quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Administradores do cemitério do Caju são presos em operação contra crimes ambientais

Segundo a polícia, crematório e ossário funcionavam sem licença ambiental


A operação da Secretaria de Segurança Pública no cemitério do Caju, na zona portuária do Rio, terminou com dois administradores do estabelecimento presos na tarde desta terça-feira (25). Lá, os agentes da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) constataram irregularidades no crematório e no ossário. 

Durante ação, os administradores não apresentaram as licenças ambientais para o funcionamento dos locais. Além disso, eles não souberam explicar outros problemas encontrados no cemitério, como despejo de ossada de forma ilegal em dois terrenos aos fundos do cemitério, armazenamento irregular no ossário com indícios de produção de necrochorume (substância tóxica poluente) e indícios de exumação de corpos.
Além da DPMA, a operação conta com o apoio de policiais do Batalhão Florestal da PM, da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal e CICCA (Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais).
A Santa Casa da Misericórdia informou por meio de nota que está providenciando toda a documentação necessária para a retomada das atividades normais do Crematório do Caju. A entidade acrescenta que possui alvará de funcionamento para o Crematório, certificando que a unidade está em condições adequadas para realização das incinerações.
No local, são incineradas as arcadas ósseas provenientes de todos os 13 cemitérios administrados pela instituição. Mensalmente, a Santa Casa realiza cerca de 250 cremações de corpos, independentemente da incineração de restos mortais, feitas nos casos em que a ossada não é procurada pela família após o prazo da exumação.
No primeiro semestre deste ano, a instituição filantrópica realizou obras de expansão para aumentar o número de capelas velatórias e fornos crematórios.
Quatro presos na Baixada Fluminense
A ação desta terça-feira, que ganhou o nome de Dignidade 2, é um desdobramento de um trabalho iniciado em julho passado, que resultou na prisão de quatro suspeitos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na primeira fase da operação, os agentes fizeram varreduras em três cemitérios de Duque de Caxias.
Os agentes encontraram o despejo de ossadas de forma ilegal a céu aberto, o suposto desaparecimento do corpo de uma criança, falta de licença ambiental, falta de alvará, irregularidade na lavagem dos corpos, além do mau cheiro produzido pelos corpos lançados diretamente no lençol freático.
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