sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Igreja quer veto a enterro de cão em cemitério.



O arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, foi recebido ontem na Prefeitura com uma missão: impedir a aprovação do projeto de lei que libera o sepultamento de animais domésticos, como cães e gatos, em jazigos comuns dos cemitérios municipais. A proposta, dos vereadores Roberto Tripoli (PV) e Antonio Goulart (PSD), visa a permitir o enterro dos bichos ao lado de seus donos.

Os parlamentares alegam que os proprietários dos animais os consideram membros da família. "Quando um deles vem a falecer, além do extremo sofrimento da perda, as pessoas em geral se desesperam sem saber para onde destinar o cadáver", diz a proposta da lei.

Ao prefeito Fernando Haddad (PT), d. Odilo argumentou que a presença de jazigos de animais entre túmulos comuns poderia provocar um processo de depreciação da dignidade humana ou reconhecer aos animais uma dignidade igual à dos humanos, o que seria inaceitável. Informal, a conversa sobre animal ter ou não alma não obteve um desfecho.

Apesar de aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal, ainda não há data para nova votação do tema na Casa. Os autores da proposta aguardam uma manifestação de Haddad, o que ainda não ocorreu. A intenção é evitar o desgate de um possível veto do prefeito a uma lei sugerida e aprovada por vereadores da base aliada.

Velório. De acordo com Tripoli, a liberação é uma demanda da sociedade e um direito do cidadão, que paga para adquirir e manter um túmulo. "A pessoa que compra o espaço pode usá-lo como quiser. Se quiser enterrar um cachorro ali, qual é o problema? O Município não vai gastar nada com transporte."

O vereador ressalta ainda que os poucos cemitérios e crematórios particulares destinados a bichos domésticos na cidade cobram altíssimas taxas, praticamente inviabilizando o uso pela maioria da população.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Croácia descobre crânio alienígena em cemitério de humanos

Coveiros que desenterraram a bizarrice dizem que ele tinha um perfume parecido com pós-barba
Ivan Stefic, prefeito da cidade de Medjimurje, na Croácia, está, ao mesmo tempo, aterrorizado e orgulhoso. 
Aconteceu que, nas obras de expansão do cemitério da cidade, trabalhadores encontraram o que eles supõem ser partes do cadáver de um alienígena.
A primeira parte, de acordo com os croatas, parece ser uma cabeça — porque tem uma espécie de boca em forma de bico bem no meio dela.
Já a segunda parte, que eles acreditam ser o tronco da criatura, tem algo que se assemelha com um coração.
Os operários que trabalhavam na obra de expansão do cemitério ficaram abismados com a descoberta. Um deles, em entrevista ao Orange News, disse que nunca ficou tão assustado.
— Eu quase me borrei de medo ao ver aquela coisa me encarando debaixo da terra. A coisa mais estranha de todas, apesar de tudo, era o cheiro. A maior parte das coisas que saem da terra não cheiram muito bem, mas esta tinha um cheiro bem doce, como se fosse uma loção pós-barba.
O prefeito da cidade, Ivan Stefic, vislumbrando uma oportunidade de bombar o turismo local, já foi logo convocando cientistas que vão estudar profundamente a cabeçorra.
— Ele [o cadáver] foi encontrado a coisa de 1m de profundidade e deu um susto nos trabalhadores. Nós a mantivemos em segurança no prédio da prefeitura até que os cientistas a levaram. A gente sabe que soa como loucura, mas nós não conseguimos pensar em nenhuma outra explicação mais racional para a nossa descoberta.

Funerária entrega corpo para velório sem preparo e revolta família, em RO

Croácia descobre crânio alienígena em cemitério de humanos


De acordo com a família, corpo foi entregue sujo e em caixão lacrado.
Funerária alega que serviço não foi realizado a pedido da família.


A família do jovem Adevair Santana Vital, de 24 anos, morto em um acidente na BR-364 no sábado (17), em Vilhena (RO), pretende mover uma ação contra a funerária contratada para o preparo do corpo para o sepultamento. De acordo com a família, o corpo foi entregue para o velório sujo e dentro de um caixão lacrado. Um funcionário teria dito que o corpo estava desfigurado. “Do jeito que retiraram o corpo do local do acidente, colocaram no caixão”, conta Priscila Daiane de Oliveira Borsoi, esposa de Vital.
Ataídes Vital, tio de Adevair, conta que na madrugada no sábado, por volta das 3h, a família foi comunicada sobre a morte do sobrinho. Em seguida, a funerária que estava de plantão, ficou responsável pela preparação do corpo para o enterro. “Um outro familiar nosso viu o corpo e, como não estava totalmente desfigurado, pedimos para fazerem todo preparo”, relembra o tio.
Segundo o tio, quando a funerária entregou o corpo para ser velado, um funcionário pediu para que o caixão não fosse aberto, alegando que estava desfigurado. “Eles também pediram para que o enterro fosse realizado naquele mesmo dia, por volta das 17h. O caixão estava lacrado”, relembra Ataídes.
Desconfiados, os familiares decidiram abrir o caixão. “Foi aí que descobrimos porque eles não queriam que abrisse. Meu sobrinho estava com as mesmas roupas, ou seja, não mexeram em nada. Nem banho deram”, conta o tio, indignado. Diante da situação, a polícia foi acionada e um Boletim de Ocorrência foi registrado contra a funerária na delegacia da cidade.
Após o ocorrido, a funerária retirou o corpo do velório, devolvendo, novamente, no início da noite. O sepultamento foi realizado na manhã de domingo (18). “Ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Meu marido estava cheio de terra. Ele não era bicho para ser tratado desta maneira”, desabafa a esposa do jovem.
Procurado pelo G1, o proprietário da funerária, Ademilson de Golveia Silva, alegou que a própria família teria pedido para que o corpo não fosse preparado, já que não tinham condições financeiras. “Eles pediram para colocar em uma urna simples, pois não queriam acrescentar despesas”, afirma. De acordo com o empresário, foi somente após os amigos de Ataídes aparecerem no local do velório, e verem as condições do corpo, que família pediu a preparação.
O delegado Fábio Campos informou que este foi o primeiro caso desta natureza registrado na Delegacia de Polícia Civil de Vilhena. “Se teve outros casos do gênero, os familiares não registraram um boletim”, finalizou.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

‘Morto’ aparece no próprio velório: família velou morto errado


Foto: Reprodução/TV Tem
O velório já durava 14 horas quando o 'morto' apareceu na porta do próprio velório, em Mirassol, no interior de São Paulo. "Não está me reconhecendo, mãe?", disse Ewerton Santos. A mãe, assustada, começou a chorar. Santos é usuário de drogas e vive nas ruas. Um cadáver foi achado nas ruas e o pai, Adauto Santos, foi chamado ao IML para fazer o reconhecimento do corpo.
Nervoso com a situação, o pai se confundiu e achou que o cadáver era do próprio filho. No entanto, o corpo era de outro jovem: Lucas Casemiro, 18 anos, morador de Getulina, cidade próxima a Mirassol. Casemiro foi vistar a mãe em Mirassol, passou mal na rua e morreu. Encontrado no centro da cidade, foi levado ao IML pelo Corpo de Bombeiros.
Depois de quase 14 horas de velório com o caixão aberto, ninguém tinha percebido o equívoco. Até que duas amigas da família foram ao velório e contaram ter visto Ewerton na rua. Minutos depois, o 'defunto' apareceu no local, para espanto dos familiares e amigos.
A família de Casemiro, o verdedeiro morto está abalada com o ocorrido e pensa em processar o Estado. O jovem será sepultado nesta sexta-feira (16) em Bebedouro, onde vivia com o pai. A Polícia Civil informou que não há indícios de crime e, portanto, o caso não será investigado. (vi no Diário Web)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Prefeito analisa projeto para enterrar animais junto com os donos em Poá

Principal argumento de criador da lei são laços entre donos e bichos.
Enterro seria no jazigo da família, mas medida divide opiniões.

