segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Capital deverá ter campanha de estímulo à cremação

A Prefeitura de São Paulo quer orientar e incentivar a cremação. O prefeito Gilberto Kassab (PSD) sancionou lei que prevê a edição e a distribuição gratuita de cartilhas sobre o tema em hospitais da rede pública, serviços funerários e necrotérios da cidade. A Lei 15.452 foi publicada ontem no Diário Oficial da Cidade. E também determina a produção de peças publicitárias sobre o assunto que mostrem as vantagens socioambientais na comparação com o sepultamento. Em uma cidade com 22 cemitérios públicos, onde são feitos mais de 67 mil sepultamentos por ano e apenas um crematório - o da Vila Alpina, na zona leste -, é natural que se incentive a cremação.

Pelo menos essa é a opinião do vereador Jamil Murad (PC do B), autor da nova lei. 'No Brasil, apenas 10% dos mortos são cremados, enquanto no Japão, são 100%. Precisamos levar em consideração que São Paulo não tem mais área para construir cemitérios e existe a questão da contaminação do solo', explicou o parlamentar.Murad afirma ainda que as vagas em cemitérios públicos tendem a ficar cada vez mais escassas. De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços, por dia apenas 25 pessoas são cremadas na cidade, ante 185 enterros.

Para a secretaria, o motivo é o desconhecimento da população. No entanto, ainda segundo o Serviço Funerário do Município de São Paulo, a demanda por cremações aumentou 100% entre 2000 e 2010. Família. A decisão pelo sepultamento ou cremação continuará sendo da família. A secretaria não respondeu quando as campanhas de incentivo à cremação começarão. Não informou também quantas vagas há em espaços públicos. No ano passado, em mais da metade dos cemitérios paulistanos já não havia mais vagas. Na capital, são 238.785 túmulos. 'Acredito que as medidas para esclarecer a sociedade sobre a cremação já comecem a ser tomadas neste ano. Existe muito preconceito', disse Murad. A lei ainda precisa ser regulamentada.

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