sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Kassab autoriza contratação emergencial de coveiros

Como reação à greve dos funcionários do Serviço Funerário de São Paulo, que começou há quatro dias e tem previsão de se estender pelo menos até segunda-feira (5), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) autorizou nesta sexta-feira a contratação de mais cem coveiros e 35 motoristas para o órgão.

Kassab havia dito na última quarta-feira (31) que seria "implacável" com os grevistas e prometeu medidas duras.
A autorização para contratar mais funcionários é um recado do governo de que pode abrir sindicância e, se for o caso, demitir os grevistas que não voltarem ao trabalho imediatamente.
O Serviço Funerário de São Paulo tem 1.297 funcionários, entre eles 130 motoristas e 337 sepultadores.
O menor salário pago no órgão no mês passado foi de R$ 585,56, mas apenas um servidor recebeu esse valor, 18 receberam menos de R$ 1.000 e 538 receberam menos de R$ 2.000, sempre em valores brutos, sem descontos.
O superintendente do serviço, Roberto Tamura, ex-prefeito de Capão Bonito, tem salário de R$ 6.281,66.
LIMINAR
O Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo) informou que vai entrar com recurso, ainda nesta sexta-feira, contra a decisão do Tribunal de Justiça que determinou a volta imediata dos funcionários do Serviço Funerário ao trabalho.
Na tarde de hoje, eles se reúnem em assembleia para decidir se mantêm ou não em paralisação. A decisão liminar (provisória) é do desembargador David Haddad e estabelece multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento da decisão.
Segundo o sindicato, 90% dos funcionários do Serviço Funerário Municipal estão parados, principalmente os do transporte e os responsáveis pelos enterros.
Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 39,79%, extensão de gratificações a todos os funcionários, plano de carreira e melhores condições de trabalho. Após reunião com a prefeitura, na terça-feira (30), foi proposto um reajuste de 11% para funcionários da saúde, mas outras categorias não foram incluídas.
A greve provoca filas de corpos no SVO (Serviço de Verificação de Óbito) e atrasos em velórios e enterros, já que o transporte dos cadáveres foi interrompido. A prefeitura convocou a Guarda Civil Metropolitana para fazer o serviço emergencialmente.
FUNERÁRIAS
Na última vez que o Serviço Funerário parou, em junho, motoristas, atendentes e sepultadores aderiram à greve, atrasando enterros e velórios na cidade. Os funcionários afirmam que as negociações salariais com a prefeitura não avançaram desde então.
As agências funerárias credenciadas na prefeitura afirmam que os serviços de remoção dos corpos e sepultamento estão parados desde terça, mas que o atendimento é feito normalmente. Em diversos cemitérios foram convocados guardas civis e faxineiros para a realização dos enterros.
De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, o Serviço Funerário Municipal tem 1.366 servidores ativos. Ele é responsável pelos cemitérios e faz o transporte dos corpos de hospitais e prédios do IML (Instituto Médico Legal) para as funerárias e velórios.
OUTRO LADO
A Secretaria de Serviços da prefeitura confirma que ocorreram atrasos e que há deficit de funcionários, mas diz que os serviços estão sendo realizados. O órgão nega que tenha havido prejuízos para a população.
Em nota, a prefeitura diz que o atendimento durante a greve dos trabalhadores do serviço funerário ocorre com reforço da Guarda Civil Municipal, que cuida do transporte, e funcionários terceirizados.
O órgão também afirma que "considera inadmissível e repudia a paralisação parcial dos servidores do Serviço Funerário que é considerada ilegal pela Justiça, por tratar-se de serviço essencial à população".
A prefeitura ainda diz que concedeu aumento de mais de 15% sobre o piso salarial, que passou de R$ 545 para R$ 630, já somados os abonos, para os servidores com jornada de 40 horas. E que concedeu gratificações que complementam o salário base.

Prefeitura anuncia edital para empresas interessadas

A prefeitura de Passo Fundo está anunciando no Diário Oficial do Estado a aproximação do edital para as empresas interessadas em instalar crematório na cidade.

A decisão foi tomada devido à grande procura pelo serviço na cidade. Os locais mais próximos que prestam o serviço ficam em Caxias do Sul e Porto Alegre. "Fomos procurados por alguns empresários que pensavam em colocar o crematório. Como não temos nada aqui próximo e a demanda por cremação tem sido bastante grande em Passo Fundo, o município decidiu adotar esse serviço", conta a secretária de Transportes e Seviços Gerais, Mariniza dos Santos.

"Vamos abrir um edital onde empresas interessadas em colocar o espaço de cremação possam se habilitar para tal. Somente 3 empresas serão escolhidas e terão essa concessão de serviço. É um edital todo normatizado. Buscamos legislação em outras cidades que contam com crematórios", afirma.

Segundo a secretária, o município está regulamentando o serviço, mas não será um serviço público. "Todos os custos serão das empresas. É como se fosse uma permissão de funcionamento. O município dá as regras e faz a fiscalização, mas as empresas vão trabalhar por conta. Será um serviço particular." Mas ela destaca que será muito menos oneroso do que arcar com o translado de corpo para os locais citados. O edital será aberto no dia 5 de outubro de 2011, e as empresas contam com 90 dias para se habilitarem.

