quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Levou ossos da avó para casa e engendrou esquema para burlar Junta de Alverca



Um homem subornou um coveiro do cemitério de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira, e levou as ossadas da avó para casa onde estiveram durante três meses. No ossário o coveiro colocou os restos mortais de outra pessoa. Com este esquema o homem queria obter uma indemnização de 20 mil euros da Junta de Freguesia de Alverca, mas foi apanhado.


Eduarda Sousa


Um homem inventou um esquema que passou por esconder os ossos da avó que estavam no cemitério de Alverca e subornar o coveiro, para obter uma indemnização da junta de freguesia. O autor da façanha levou em Agosto as ossadas da avó para casa e pagou ao coveiro para ir à vala comum do cemitério retirar os ossos de outras pessoas para colocar no ossário que ficou vazio. Desta forma, o homem pretendia através de um teste de ADN fazer crer que os serviços do cemitério tinham cometido um erro. O homem queria uma indemnização de 20 mil euros, mas o plano correu mal porque o coveiro acabou por confessar a artimanha.
Quando soube que o plano estava a dar para o torto, o homem resolveu levar novamente as ossadas da avó para o cemitério da Alverca no dia 26 de Novembro, mas desta vez os responsáveis chamaram a PSP e este foi detido. Sabe-se que o homem pagou 100 euros a um dos quatro coveiros que trabalham no cemitério de Alverca que lhe entregou os ossos em Agosto, já depois de as portas estarem encerradas ao público. Três meses depois, em Novembro, o neto da falecida foi à junta com a sua advogada para exigir a indemnização, assegurando que os ossos da sua avó estavam perdidos e ia mandar realizar um teste de ADN para provar que o tinham enganado.
A situação levou os responsáveis da junta a questionarem os coveiros para saber se tinha acontecido algum problema e um deles acabou por confessar todo o plano. Depois de avisarem a advogada que iam participar o roubo das ossadas, o homem foi a correr na manhã de sábado, 26 de Novembro, devolver os ossos da avó ao cemitério. Entretanto os ossos foram apreendidos e encaminhados para o Instituto de Medicina Legal para se apurar se de facto pertencem ou não à avó do homem. O caso está em investigação e o coveiro que aceitou o suborno está com um processo disciplinar.
O esquema começou a ser engendrado no ano passado na sequência de uma peripécia que envolveu uma mulher que tinha os ossos de um familiar no ossário que acabou por ser alugado ao homem que inventou o esquema para burlar a junta. A mulher desistiu de pagar o aluguer do ossário que possuía no cemitério em Janeiro do ano passado. Os coveiros retiraram a urna com as ossadas e alugaram a gaveta ao homem que depositou lá as ossadas da avó. Em Abril a mulher foi ao cemitério e pensando que no ossário continuavam os restos mortais do seu ente querido, arrombou a porta, e levou a urna para a sua campa perpétua. A situação acabou por ser resolvida pelos coveiros ao fim de dois dias recolocando a urna no ossário. E foi nesta altura que o homem viu a oportunidade de tentar enganar a junta de freguesia.

Lei não autoriza transporte de restos mortais de entes queridos sem autorização
A profanação de cadáver ou de lugar fúnebre está prevista no Código Penal. O artigo 254º prevê uma pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias a quem sem autorização de quem de direito, subtrair, destruir ou ocultar cadáver ou parte dele, ou cinzas de pessoa falecida; profanar cadáver ou parte dele, ou cinzas de pessoa falecida, praticando actos ofensivos do respeito devido aos mortos; ou profanar lugar onde repousa pessoa falecida ou monumento aí erigido em sua memória, praticando actos ofensivos do respeito devido aos mortos;

Acesf alerta que há 500 túmulos abandonados em dois cemitérios de Londrina

A Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf), de Londrina, está alertando que há aproximadamente 500 túmulos que continuam abandonados nos cemitérios Jardim da Saudade, na zona norte, e São Pedro, na região central. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela autarquia desde maio deste ano.
Desde que foi feito o levamentamento e alertado para que os proprietários regularizassem a situação em 1.129 jazigos considerados em estado de abandono nos dois cemitérios, 637 tiveram regularização. No entanto, ainda faltam 492 jazigos para que os proprietários procurem até o dia 6 de janeiro fazer a regularização, sob risco de perder a propriedade das carneiras. De acordo com a Acesf, os nomes dos proprietários de jazigos em abandono podem ser consultados no site da Acesf. Para isso, basta clicar no link "Processos de revogação de concessão de jazigos".

Divulgação
Acesf alerta que há 500 túmulos abandonados em dois cemitérios de Londrina. Divulgação
Cemitério São Pedro, na área central, e o Jardim da
Saudade, na zona norte, possuem 492 jazigos em
situação de abandono
E conforme prevê a legislação, está sendo publicada a relação de jazigos, assim como o nome dos responsáveis pelos mesmos no Jornal Folha de Londrina dos dias 6, 16 e 27 de dezembro. A mesma relação está disponível no Jornal Oficial  nº 1.730. Segundo a superintendente da Acesf, Luciana Luciana Viçoso, é muito importante que a população cuide dos jazigos e os mantenha de  forma regular. "Os proprietários dos túmulos devem ir até a Acesf para retirar a licença e começar a reforma em seus jazigos, caso isso não seja feito no prazo estipulado, o proprietário pode perder o direito de uso", destacou.
Em janeiro a prefeitura estará divulgando um decreto com a revogação do uso de jazigos das pessoas que não regularizaram a situação. O mesmo ocorreu no início deste ano, com 103 sepulturas do cemitério Padre Anchieta. Em 2012 a Acesf estará fazendo um levantamento dos jazigos em estado de abandono nos cemitérios João XXIII e São Paulo.

Crematório sustentável

O crematório britânico Durham teve a ideia pioneira de dar uma utilidade a mais aos seus fornos, mostrando como as pessoas poderiam contribuir com a redução do consumo de energia, mesmo depois da morte.

A ideia é usar o calor gerado por cremar os corpos para produzir eletricidade, por meio de uma tecnologia que deverá gerar muito mais energia do que o necessário para manter todo o prédio do crematório funcionando.