quinta-feira, 12 de abril de 2012

Administradores de cemitério são indiciados por crime ambiental


Inundação do Córrego Capim Puba atingiu 18 casas em Goiânia.
Inquérito concluiu que problema começou com uma infiltração no cemitério.

Foi concluído, na quarta-feira (11), o inquérito sobre a inundação do Córrego Capim Puba, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia. Após a investigação, a Polícia Civil concluiu que a administração do Cemitério Jardim das Palmeiras teria sido responsável pelo acidente que causou o rompimento da rede de esgoto e inundou várias casas no Setor Norte Ferroviário. Os administradores foram indiciados por crime ambiental.
Assista o vídeo clicando aqui.
De acordo com o delegado do Meio Ambiente, Luziano de Carvalho, tudo teria acontecido por causa de uma infiltração provocada pela tubulação de água da chuva do cemitério que fez o terreno deslizar. Uma análise da água teria mostrado que, a partir do ponto onde o esgoto foi lançado no córrego, a poluição do Capim Puba chegou a níveis em que a sobrevivência dos peixes é impossível.
Conforme o inquérito, a situação foi agravada porque várias casas estão construídas em local proibido. Algumas quase dentro do córrego.
A produção da TV Anhanguera tentou, mas não conseguiu contato com a administração doCemitério Jardim das Palmeiras.
Embargadas
A Delegacia Estadual do Meio Ambiente embargou também três construções que estavam sendo feitas às margens do Córrego Capim Puba, inclusive de uma pousada. Os donos foram indiciados por construir em área de preservação permanente. A pena pode chegar a um ano de prisão.

“O poder público e a coletividade precisam e devem evitar construções nessas áreas [de preservação permanente]. Aqui o valor ecológico é muito grande. Quem constrói nessas áreas está sujeito a uma pena de até um ano de detenção”, destaca Luziano de Carvalho.
Riscos
A casa da diarista Maria de Fátima da Silva foi uma das que ficaram inundadas no dia 16 de março de 2012. Ela mora no local há 40 anos e, mesmo diante dos riscos, não pensa em sair.

“Esse risco a gente sabe que sempre existiu. Não como está agora, que está agravado, mas sempre no início de chuva e final de chuva a gente sempre espera uma enchentezinha”, comenta Maria de Fátima.

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