domingo, 5 de junho de 2011

Retirada de adornos em lápides gera polêmica

A retirada de objetos e enfeites que ficam sobre os túmulos do cemitério, serviço realizado no final de semana passado, causa polêmica divide opiniões de proprietários de sepulturas. A medida foi adotada pela Emdurb, que ontem convocou coletiva para tentar explicar o assunto.

Segundo a coordenadora do cemitério, Regiane Sarmento, 80% dos 1.800 jazigos existentes no gramado estavam fora do padrão permitido. “Flores podem continuar sendo colocadas nos túmulos”, afirma.

A Emdurb alega que fez ampla divulgação da medida. Os objetos retirados estão à disposição dos proprietários numa área do próprio cemitério. A coordenadora informou ainda que a capacidade de acomodação do cemitério é de 20 anos e anunciou que numa área anexa ao gramado serão construídas 207 sepulturas.

Para donos de sepulturas, o assunto causa discórdia. “Acho muito errado porque várias pessoas gastaram para colocar estes objetos e acredito que isto não atrapalhava em nada o trânsito das pessoas. Além do que esta medida acaba mexendo com os sentimentos”, afirma a dona de casa Maria Gonçalves dos Santos, 61, que tem os pais enterrados no local.

Já a doméstica Eliane Furlaneti, 44, é favorável a retirada dos objetos. “O local precisava de mais espaço e o visual estava muito carregado”, afirma. Ela só faz objeção a falta de divulgação da medida. “Só acho que eles deveriam ter avisado antes para não causar surpresa”.

O presidente da Emdurb, Moises Paixão, disse que a 5ª clausula do contrato de concessão de jazigos afirma que é proibido qualquer construção ou colocação de objeto acima ou no nível da superfície do túmulo, sendo permitido apenas uma lapide para cada um padronizada no tamanho de 30 cm por 45 cm.

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