quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A eletrificação de cadáveres humanos




Em 1780 o professor de anatomia italiano Luigi Galvani descobriu que uma fagulha de eletricidade poderia fazer os membros de um sapo morto se moverem. Logo cientistas de toda a Europa estavam repetindo seu experimento. Mas não demorou muito até que se cansassem de sapos e decidissem tentar um animal maior. O que aconteceria se um cadáver humano fosse eletrificado?
 
O sobrinho de Galvani, Giovanni Aldini, viajou pela Europa oferecendo espetáculos de revirar o estômago. Sua mais celebrada demonstração ocorreu em 17 de janeiro de 1803 quando ele aplicou os pólos de uma bateria de 120 volts ao corpo do assassino executado, George Forster.
 
Quando Aldini introduziu fios na boca e nas orelhas do morto, os músculos de sua mandíbula se agitaram e seu rosto se contorceu em uma expressão de dor. Seu olho esquerdo abriu como se para observar seu carrasco. Para o grand finale Aldini prendeu um fio em sua orelha e outro em seu reto. O cadáver de Forster iniciou uma dança repugnante. O London Times escreveu “Pareceu aos desinformados da platéia que o cadáver estava sendo ressuscitado”.
 
Outros pesquisadores conduziram experiências semelhantes na esperança de reviver os mortos sem sucesso.