sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Americano é preso por tumultuar um cemitério


Tyler Bryant teria danificado 26 lápides. Foto: ReproduçãoTyler Bryant teria danificado 26 lápides. Foto: Reprodução
O americano Tyler Bryant, 22 anos, foi preso em Macomb Township, no Estado de Michigan (EUA), acusado de atos de vandalismo em um cemitério local.
O jovem teria danificado 26 lápides na quarta-feira (2) à noite. Ao ser preso, Tyler tentou resistir à prisão, obrigando os policiais a usar uma arma de choque para dominá-lo. Ele foi levado para a cadeia do condado de Macomb. (AG)

Além da falta de vagas, 30 cemitérios de Guarapuava têm irregularidades

Maior parte dos cemitérios da cidade paranaense está irregular.
Morador reclama que água que seus animais bebem tem 'gordura'.

A maior parte dos cemitérios de Guarapuava, na região central do Paraná, não tem licença ambiental para funcionar. De acordo com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ao todo, nove deles são administrados pela prefeitura, e os outros 21, de responsabilidade de associação de moradores. Além disso, o espaço para receber novos túmulos está acabando.

O comerciante André Tokarski está preocupado. O morador tem tido prejuízos por causa do cemitério que fica ao lado da casa dele, no Residencial 2.000. Com o vento, o lixo do local vem até o quintal do morador: são restos de flores artificiais, placas e velas.
saiba mais

No entanto, a situação mais complicada é em relação às nascentes de água que brotam no cemitério, correm para o terreno de André e estão contaminadas. “Meus animais bebem a água. É tipo uma gordura que anda aparecendo. Como é que o bicho vai tomar esse troço?”, questiona.

O Cemitério Municipal Santo Antônio, no bairro Residencial 2.000, já era para ter parado de crescer. Próximo ao lugar, há uma área de banhado. O novo Código Florestal diz que, após 2.008, qualquer construção, inclusive túmulos, deve estar a uma distância de pelo menos 30 metros de qualquer curso d’água.

É bem diferente do que ocorre no cemitério. Segundo o IAP, a saúde da água da região está comprometida. “Os corpos sepultados, ou os que ainda serão, comprometem, sim, a questão ambiental, como o lençol freático, a vizinhança e a saúde pública”, explica o técnico de licenciamento ambiental do IAP, Marco Antonio Silva.
 
Outros cemitérios irregulares
A
inda segundo ele, áreas que não têm nenhum tipo de controle ambiental são preocupantes. O problema não está só no Residencial 2.000. A maioria dos cemitérios de Guarapuava tem décadas de operação. Quem começou a construí-los foi a própria comunidade que, à época, não se preocupava com os danos que os restos mortais podem causar à natureza.
 
 
Cemitério no distrito Entre Rios está em fase de
licenciamento (Foto: Reprodução/RPC)

Em Guarapuava, e administrados pela prefeitura, são outros quatro cemitérios irregulares e mais três nos distritos Palmeirinha, Guará e Entre Rios. No último, parte do terreno está em fase de licenciamento. Na mesma etapa, está uma área de 50 mil metros quadrados no bairro Xarquinho.
A previsão da prefeitura era a de que o terreno entrasse em funcionamento até o fim de agosto. Entretanto, até o momento, o IAP não liberou a licença de instalação e operação. A situação não é boa, mas pode ser melhorada com o monitoramento de cursos d’água e a paralisação de mais obras em locais inadequados.
 
Prefeitura responde

O secretário municipal de Habitação, Flávio Alexandre, reconhece o problema. “É sério. Todos os cemitérios municipais em Guarapuava estão esgotando a capacidade. Nós não vamos mais ter lugares para enterrar ninguém. Por isso, a nossa preocupação em fazer, rapidamente, o licenciamento do novo cemitério”, diz.
Flávio acredita que, até o fim do ano, tudo estará certo. Ele também diz que a prefeitura está tomando as providências necessárias para regularizar a situação dos cemitérios que não tem a licença ambiental.