Polícia Civil investiga venda clandestina de covas em São Carlos, SP.
Emprenteiro também foi indiciado e pedreiro é suspeito de participação.
O ex-administrador do Cemitério Nossa Senhora do Carmo, o maior de São Carlos (SP), foi indiciado nesta sexta-feira (26) pela Polícia Civil por peculato e violação de túmulos. A polícia e a Prefeitura investigam a venda clandestina de covas no local.
Segundo a polícia, Paulo Roberto Damin teria comandado a venda ilegal de túmulos no cemitério. Quatro famílias denunciaram que sepulturas onde deveriam estar os corpos de parentes na verdade estavam com nomes de pessoas diferentes.
Segundo a polícia, Paulo Roberto Damin teria comandado a venda ilegal de túmulos no cemitério. Quatro famílias denunciaram que sepulturas onde deveriam estar os corpos de parentes na verdade estavam com nomes de pessoas diferentes.
Além de Damin, um empreiteiro também está sendo indiciado por violação e um pedreiro é suspeito de envolvimento no caso. “Eles se aproveitavam do abandono de túmulos e passava para outros”, afirmou o delegado Maurício Antônio Dotta.
O pedreiro que era contratado para fazer serviços no cemitério deve ser ouvido na próxima semana. O depoimento dele será confrontado com os depoimentos do ex-administrador e do empreiteiro de 68 anos, que também foi indiciado por crime contra a honra de pessoas mortas.
O caso
No dia 11 de abril, a representante comercial Solange Maria Dias veio a São Carlos para visitar o túmulo dos três filhos, mas teve dificuldade para encontrar. Ela descobriu que a sepultura foi vendida irregularmente para outra família.
No dia 11 de abril, a representante comercial Solange Maria Dias veio a São Carlos para visitar o túmulo dos três filhos, mas teve dificuldade para encontrar. Ela descobriu que a sepultura foi vendida irregularmente para outra família.
No dia 17 de abril, a advogada da família que comprou o túmulo onde estavam as crianças entregou os documentos que oficializavam a venda. Na taxa de venda, que é de R$ 400, tem a identificação da Prefeitura de São Carlosx. O recibo comprova a compra, feita em 18 de julho de 2005 por R$ 2 mil, e foi assinado por um responsável pelo cemitério, mas não consta o nome e documento de identificação, como RG ou CPF.
Também no dia 17, o delegado recebeu a denúncia de uma mulher que afirmou que o túmulo da mãe foi vendido, os restos mortais transferidos para um ossário, mas o corpo do tio está desaparecido.
Investigação
A Prefeitura de São Carlos solicitou que a administração do Cemitério faça um levantamentode todos os túmulos da área infantil. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há prazo para entrega do documento com as informações sobre os túmulos.
A Prefeitura de São Carlos solicitou que a administração do Cemitério faça um levantamentode todos os túmulos da área infantil. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, não há prazo para entrega do documento com as informações sobre os túmulos.
Comércio ilegal em 2005
Há oito anos, o ex-administrador Paulo Roberto Damin foi exonerado e condenado a indenizar famílias por venda de túmulos e desvio de taxas. Ele negou envolvimento no caso denunciado pela família de Ribeirão Preto. Damin disse que, quando assumiu o cargo em 2001, foi obrigado a fazer a desapropriação de túmulos simples, ainda na terra, para garantir novos sepultamentos.
Há oito anos, o ex-administrador Paulo Roberto Damin foi exonerado e condenado a indenizar famílias por venda de túmulos e desvio de taxas. Ele negou envolvimento no caso denunciado pela família de Ribeirão Preto. Damin disse que, quando assumiu o cargo em 2001, foi obrigado a fazer a desapropriação de túmulos simples, ainda na terra, para garantir novos sepultamentos.
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