Pedro Carlos Leite e Carolina Paes                                                                                        

Prefeito de Poá afirma que vai vetar lei por acreditar que sociedade precisa participar de discussão. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Vereadores de Poá aprovam lei que permite enterro de cães em cemitério. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Um projeto de lei que autoriza o sepultamento de animais domésticos no cemitério da cidade de Poá (SP) está causando polêmica. A proposta, que já foi aprovada pela Câmara Municipal e segue para sanção do prefeito Francisco Pereira de Sousa, determina que bichos como cães e gatos poderão ser enterrados nos mesmos jazigos que os donos. O prefeito já disse que não pretende autorizar a medida com a alegação de que é preciso maior debate com a população. Autor do projeto, o vereador Deneval Dias do Nascimento (PRB) se defende. “Nossa preocupação é tentar solucionar problemas. Deixei o projeto durante 30 dias em todas as petshops da cidade perguntando se as pessoas aprovam ou reprovam e consegui quase 300 assinaturas a favor da lei.”
Vereador de Poá com as quase 300 de apoio que obteve para o projeto de sua autoria. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Vereador de Poá com as quase 300 de apoio que
obteve para o projeto de sua autoria.
(Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Cumprindo seu sétimo mandato no Legislativo de Poá, Deneval diz que parte da inspiração veio das grandes manifestações de junho. “Estamos sempre procurando onde melhorar, mas depois das manifestações ficou evidente que é necessário inovar em todas as áreas”. O projeto entrou em votação na última terça (5) e foi aprovado com oito votos a favor, quatro contra e quatro abstenções.
O vereador argumenta que a cidade não oferece atualmente nenhum serviço do tipo. “Este é um assunto que também está sendo discutido na Câmara de São Paulo. A população não tem destino para dar para os animais aqui em Poá. O município tem 17 quilômetros quadrados e praticamente não tem zona rural. Conheço gente que saiu com enxada para enterrar o cachorro e não achou onde cavar. Não é obrigatatório enterrar no cemitério e não vai ter custo nenhum”, afirma.
O principal argumento são os laços emocionais que o dono cria com seu pet. “Eu conheço pessoas que choram quando o animal está doente, dá banho todo dia e diz 'vem pro papai, vem pra mamãe'. Vai dar um suporte para esse pessoal dar um final para seu animalzinho”, conta o verador, que diz também ser dono de um cão que, quando chegar a hora, será sepultado conforme seu projeto de lei.
A dona de casa Waldicléa Costa da Cruz é dona de uma pinscher chamada Mel que é a xodó da casa. Eu e meu marido não temos filhos. Ela representa tudo pra gente. A gente brinca, leva no parque”, afirma. Ela diz ser a favor do sepultamento de cães, mas de uma maneira um pouco diferente. “Eu ia gostar de que ela fosse enterrada no cemitério, mas é bom ter um espaço próprio para eles.”
Cão vira lata Nininho, que pertence à dona da banca de jornal e tem casinha ao lado da banca. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Cão vira lata Nininho tem casinha ao lado da banca de jornal da dona. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Dona de uma banca de jornal na região central de Poá, Ana Maria do Nascimento está sempre acompanhada da basset Nina e do vira-lata Nininho, que tem até uma casinha ao lado da banca. “Todos os cachorros que eu já tive eu mandei cremar porque não tinha onde enterrar. Eu acho válido, mas é uma coisa a se pensar. Tem que ver se os outros membros da família vão concordar em ter o cachorro enterrado no jazigo. Eu acho que deveria ter um lugar só para eles”, afirma.
O operador de empílhadeira Lealdino Ferreira de Oliveira diz que gosta de animais, mas é totalmente contra a iniciativa. “Cachorro meu eu faço buraco e enterro no quintal, mas o certo era deixar para o urubu comer porque é da natureza. Cemitério é lugar sagrado, é do descanso das pessoas”, acredita.
Lei prevê que cães sejam enterrados junto com donos em cemitério de Poá. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Lei prevê que cães sejam enterrados junto com
donos em cemitério de Poá.
(Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Alternativas
De acordo com o médico veterinário Marcos Massao Hossomi, a destinação dos animais domésticos ainda é um assunto pouco discutido. Na clínica particular onde Hossomi trabalha, em Mogi das Cruzes, os clientes são orientados a contratar um serviço especializado em sepultamento e cremação de animais. "Há cerca de cinco anos temos uma parceria com um cemitério de animais, em São Bernardo do Campo. Fora esse sei que existe também outro no Parque do Carmo. Porém, por não ser algo tão comum o serviço acaba sendo um pouco caro. Por isso, muitas pessoas acabam enterrando os animais em qualquer lugar."
O veterinário alerta que o sepultamento inadequado dos animais de estimação pode ser um risco tanto para a saúde quanto para o meio ambiente. "Não recomendo enterrar em qualquer lugar, pois todo corpo em decomposição libera substâncias que podem infiltrar no solo e contaminar água de poços e até o lençol freático", explica. "Essa proliferação de bactérias pode causar nas pessoas, entre outras coisas, intoxição e diarréia", diz Hossomi.
O veterinário ainda explica que não existe uma legislação específica que fale sobre a destinação de animais domésticos e, por isso, as clínicas veterinárias não podem impedir que o dono leve seu animal embora, mesmo morto. "Não temos como obrigá-lo a aderir ao serviço ou então segurarmos o animal. Não existe uma lei específica sobre isso. O que fazemos é orientar. Existem meios de destinação mais apropriados e seguros, mas quando o cachorro morre de alguma doença perigosa e contagiosa frisamos bem o risco. Nesses casos, 100% das pessoas optam pela cremação."
A crescente relação afetiva com os animais de estimação, nos últimos tempos, segundo Hossomi, tem feito aumentar a procura por esse tipo de serviço. "Hoje em dia as pessoas tratam os animais como se fossem da família. E o sepultamento ou a cremação se tornam uma forma de prestar uma homengam para aquele que sempre acompanhou a família", conta.