, em Goiás (Foto: Internauta/VC no G1)Plantação de amendoim em cemitério de Missianópolis (Foto: Internauta/VC no G1)
Em visita ao cemitério municipal de Missianópolis, distrito de Moiporá, no oeste de Goiás, uma moradora da cidade, de 28 anos, que não quis se identificar, registrou uma plantação de amendoim em uma área de aproximadamente 400 m². A foto foi enviada via VC no G1. Segundo a internauta, a plantação tem cerca de 40 dias e foi autorizada pelo coveiro responsável pelo local.
“Ele simplesmente decidiu arrendar para uma pessoa plantar, colher e vender. Às vezes, a plantação passa do lado e até em cima de onde as pessoas foram enterradas. Acho que é um desrespeito com os mortos da cidade”, afirma.
Ainda de acordo com a moradora, a suspeita da população da cidade é de que a plantação seja de responsabilidade de um homem que vive vizinho ao terreno. “Ele vigia as plantas e não deixa ninguém tirar”, conta.
Ela relata também que o fato se tornou um assunto bastante comentado em Missianópolis: “Lá na cidade, inclusive, virou motivo de chacota. Todo mundo fica perguntando quem quer amendoim”.
Nota da Redação: O G1 entrou em contato com a prefeitura de Moiporá, responsável pela administração do cemitério, que afirmou ter tomado conhecimento do caso na segunda-feira (10). Segundo o secretário de Administração, Sebastião da Costa Ferreira, representantes da prefeitura foram até o local. “A gente foi lá e falei que ele tinha duas horas para limpar aquilo. Voltamos depois e verificamos que tudo já foi retirado”, afirma o secretário. Sebastião afirma ainda que o funcionário recebeu uma advertência na ficha funcional e que o caro será encaminhado para a assessoria jurídica da prefeitura.

Justiça interdita único cemitério por irregularidades em Valparaíso, GO

O único cemitério de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, foi interditado pela Justiça. De acordo com a decisão, da 3ª Câmara Cível, os trabalhos eram realizados de maneira irregular, causando impactos ambientais e riscos de contaminação à rede hídrica da cidade. A multa estabelecida, em caso de descumprimento, é de R$ 50 mil por sepultamento ou cremação. O local só deve ser reaberto após uma série de readequações.
De acordo com o a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MP-GO), alguns moradores da região chegam a apresentar distúrbios gastrointestinais em função das irregularidades cometidas no cemitério Jardim Metropolitano. Imagens divulgadas pelo órgão mostram lixo acumulado no local, além de caixões queimados e água acumulada nos túmulos.
O caso é analisado pela Justiça desde 2007, no entanto, a empresa responsável pelo cemitério recorreu diversas vezes. Segundo a promotora Oriani Graciane de Sousa, um laudo pericial constatou que o cimento usado nas sepulturas tinha uma espessura mais fina do que a exigida por lei.
“A porção de terra que cobria os caixões também era menor do que deveria ser. Então acontecia essa infiltração, a água passava pelos corpos em decomposição e comprometia toda a rede de abastecimento", disse a promotora.
Desta vez, os desembargadores da 3ª Câmara Cível seguiram o voto do relator, Walter Carlos Lemes, e reformou uma decisão do juízo da Comarca de Valparaíso de Goiás, que havia indeferido liminar requerida contra a companhia.
Em seu voto, o desembargador ressaltou que o cemitério não possui licença ambiental para funcionamento, mas apenas para a instalação. Por conta disso, ele concluiu que as atividades realizadas no cemitério provocam dano ambiental e, por isso, ele deve se adequar às normas pertinentes. O magistrado entendeu que os requisitos para a concessão da tutela antecipada estavam presentes e decidiu pela reforma da decisão.
Walter Carlos considerou que o perigo de demora estava evidenciado pelas “graves irregularidades relatadas no laudo pericial”. Ele destacou, entre essas irregularidades, a “prática corriqueira de queima de resíduos sólidos a céu aberto, inclusive de caixões retirados das covas”. Quanto ao dano irreversível, o magistrado entendeu que não estava presente no caso já que o município encontra-se no entorno de Brasília, “existindo outras cidades bem próximas e que possuem cemitérios”.
Em nota, a administração do Cemitério Jardim Metropolitano informou que tem todas as licenças para funcionamento e que vai recorrer da decisão judicial.

