sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cemitérios de Criciúma não têm controle ambiental

        

O município de Criciúma conta com 15 cemitérios, quatro deles administrados pela Sociedade Matogrossensse de Empreendimentos (Somatem) e os outros 11 administrados pela Igreja Católica. No entanto, nenhum deles contam com controle ambiental dos resíduos liberados pelos cadáveres.

A explicação é que todos eles têm mais de 20 anos, e na época em que foram criados os licenciamentos e regras ambientais para construção de cemitérios ainda não existiam. "Hoje em dia existem empresas querendo implantar novos cemitérios em Criciúma, e elas estão sujeitas a todas as questões de licenciamento ambiental com a Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri)", afirma Giovano Izidoro, presidente da Famcri.

Para fazer o controle de contaminação dos cemitérios, para que o chorume dos cadáveres não escorra para o solo e alcance os lençóis freáticos, é necessário que seja feita a compactação de fundo do cemitério e o controle do entorno dele, para que não haja migração da contaminação. "Como esses cemitérios são muito antigos, o que era para ter sido contaminado, já foi. É quase impossível tomar essas medidas, uma vez que seria necessária a remoção completa do cemitério e dos corpos. Sabemos que esta não é a situação ideal, mas é assim que vai ficar", explica Izidoro.

A Somatem administra os locais por meio de uma licitação que deu à empresa a concessão de 25 anos da administração dos cemitérios do Rio Maina, São Luiz, Sangão e Brasília. Todos têm alvará de funcionamento. Os outros cemitérios, que são em sua maioria particulares e administrados pela Igreja Católica, recebem a ajuda da comunidade - ou cooperativas ou associações - que tem túmulos nos locais. Estes cemitérios não precisam de alvará de funcionamento.