Segundo a polícia, crematório e ossário funcionavam sem licença
ambiental
A operação da Secretaria de Segurança Pública no
cemitério do Caju, na zona portuária do Rio, terminou com dois administradores
do estabelecimento presos na tarde desta terça-feira (25). Lá, os agentes da
DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) constataram irregularidades no
crematório e no ossário.
Durante ação, os administradores não apresentaram as licenças ambientais para o
funcionamento dos locais. Além disso, eles não souberam explicar outros
problemas encontrados no cemitério, como despejo de ossada de forma ilegal em
dois terrenos aos fundos do cemitério, armazenamento irregular no ossário com
indícios de produção de necrochorume (substância tóxica poluente) e indícios de
exumação de corpos.
Além
da DPMA, a operação conta com o apoio de policiais do Batalhão Florestal da PM,
da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal e CICCA
(Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais).
A
Santa Casa da Misericórdia informou por meio de nota que está providenciando
toda a documentação necessária para a retomada das atividades normais do
Crematório do Caju. A entidade acrescenta que possui alvará de funcionamento
para o Crematório, certificando que a unidade está em condições adequadas para
realização das incinerações.
No
local, são incineradas as arcadas ósseas provenientes de todos os 13 cemitérios
administrados pela instituição. Mensalmente, a Santa Casa realiza cerca de 250
cremações de corpos, independentemente da incineração de restos mortais, feitas
nos casos em que a ossada não é procurada pela família após o prazo da
exumação.
No
primeiro semestre deste ano, a instituição filantrópica realizou obras de
expansão para aumentar o número de capelas velatórias e fornos crematórios.
Quatro presos na Baixada Fluminense
A ação desta terça-feira, que ganhou o nome de Dignidade 2, é um
desdobramento de um trabalho iniciado em julho passado, que resultou na prisão de quatro suspeitos em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. Na primeira fase da operação, os agentes fizeram
varreduras em três cemitérios de Duque de Caxias.
Os
agentes encontraram o despejo de ossadas de forma ilegal a céu aberto, o
suposto desaparecimento do corpo de uma criança, falta de licença ambiental,
falta de alvará, irregularidade na lavagem dos corpos, além do mau cheiro
produzido pelos corpos lançados diretamente no lençol freático.
Assista ao vídeo: