quarta-feira, 6 de junho de 2012

Zeladores costuram corpos


A falta de auxiliares de necropsia suficientes no IML tem gerado situações de improviso e demandas ilegais. Com a grande quantidade de corpos para deslocar (da geladeira para as mesas e macas), serrar crânios e abrir tórax, os servidores passaram a “terceirizar” o serviço de fechamento dos cadáveres.

A função, exclusiva do auxiliar de necropsia, passou a ser feita em várias ocasiões pelos zeladores do prédio. Segundo O POVO apurou, na hora do sufoco por não conseguir fechar de 13 a 25 corpos, alguns servidores do IML pagam R$ 1,00 por cadáver costurado por funcionários terceirizados da limpeza. “Não é certo, mas é muito o serviço para dois ou três auxiliares por plantão”, constata uma fonte.(DT)

Números

751
corpos foram necropsiados nos primeiros quatro meses deste ano. Todos vítimas de homicídios à bala registrados na Grande Fortaleza. 

537
cadáveres, vítimas de assassinatos por arma de fogo, foram examinados nos primeiros quatro meses do ano passado. Médicos do IML denunciam que os números referentes a homicídios são subfaturados. 

28,5%
foi o aumento registrado em igual período (quatro primeiros meses de 2011 e 2012) em relação aos assassinatos à bala.

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