Cremação: modelos de urnas, columbário e dúvidas frequentes

Quando algum familiar opta pela cremação, após o óbito, você vai precisar decidir algumas coisas como: o modelo da urna em que ficarão as cinzas, em qual crematório será feito o procedimento e, certamente, terá dúvidas sobre a cremação. Veja as respostas algumas dúvidas frequentes:
Quais as diferenças entre o cerimonial da cremação e do sepultamento?O velório é realizado normalmente e a sua duração, como no caso do sepultamento, é decidida pela família. Após o velório, ao invés de ser sepultado, o corpo é encaminhado para a cremação, sendo necessário o ataúde (caixão) para que o corpo seja cremado.

O que é preciso para ser cremado?Para o corpo ser cremado é necessário, por determinação legal, aguardar no mínimo 24 horas do óbito, além de:
- Declaração de vontade expressa em vida registrada em cartório.
- Autorização de dois familiares para morte natural.
- Autorização judicial ou policial para morte violenta.
- Atestado de óbito firmado por dois médicos particulares ou um legista com CRM legível.
- Em lugar de “será sepultado em...” será utilizada a expressão “será cremado no Crematório Metropolitano (São José, Cristo Rei ou Saint Hilaire)”.

Como ocorre a cremação?O corpo dentro do ataúde é colocado no equipamento de cremação. Através de um processo que dura entre duas a três horas, chamado de pirólise, este corpo é reduzido a fragmentos minerais que são removidos do forno e colocados em um processador para redução final. Os restos cremados resultantes, pesando entre 2 a 5 kg, são colocados numa urna que é entregue à família.

É possível cremar restos de entes sepultados há mais tempo?Sim, é possível proceder a cremação de pessoas sepultadas há mais de três anos. Para isso, os responsáveis que desejarem cremar os restos dos entes queridos podem procurar um dos Crematórios Metropolitanos e receber a completa orientação.

O Columbário:
Também chamado de Cinerário, é um espaço para guardar as urnas com restos cremados. Com acabamento superior, está localizado em ambiente diferenciado que remete a um local de oração e meditação.


Veja alguns modelos de urnas funerárias:
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Justiça quer fim da greve na funerária

O Tribunal de Justiça determinou que os servidores municipais em greve, entre eles o do Serviço Funerário, voltem ao trabalho e caso não cumpram terão de pagar multa diária de R$ 60 mil por dia. O Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de SP) diz que vai recorrer.

Os atrasos para o transporte dos corpos entre hospitais, velórios e cemitérios continuaram. No Serviço de Verificação de Óbito, na Zona Oeste, muitas pessoas aguardavam ontem o transporte para o corpo de parente. A média de mortes na capital é 350 por dia.

"O enterro do meu pai era para ser 9h de hoje [ontem], e é muito triste a situação, é uma falta de respeito, a gente tem que ficar passando por isso aqui, que é humilhante. Agora vai ser às 16h30. E se o carro não chegar aqui não vai dar para fazer velório", contou a assistente administrativa Ângela Brito ao site G1.

Quem usou os velórios municipais foi obrigado a arrumar o local. Por isso e pela falta de transporte, famílias optaram por fazer os velórios em casa.

A greve por reajuste salarial de 39,7% começou na terça-feira.

O sindicato fala em adesão de 90% da categoria. A prefeitura, 30%. Para dar continuidade aos trabalhos, até a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi acionada, e carros de empresas particulares foram contratados.

GCM assumiu a direção dos veículos do serviço funerário
Rivaldo Gomes/Folhapress

SP: com greve, enterros são improvisados à noite

Funcionários do Serviço Funerário de São Paulo prometem manter a greve iniciada há quatro dias pelo menos até segunda-feira - apesar de ordem contrária do Tribunal de Justiça. Nos cemitérios, enterros atrasados já são feitos até à noite, iluminados por faróis de carros. Com a paralisação, algumas famílias demoravam até 30 horas para enterrar seus parentes.
Na noite de ontem, a reportagem viu quatro enterros sendo realizados depois do anoitecer no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste - na capital paulista, os enterros normalmente só são feitos até as 17 horas. Funcionários da limpeza, terceirizados, faziam às vezes de coveiros. Os familiares dos mortos eram convidados a colocar seus carros o mais próximo possível de onde ficariam as sepulturas, para poder iluminar o local.
Ninguém da administração apresentou justificativas. Os funcionários da limpeza disseram apenas que os enterros à noite foram uma forma de contornar "a fila" para sepultamentos. Como alguns casos já se estendiam havia dois dias, existia o risco de deterioração dos cadáveres. Em várias outras regiões da cidade, o cenário de atrasos era idêntico. Em alguns cemitérios, funcionários terceirizados chegaram a cavar covas em série para "adiantar o serviço".
Os grevistas tomaram a decisão de seguir parados depois de não terem suas reivindicações atendidas pela administração municipal na manhã de ontem. Eles pedem 39,74% de reajuste salarial. A última proposta apresentada pela prefeitura foi de 15% de aumento no salário-base para a jornada de 40 horas, que passaria de R$ 545 para R$ 630.
Ontem, o prefeito Gilberto Kassab voltou a criticar o movimento e disse buscar soluções para o transporte de corpos para cemitérios da cidade, como a contratação de emergência de funcionários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cemitério cobrava taxa adicional para enterro

Denúncia do repórter Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes, mostra irregularidades surgidas após greve do serviço funerário