De acordo com administração municipal, foram levados em consideração para escolha do terreno critérios ambientais e de uso da população. O processo de licenciamento da área, que deve abrigar o novo cemitério, ainda está em andamento.
Por enquanto, a prefeitura tem uma licença prévia. Ainda são necessárias outras duas licenças ambientais (instalação e operação), concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), para que o cemitério possa sair do papel.
A comerciante Monika Prasel, que tem uma fábrica de gelo, também está preocupada. Ela bombeia água diretamente da fonte para produzir o produto. Segundo a comerciante, a água é tratada conforme exigências da Vigilância Sanitária e, se houver contaminação, o negócio pode ficar inviável.
“Precisamos saber se isso não vai contaminar todos os lençóis freáticos da região, afinal, essa a água que nós usamos aqui é de um lençol, que assim mesmo, a gente tem que tratar. Então, é bem preocupante essa situação".
Depois das análises feitas para a liberação da licença prévia, foram encontrados cursos d'água a 15 metros de profundidade. A legislação determina que os corpos precisam ser enterrados a uma distância de, pelo menos, um metro e meio destes cursos. Como, geralmente, o sepultamento ocorre a um metro da superfície, a norma deve ser atendida, de acordo com a prefeitura.
Um invólucro de plástico vai ser o sistema de coleta de chorume individual no cemitério, impedindo que o líquido se infiltre no solo. O projeto prevê oito mil covas e, segundo o secretário de habitação Flávio Alexandre, anualmente irá ocorrer um monitoramento da área.
Segundo o Instituto Ambiental do Paraná, a coleta e administração do chorume estão entre as principais condições para que as duas licenças faltantes sejam liberadas. "Toda a água das chuvas que incide no local não pode ir para dentro dos jazigos. Ela tem que ser canalizada em um sistema de drenagem”, explicou Marco Antonio da Silva, que é técnico de licenciamento do IAP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário