segunda-feira, 19 de setembro de 2011

8 formas de enterro esquisitas que estão se tornando comuns


O mundo antigo está cheio de exemplos de costumes funerários que parecem estranhos hoje, desde a mumificação egípcia e corpos desovados em pântanos a navios crematórios Vikings.
Mas limitações de espaço e preocupações ambientais estão fazendo com que o homem moderno explore novas opções para lidar com os mortos. A mais recente dessas ideias que chegou a costa norte-americana é um processo que utiliza calor, pressão e produtos químicos para liquefazer um corpo em apenas algumas horas, deixando para trás um líquido que pode ser vertido para o sistema de águas residuais.
De lançar restos cremados ao espaço a enterros em túmulos mais comuns, inovações para o fim da vida são uma tendência crescente. Confira:
1 – RESOMAÇÃO
A funerária Anderson-McQueen, em St. Petersburg, na Flórida, EUA, é atualmente o único lugar nos Estados Unidos onde os clientes podem optar por ter seus tecidos dissolvidos como uma alternativa à cremação tradicional.
O processo, chamado resomação ou “biocremação”, utiliza água aquecida e hidróxido de potássio para liquefazer o corpo, deixando apenas os ossos para trás. Os ossos são então pulverizados como na cremação regular, e os fragmentos ósseos são devolvidos à família numa urna.
Segundo a funerária, eles querem dar opções. Muitas famílias interessadas em cremação também querem reduzir o carbono lançado na atmosfera, e este processo é mais ecológico.
O fogo natural da cremação atinge temperaturas de 871 a 982 graus Celsius, e libera dióxido de carbono, bem como produtos químicos. A resomação requer água de apenas 176 graus Celsius e leva a mesma quantidade de tempo que a cremação tradicional, por isso é menos intensiva em energia. Além disso, restos estéreis podem ser despejados no sistema de esgoto municipal.
O preço base para a cremação de Anderson-McQueen é de R$ 939, e os da resomação, R$ 1.110 (manipulação, transporte e outras taxas trazem os preços de ambos os procedimentos para cerca de R$ 5.130).
2 – ENTERRO NATURAL
Não tanto uma nova invenção, já que retorna às velhas formas, enterros naturais são enterros que ocorrem sem embalsamamento e sem as abóbadas de concreto que as sepulturas da maioria dos cemitérios modernos têm.
Os corpos são envoltos em uma mortalha ou colocados em um caixão biodegradável, e a ideia é que eles se decomponham naturalmente.
O movimento começou em 1998, com a abertura do cemitério todo-natural Ramsey Creek, nos EUA. Hoje, há pelo menos 50 cemitérios naturais no país.
O movimento é impulsionado pela insatisfação com os ritos funerários típicos. A maioria das pessoas, quando descobre o que acontece na sala de embalsamamento, não consegue acreditar no custo, que é ultrajante. Depois, há a preocupação crescente com os efeitos ambientais de todos esses procedimentos.
Com o enterro natural, você está beneficiando o meio ambiente, permitindo que o corpo volte a participar do ciclo da vida.
3 – RECIFES ETERNOS
Para aqueles que preferem nutrir um ambiente mais aquático após a morte, há também a opção “Eternal Reefs” (Recifes Eternos).
O Eternal Reefs cria material de recife artificial a partir de uma mistura de concreto e restos humanos cremados (os ossos esmagados que sobraram de cremações). Essas formações são então colocadas em áreas onde os recifes precisam de restauração, atraindo peixes e outros organismos que transformam os restos em um habitat submarino.
A cremação não é tão verde quanto o enterro natural devido ao processo de combustão, mas é uma ótima oportunidade de não apenas retornar a um ambiente aquático, mas produzir uma nova vida sob o mar.
4 – CRIOGENIA
Existem aqueles que preferem se agarrar à sua velha vida, muito obrigado. Para pessoas com essa atitude (e muito dinheiro), há a criogenia.
Criogenia é o processo de congelamento do corpo de uma pessoa, na esperança de que a ciência médica mais tarde torne possível reanimá-la, com personalidade e memória intacta.
Apesar das inúmeras barreiras para isso, incluindo a toxicidade dos produtos químicos utilizados na tentativa de prevenir danos às células do congelamento, os defensores têm promovido a criogenia desde o final dos anos 60.
