quarta-feira, 28 de março de 2012

Lixo, mato e sepulturas quebradas são comuns nos cemitérios de Manaus



A falta de cuidados tanto dentro das sepulturas quanto nos arredores chama a atenção da população, que em determinados locais reclama até da dificuldade de acesso aos túmulos
[ i ]Túmulos quebrados, mal conservados e cheios de mato colaboram para uma paisagem prejudicada pela sujeira.
Manaus - Excesso de mato, lixo, túmulos quebrados e até vestígios de rituais são as inconformidades mais comuns nos principais cemitérios de Manaus. A falta de cuidados tanto dentro das sepulturas quanto nos arredores chama a atenção da população, que em determinados locais reclama até da dificuldade de acesso a sepulcros de familiares.
No Cemitério Santa Helena, localizado na zona oeste de Manaus, o acumulo de lixo no chão é facilmente perceptível em algumas quadras. Túmulos quebrados, mal conservados e cheios de mato colaboram para uma paisagem prejudicada pela sujeira. No local, também se encontra vestígios de oferendas comuns em rituais, como vinhos e copos.
De acordo com a aposentada Cira Gomes, 74, o excesso de mato dificulta o acesso aos sepulcros. “Praticamente não tem mais sepultura, porque está cheio de mato ao redor. Tenho três familiares interrados aqui e há 18 anos tento conservar”, lamentou. Funcionários do cemitério que não quiseram se identificar revelaram que nos dias de segunda-feira é comum invasores realizarem rituais no local.
A situação não é muito diferente no Cemitério São Francisco, na zona sul de Manaus. Nesta terça-feira (27), funcionários da Prefeitura roçaram o local, o que evidenciou as más condições das sepulturas, essas de responsabilidade dos concessionários, que obrigatoriamente deveriam zelar pela manutenção da própria cova.
No Cemitério São João Batista, zona centro-sul da capital amazonense, a altura do mato chama a atenção em algumas áreas, mas o problema que persiste no local é o estacionamento irregular. Em resposta a reportagem publicada no Portal D24am no dia 22 deste mês, o diretor de cemitérios da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), Sidney Wanderley, disse que será realizada uma operação de orientação para coibir o ato.
Com relação ao estado dos cemitérios, Wanderley reconhece que há muita sujeira, mas o período de chuvas na capital impede que os procedimentos de limpeza sejam concluídos. “É uma inverdade quando dizem que a limpeza é feita somente antes do Dia de Finados, pois realizamos o procedimento de três em três meses em todos os cemitérios”, declarou. 
O diretor ressalta que a conservação dos cemitérios também é responsabilidade dos concessionários. “Nós nos responsabilizamos pela área que fica ao redor das sepulturas. Não tem como invadirmos um espaço que não é nosso, o que é obrigação das pessoas que realizaram o sepultamento”, informou.

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