quinta-feira, 12 de abril de 2012

Pais descobrem que bebê 'morto' estava vivo após ouvir choro no caixão





Fabián e Analía descobriram a filha vida quando pretendiam se despedir da menina

Ela foi dada como morta e, 12 horas depois, seus pais a encontraram movendo-se no caixão do necrotério onde haviam ido para dar o último adeus à criança.


Este é o incrível caso da pequena Luz Milagros, bebê prematura que foi dada como morta em um hospital na província do Chaco, no norte da Argentina, após médicos não verificarem sinais vitais na menina.



Mas agora a bebê, nascida após seis meses de gestação, está em terapia intensiva, ainda sem previsão de alta.



A representação do Ministério da Saúde do Chaco suspendeu cinco médicos da unidade hospitalar enquanto investiga o caso.



Os pais da menina receberam uma certidão de óbito uma hora antes de irem se despedir da menina no necrotério.



"Obviamente houve um erro médico protocolar (...) foi um fato lamentável, que por sorte está sendo controlado, e toda a assistência médica está sendo dada à pequena Luz Milagros", disse à imprensa local o ministro da Saúde Pública do Chaco, Francisco Baquero.



Especialistas que examinaram o caso afirmaram que é muito provável que por ter permanecido em baixas temperaturas no caixão, a bebê (de apenas 28 semanas), pode ter conseguido manter seus órgãos vitais em funcionamento.

'Não insólito'

"É uma situação lamentável, mas não insólita", sublinhou ao jornal Clarín o neurologista Claudio Solana. "Os bebês prematuros às vezes nascem sem frequência cardíaca nem respiratória. Sem sinais de vida. O comum é deixá-los em observação por pelo menos duas horas. Às vezes eles se reanimam e recuperam os sinais vitais", explicou Solana.


A bebê, que nasceu no Hospital Perrando, em Resistência, se chamaria Luciana Abigail, mas seus pais mudaram o nome para Luz Milagros, por acreditarem que foi um milagre a volta da menina à vida.



De acordo com a versão dos pais da criança, a notícia precipitada da morte da menina foi dada poucos instantes depois do parto.



"Houve muitas coisas que me chamaram a atenção, primeiro que não me deixaram ver o corpo de minha filha, e levarem-na para o necrotério, onde colocaram no caixão e fecharam", contou o pai, Fabián Verón.



"Minha filha esteve 12 horas no necrotério e até o momento, no lugar de uma certidão de nascimento, só temos uma certidão de óbito", disse a mãe, Analía Bouter.



Ele ainda lembra do instante em que voltou a esperança no que parecia um caso perdido, quando abriram o caixão.



"De repente, escutei um gemido, um choro fraco, ela estava coberta por uma fina camada de gelo", contou a mãe. "A alegria de saber que estava viva apagou todo o resto".



A pequena Luz Milagros, segundo o último boletim médico, de quarta-feira, permanecia estável, mas em estado "crítico". Ela pesa apenas 750 gramas.



"Ela está conectada a um respirador, para que não se esforce, e se recupera", afirmou a mãe.



O casal tem dois filhos.

Administradores de cemitério são indiciados por crime ambiental


Inundação do Córrego Capim Puba atingiu 18 casas em Goiânia.
Inquérito concluiu que problema começou com uma infiltração no cemitério.

Foi concluído, na quarta-feira (11), o inquérito sobre a inundação do Córrego Capim Puba, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia. Após a investigação, a Polícia Civil concluiu que a administração do Cemitério Jardim das Palmeiras teria sido responsável pelo acidente que causou o rompimento da rede de esgoto e inundou várias casas no Setor Norte Ferroviário. Os administradores foram indiciados por crime ambiental.
Assista o vídeo clicando aqui.
De acordo com o delegado do Meio Ambiente, Luziano de Carvalho, tudo teria acontecido por causa de uma infiltração provocada pela tubulação de água da chuva do cemitério que fez o terreno deslizar. Uma análise da água teria mostrado que, a partir do ponto onde o esgoto foi lançado no córrego, a poluição do Capim Puba chegou a níveis em que a sobrevivência dos peixes é impossível.
Conforme o inquérito, a situação foi agravada porque várias casas estão construídas em local proibido. Algumas quase dentro do córrego.
A produção da TV Anhanguera tentou, mas não conseguiu contato com a administração doCemitério Jardim das Palmeiras.
Embargadas
A Delegacia Estadual do Meio Ambiente embargou também três construções que estavam sendo feitas às margens do Córrego Capim Puba, inclusive de uma pousada. Os donos foram indiciados por construir em área de preservação permanente. A pena pode chegar a um ano de prisão.

“O poder público e a coletividade precisam e devem evitar construções nessas áreas [de preservação permanente]. Aqui o valor ecológico é muito grande. Quem constrói nessas áreas está sujeito a uma pena de até um ano de detenção”, destaca Luziano de Carvalho.
Riscos
A casa da diarista Maria de Fátima da Silva foi uma das que ficaram inundadas no dia 16 de março de 2012. Ela mora no local há 40 anos e, mesmo diante dos riscos, não pensa em sair.

“Esse risco a gente sabe que sempre existiu. Não como está agora, que está agravado, mas sempre no início de chuva e final de chuva a gente sempre espera uma enchentezinha”, comenta Maria de Fátima.