segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Prefeitura estuda instalar câmeras em cemitérios paulistas


A família do escritor Monteiro Lobato classificou a violação do túmulo como um "desrespeito".
Por Marli Prado Ulprist 21/08/2016 - 12:45 hs
Foto: Reprodução
Prefeitura estuda instalar câmeras em cemitérios paulistas
É desagradabilíssimo", disse Rodrigo Monteiro Lobato (78), neto do escritor

A Prefeitura da cidade de São Paulo cogita a instalação de câmeras de segurança e uma central de monitoramento com equipe para fiscalizar e guardas-civis metropolitanos (GCM) dentro do Cemitério da Consolação devido às várias reclamações de furtos e até mesmo a instauração de um inquérito no Ministério Público Estadual (MPE).
Uma denúncia foi feita pelo Movimento de Defesa do Cemitério da Consolação (MDCC) e do vereador Nelo Rodolfo (PMDB) por violação de túmulos e na última terça-feira (16) um inquérito foi instaurado.

A ação foi movida porque um jardineiro autônomo teria encontrado há três meses restos mortais dentro de uma caixa com a seguinte inscrição "Monteiro Lobato". O material foi recolhido pela Guarda Civil Metropolitano (GCM). O Serviço Funerário negou qualquer violação nos túmulos do cemitério.

A família do escritor Monteiro Lobato classificou a violação do túmulo como um "desrespeito" e disse não saber da denúncia apurada pelo MPE de que os restos mortais do escritor teriam sido achados fora do jazigo.
"Tivemos notícias de roubos da parte do bronze, mas de violação nunca se soube de nada. Não sei como não existe uma prevenção para isso. É desagradabilíssimo", disse Rodrigo Monteiro Lobato (78), neto do escritor.

O Ministério Público também investiga constantes queixas de furtos de portas de bronze e de objetos externos dos túmulos e má administração do crematório da Vila Alpina e de outros cemitérios.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo feita na quarta-feira (17) a Prefeitura cortou, em 2016, praticamente metade dos gastos com manutenção e limpeza dos cemitérios. O orçamento caiu de R$ 25,7 milhões, em 2015, para 14,8 milhões em 2016.

 

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