Fotos tiradas pelo MP-GO mostram água acumulada nos túmulos do cemitério, em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Fotos tiradas pelo MP-GO mostram água acumulada nos túmulos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Medo
Um levantamento da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) apontou que 10% das casas de Valparaíso são abastecidas por cisternas e poços artesianos. Por isso, os moradores ficaram assustados com a situação do cemitério, já que todos podem estar consumindo água contaminada.
“A gente que mora próximo tem medo, pois morrem várias pessoas com vários tipos de doenças, então não tem como não ficar preocupado”, disse a dona de casa Elizabete Brasil.
Na casa do vigia Alino da Cruz toda água consumida vem de um poço artesiano. “Aqui a gente não precisa cavar muito fundo para abrir um poço. Como ele dá muito raso, significa que o lençol freático está em cima e não é profundo. Isso preocupa”, disse.

Reparação
A promotora diz, ainda, que a Prefeitura de Valparaíso de Goiás também foi omissa, pois deveria fiscalizar o cemitério. Ela pediu na ação que a empresa faça um reparo dos danos ambientais e que a administração municipal faça a fiscalização desse trabalho.
"No caso, eles [empresa] vão ter que fazer uma correção ambiental. Cabe ao próprio município fiscalizar quanto a essa questão, qual que foi o dano, e aí a prefeitura, no seu poder de polícia, pode aplicar essa multa”, destacou Graciane.
O superintendente de fiscalização da prefeitura, Paulo Brito, disse que a administração está resolvendo os problemas apontados pelo MP-GO. Enquanto isso, os enterros terão que ser feitos em outras cidades da região.
Cemitério está passível de multa de R$ 50 mil por enterro realizado no local (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Cemitério está passível de multa de R$ 50 mil por enterro realizado (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Dentes de cadáveres são roubados no Rio de Janeiro

A administração do cemitério do Cajú, na Zona Portuária do Rio, mostrou perplexidade com o possível roubo de próteses dentárias de cadáveres. A polícia investiga a participação de coveiros na venda das arcadas, algumas com dentes de ouro.
 
 
No fim da noite da última quinta-feira, dois homens foram presos atrás do cemitério negociando as próteses. A dupla carregava 27 gramas de ouro em uma sacola.
 
 
De acordo com o responsável pelo consórcio Reviver, Ricardo Silva, que assumiu a administração do cemitério do Cajú há quatro meses, não há possibilidade de identificação da procedência do material.
 
 
Segundo a polícia, Bruno Pires, de 21 anos, e Luiz Fernando, de 24, informaram que compraram o ouro de um coveiro identificado com Rodnei. O consórcio Reviver informou que o acusado seria um ex-funcionário do cemitério.
 
 
Os suspeitos assinaram um termo circunstanciado de violação de sepultura. O documento serve para que os acusados tomem conhecimento que serão investigados por terem cometido um crime de menor potencial ofensivo.
 
 
Em novembro do ano passado, o consórcio Reviver assumiu a concessão de sete, dos 13 cemitérios públicos da cidade. Os outros seis estão sob o comando do Consórcio Rio Pax. As duas concessões colocaram fim ao centenário e polêmico monopólio da Santa Casa na administração dos serviços em cemitérios e funerais da capital fluminense. O prazo de concessão aos dois novos consórcios é de 35 anos.

Quadrilha limpa tumbas e revende túmulos em Nápoles

Ladrões retiravam restos mortais de tumbas e vendiam túmulos 'ocupados' como se estivessem livres.

Túmulos eram vendidos irregularmente pelo equivalente a até R$ 2,8 milhões (Foto: Comune di Napoli)Túmulos eram vendidos irregularmente pelo equivalente a até R$ 2,8 milhões (Foto: Comune di Napoli)
A polícia italiana prendeu uma quadrilha que retirava os restos mortais de túmulos pouco visitados de um cemitério no sul do país e vendia os jazigos a outras pessoas.
Com a ajuda de empregados do cemitério de Poggioreale, na cidade de Nápoles, os bandidos localizavam túmulos que já não eram visitados há vários anos.
Eles retiravam os restos mortais e as inscrições com os nomes dos mortos e "vendiam" o jazigo para outras famílias, que pensavam estar comprando o túmulo da própria administração do cemitério.
O esquema incluía até um oficial de cartório que emitia certificados falsos de propriedade. São acusados de envolvimento também funcionários de duas empresas funerárias.
No total, 11 pessoas foram presas pela polícia. O destino dos restos mortais retirados pelos criminosos ainda é desconhecido.
Venda online
Os túmulos eram oferecidos em sites na internet e custavam até 800 mil euros, o equivalente a R$ 2,8 milhões.
Alguns deles eram estruturas grandes e incluíam até pequenas capelas. Várias tumbas de família "recicladas" pelos bandidos datam do século 19 e não podem ser vendidas nem legalmente.
O esquema veio à tona quando membros de uma família dona de um túmulo no local foram visitar o cemitério depois de muito tempo e encontraram outros nomes no lugar.
A família não quis se pronunciar sobre o assunto, mas a polícia diz que o ocorrido foi um choque para as pessoas envolvidas.
Andrea De Giacomo, responsável pelos cemitérios de Nápoles, disse que a administração desconhecia o mercado ilegal de túmulos e que sua descoberta foi uma grande surpresa.
Poggioreale, fundado em 1837, é o principal cemitério da cidade de Nápoles e um dos maiores de toda a Europa.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

TJ manda Diadema indenizar família que teve túmulo violado

A Justiça determinou que indenização no valor de 20 salários mínimos (equivalente a R$ 15.760) deve ser paga a Luzineide da Silva, 36 anos pela Prefeitura de Diadema. Isso porque, em outubro, o túmulo de seu filho foi violado no Cemitério Municipal da cidade.

A decisão foi dada pela 3ª Câmara de Direito Público do TJ (Tribunal de Justiça), enquadrada em indenização por danos morais. O pequeno Miguel Arcanjo da Silva Pimentel veio ao mundo morto em dezembro de 2013. Ele estava sepultado na área conhecida como columbário.

No dia 20 de outubro do ano passado, o roubo do caixão e o posterior aparecimento foram informados e registrados no 1º DP (Centro) da cidade. A sepultura foi violada no domingo e o corpo foi localizado no dia seguinte, dentro do próprio cemitério.

Conforme a decisão, a administração do local informou a Luzineide que ladrões teriam violado algumas sepulturas, entre elas a de seu filho. No recurso, ela alegou falha no serviço de segurança no local.

Na época, Luzineide conversou com o Diário e afirmou que o roubo foi um segundo choque após a morte do filho. “A Guarda Civil Municipal me procurou para me acompanhar até o cemitério. Só lá me contaram que o corpo do meu filho tinha sumido. Entrei em desespero, fiquei revoltada. Foi uma dor maior que ter que enterrá-lo há praticamente um ano”, disse na época. Luzineide foi procurada por meio de seu celular e na residência onde vivia, mas não foi encontrada para comentar a sentença.

Após a perícia atestar que os restos mortais pertenciam ao recém-nascido, ele foi sepultado novamente. Porém, desta vez em uma área destinada aos natimortos.

No documento do TJ, a Prefeitura afirmou que faz a proteção do cemitério, com muros e vigilantes. Segundo a administração, seria impossível resguardar totalmente o local, mesmo com todos os meios de segurança que estão disponíveis.

O relator do processo, o desembargador Maurício Fiorito, disse que o Executivo não juntou ao processo fotografias ou documentos que comprovassem a existência dos muros e a quantidade de vigilantes que trabalhavam no dia dos fatos. Segundo ele, era obrigação da administração zelar pela segurança do cemitério.

O Diário procurou a Prefeitura para comentar o caso, porém, não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Instalação de câmeras está em estudo

Após os casos de violação de sepultura no ano passado, a Prefeitura de Diadema afirmou que havia estudo para a instalação de câmeras no Cemitério Municipal. Quase oito meses depois, a administração afirmou que ainda não há prazos para instalação do circuito. Além disso, a intenção é elevar a altura do muro e instalar arames de concertina, também sem data para execução.

