segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais

A Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC) tem por objetivo agrupar pessoas que tenham interesse em pesquisar o cemitério como lugar de memória, de produção artística e de patrimônio cultural. Criada em 2004, a entidade promove encontros bianuais e nota-se um crescente interesse dos pesquisadores brasileiros pela temática, à medida que tem aumentado o número de participantes nos eventos promovidos pela ABEC.



Cemitério Senhor do Bonfim é tema de exposição fotográfica

Museu Histórico Abílio Barreto abre, em Belo Horizonte, nesta quarta, dia 19, às 16h, a exposição de curta duração “Descobrindo o Bonfim: o cemitério como lugar na cidade dos vivos”. Por meio de textos, fotos e objetos, a mostra propõe uma reflexão sobre o Bonfim para além do recinto onde se coloca a dor ou simplesmente o corpo sem vida, mas como lugar institucional, intersticial, portador de história, símbolo e arte e como parte importante da vida na cidade.



O Cemitério Nosso Senhor do Bonfim, denominado originalmente Cemitério Municipal, foi projetado pelos engenheiros-arquitetos Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgar Nascentes Coelho, membros da Comissão Construtora da Nova Capital. Aberto em 1897, o local escolhido para a sua implantação, na região conhecida como Lagoinha, era alto e arejado, e a ocupação das quadras se deu a partir do prédio projetado para ser o necrotério.


Os mesmos artistas e artesãos cujas obras adornavam as edificações da cidade, em sua maioria imigrantes italianos, reproduziram nos túmulos e mausoléus a linguagem eclética dos edifícios da capital. Os materiais predominantes, até a década de 1920, foram o mármore e a pedra-sabão. A partir dessa época, o granito e o bronze também se fizeram presentes.


O nome Bonfim, que faz referência ao martírio de Jesus na cruz e simboliza proteção, passou a figurar em mapas, plantas e relatórios oficiais a partir da década de 1930. Foi escolhido pela população de Belo Horizonte e indica valores religiosos integrados ao imaginário social.


A exposição permanecerá em cartaz por um período aproximado de seis meses e pode ser visitada às terças, sextas, sábados e domingos, das 10 às 17h, e nas quartas e quintas, das 10 às 21h.

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