domingo, 5 de junho de 2011

Prefeitura realiza audiência para instalação de cemitério.

Atendendo aos pedidos da Funerária Vaticano - que iniciou o processo de construção do cemitério e crematório abrangendo a região do São Venâncio, Jardim Gramado e Cerejeiras sem alvará de construção e teve a obra embargada, a Prefeitura de Almirante Tamandaré convocou uma audiência pública realizada na terça-feira (1), às 19h, na Escola Municipal Professora Ângela Misga de Oliveira.

A audiência pública foi a segunda realizada para discutir a instalação do cemitério e crematório, sendo que na primeira realizada em junho do ano passado, todos os presentes se mostraram contra o empreendimento. A empresa apresentou um recurso administrativo, incluindo um abaixo assinado com 150 assinaturas, e a Prefeitura acatou o pedido formal.

Foi apresentado aos presentes pelo presidente da Câmara Técnica, Sandro Miguel Mendes, a decisão final do município, que indeferiu o projeto por questões técnicas, como por exemplo, ter dado início à obra sem o alvará de construção. É uma opção a administração não fazer audiência pública, afirma o Prefeito Goinski, mas a prefeitura quis ouvir a comunidade.

A sócia da empresa Vaticano, Milena Cooper, fez uma explanação sobre o histórico da Vaticano, sobre o processo de cremação e sobre os benefícios que a obra traria para os moradores, como a doação de 10% dos jazigos para a Prefeitura. "A empresa não irá negar a indenização aos moradores que foram prejudicados com as obras", alega Milena, sobre os danos que a terraplanagem causou às ruas e residências da localidade.

Polêmica, a reunião demonstrou uma divisão de opiniões entre os moradores que se mostraram a favor e contra a obra. A audiência abriu espaço para discussão, sendo que se manifestaram representantes de ambos os lados. A comunidade questionou o fato de moradores que não vivem nas proximidades com o cemitério decidirem se a obra será boa ou não para a região e se o que está sendo prometido pela empresa será de fato cumprido caso a obra seja autorizada, sendo que previamente a empresa não respeitou a decisão e prosseguiu com a obra.

O vereador Walter Purkote, representante dos moradores da região, afirma que o cemitério desvaloriza o bairro e que muitos moradores passam por muitas dificuldades desde o início da obra. "Nós vamos reunir a Câmara Técnica, a Câmara de Vereadores, e podemos ainda convocar os eleitores da região para mais um encontro, até tomarmos a decisão final", concluiu o Prefeito Goinski encerrando a audiência pública e agradecendo a participação de todos.

Estavam presentes ainda a vice-prefeitaDetePavoni, secretários municipais, representantes da Câmara Técnica, da Funerária Vaticano, e os vereadores João Marcelo Bini, Stival, Nunes, Leonel Siqueira, Vieira, Angelo e Walter Purkote.

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