segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pesquisa da Ufal aponta contaminação da água por cemitérios

Sinais de decomposição por cadáveres foram encontrados durante a avaliação. A água contaminada pode provocar diarréia e dores abdominais.

 
Estudiosos analisam a qualidade da água
Um estudo recente realizado pela Universidade Federal de Alagoas nos anos de 2009 a 2010, identificou que em três bairros maceioenses a água está contaminada por necrochorume, líquido produzido pela decomposição de corpos.
Os bairros do Trapiche, Jaraguá e Prado, possuem três grandes cemitérios que seriam os responsáveis pela contaminação dos lençóis freáticos que atinge a população desses locais.
O estudo realizado pela professora Florilda Vieira dos Santos, mestre em Recursos Hídricos e Saneamento, coletou amostras em 22 pontos dos cemitérios Nossa Senhora Mãe do Povo, São José e Nossa Senhora da Piedade. A avaliação das águas do subterrâneo revelou que as covas simples, que deixam o caixão em contato direto com o solo, contamina a água por meio da decomposição dos cadáveres, o que mostra ser uma método arcaico de enterro.
De acordo com a pesquisadora, o consumo dessa água contaminada pode provocar diarréia e dores abdominais. As águas coletadas dos três cemitérios estão fora dos padrões de água potável segundo normas do Ministério da Saúde.
A pesquisa aponta ainda que 68% do sistema de abastecimento da capital alagoana é feito por fontes subterrâneas. O necrochorume encontrado na água, é formado por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas tóxicas como a putresina e a cadaverina.

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