terça-feira, 20 de agosto de 2013

Funerária entrega corpo para velório sem preparo e revolta família, em RO

Croácia descobre crânio alienígena em cemitério de humanos


De acordo com a família, corpo foi entregue sujo e em caixão lacrado.
Funerária alega que serviço não foi realizado a pedido da família.


A família do jovem Adevair Santana Vital, de 24 anos, morto em um acidente na BR-364 no sábado (17), em Vilhena (RO), pretende mover uma ação contra a funerária contratada para o preparo do corpo para o sepultamento. De acordo com a família, o corpo foi entregue para o velório sujo e dentro de um caixão lacrado. Um funcionário teria dito que o corpo estava desfigurado. “Do jeito que retiraram o corpo do local do acidente, colocaram no caixão”, conta Priscila Daiane de Oliveira Borsoi, esposa de Vital.
Ataídes Vital, tio de Adevair, conta que na madrugada no sábado, por volta das 3h, a família foi comunicada sobre a morte do sobrinho. Em seguida, a funerária que estava de plantão, ficou responsável pela preparação do corpo para o enterro. “Um outro familiar nosso viu o corpo e, como não estava totalmente desfigurado, pedimos para fazerem todo preparo”, relembra o tio.
Segundo o tio, quando a funerária entregou o corpo para ser velado, um funcionário pediu para que o caixão não fosse aberto, alegando que estava desfigurado. “Eles também pediram para que o enterro fosse realizado naquele mesmo dia, por volta das 17h. O caixão estava lacrado”, relembra Ataídes.
Desconfiados, os familiares decidiram abrir o caixão. “Foi aí que descobrimos porque eles não queriam que abrisse. Meu sobrinho estava com as mesmas roupas, ou seja, não mexeram em nada. Nem banho deram”, conta o tio, indignado. Diante da situação, a polícia foi acionada e um Boletim de Ocorrência foi registrado contra a funerária na delegacia da cidade.
Após o ocorrido, a funerária retirou o corpo do velório, devolvendo, novamente, no início da noite. O sepultamento foi realizado na manhã de domingo (18). “Ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Meu marido estava cheio de terra. Ele não era bicho para ser tratado desta maneira”, desabafa a esposa do jovem.
Procurado pelo G1, o proprietário da funerária, Ademilson de Golveia Silva, alegou que a própria família teria pedido para que o corpo não fosse preparado, já que não tinham condições financeiras. “Eles pediram para colocar em uma urna simples, pois não queriam acrescentar despesas”, afirma. De acordo com o empresário, foi somente após os amigos de Ataídes aparecerem no local do velório, e verem as condições do corpo, que família pediu a preparação.
O delegado Fábio Campos informou que este foi o primeiro caso desta natureza registrado na Delegacia de Polícia Civil de Vilhena. “Se teve outros casos do gênero, os familiares não registraram um boletim”, finalizou.

Nenhum comentário: