quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Vândalos violam túmulos em cemitério de Piraquara

A falta de isolamento e vigilância no cemitério municipal São Roque, em Piraquara, geram oportunidades frequentes para a ação de vândalos, todas as madrugadas. Hoje (07), quando os coveiros chegaram para trabalhar às 7h, encontraram um túmulo violado e um corpo e três ossadas espalhados para fora.

Não havia nada de valor no túmulo para ser levado. “É só banditismo mesmo”, lamenta o coveiro José Isidoro Epifânio, que trabalha no local há 17 anos.

Neste período, ele já viu corpos retirados do túmulo mais de cinco vezes.
Além disso, a cada dia que ele chega para trabalhar, encontra mais sepulturas quebradas ou pichadas. Ele avisou a família responsável pelos corpos, e a Polícia Militar chegou ao endereço às 9h30.
O cadáver era de Renan Wal Ferreira, 19 anos, morto a tiros em Curitiba em 30 de abril de 2005, e as ossadas são de familiares do padrasto dele, sepultados muitos anos antes. A mãe de Renan, ao rever o corpo do filho, ficou desesperada.
A cena também foi testemunhada por várias crianças que atravessam o cemitério para ir e voltar da escola todos os dias. O cemitério liga o Jardim Esmeralda às vilas Primavera e Santa Mônica e, por este motivo, não tem muros ou portões, e acaba frequentado por usuários de drogas e jovens desocupados durante as madrugadas.









TJ manda cemitério indenizar família por sepultar amante na cova do pai

Desembargadora determinou indenização de R$ 2,5 mil para cada filho.
Cemitério de Juiz de Fora (MG) não tinha permissão para sepultamento.
Uma família de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, ganhou na Justiça indenização por uso indevido de um túmulo, no Cemitério Parque da Saudade. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os filhos herdeiros conseguiram o direito de retirar o corpo da amante do pai, porque o sepultamento foi realizado em 2010 sem permissão dos parentes. Cabe recurso da decisão, divulgada nesta terça-feira (7) pela assessoria do tribunal.
De acordo com o TJMG, os filhos sabiam que o pai tinha uma amante quando vivo. Porém, no contrato com a administradora do cemitério, havia permissão de sepultamento no jazigo apenas para os filhos e para a esposa.

Em novembro de 2011, a juíza da 3ª Vara Cível de Juiz de Fora, Ivone Campos Guilarducci Cerqueira, entendeu que houve dano à honra da viúva e a de sua família e condenou o cemitério a exumar o corpo e a sepultá-lo em outro jazigo. A magistrada também determinou que a entidade pagasse uma indenização pelos danos morais, a cada um dos filhos, de R$ 1.750, totalizando R$ 10,5 mil.

A parte ajuizada recorreu em fevereiro deste ano. Mas, em julho, a desembargadora Evangelina Castilho Duarte aumentou a indenização de R$ 1.750 para R$ 2,5 mil, para cada um dos seis filhos.