A equipe do Diário esteve no cemitério ontem e não encontrou nenhuma sepultura violada ou outras irregularidades. Porém, praticamente não havia funcionários fazendo a segurança do local.

Uma comissão foi formada na Câmara pelos vereadores José Dourado (PSDB), Milton Capel (PV), Reinaldo Meira (sem partido) e Josa Queiroz (PT). Representantes da Federação de Umbanda e de
Cultos Afro-brasileiros de Diadema também participaram de reuniões na época.
Segundo Zé Dourado, que atualmente é presidente da Câmara e por isso não participa mais da comissão, não houve reuniões neste ano. “A intenção é a instalação de câmeras e uma reforma no local. Mas este assunto não voltou à pauta.”

O vereador Josa Queiroz afirmou que a comissão está no aguardo das ações da Prefeitura. “Eles ficaram de fazer a reforma e ter esse estudo, mas, por enquanto, não começaram nada. Estamos aguardando”, disse.

O Diário não conseguiu contato com os outros dois vereadores. 

Pintura funerária egípcia de 3.400 anos vai a leilão em Paris



Chamava-se "Ta-nedjem" ("Doce país"), morreu no Vale dos Reis no Egito há 3.400 anos e seu retrato estampado na pintura funerária colocada em cima de seu sarcófago irá a leilão em 18 de junho em Paris - uma venda inédita.
Esta é uma venda excepcional, já que é a primeira vez que uma tela funerária egípcia vai a leilão. Existem apenas 22 exemplares preservados em todo o mundo, a maioria guardada em grandes instituições como o museu do Louvre (Paris) e o museu Metropolitan (Nova York).
O caráter inédito da venda faz com que seja difícil estimar o preço deste valioso testemunho.
A tela, cujas cores permanecem vibrantes, data da XVIII dinastia egípcia (1400-1300 antes de Cristo) e foi descoberta por Henri-Pierre Teissèdre, diretor e curador da casa Piasa, entre os bens de Jeanne Loviton, editora, escritora e advogada, morta em 1966 após uma vida digna de novela.
Na peça de 29 por 21 centímetros, o defunto é representado de perfil, como mandava a tradição, sentado em uma poltrona na frente de uma pequena mesa de oferendas como pão, cabaças e pedaços de carne.
Estas obras de linho correspondem a um tipo de tecido funerário descoberto em Deir el-Medineh, no Vale dos Reis, onde morava a irmandade dos artesãos responsáveis ​​pela construção de túmulos e templos mortuários dos faraós durante o Império Novo, segundo o especialista Christophe Kunicki.
As telas, confeccionadas no mesmo material usado para embrulhar múmias, eram depositadas em cima do sarcófago, como mostra o único exemplar encontrado intacto no local.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Cemitério alemão permite enterro de pets com os donos

Os falecidos agora poderão repousar eternamente na companhias de seus bichinhos de estimação na Alemanha, pelo menos no cemitério de Braubach (oeste), que oferece a partir desta terça-feira sepulturas para urnas crematórias de humanos e animais.
A funerária local lançou a iniciativa que, assegura, é sem precedentes no país.
Na quarta-feira, outro cemitério, de Essen (oeste), também oferecerá os mesmos serviços.
Apenas urnas contentando as cinzas, sejam humanas ou de animais, poderão repousar juntas, segundo a funerária Sociedade Alemã de Cemitérios.
A cremação, no entanto, deverá ser feita separadamente, conforme prevê a legislação alemã.

Idosa descobre golpe e coloca marginais na cadeia



Um casal foi preso suspeito de dar golpes com planos funerários em idosos, em Matinhos, no litoral. Segundo informações da Polícia Civil do município, entre as vítimas de Kelli Aparecida Cardoso de Carvalho, 29 anos, e Jean Carlos Moreira Fogaça, 26, está uma mulher, de 64 anos. Foi por esse caso que o golpe foi descoberto.

A vítima relatou que foi procurada por uma jovem que lhe ofereceu o plano por 36 parcelas de R$ 15. Após assinar os papéis, a idosa descobriu os golpistas haviam feito empréstimos na sua conta-salário do INSS totalizando R$ 2,6 mil, valor maior do que o combinado.

A idosa contou o ocorrido para a filha, que avisou a polícia. Na sexta-feira, a equipe, comandada pelo delegado Daniel Prestes Fagundes, foi até o Banco do Brasil e prendeu Kelli no momento em que saía da agência depois de sacar o dinheiro da vítima. Jean foi preso dentro do carro aguardando a jovem.

Fotografias

Além do dinheiro, os policiais apreenderam dois celulares com inúmeras fotografias de documentos de possíveis vítimas e extratos bancários usados pelos falsários. Pelos documentos apreendidos, a polícia acredita que os dois aplicavam golpes na capital. “Com eles havia de 10 a 12 contratos de banco de pessoas de Curitiba”, contou o escrivão Carlos da Silva.

Segundo ele, os golpistas enganavam o idoso cobrando um valor e descontando quantia bem maior. “Eles faziam um refinanciamento no INSS. Os idosos pagariam mais parcelas e não perceberiam a diferença”, explicou. O casal foi autuado em flagrante por estelionato.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Justiça manda abater 50 árvores de grande porte em cemitérios

A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), terá que abater nos próximos dias um total de cinquenta árvores de grande porte, no interior do Cemitério Cristo Rei e também do Cemitério da Saudade. A determinação consta de recente decisão proferida pelo juiz substituto Rogério Tragibo de Campos, acatando parecer emitido pelo Ministério Público, e amparado por estudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), mediante Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).  

A medida é resultante de ação popular de autoria do advogado Aluísio Henrique Ferreira, que tramitava há alguns anos na 1ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana. A ação questionava a falta de licenciamento ambiental dos cemitérios de Apucarana. O secretário municipal do meio ambiente, Ewerton Pires, explica que uma nova lei, regulamentada em 2010 previa uma série de cuidados necessários no manejo de cemitérios que, infelizmente, a gestão anterior deixou de adotar.

“É preciso dar destinação adequada a todos os tipos de resíduos, como flores, materiais de construção, entulhos, restos de urnas funerárias, vestimentas e calçados”, revela o secretário. Quanto às árvores consideradas inadequadas a cemitérios, Ewerton Pires esclarece que suas raízes permeiam pelo solo e acabam atingindo as sepulturas. “Em muitos casos essas raízes geram trincas nas carneiras e danos nas urnas funerárias, e isso aumenta a geração do necrochorume, líquido resultante da decomposição de corpos, provocando contaminação nos lençóis freáticos”, explica Pires.

Entre as árvores que serão abatidas estão grevíleas, cedros e até araucárias. Em substituição a estas espécies, a Secretaria do Meio Ambiente terá que providenciar o plantio de outras árvores nativas de pequeno porte e que produzam flores, em local adequado e na proporção de quinze novas unidades para cada uma que for abatida, conforme a sentença dada pelo Judiciário. Conforme anuncia o secretário, o abate das árvores, com as diligências necessárias e cautelas pertinentes, deve acontecer ainda nesta semana.

Impactos causados pelo necrochorume Desde a antiguidade, foi constatada que a prática de sepultamento de corpos em cemitérios causa contaminação de fontes de água próximas a esses locais. Várias legislações foram criadas no Brasil proibindo o sepultamento em igrejas e zonas urbanas. Atualmente, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) possui duas resoluções que discorrem sobre os aspectos construtivos dos cemitérios, devido ao processo de decomposição do cadáver no qual é liberado o necrochorume. Esse líquido é composto por água, sais minerais e substancias orgânicas, responsável pela contaminação do solo e aqüíferos subterrâneos.

O cadáver fica infestado de bactérias, vírus e microorganismos patogênicos com capacidade de infiltração no solo com ajuda hídrica. Mesmo com densidade superior a da água, ainda não é conhecida a mobilidade do necrochorume no solo. Visando a manutenção da qualidade ambiental, é necessário escolher criteriosamente o local de implantação e métodos de construção dos cemitérios, através de estudos geológicos e sanitários das áreas e verificação das possibilidades de contaminação do solo e água subterrânea.