sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cemitério: lugar cheio de histórias

O cemitérios para muitos lembram apenas coisas ruins e sombrias. Mas temos um olhar diferente. Lugar onde são guardadas mais dos que lembranças, histórias de vida que poderiam encher milhares de páginas em branco. De pessoas que contribuíram de alguma forma para a história local, nacional e, por que não, da humanidade. Cada cemitério tem a sua história em particular. E isso que vamos enfocar hoje. O primeiro cemitério utilizado pelo Distrito de Paz de Bauru localizava-se próximo ao Córrego “Água do Arroz”, divisa entre os municípios de Bauru e Pederneiras, próximo ao Instituto Lauro de Souza Lima. Antigo Aimorés. Segundo os antigos moradores da região, foi construído por João Alves Ferreira e Cândida Alves Ferreira, por volta de 1870. Ali eram sepultados posseiros, sertanejos, índios, escravos. Foi desativado pelo governo imperial.

Outro cemitério sem denominação, cuja data de criação é desconhecida e seu funcionamento foi até a inauguração do Cemitério da Saudade, se localizava na Vila Vieira, onde funcionou a Usina de Pasteurização de Leite Vigor e o Posto de Profilaxia da Lepra. Diziam na época que eram sepultadas pessoas que morreram pagãs, isto é, sem batismo. Era um cemitério suplementar ao da Saudade.

Temos ainda os cemitérios do antigo Leprosário Aimorés e do Distrito de Paz de Tibiriçá, o Cemitério São Pedro, fundado em 8/7/1928. O Cemitério da Saudade foi inaugurado em 26 de julho de 1908. Teve seu terreno inicial ampliado pela doação do hoteleiro João Henrique Dix. Oficializada a doação, foi empreitado o serviço de construção do muro e do frontispício da entrada principal aos construtores Casemiro Onofrilo e João Buceroni. Consta que, na ocasião em que o muro ficou pronto, João Dix suicidou-se e foi o primeiro sepultamento. Criou-se a lenda de que ele teria se suicidado para ser o primeiro as ser sepultado no cemitério.

Com o desenvolvimento urbano da região oeste da Vila Independência, surgiu a necessidade de um cemitério para atendê-la. Em 6 de setembro de 1949, criou-se o cemitério Municipal São Benedito. Na década de 70, com o aumento crescente da população, em 30 de novembro de 1972 foi inaugurado o Cemitério Jardim Redentor para atender a demanda dos óbitos das regiões ocupadas pelos núcleos habitacionais. O cemitério particular Jardim do Ipê, região Sul, foi fundado em 1970, pela associação messiânica de Bauru. Sendo um empreendimento da Melhoramentos e Incorporações. Ali não se constroem túmulos. Apenas lajes indicativas, na superfície da terra, em meio a um jardim e sem a presença do tradicional Cruzeiro.

No dia 31 de agosto de 1981, foi inaugurado o Cemitério Cristo Rei. Construído para atender a Zona Norte da cidade. Ainda, o “Memorial Bauru” - Necrópole Vertical de iniciativa particular, inaugurado em 2 de março de 2004 ao lado do Cemitério da Saudade. O mais recente é o Cemitério Parque Jardim dos Lírios, construído pela Organização Terra Branca, inaugurado em 1 de setembro de 2009, no final da Av. Nações Norte, Distrito Industrial III. Comporta 25.000 sepulturas. O qual tem projeto para 2012 para funcionamento de um crematório. O número de cemitérios tem acompanhado o crescimento da cidade, mas hoje a prática da cremação outrora descartada pela maioria da população hoje já é vista como uma alternativa além da questão espiritual, de espaço e de saúde pública. 

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