sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Serviços ligados a funerais movimentam R$ 1,5 bilhão ao ano





Folha Online
Apesar da expectativa de vida do brasileiro ter aumentado nos últimos anos e a taxa de mortalidade diminuído, o mercado funerário brasileiro está em expansão.
Esses serviços movimentam cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano, com 5.500 empresas em funcionamento no país, e acumulam crescimento de 30% em cinco anos, segundo dados da Abredif (associação de empresas do setor funerário) e do Ctaf (Centro de Tecnologia em Administração Funerária).
A variedade dos serviços prestados por funerárias e cemitérios também cresceu -mudança responsável pelo aumento da lucratividade.
Cada dia mais se afastando do modelo tradicional de oferecer somente coroas de flores, em um ambiente marcado por sepulturas acinzentadas, os empresários inovam para conquistar o cliente em um momento difícil.
"Tratamos a morte como mais um evento social, nesse caso o último da pessoa e o mais importante", afirma Nelson Pereira Neto, diretor do grupo funerário Bom Pastor, de Limeira (SP), presente em 17 cidades de São Paulo e Minas Gerais, com previsão de abertura de mais 11 unidades até o fim de 2012.
Entre os serviços do grupo estão bufê, equipamento de telões e imagens em LEDs, limusine, que abriga até cinco pessoas para transportar o caixão enquanto familiares assistem vídeos de mensagens reconfortantes, e van importada, para convidados.
Quem optar pela cremação pode levar em joias as cinzas do ente querido, transformadas em diamante, ou enviá-las para o espaço. A empresa tem parceria com uma agência funerária dos EUA desde 2007, mas até hoje o serviço não foi solicitado.
SERVIÇOS
O grupo Funeral Home, de São Paulo, oferece o serviço de velório on-line.
Até hoje, só três clientes solicitaram as filmagens. "As pessoas sempre dão um jeito de se deslocar para o enterro de um familiar próximo", diz Ivani Ribeiro, gerente do grupo, que criou o quitute "bem-velado", um primo do tradicional "bem-casado".
A funerária também oferece o serviço de necromaquiagem. O responsável pela função, Roberto Obara, trabalha há 15 anos na área. "Acabei tomando gosto. Tive funerária e aprendi que precisa ser muito discreto e atencioso com os familiares", diz.
A procura por cursos como auxiliar de necropsia, tanatopraxia (técnica de conservação de cadáveres) e necromaquiagem tem crescido.

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