segunda-feira, 17 de junho de 2013

Moradores fazem novo protesto contra crematório em Joinville

Cerca de cem pessoas fecharam a avenida Santos Dumont. PM teve que intervir para liberar a pista

 

Carlos Junior/ND
Carlos Junior/ND
Manifestantes queimaram caixões e cavaletes na frente do terreno onde está sendo construído o crematório
A Polícia Militar precisou intervir na tarde de sexta-feira (14) durante o protesto dos moradores da região do bairro Aventureiro, na zona Norte de Joinville, contra a instalação de um crematório na esquina da avenida Santos Dumont e rua Tuiuti. O grupo, com cerca de cem pessoas, tentou bloquear o trânsito no cruzamento, mas após dez minutos de tráfego interrompido, os ânimos dos motoristas que tiveram que aguardar ficaram exaltados. Por pouco não houve brigas. Os policiais apaziguaram a tensão entre manifestantes e condutores e passou a controlar o fluxo, enquanto a população manteve o protesto no acostamento.

Mais uma vez, o grupo – responsável pelo primeiro protesto na sexta-feira passada – usou caixões, cartazes e cavaletes para chamar a atenção e fechar a pista. Nos instantes iniciais, alguns motoristas furaram o bloqueio, que foi iniciado por volta das 17h. O condutor de um caminhão chegou a passar por cima de um dos caixões. Outro motorista saiu do carro e quebrou um dos cavaletes de madeira. O proprietário de uma empresa de turismo que seguia num ônibus pela rua Tuiuti no sentido bairro-Centro, ficou indignado com o bloqueio da pista feito com um caminhão.
O homem discutiu com os manifestantes e pediu ajuda à polícia, que controlou os ânimos e determinou a liberação do trânsito. “Conheço outros crematórios e nunca deu problemas em outros lugares. Nós estamos trabalhando”, disse o empresário Jaime Correia, em tom de desabafo, antes de prosseguir com o ônibus. Com o tráfego liberado, os moradores continuaram o protesto no lado da pista. Caixões, cavaletes e pneus foram queimados em frente ao terreno onde está sendo construído o crematório.
O objetivo do grupo é tentar embargar a obra, iniciada há quase um mês. Os protestos devem continuar na próxima semana, quando os moradores planejam fazer uma carreata pelas ruas para mobilizar mais pessoas da comunidade. Um abaixo-assinado com mais de cinco mil assinaturas também foi feito.
Publicado em 14/06/13-20:21 por: Cláudio Costa.

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