Nos EUA, existem pouco mais de 200 pessoas armazenadas congeladas. Os preços variam dependendo da empresa e do procedimento, mas podem chegar até R$ 341.000 para a preservação de todo o corpo. Para a cabeça, cerca de R$ 136.000.
5 – ENTERRO ESPACIAL
Se a criogenia lhe pareceu muito cara, mas você ainda gostaria de ter uma vida após a morte saída de um filme sci-fi, você pode optar por lançar algumas de suas cinzas para o espaço.
Seus restos mortais cremados pegam uma carona em um foguete indo para as estrelas, numa viagem que é mais simbólica do que prática: devido ao alto custo do voo espacial, apenas 1 a 7 gramas de seus restos são lançados.
De acordo com a empresa Celetis Memorial Spaceflights, que oferece os voos pós-morte, uma viagem que permite que os restos experimentem gravidade zero antes de retornar para a Terra começa em R$ 1.700. Uma chance de orbitar a Terra e, eventualmente, queimar na atmosfera gira em torno de R$ 5.130. Ser lançado à lua ou ao espaço profundo fica entre R$ 17.090 e R$ 21.360, respectivamente.
6 – MUMIFICAÇÃO
Não mais é só coisa dos antigos egípcios. Uma organização religiosa chamada Summum, fundada em 1975, oferece serviços de mumificação para pessoas e animais de estimação.
Antes de sua morte em 2008, o fundador do Summum, Corky Ra, disse que pelo menos 1.400 pessoas se inscreveram para mumificação. O preço de mumificação humana começaria em R$ 278.000.
Assim como os crentes na criogenia, Ra e aqueles que querem ser mumificados têm esperança de que seu DNA preservado permita aos futuros cientistas cloná-los e dar-lhes (ou pelo menos aos seus genes) uma segunda chance na vida.
Depois que morreu, Ra foi mumificado e agora está envolto em bronze na pirâmide Summum em Salt Lake City, Utah, EUA.
7 – PLASTINAÇÃO
Muito parecido com a mumificação, a plastinação consiste em preservar o corpo em uma forma semireconhecível.
Inventada pelo anatomista Gunther von Hagens, a plastinação é usada em escolas de medicina e laboratórios de anatomia para preservar amostras dos órgãos para a educação.
Mas von Hagens tomou o processo um passo adiante, e criou exposições de corpos plastinados como se estivessem congelados no meio de suas atividades cotidianas. Segundo o Instituto de Plastinação, milhares de pessoas se inscreveram para doar seus corpos para a educação ou exposição.
8 – LIOFILIZAÇÃO
A última novidade em eco enterro é um processo chamado liofilização. Inventado pela bióloga marinha sueca Susanne Wiigh-Masak, o processo envolve a imersão do cadáver em nitrogênio líquido, o que torna muito frágil.
Vibrações então agitam o corpo e a água é evaporada em uma câmara de vácuo especial. Em seguida, filtros separam qualquer enchimento de mercúrio ou implantes cirúrgicos e os tornam pó, e os restos são sepultados em uma cova rasa.
Com um enterro raso, o oxigênio e a água podem se misturar com os restos em pó, transformando-os em adubo.
Ninguém ainda foi enterrado dessa forma, mas Promessa, a empresa que desenvolve o serviço, agora tem uma filial licenciada no Reino Unido. Não há nenhuma previsão para o serviço pousar em território americano, mas o interesse em enterro verde só tende a crescer.[LiveScience]

Festa em cemitério tem rock eletrônico e filme inédito



este domingo (18), acontece a sexta edição do Cinetério, no Centro Cultural da Juventude (CCJ), às 18h.
O Cinetério é um evento que exibe um filme, seguido por uma festa. O que agrega interesse ao evento é que ele acontece na praça do Cemitério Cachoeirinha, que fica em frente ao CCJ.
Divulgação
Cena do longa "Baghead", que será exibido na 6ª edição do Cinetério dentro da mostra Mumblecore
Cena do longa "Baghead", que será exibido na sexta edição do Cinetério, dentro da mostra Mumblecore
Nesta edição, será exibido o filme --ainda inédito no Brasil-- "Baghead" (2008), dos irmãos Duplass. O longa encerra a mostra Mumblecore, que estava em cartaz no CCSP, no Cine Olido e no CCJ.
O longa estuda um grupo de amigos atores que estão desesperados, um saco e uma cabeça, explorando a dinâmica dos relacionamentos.
Após o longa, acontece a festa Voodoohop, e a banda francesa Poni Hoax --que mescla Human League, David Bowie, LCD Soundsystem e Roxy Music-- apresenta, pela primeira vez no Brasil, o seu rock eletrônico, encerrando o Cinetério.
Saiba mais no site do