segunda-feira, 17 de junho de 2013

Omissão: cemitério de Rio Largo expõe caixões quebrados e ossadas pelo chão

Galaria de fotos mostra o situação lastimável em que se contra o Cemitério São Vicente de Paula: 'Os mortos pedem socorro", diz denúncia

Jessica Pacheco
 
 
Caixões jogados, ossadas expostas à céu aberto no Cemitério São Vicente, em Rio Largo
O descaso mora em Rio Largo, pelo menos é essa a sensação da população que vive no município. Como se problema pouco fosse bobagem, nem os mortos tem mais o direito ao descanso eterno e os vivos ficam sujeitos aos problemas de saúde já que o único cemitério público da cidade está totalmente abandonado  pelo poder público municipal.
Na manhã desta segunda-feira (17), o Portal Primeira Edição recebeu fotos da situação lastimável que se encontra o Cemitério São Vicente de Paula, localizado na Rua das Malhadas, no Alto de São Miguel, em Rio Largo.
As fotos mostram caixões fora das covas, jogados ao chão e abertos, expondo roupas e ossadas dos mortos. Além disso, o mato toma conta do local, cobrindo lápides e tumbas. O lixo também se acumula no dentro do cemitério, que agora, segundo a população, também está sendo usado por usuários de drogas e para o consumo de bebidas alcoólicas.
O denunciante registrou o descaso no local no último sábado (15) quando foi até o cemitério São Vicente enterrar uma parente.
“É um absurdo, os mortos aqui estão literalmente pedindo socorro”, disse, preferindo manter o  anonimato para evitar represálias. “É de doer o coração deixar uma pessoa que você gosta, ama, num lugar como esse, é um desrespeito”, lamentou.
Com a falta de manejo correto, o local é passível de contaminação por necrochorume —substância tóxica produzida pela decomposição dos corpos —, além dos diversos materiais que ‘vão junto’ com os corpos e os caixões, sendo grande o risco para o meio ambiente e para a saúde da população do entorno do cemitério, já que há grande risco do lençol freático ser atingido por tal substância.
Em contato com a Prefeitura de Rio Largo, a reportagem do Primeira Edição não conseguiu esclarecimento “com ninguém que tivesse responsabilidade sobre o assunto” e na Secretária Municipal de Saúde de Rio Largo o telefone ‘ainda não foi instalado esse ano’, informou uma funcionária da Prefeitura.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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