quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Câmara vota isenção funerária a doadores de órgãos e tecidos

A isenção funerária a doadores de órgãos e tecidos pode ser aprovada, na terça-feira (8), pelos vereadores de Campo Grande. A medida, no entanto, se restringe aos serviços prestados pela prefeitura e tem o objetivo viabilizar a realização de transplantes.

Delei Pinheiro (PSD), autor do projeto, esclarece que a isenção seria concedida mediante comprovante da doação e ainda que o órgão ou tecido doados não tenham sido aproveitados.

Há cinco anos proposta semelhante foi rejeitada pela Casa de Leis, ao se considerar que a medida poderia causar ingerência da administração pública em serviços funerários realizados por particulares. Com isso, em 2013, esta foi reapresentada restringindo a isenção a velórios e sepultamentos em cemitérios administrados pelo município.
Se aprovado, o projeto prevê em caso de descumprimento advertência, multa de R$ 2 mil e cassação do alvará de funcionamento. As despesas da lei estarão sujeitas a verba orçamentária do município.

OUTRA PROPOSTA

Na mesma sessão, os vereadores podem avaliar ainda o programa “adote um ponto de ônibus”. Este concede a pessoas físicas ou jurídicas o uso dos espaços para fins publicitários. O período de concessão será de 24 meses, com possibilidade de prorrogação.

Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), e o afastado Mario Cesar (PMDB) são os proponentes do projeto que pode enfrentar resistência do Executivo. Isso porque parecer da procuradoria jurídica já aponta “benefício duplo” ao se conceder espaço e isentar a publicidade para quem adotar um ponto de ônibus.

No Egito, ativista lança concurso de beleza "Miss Cemitério"

Apesar de ter recebido dezenas de inscrições, o concurso suscitou muita polêmica, segundo jornais locais
Muito além das múmias, um singular concurso de beleza para eleger a "Miss Cemitério" foi lançado na última semana no Egito, segundo os jornais locais "Ahram" e "El Watan". Apesar de ter recebido dezenas de inscrições, o concurso suscitou muita polêmica na nação.
A proposta do ativista Hussein Hassan pretende relançar as imagens das pessoas que vivem em extrema condição de pobreza na famosa "Cidade dos Mortos", o cemitério muçulmano mais antigo do Cairo e que, com o passar dos anos, se tornou uma verdadeira favela.
Mesmo com a chuva de críticas, Hassan continua com o projeto, explicando que a ideia é eleger uma "Miss Simplicidade" entre as milhares de meninas de 14 anos que se inscreveram. De acordo com o ativista, elas são "vítimas de abusos sexuais na região onde vivem" e, por causa disso, ele escolheu como slogan a frase "você é rainha, mesmo com a situação que te envolve".
O organizador informou ainda que a final do concurso será realizada em novembro, em Sharm, e que a vencedora será premiada com uma viagem para a Áustria, que foi financiada por egípcios que moram no exterior.
Os críticos ao projeto dizem que na "Cidade dos Mortos" só vivem traficantes e criminosos e que a favela se tornou símbolo da criminalidade, que não tem nada a ver com a beleza.
Segundo um relatório do Instituto Central de Estatísticas, divulgado em 2014, cerca de 1,5 milhão de pessoas moram no famoso cemitério, enquanto outras oito milhões vivem em 700 favelas por todo o país.